Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Boa noite!

Deus não te arranca do teu ambiente, não te tira do mundo, nem do teu estado, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, quer-te santo!

(São Josemaría Escrivá - Forja, 362)

Por muito que tenhamos pensado nestas verdades, devemos encher-nos sempre de admiração ao pensar nos trinta anos de obscuridade que constituem a maior parte da passagem de Jesus entre os seus irmãos, os homens. Anos de sombra, mas, para nós, claros como a luz do Sol. Mais: resplendor que ilumina os nossos dias e lhes dá uma autêntica projecção, pois somos cristãos correntes, com uma vida vulgar, igual à de tantos milhões de pessoas nos mais diversos lugares do Mundo.

Assim viveu Jesus seis lustros: era filius fabris, o filho do carpinteiro. Virão depois os três anos de vida pública, com o clamor das multidões. E as pessoas surpreendem-se: Quem é este? Onde aprendeu tantas coisas? Pois a sua vida tinha sido a vida comum do povo da sua terra. Era o faber, filius Mariae, o carpinteiro, filho de Maria. E era Deus; e estava a realizar a redenção do género humano; e estava a atrair a si todas as coisas.

Como em relação a qualquer outro aspecto da sua vida, nunca deveríamos contemplar esses anos ocultos de Jesus sem nos sentirmos afectados, sem os reconhecermos como aquilo que são: chamamentos que o Senhor nos dirige para sairmos do nosso egoísmo, do nosso comodismo.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 14-15)

Cristãos são as principais vítimas de perseguição religiosa no mundo: Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz lembra violência no Iraque, na Ásia, na África e no Médio Oriente e pede fim do preconceito no Ocidente

Foi publicada nesta quinta feira a Mensagem de Bento XVI para o 44º dia mundial da paz que ocorre no próximo dia 1 de Janeiro.

O Papa sublinha antes de mais que o ano que termina foi marcado pela perseguição, pela descriminação, por actos terríveis de violência e de intolerância religiosa. Cita o Iraque, em particular o ataque contra a catedral síro-catolica de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro em Bagdade e contra os cristãos nas suas casas na capital iraquiana; os actos de violência e de intolerância em particular na Ásia, África, Médio Oriente e sobretudo na Terra Santa; recorda a solidariedade e o encorajamento expresso ás comunidades católicas da Região pelo Sínodo para o Médio Oriente.

Nalgumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal. Noutras regiões, há formas mais silenciosas e sofisticadas de preconceito e oposição contra os crentes e os símbolos religiosos. Os cristãos são, actualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé.

Pelo contrario, afirma o Papa, negar ou limitar de maneira arbitraria tal liberdade, obscura o papel publico da religião, significa cultivar uma visão parcial da pessoa humana, significa gerar uma sociedade injusta e incompleta, significa tornar impossível a afirmação da paz autentica e duradora para a inteira família humana: “A dignidade transcendente da pessoa é um valor essencial da sabedoria judaico-cristã, mas, graças à razão, pode ser reconhecida por todos. Esta dignidade….. há-de ser reconhecida como um bem universal, indispensável na construção duma sociedade orientada para a realização e a plenitude do homem.

A liberdade religiosa - salienta o Papa na sua mensagem está na origem da liberdade moral e da convivência civil: A ilusão de encontrar no relativismo moral a chave para uma pacífica convivência é, na realidade, a origem da divisão e da negação da dignidade dos seres humanos. Bento XVI cita o seu discurso á Assembleia Geral das Nações Unidas de 2008: segundo o Papa é inconcebível que os crentes tenham de suprimir uma parte de si mesmos – a sua fé – para serem cidadãos activos. Nunca deveria ser necessário renegar Deus para poder gozar dos próprios direitos.

O Papa detêm-se também na sua mensagem sobre as limitações mais silenciosas da liberdade religiosa: aqueles do preconceito e da hostilidade em relação aos crentes e ais símbolos religiosos:

A mesma determinação, com que são condenadas todas as formas de fanatismo e de fundamentalismo religioso, deve animar também a oposição a todas as formas de hostilidade contra a religião, que limitam o papel público dos crentes na vida civil e política.

A mensagem sublinha o perigo para a paz social destes dos tipos de fanatismo.

“O ordenamento jurídico a todos os níveis, nacional e internacional, quando consente ou tolera o fanatismo religioso ou anti-religioso, falta à sua própria missão, que consiste em tutelar e promover a justiça e o direito de cada um. Tais realidades não podem ser deixadas à mercê do arbítrio do legislador ou da maioria, porque, como já ensinava Cícero, a justiça consiste em algo mais do que um mero acto produtivo da lei e da sua aplicação. A justiça implica reconhecer a cada um a sua dignidade, a qual, sem liberdade religiosa garantida e vivida na sua essência, fica mutilada e ofendida, exposta ao risco de cair sob o predomínio dos ídolos, de bens relativos transformados em absolutos. Tudo isto expõe a sociedade ao risco de totalitarismos políticos e ideológicos, que enfatizam o poder público, ao mesmo tempo que são mortificadas e coarctadas, como se lhe fizessem concorrência, as liberdades de consciência, de pensamento e de religião. “

Como sempre Bento XVI é exigente antes de mais em relação aos próprios crentes, em particular sobre a qualidade da sua fé e os seus comportamentos na vida civil: As palavras do Papa a este propósito são densas de conteúdo e muito significativas:

Muitos suportam diariamente ofensas e vivem frequentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade, da sua fé em Jesus Cristo e do seu apelo sincero para que seja reconhecida a liberdade religiosa……Na liberdade religiosa exprime-se a especificidade da pessoa humana, que, por ela, pode orientar a própria vida pessoal e social para Deus

….Também hoje, numa sociedade cada vez mais globalizada, os cristãos são chamados – não só através de um responsável empenhamento civil, económico e político, mas também com o testemunho da própria caridade e fé – a oferecer a sua preciosa contribuição para o árduo e exaltante compromisso em prol da justiça, do desenvolvimento humano integral e do recto ordenamento das realidades humanas.

O Papa descreve os passos concretos necessários que devem ser empreendidos para promover a liberdade religiosa como caminho para a paz. Antes de mais um diálogo são entre as instituições civis e religiosas:

“No respeito da laicidade positiva das instituições estatais, a dimensão pública da religião deve ser sempre reconhecida. Para isso, um diálogo sadio entre as instituições civis e as religiosas é fundamental para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da harmonia da sociedade.”

Bento XVI dirige uma premente apelo para que a verdade moral seja objecto da devida consideração tanto na politica como da diplomacia:” Quer dizer agir de maneira responsável com base no conhecimento objectivo e integral dos factos; quer dizer desmantelar ideologias políticas que acabam por suplantar a verdade e a dignidade humana e pretendem promover pseudo-valores com o pretexto da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos; quer dizer favorecer um empenho constante de fundar a lei positiva sobre os princípios da lei natural.” Ele pensa em particular na situação nos países ocidentais marcados pela hostilidade contra a religião até á renegação da própria história e dos símbolos religiosos nos quais se reflectem a identidade e a cultura da maioria dos cidadãos

Num mundo globalizado, caracterizado por sociedades cada vez mais multiétnicas e multiconfessionais - observa o Papa – as grandes religiões podem constituir um importante factor de unidade e de paz para a família humana. Assim, os lideres das grandes religiões, pelo seu papel, a sua influencia e a sua autoridade sobre as comunidades dos crentes, têm uma responsabilidade especial na promoção das condições para uma autentica liberdade de religião e de consciência: “os líderes das grandes religiões do mundo e os responsáveis das nações renovem o compromisso pela promoção e a tutela da liberdade religiosa, em particular pela defesa das minorias religiosas; estas não constituem uma ameaça contra a identidade da maioria, antes, pelo contrário, são uma oportunidade para o diálogo e o mútuo enriquecimento cultural. A sua defesa representa a maneira ideal para consolidar o espírito de benevolência, abertura e reciprocidade com que se há-de tutelar os direitos e as liberdades fundamentais em todas as áreas e regiões do mundo.”

A Mensagem do Papa para o próximo dia mundial da paz é um convite ao diálogo como procura da verdade:” Para a Igreja, o diálogo entre os membros de diversas religiões constitui um instrumento importante para colaborar com todas as comunidades religiosas para o bem comum”.

Várias vezes, Bento XVI dirige-se com palavras de solidariedade e compaixão ás comunidades cristãs que sofrem perseguições, descriminações, actos de violência na Ásia, no Médio Oriente e especialmente na Terra Santa. Pede a todos os responsáveis de agir prontamente para pôr termo aos abusos contra os cristãos que vivem naquelas regiões.

E formula os seus votos: “de que cessem no Ocidente, especialmente na Europa, a hostilidade e os preconceitos contra os cristãos pelo facto de estes pretenderem orientar a própria vida de modo coerente com os valores e os princípios expressos no Evangelho. Mais ainda, que a Europa saiba reconciliar-se com as próprias raízes cristãs, que são fundamentais para compreender o papel que teve, tem e pretende ter na história; saberá assim experimentar justiça, concórdia e paz, cultivando um diálogo sincero com todos os povos.”

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Horowitz - Scarlatti Sonata L23

Boa Tarde!

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O hedonismo contemporâneo

«Na chamada sociedade do bem-estar, a vida é exaltada enquanto for agradável, mas tende a ser tanto menos respeitada quanto mais doente ou diminuída se apresenta. Mas se o ponto de partida for o amor profundo por cada pessoa, é possível pôr em prática formas eficazes de serviço à vida, tanto à que vai nascer como à marcada pela marginalidade ou pelo sofrimento, particularmente na sua fase terminal».

(Angelus 05/II/2006 – Bento XVI)

Bom Dia!

Da Melhoria Pessoal e da Vida Interior


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S. Josemaría Escrivá nesta data em 1937

Passaram poucos dias desde a travessia a pé dos Pirenéus, durante a guerra civil espanhola. Está muito cansado. Hoje, em San Sebastián, anota: “Continuo indisposto, mas procuro que não se note…”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Dever

Deriva da nossa formação e ética, tendo na sua essência o amor por Deus e pelo próximo e assim sentimo-nos impelidos a agir. Que o Senhor nos dê ganas e saúde para O podermos servir agindo sempre segundo a Sua vontade.

(JPR)

«O dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em acção, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa».

(Beata Madre Teresa de Calcutá)

Alleluia (Choir of King's College)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Carta ao Padre Jerónimo de 19 de Maio 1898

«Que fostes ver ao deserto?»

É preciso passar pelo deserto e aí permanecer para receber a graça de Deus; é lá que nos esvaziamos, que extraímos de nós tudo o que não é de Deus e que esvaziamos completamente esta pequena casa da nossa alma para deixar todo o espaço apenas para Deus. Os judeus passaram pelo deserto, Moisés viveu lá antes de receber a sua missão, São Paulo e São João Crisóstomo prepararam-se no deserto. [...] É um tempo de graça, é um período pelo qual toda a alma que quer produzir frutos tem necessariamente de passar. Ela precisa deste silêncio, deste recolhimento, deste esquecimento de todo o criado, no meio dos quais Deus estabelece o Seu reino e forma nela o espírito interior: a vida íntima com Deus, a conversa da alma com Deus na fé, na esperança e na caridade. Mais tarde, a alma produzirá frutos exactamente na medida em que o homem interior se tiver formado nela (Ef 3, 16). [...]

Não se dá o que se não tem e é na solidão, nesta vida apenas e só com Deus, neste recolhimento profundo da alma que esquece tudo para viver exclusivamente em união com Deus, que Deus Se dá inteiramente àquele que se dá assim a Ele. Dai-vos inteiramente somente a Ele [...] e Ele Se dará inteiramente a vós. [...] Vede São Paulo, São Bento, São Patrício, São Gregório Magno e tantos outros, quão longos tempos de recolhimento e de silêncio! Subi mais acima: olhai para São João Baptista, olhai para Nosso Senhor. Nosso Senhor não tinha necessidade disso, mas quis dar-nos o exemplo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 16 de Dezembro de 2010

São Lucas 7,24-30

24 Tendo partido os mensageiros de João, começou Jesus a dizer à multidão acerca de João: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento?25 Mas que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas? Mas os que vestem roupas preciosas e vivem entre delícias estão nos palácios dos reis.26 Que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo Eu, e mais ainda que profeta.27 Este é aquele de quem está escrito: “Eis que Eu envio o Meu mensageiro à Tua frente, o qual preparará o Teu caminho diante de Ti”.28 Porque Eu vos digo: Entre os nascidos de mulher não há maior profeta que João Baptista; porém, o que é menor no reino de Deus é maior do que ele».29 Todo o povo que O ouviu, mesmo os publicanos, deram glória a Deus, recebendo o baptismo de João.30 Os fariseus, porém, e os doutores da lei frustraram o desígnio de Deus a respeito deles, não se fazendo baptizar por ele.