Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 13 de junho de 2009

Transferência de Ronaldo alimentava 8,6 milhões de etíopes

O valor da transferência de Cristiano Ronaldo dava para pagar 520 milhões de refeições escolares, alimentar 8,6 milhões de etíopes esfomeados ou ajudar 2 milhões de paquistaneses que tiveram de fugir de suas casas. As contas foram feitas pelo Programa Alimentar Mundial da ONU.

Os 93 milhões de euros que o Real Madrid vai pagar pelo passe de Cristiano Ronaldo estão a dar que falar em todo o Mundo. Desta vez, até a ONU resolveu comentar o montante extraordinário desta transferência.

Greg Barrow, relações públicas do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), deu voz à estupefacção da instituição ao escrever um artigo de opinião no sítio de Internet do PAM, onde reflecte sobre o que "significam estes números em termos de fome".

“Podíamos conseguir, agora mesmo, alimentar 8,6 milhões de bocas esfomeadas na Etiópia até ao final do ano”, afirma Barrow ao mencionar as populações africanas que perderam todas as colheitas devido à seca.

A lista de possibilidades é imensa: ajudar 2 milhões de pessoas no Paquistão, pagar refeições escolares a crianças carenciadas e financiar os projectos do PAM no Burquina Faso, Cambodja, Guatemala e Suazilândia durante um ano.

Greg Barrow refere a “mais modesta” transferência de Kaka, também para o Real Madrid, mas sublinha que o brasileiro já pôs a sua fama ao serviço da fome no Mundo. Kaka é embaixador da causa da PAM e das necessidades da instituição para acabar com a fome sentida por mil milhões de pessoas no Mundo.

Barrow admite que admira Ronaldo, mas deixa uma pergunta: “Mas 93 milhões de euros?”.


(Fonte: site Jornal de Notícias)

Liberta o mundo do veneno do mal da violência e do ódio que polui as consciências

Na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, Bento XVI formula uma vigorosa invocação a Cristo

Bento XVI presidiu à Santa Missa no adro da Basílica de São João de Latrão, na tarde de quinta-feira, 11 de Junho, solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Na sua homilia, que publicamos a seguir, Bento XVI formulou uma vigorosa invocação a Cristo para que liberte o mundo do "veneno do mal, da violência e do ódio que polui as consciências e o purifique com o poder do amor misericordioso".

"Este é o meu corpo, este é o meu sangue"

Queridos irmãos e irmãs!

Estas palavras que Jesus pronunciou na Última Ceia, são repetidas todas as vezes que se renova o Sacrifício eucarístico. Ouvimo-las há pouco no Evangelho de Marcos e ressoam com singular poder evocativo hoje, solenidade do Corpus Christi. Elas conduzem-nos idealmente ao Cenáculo, fazem-nos reviver o clima espiritual daquela noite quando, celebrando a Páscoa com os seus, o Senhor antecipou no mistério o sacrifício que se teria consumado no dia seguinte na cruz. A instituição da Eucaristia parece-nos assim como que a antecipação e a aceitação por parte de Jesus da sua morte. Escreve a propósito Santo Efrém, o Sírio: durante a ceia Jesus imolou-se a si mesmo; na cruz Ele foi imolado pelos outros (cf. Hino sobre a crucifixão, 3, 1).

"Este é o meu sangue". É aqui evidente a referência à linguagem sacrifical de Israel. Jesus apresenta-se a si mesmo como o sacrifício verdadeiro e definitivo, no qual se realiza a expiação dos pecados que, nos ritos do Antigo Testamento, nunca tinha sido totalmente cumprido. A esta expressão seguem-se outras duas muito significativas. Antes de tudo, Jesus Cristo diz que o seu sangue "é derramado por muitos" com uma referência compreensível aos cânticos do Servo de Deus, que se encontram no livro de Isaías (cf. cap. 53). Com o acréscimo "sangue da aliança" Jesus faz ainda sobressair que, graças à sua morte, se realiza a profecia da nova aliança fundada na fidelidade e no amor infinito do Filho que se fez homem, por isso uma aliança mais forte que todos os pecados da humanidade. A antiga aliança tinha sido sancionada no Sinai com um rito sacrifical de animais, como ouvimos na primeira leitura, e o povo eleito, libertado da escravidão do Egipto, tinha prometido cumprir todos os mandamentos dados pelo Senhor (cf. Êx 24, 3).

Na verdade, Israel imediatamente, com a construção do bezerro de ouro, mostrou-se incapaz de se manter fiel a esta promessa e assim, ao pacto estabelecido, que aliás em seguida transgrediu com muita frequência, adaptando ao seu coração de pedra a Lei que lhe deveria ter ensinado o caminho da vida. Mas o Senhor não faltou à sua promessa e, através dos profetas, preocupou-se por recordar a dimensão interior da aliança, e anunciou que teria escrito uma nova nos corações dos seus fiéis (cf. Jr 31, 33), transformando-os com o dom do Espírito (cf. Ez 36, 25-27). E foi durante a Última Ceia que estabeleceu com os discípulos e com a humanidade esta nova aliança, confirmando-a não com sacrifícios de animais como acontecia no passado, mas com o seu sangue, que se tornou "sangue da nova aliança". Portanto, fundou-a na própria obediência que, como eu disse, é mais forte que todos os nossos pecados.

Isto é bem evidenciado na segunda leitura, tirada da Carta aos Hebreus, na qual o autor sagrado declara que Jesus é "mediador de uma aliança nova" (9, 15). Tornou-se mediador graças ao seu sangue ou, mais exactamente, graças ao dom de si mesmo, que dá pleno valor ao derramamento do seu sangue. Na cruz, Jesus é ao mesmo tempo vítima e sacerdote: vítima digna de Deus porque é sem mancha, e sumo sacerdote que se oferece a si mesmo, sob o impulso do Espírito Santo, e intercede pela humanidade inteira. A Cruz é por conseguinte mistério de amor e de salvação, que nos purifica como diz a Carta aos Hebreus das "obras mortas", isto é, dos pecados, e nos santifica esculpindo a aliança nova no nosso coração; a Eucaristia, renovando o sacrifício da Cruz, torna-nos capazes de viver fielmente a comunhão com Deus.

Queridos irmãos e irmãs que saúdo todos com afecto começando pelo Cardeal Vigário e pelos outros Cardeais e Bispos presentes como o povo eleito reunido na assembleia do Sinai, também nós esta tarde queremos reafirmar a nossa fidelidade ao Senhor. Há alguns dias, na abertura do congresso diocesano anual, ressaltei a importância de permanecer, como Igreja, à escuta da Palavra de Deus na oração e perscrutar as Escrituras, sobretudo com a prática da lectio divina, da leitura meditada e adorante da Bíblia. Sei que muitas iniciativas foram promovidas a este propósito nas paróquias, nos seminários, nas comunidades religiosas, no âmbito das confrarias, das associações e dos movimentos apostólicos, que enriquecem a nossa comunidade diocesana. Aos membros destes numerosos organismos eclesiais dirijo a minha saudação fraterna. A vossa numerosa presença nesta celebração, queridos amigos, ressalta que a nossa comunidade, caracterizada por uma pluralidade de culturas e de experiências diversas, é plasmada por Deus como "seu" povo, como o único Corpo de Cristo, graças à nossa sincera participação na dúplice mesa da Palavra e da Eucaristia. Alimentados de Cristo, nós, seus discípulos, recebemos a missão de ser "a alma" desta nossa cidade (cf. Carta a Diogneto, 6, ed Funk, i, p. 400; veja também lg, 38) fermento de renovação, pão "partido" para todos, sobretudo para quantos se encontram em situações de mal-estar, de pobreza e de sofrimento físico e espiritual. Tornemo-nos testemunhas do seu amor. Dirijo-me particularmente a vós, queridos sacerdotes, que Cristo escolheu para que juntamente com Ele possais viver a vossa vida como sacrifício de louvor para a salvação do mundo. Só da união com Jesus podeis tirar aquela fecundidade espiritual que é geradora de esperança no vosso ministério pastoral. São Leão Magno recorda que "a nossa participação no corpo e no sangue de Cristo não tende para se tornar senão o que recebemos" (Sermo 12, De Passione 3, 7, pl 54). Se isto é verdadeiro para cada cristão, com mais razão o é para nós sacerdotes. Tornar-se Eucaristia! Seja precisamente este o nosso constante desejo e compromisso, para que a oferta do corpo e do sangue do Senhor que fazemos no altar, seja acompanhada pelo sacrifício da nossa existência.

Todos os dias, haurimos do Corpo e Sangue do Senhor aquele amor livre e puro que nos torna ministros dignos de Cristo e testemunhas da sua alegria. É quanto os fiéis esperam do sacerdote: isto é, o exemplo de uma autêntica devoção à Eucaristia; gostam de o ver transcorrer longas pausas de silêncio e de adoração diante de Jesus como fazia o santo Cura d'Ars, que recordaremos de modo particular durante o já eminente Ano Sacerdotal.

São João Maria Vianney gostava de dizer aos seus paroquianos: "Vinde à comunhão... É verdade que não sois dignos dela, mas dela tendes necessidade" (Bernard Nodet, Le curé d'Ars. Sa pensée Son coeur, ed. Xavier Mappus, Paris 1995, p. 119). Conscientes de sermos inadequados por causa dos pecados, mas com a necessidade de nos alimentarmos do amor que o Senhor nos oferece no sacramento eucarístico, renovemos esta tarde a nossa fé na real presença de Cristo na Eucaristia. Não se deve dar por certa esta fé! Hoje corre-se o risco de uma secularização rastejante também no interior da Igreja, que se pode traduzir num culto eucarístico formal e vazio, em celebrações sem aquela participação do coração que se expressa em veneração e respeito pela liturgia. É sempre forte a tentação de reduzir a oração a momentos superficiais e apressados, deixando-se subjugar pelas actividades e preocupações terrenas. Quando daqui a pouco repetirmos o Pai-Nosso, a oração por excelência, diremos: "O pão nosso de cada dia nos dai hoje", pensando naturalmente no pão de todos os dias. Mas este pedido contém algo mais profundo. A palavra grega epioúsios, que traduzimos com "quotidiano", poderia aludir também ao pão "sobre-substancial", ao pão "do mundo futuro". Alguns Padres da Igreja viram aqui uma referência à Eucaristia, o pão da vida eterna do mundo novo, que nos é dado já hoje na Santa Missa, para que desde agora o mundo futuro tenha início em nós. Portanto, com a Eucaristia o céu vem à terra, o amanhã de Deus desce ao presente e o tempo é como que abraçado pela eternidade divina.

Amados irmãos e irmãs, como todos os anos, no final da Santa Missa, terá lugar a tradicional procissão eucarística e elevaremos, com as orações e os cânticos, uma coral imploração ao Senhor presente na hóstia consagrada. Dir-lhe-emos em nome de toda a Cidade: permanece connosco, Jesus, doa-te a nós e dá-nos o pão que nos alimenta para a vida eterna! Liberta este mundo do veneno do mal, da violência e do ódio que polui as consciências, purifica-o com o poder do teu amor misericordioso. E tu, Maria, que foste mulher "eucarística" durante toda a tua vida, ajuda-nos a caminhar unidos rumo à meta celeste, alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo, pão de vida eterna e fármaco da imortalidade divina. Amém!

Bento XVI – confirma publicação em breve da Encíclica social


Vídeo em espanhol

Para breve a publicação da Encíclica social. Assegurou-o Bento XVI recebendo neste sábado os membros da Fundação “Centesimus Annus – Pro Pontifice":

“Será proximamente publicada a minha Encíclica dedicada precisamente ao vasto tema da economia e do trabalho. Nela serão postos em evidência os objectivos que para nós cristãos há que seguir, assim como os valores a promover e a defender incansavelmente, para realizar uma convivência humana verdadeiramente livre e solidária”.

“Centesimus annus” é o nome da Encíclica social publicada por João Paulo II em 1991, no centenário da “Rerum novarum”, do Papa Leão XIII, primeiro grande acto do magistério pontifício sobre os problemas sociais e do mundo do trabalho e da economia. A Fundação “Centesimus Annus”, do Vaticano, tem como finalidades promover entre pessoas qualificadas o conhecimento da doutrina social cristã e favorecer iniciativas visando desenvolver a presença e acção da Igreja Católica nos vários âmbitos da sociedade.

Precisamente ontem, sexta-feira, esta Fundação promoveu em Roma um Convénio internacional para reflectir sobre “os valores e as regras a que o mundo da economia se deveria ater para suscitar um novo modelo de desenvolvimento mais atento às exigências da solidariedade e mais respeitoso da dignidade humana”.

Bento XVI congratulou-se com o facto de se terem nomeadamente examinado “as interdependências entre instituições, sociedade e mercado”, partindo de uma reflexão já expressa por João Paulo II, há 18 anos, na referida Encíclica social: “a economia de mercado - entendida como sistema económico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade pelos meios de produção, da livre criatividade humana no sector da economia – só poderá ser reconhecida como via de progresso económico e civil se for orientada para o bem comum”.

Esta reflexão – insistiu o Papa – deverá ser acompanhada de uma outra: “a liberdade no sector da economia deve enquadrar-se num sólido contexto jurídico que a coloque ao serviço da liberdade humana integral, uma liberdade responsável cujo centro é ético e religioso”.

Bento XVI citou a este propósito mais uma passagem da “Centesimus Annus”: “Assim como a pessoa humana se realiza plenamente no livre dom de si, assim também a propriedade justifica-se moralmente criando, nos devidos modos e tempos, ocasiões de trabalho e de crescimento humano para todos”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

O mestre e o discípulo

Ontem, após largos meses de ausência, fui com a minha mulher jantar a um conhecido restaurante japonês de Lisboa e a nosso pedido ficámos sentados ao balcão diante do “sushi man” brasileiro, Paulista se não estou em erro, de nome Aron.

Acontece que o proprietário do restaurante, de nacionalidade japonesa e também “sushi man”, faleceu repentinamente há já uns meses e Aron era visivelmente o seu discípulo de eleição. Sem que tivéssemos puxado pela conversa, Aron espontaneamente começou a falar, sem lamechice, do quanto devia ao seu mentor profissional e mestre e a recordar a dificuldade que tivera inicialmente em encaixar a sua cultura habituada a uma grande abertura com a reservada, tipicamente oriental, do mestre e como nos últimos anos se havia criado em enorme empatia entre eles, a tal ponto que um olhar, um sorriso eram suficientes para se entenderem.

A enorme humildade, sentido de gratidão e brio profissional de Aron impressionaram-nos vivamente, tendo a minha mulher comentado, “que pena não sermos todos assim”. Embora compartilhando a expressão usada, pessoalmente ocorreram-me dois pensamentos, o primeiro foram os Apóstolos, que souberam amar e honrar o seu Mestre galharda e apaixonadamente, o segundo foi S. Josemaría Escrivá que ao ouvir aquela conversa terá certamente pensado, “aqui está um ser humano que tem tudo para se santificar através do trabalho”, espero vir a ter oportunidade de dar seguimento a esta conversa com Aron.

O meu maior desejo, é poder pessoalmente ser também intérprete dos dois pensamentos que me ocorreram, que o Senhor nunca me deixe esquecê-los.

JPR

Comentário ao Evangelho de Domingo:

A carta a Diogneto (c. 200)

Semeados pela terra

Aquilo que a alma é no corpo, são-no os cristão no mundo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo como os cristãos pelas cidades do mundo. A alma mora no corpo e contudo não é do corpo, como os cristãos moram no mundo mas não são do mundo (Jo 17, 16). Invisível, a alma está aprisionada num corpo visível. Assim também os cristãos: vê-se bem que estão no mundo, mas o culto que rendem a Deus permanece invisível. A carne detesta a alma e faz-lhe guerra, sem razão, porque ela lhe impede a fruição de prazeres; de igual modo, o mundo detesta os cristãos sem qualquer razão, porque eles se opõem aos seus prazeres. A alma ama essa carne que a detesta, e os seus membros, tal como os cristãos amam aqueles que os detestam.

A alma está encerrada no corpo; é contudo ela que mantém o corpo. Os cristãos estão como que detidos na prisão do mundo; são contudo eles que mantêm o mundo. Imortal, a alma habita uma tenda mortal; assim os cristãos acampam no corruptível, esperando o incorruptível celeste (1Cor 15,50)... Tão nobre é o posto que Deus lhes confiou, que não lhes é permitido desertar.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 14 de Junho de 2009


São Marcos 14, 12-16.22-26 - nos países em que o Corpo de Deus é celebrada neste Domingo

No primeiro dia dos Ázimos,
em que se imolava o cordeiro pascal,
os discípulos perguntaram a Jesus:
«Onde queres que façamos os preparativos
para comer a Páscoa?»
Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes:
«Ide à cidade.
Virá ao vosso encontro um homem com uma bilha de água.
Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa:
«O Mestre pergunta: Onde está a sala,
em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?»
Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior,
alcatifada e pronta.
Preparai-nos lá o que é preciso».
Os discípulos partiram e foram à cidade.
Encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito
e prepararam a Páscoa.
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão,
recitou a bênção e partiu-o,
deu-o aos discípulos e disse:
«Tomai: isto é o meu Corpo».
Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho.
E todos beberam dele.
Disse Jesus:
«Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança,
derramado pela multidão dos homens.
Em verdade vos digo:
Não voltarei a beber do fruto da videira,
até ao dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus».
Cantaram os salmos e saíram para o Monte das Oliveiras.

São Marcos 4, 26-34 - nos países como Portugal em que o Corpo de Deus foi celebrado no dia 11 de Junho

Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«O reino de Deus é como um homem
que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia,
enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga,
por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo mete a foice,
porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus?
Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer
e torna-se a maior de todas as plantas da horta,
estendendo de tal forma os seus ramos
que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus
com muitas parábolas como estas,
conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas;
mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1946

Durante os meses precedentes trabalhava-se em Roma sobre os documentos apresentados para a aprovação Pontifícia do Opus Dei. Álvaro del Portillo, que se encontrava na Cidade Eterna, escreve a S. Josemaría referindo a conveniência de este se deslocar a Roma. Numa carta com data deste dia, o Fundador responde: “Não me dá jeito nenhum fazer a viagem que apontas como conveniente: nunca estive com pior disposição, física e moral. No entanto, decidido a não pôr entraves à vontade de Deus, hoje mesmo, de manhã, pedi que me preparassem os documentos, para o caso de ser preciso: se for, irei como um fardo. Fiat!”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=3100 )

Brahms Requiem - Mvt. 1

Santo António de Lisboa e de Pádua

Fernando de seu nome de baptismo, Santo António de Lisboa, ou Santo António de Pádua, nasceu por volta de 1195, em Lisboa, e morreu a 13 de Junho de 1231, em Pádua, na Itália.

Aos vinte anos professou a vida religiosa entre os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Ordenado sacerdote em 1220, fez-se frade franciscano no eremitério de Santo Antão dos Olivais em Coimbra, partindo depois para Marrocos em missão de apostolado aos muçulmanos.

Foi dos mais categorizados representantes da cultura cristã no período de transição da pré-escolástica para a escolástica. Figura notável pela sua erudição, impôs-se também pelo exemplo na pregação solene e doutrinal, na discussão com os hereges e no ensino nas escolas conventuais. Por isso, é ainda hoje considerado uma das personalidades franciscanas mais significativas.
Foi canonizado pelo papa Gregório IX, em 30 de Maio de 1233. Em Pádua foi erigida uma conhecida Basílica em sua memória, e lá se encontram as suas relíquias.


ORAÇÃO

Amadíssimo Protector meu, Santo António!
Eis-me aqui, a teus pés, plenamente confiando em vossa poderosa intercessão.
Olhai-me com aquele espírito de doce e terna compaixão com que olhavas aos pobres.
Pobre sou eu, Santo meu!
Vejo-me cheio de misérias.
A vida para mim é uma contínua luta.
Pão de felicidade, de alegria, de saúde e, de paz, de virtude...
quanto me faz falta a tua amorosa protecção!
Ouvi-me, vos peço humildemente, para que vosso nome de Taumaturgo seja novamente glorificado.
Creio em vosso poder, em vossa bondade, amo vosso coração de pai e bendigo a nosso Senhor, que te fez grande na terra e no céu.

Amém

Castidade, como vivê-la nos dias actuais

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo

«Não penseis que vim revogar a lei [...]; não vim revogá-la, mas completá-la» (Mt 5, 17)
Desejo recordar aos discípulos de Cristo a bondade de Deus; que nenhum de vós se deixe abalar pelos hereges que, em controvérsia, afirmam que o Deus da Lei não é bom, mas justo, e que a Lei de Moisés não ensina a bondade, mas a justiça. Eles que observem, esses detractores de Deus e da Lei, como o próprio Moisés e Aarão cumpriram antecipadamente aquilo que o Evangelho depois ensinou. Vede como Moisés ama os seus inimigos e ora por aqueles que o perseguem (Mt 5, 44) [...]; vede como, «prostrando-se com o rosto em terra», oram ambos por aqueles que se tinham rebelado e pretendiam matá-los (Nm 17, 10ss.). Deste modo, encontramos o Evangelho em potência na Lei, e temos de compreender que os Evangelhos se apoiam no fundamento da Lei.

Por mim, não dou o nome de Antigo Testamento à Lei, quando a considero em termos espirituais; a Lei só é um «Testamento Antigo» para aqueles que não desejam compreender o seu espírito. Para esses, a Lei tornou-se obrigatoriamente «antiga», envelheceu, porque perdeu a sua força. Para nós, porém, que a compreendemos e a explicamos em espírito e em conformidade com o Evangelho, a Lei permanece nova; para nós, os dois Testamentos são um novo Testamento, não pela data, mas pela novidade do sentido.

E não é certo que o Apóstolo João é do mesmo parecer, quando afirma na sua epístola: Caríssimos, dou-vos um mandamento novo, que vos ameis uns aos outros (4, 7; Jo 13, 34)? Bem sabia ele que o preceito do amor se encontrava, desde há muito, na Lei (1Jo 2, 7ss.; Lev 19, 18). Mas, como «a caridade nunca acabará» (1Cor 13, 8), [...] afirma a eterna novidade deste preceito que não envelhece. [...] Para o pecador, e para aqueles que não observam o pacto da caridade, até os Evangelhos envelhecem; não pode haver um Novo Testamento para aquele que não se despoja do homem velho e não se reveste do homem novo, criado segundo Deus (Ef 4, 22-24).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 13 de Junho de 2009 - S. António de Lisboa

São Mateus 5, 33-37

«Do mesmo modo, ouvistes o que foi dito aos antigos:
Não perjurarás, mas cumprirás diante do Senhor os teus juramentos.
Eu, porém, digo-vos:
Não jureis de maneira nenhuma:
nem pelo Céu, que é o trono de Deus, nem pela Terra,
que é o estrado dos seus pés,
nem por Jerusalém, que é a cidade do grande Rei.
Não jures pela tua cabeça,
porque não tens poder de tornar um só dos teus cabelos branco ou preto. Seja este o vosso modo de falar: Sim, sim; não, não. Tudo o que for além disto procede do espírito do mal.»

ou

São Mateus 5, 13-19

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Vós sois o sal da terra.
Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se?
Não serve para nada,
senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade
situada sobre um monte
nem se acende uma lâmpada
para a colocar debaixo do alqueire,
mas sobre o candelabro,
onde brilha para todos os que estão em casa.
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens,
para que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas
não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo:
Antes que passem o céu e a terra,
não passará da Lei a mais pequena letra
ou o mais pequeno sinal,
sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos,
por mais pequenos que sejam,
e ensinar assim aos homens,
será o menor no reino dos Céus.
Mas aquele que os praticar e ensinar
será grande no reino dos Céus».