Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Boa noite!

Quantos anos a comungar diariamente! – Outro seria santo – disseste-me – e eu, sempre na mesma! – Filho – respondi-te – continua com a Comunhão diária, e pensa: que seria de mim, se não tivesse comungado?

(São Josemaría Escrivá - Caminho, 534)

Recordai – saboreando, na intimidade da alma, a infinita bondade divina – que, pelas palavras da Consagração, Cristo vai tornar-se realmente presente na Hóstia, com o seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Adorai-O com reverência e devoção; renovai na sua presença o oferecimento sincero do vosso amor; dizei-lhe sem medo que Lhe quereis; agradecei-lhe esta prova diária de misericórdia tão cheia de ternura, e fomentai o desejo de vos aproximardes da comunhão com confiança. Eu surpreendo-me perante este mistério de Amor: o Senhor procura como trono o meu pobre coração, para não me abandonar, se eu não me afastar d'Ele.

Reconfortados pela presença de Cristo, alimentados pelo seu Corpo, seremos fiéis durante esta vida terrena, e mais tarde no Céu, junto de Jesus e de Sua Mãe, chamar-nos-emos vencedores. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Demos graças a Deus que nos trouxe a vitória, pela virtude de Nosso Senhor Jesus Cristo.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 161)

Byzantine chant - Χερουβικόν Γ' Ήχου

Boa Tarde!

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Hoje!


Eu amo loucamente o Baptismo, sem ele o Senhor não estaria dentro de mim e eu jamais me aperceberia do Seu amor. Obrigado aos meus Pais que me baptizaram!

(JPR)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1935



Deixa reservado o Santíssimo Sacramento na residência de estudantes da rua de Ferraz. Dois dias depois escreve agradecido: “Celebrou-se a Santa Missa, no Oratório desta Casa, e ficou Sua Divina Majestade Reservado, realizando plenamente os desejos de tantos anos (desde 1928)”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio (excertos audiências diversas)



«Precisamente porque imerge no mistério pascal de Cristo, o Baptismo cristão tem um valor muito superior aos ritos baptismais hebraicos e pagãos, que eram abluções destinadas a significar a purificação, mas incapazes de cancelar os pecados.» (01-IV-1998)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal


SINCERIDADE E VERACIDADE
– O “demónio mudo”. Necessidade da sinceridade.
– Amor à verdade. Sinceridade em primeiro lugar connosco próprios. Sinceridade com Deus. Sinceridade na direcção espiritual e na confissão. Meios para adquirir esta virtude.
– Sinceridade e veracidade com os outros. A palavra do cristão. A lealdade e a fidelidade, virtudes relacionadas com a veracidade. Outras consequências do amor à verdade.

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Bento XVI
Encíclica « Spe Salvi » §§ 30-31 (trad. © Libreria Editrice Vaticana rev.)

«O Reino de Deus já chegou até vós»


O Evangelho do dia 31 de Março de 2011

Evangelho segundo S. Lucas 11,14-23

14 Jesus estava a expulsar um demónio, que era mudo. Depois de ter expulsado o demónio, o mudo falou e as multidões ficaram maravilhadas.15 Mas alguns disseram: «Ele expulsa os demónios pelo poder de Belzebu, príncipe dos demónios».16 Outros, para O tentarem, pediam-Lhe um prodígio vindo do céu.17 Ele, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino dividido contra si mesmo será devastado, e cairá casa sobre casa.18 Se, pois, Satanás está dividido contra si mesmo, como estará em pé o seu reino? Porque vós dizeis que por virtude de Belzebu é que lanço fora os demónios.19 Ora, se é pelo poder de Belzebu que Eu expulso os demónios, os vossos filhos pelo poder de quem os expulsam? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes.20 Mas se Eu, pelo dedo de Deus, lanço fora os demónios, certamente chegou a vós o reino de Deus.21 Quando um, forte e armado, guarda o seu palácio, estão em segurança os bens que possui;22 porém, se, sobrevindo outro mais forte do que ele, o vencer, tira-lhe as armas em que confiava, e reparte os seus despojos.23 Quem não é comigo é contra Mim; e quem não colhe comigo desperdiça.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Boa noite!

Surgiram nuvens negras de falta de vontade, de perda de entusiasmo. Caíram aguaceiros de tristeza, com a clara sensação de te encontrares atado. E, como remate, vieram os desânimos, que nascem de uma realidade mais ou menos objectiva: tantos anos a lutar... e ainda estás tão atrasado, tão longe! Tudo isso é necessário, e Deus conta com isso. Para conseguirmos o "gaudium cum pace" – a paz e a alegria verdadeiras – havemos de acrescentar à certeza da nossa filiação divina, que nos enche de optimismo, o reconhecimento da nossa própria fraqueza pessoal.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 78)

Mesmo nos momentos em que percebemos mais profundamente a nossa limitação, podemos e devemos olhar para Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, sabendo-nos participantes da vida divina. Nunca existe razão suficiente para voltarmos atrás: o Senhor está ao nosso lado. Temos que ser fiéis, leais, encarar as nossas obrigações, encontrando em Jesus o amor e o estímulo para compreender os erros dos outros e superar os nossos próprios erros. Assim, todos esses desalentos – os teus, os meus, os de todos os homens – servem também de suporte ao reino de Cristo.

Reconheçamos as nossas fraquezas, mas confessemos o poder de Deus. O optimismo, a alegria, a convicção firme de que o Senhor quer servir-se de nós têm de informar a vida cristã. Se nos sentirmos parte dessa Igreja Santa, se nos considerarmos sustentados pela rocha firme de Pedro e pela acção do Espírito Santo, decidir-nos-emos a cumprir o pequeno dever de cada instante: semear todos os dias um pouco. E a colheita fará transbordar os celeiros.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 160)

Na audiência geral o Papa fala de Santo Afonso Maria de Ligório cujo ensinamento é de grande actualidade hoje, em que há claros sinais de perda da consciência moral

Na audiência geral desta quarta-feira o Papa dedicou a sua catequese a Santo Afonso Maria de Ligório, um santo napolitano, exemplo de pastor zeloso que conquistou as almas pregando o Evangelho e administrando os Sacramentos. Tudo isto unido a uma maneira de agir caracterizada por uma suave e meiga bondade que nascia da relação intensa com Deus, Bondade infinita.

Bento XVI salientou que Santo Afonso Maria de Ligório teve uma visão realisticamente optimista dos recursos de bem que o Senhor concede a cada homem e deu importância aos afectos e aos sentimentos do coração, além da mente, para poder amar a Deus e o próximo

Pertencia a uma nobre e rica família napolitana, exerceu brilhantemente a profissão de advogado, que abandonou para ordenar-se padre. Nos ambientes mais humildes de Nápoles iniciou um intenso trabalho de educação moral e de catequese, instruindo com paciência nas verdades fundamentais da fé e da vida cristã.

Fundou a Congregação religiosa do Santíssimo Redentor, cujos religiosos foram e continuam a ser autênticos missionários itinerantes. Escreveu importantes obras que plasmaram a vida espiritual popular dos últimos dois séculos. A espiritualidade Alfonsiana está centrada em Cristo: através do mistério da Incarnação e da Paixão do Senhor, a redenção é oferecida a todos os homens “em profusão”.

O Papa fez um resumo de sua catequese em português e saudou os peregrinos lusófonos presentes na Praça de S. Pedro onde decorreu a audiência geral:

Queridos irmãos e irmãs,

Corria o ano de 1732, quando Santo Afonso Maria de Ligório fundou a Congregação do Santíssimo Redentor. Autênticos missionários itinerantes, os padres redentoristas foram até às aldeias mais distantes, exortando à conversão e à perseverança na vida cristã, sobretudo por meio da oração. Assim aprenderam do seu Fundador, o qual lhes recomendava que fossem fiéis à doutrina moral católica, mas assumindo uma atitude cheia de caridade e compreensão com os pecadores. Os sacerdotes – ensinava ele - são um sinal visível da misericórdia infinita de Deus, que perdoa e ilumina a mente e o coração do pecador, para que se converta e mude de vida. Este ensinamento de Santo Afonso é de grande actualidade neste nosso tempo, em que há claros sinais de perda da consciência moral e – com preocupação, o reconhecemos – de falta de estima pelo sacramento da Reconciliação.
* * *
Amados peregrinos de língua portuguesa, queridos fiéis da paróquia de Santa Maria do Barreiro, na diocese de Setúbal: a minha saudação amiga para todos vós, com votos de um frutuoso empenho na caminhada quaresmal que estais fazendo. Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade de Deus, e testemunhar a todos a sua bondade e misericórdia! Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção Apostólica.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Usar bem a liberdade – por Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Selecção de foto da responsabilidade de JPR

«Não sei se isto está bem ou está mal. Sinceramente, quero lá saber! O que eu sei é que gosto disto. E também sei que sou livre. Ninguém — nem Deus — me pode impedir de fazer aquilo que me apetece. Ninguém me pode impedir de ser feliz. Aqueles que insistem na existência do bem e do mal, lá no fundo, pretendem impedir-nos de sermos felizes. Porquê? Porque são uns infelizes. São uns frustrados. Nunca fizeram o que lhes apetecia na sua vida. Sempre cumpriram — religiosamente — o seu dever. E esse seu dever asfixiou-os, murchou-os e impediu-os de aproveitarem a existência».
Todos já ouvimos algum raciocínio deste tipo. É um modo de pensar que se encontra em muitas pessoas ao nosso redor — sobretudo, nos jovens. No entanto, não é um modo de pensar exclusivo dos nossos dias. Sempre esteve presente, na História da Humanidade, o equívoco de confundir a liberdade com fazer aquilo que nos apetece. É um equívoco relativamente comum, mas isso não significa que não seja, ao mesmo tempo, um erro crasso com funestas consequências para a vida de uma pessoa. Consequências que — muitas vezes — só se descobrem tarde demais.
Não é à toa que alguém disse — e com razão — que a educação consiste sobretudo em ensinar a usar bem a liberdade. É que nós, quer queiramos quer não, estamos obrigados a ser livres. Estamos obrigados a escolher um caminho concreto a percorrer nesta vida, entre as variadas bifurcações que se nos apresentam todos os dias. No entanto, temos de ter atenção a um “pequeno” detalhe da liberdade que nos pode passar despercebido: estamos obrigados a escolher mas não estamos obrigados a acertar.
Com o mesmo dom da liberdade podemos construir a nossa vida ou destruí-la. Podemos desenvolver-nos ou degradar-nos. Podemos realizar o bem ou deixar-nos arrastar pelo mal. Podemos chegar à felicidade eterna ou perdê-la para sempre. Sermos livres não é — sem dúvida nenhuma — uma brincadeira com consequências inócuas. A liberdade não nos foi concedida para fazermos o que nos apetece, mas para fazermos aquilo que nos convém. A isso chamamos “bem”. Ao que não nos convém, chamamos “mal”.
E se — com esperteza saloia — chamarmos ao “mal” “bem” porque nos apetece fazê-lo? Nesse caso, deformamos a nossa visão da realidade. No entanto, a realidade — a verdade das coisas — não se deforma. O tempo acabará por dar razão à realidade — não à nossa deformação mental. Não é por fecharmos os olhos à realidade que ela desaparece ou deixa de ser aquilo que é.
Pois bem: para fazer o bem com constância — e não só quando nos apetece — temos de possuir uma autêntica força de vontade. A força de vontade liberta-nos das cadeias da nossa própria debilidade — das cadeias dos nossos apetites sensíveis. Torna-nos mais livres porque a liberdade exige um senhorio sobre nós mesmos. Quem não consegue dominar-se a si mesmo nunca poderá ser verdadeiramente livre. Sempre será escravo dos seus gostos e dos seus caprichos.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1925

Às 10.30 da manhã celebra a sua primeira Missa na capela da Virgem do Pilar, em Saragoça (Espanha), em sufrágio pela alma de seu pai, falecido havia poucos meses: “Na Santa capela, perante uma mão-cheia de pessoas, celebrei sem dar nas vistas a minha Missa Nova”. É a Segunda-feira anterior à Semana Santa desse ano.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio (excertos audiências diversas)

«Na história da Igreja os protomártires revestem notável importância para o desenvolvimento da comunidade dos crentes e para a evangelização. Pensamos, por exemplo, nos protomártires romanos e naqueles de inúmeros outros Países, onde a fé é cadenciada pelo seu heróico testemunho.» (25-III-1998)

O Amor é Eterno

«Compreendi que, se a Igreja tinha um corpo composto de diferentes membros, o mais necessário, o mais nobre de todos não lhe faltava: compreendi que a igreja tinha um coração, e que esse coração estava ardendo de amor. Compreendi que só o Amor fazia agir os membros da Igreja; que se o Amor se apagasse, os apóstolos já não anunciariam o Evangelho, os mártires recusar-se-iam a derramar o seu sangue... Compreendi que o Amor encerra todas as vocações, que o Amor é tudo, que abarca todos os tempos e lugares ... numa palavra, que ele é Eterno»

(Manuscrito B. 3v - Santa Teresa do Menino Jesus)

A nossa luta pela santidade

«Temos de nos sustentar uns aos outros, para que a luta pessoal pela santidade seja constante, firme, alegre; começando e recomeçando em cada dia, para aprender a amar a Deus em tudo».

(Carta de Agosto 2008 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal


AS VIRTUDES E O CRESCIMENTO ESPIRITUAL
– As virtudes e a santidade.
– Virtudes humanas e virtudes sobrenaturais. O seu exercício na vida diária.
– O Senhor dá sempre a sua graça para vivermos a fé cristã na sua plenitude.

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Homilia 12; PG 77, 1041ss. (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 174)

«Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição»


O Evangelho do dia 30 de Março de 2011

Evangelho segundo S. Mateus 5,17-19

17 «Não julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim para os abolir, mas sim para cumprir.18 Porque em verdade vos digo: antes passarão o céu e a terra, que passe uma só letra ou um só traço da Lei, sem que tudo seja cumprido.19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos mesmo dos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será considerado o mais pequeno no Reino dos Céus. Mas o que os guardar e ensinar, esse será considerado grande no Reino dos Céus.

terça-feira, 29 de março de 2011

Boa noite!

Não necessito de milagres; bastam-me os que há na Escritura. – Pelo contrário, faz-me falta o teu cumprimento do dever, a tua correspondência à graça.

(São Josemaría Escrivá - Caminho, 362)

Repitamos com a palavra e com as obras: Senhor, confio em Ti, basta-me a tua providência ordinária, a tua ajuda de cada dia. Não temos por que pedir a Deus grandes milagres. Temos de lhe suplicar, pelo contrário, que aumente a nossa fé, que ilumine a nossa inteligência, que fortaleça a nossa vontade. Jesus está sempre junto de nós e permanece fiel.

Desde o começo da minha pregação, preveni-vos contra um falso endeusamento. Não te assustes ao veres-te tal como és: assim, feito de barro. Não te preocupes. Porque, tu e eu somos filhos de Deus, – este é o endeusamento bom – escolhidos desde a eternidade, com uma vocação divina: escolheu-nos o Pai, por Jesus Cristo, antes da criação do mundo, para que sejamos santos diante dele. Nós, que somos especialmente de Deus, seus instrumentos apesar da nossa pobre miséria pessoal, seremos eficazes se não perdermos o conhecimento da nossa fraqueza. As tentações dão-nos a dimensão da nossa própria fraqueza.

Se sentimos desalento ao experimentar – talvez de um modo particularmente vivo – a nossa mesquinhez, é o momento de nos abandonarmos por completo, com docilidade, nas mãos de Deus. Conta-se que, certo dia, um mendigo saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola. Alexandre parou e ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades. O pobre, confundido e atordoado, exclamou: eu não pedia tanto! E Alexandre respondeu: tu pediste como quem és; eu dou-te como quem sou.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 160)

OS SINAIS DE DEUS


A Igreja católica reconheceu domingo a cura inexplicável de um paciente em peregrinação a Lourdes como «notável», o que pode representar um dom divino feito a este homem pela intervenção da Virgem, anunciaram os Santuários da cidade, citados pela imprensa francesa.
Serge François, de 40 anos, sofria há anos de uma hérnia discal a que foi operado duas vezes, de uma paralisia quase total da perna esquerda e de fortes dores. Durante esse tempo, foi, por diversas vezes em peregrinação a Lourdes.
No dia 12 de Abril de 2002, deslocou-se à gruta de Massabielle, onde, segundo a tradição católica, a Virgem apareceu 18 vezes a Bernadette Soubirous a 11 de Fevereiro de 1858. Lá, encontrou uma mulher deprimida. Ouviu-a e consolou-a. Nessa noite, sentiu-se tão cansado que decidiu nem integrar a procissão, tendo acompanhado a celebração através da janela do quarto de hotel.
Mas antes de dormir decidiu voltar à gruta para rezar pela mulher que tinha conhecido nesse dia. Ao regressar, sentiu uma dor tão forte na perna que caiu no chão. De seguida, foi invadido por um calor e, de repente, todas as dores desapareceram.

Esta notícia fez-me lembrar, (com uma interpretação necessariamente simples), a passagem bíblica em que Jesus Cristo diz à multidão que O ouve:
«Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas.» Lc 11, 29

Mas o Senhor dá-nos sempre sinais da Sua presença no meio de nós, todos os dias e em todos os tempos.

Sinais, uns mais visíveis, como este, e outros, mais sensíveis, como aqueles que tantas vezes sentimos e vivemos quando a Ele nos entregamos e confiamos.

Tenho para mim, que sinais “maiores” do que este, são os sinais que Ele opera naqueles que O procuram, para n’Ele, por Ele e com Ele encontrarem a Verdade, o caminho da salvação, que todos os dias Ele mesmo nos vai revelando.

Como por exemplo em mim, pois de um homem que levava uma vida sem sentido, (apenas para mim próprio e que nem para mim próprio era boa), tudo foi transformando e convertendo, mudando radical e felizmente as prioridades, os interesses, as afeições, os sentimentos, e até das próprias fraquezas fez reconhecer ensinamentos para uma vida com sentido, uma vida que verdadeiramente tenta viver como dom de Deus.

Aliás não é para isso também que Jesus Cristo nos chama a atenção, quando na “cura do paralítico” Lc 5, 17-26, afirma:
«Que estais a pensar em vossos corações? Que é mais fácil dizer: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te e anda'? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, o poder de perdoar pecados, ordeno-te - disse ao paralítico: Levanta-te, pega na enxerga e vai para tua casa.» Lc 5, 22-24

Pois é, os sinais estão aí, todos os dias, mas nós não os vemos, ou não os queremos ver, ou ainda ao vê-los, tentamos desvalorizá-los.

Não sabemos explicá-los, mas mesmo assim, muitos de nós, preferem atribuí-los a algo que não sabem o que é, do que atribuí-los a Deus, que os realiza por amor ao homem que criou.

Curiosamente, ou não, podemos ver ainda outra ligação ao episódio da “cura do paralítico”Lc 5, 17-26.

Jesus Cristo, perante a perseverança daqueles homens que levam o paralítico à Sua presença, «vendo a fé daqueles homens» Lc 5, 20, perdoa primeiro os pecados àquele homem, para depois o curar da sua enfermidade.

Pela intercessão de uns, que se preocuparam com aquele que precisava, Jesus concedeu àquele paralítico, mais do que ele pensava ou desejava, ou seja, não lhe concedeu apenas a cura da enfermidade do corpo, mas também a da alma.

Nesta notícia acima referida, é o próprio homem que, sendo enfermo, se preocupa mais com o seu próximo do que com ele próprio.

Foi á procura de cura para o seu mal, mas perante a necessidade do outro, «lá, encontrou uma mulher deprimida», esqueceu-se de si, para tratar do próximo, «ouviu-a e consolou-a.»

Mas fez mais, (lembrando agora o Bom Samaritano Lc 10, 29-37), pois apesar do seu cansaço e da sua enfermidade, (que lhe dificultava o caminhar), encontrou forças para «antes de dormir voltar à gruta para rezar pela mulher que tinha conhecido nesse dia.»

Deus recompensou-o do seu total desprendimento, da sua entrega, do seu amor pelos outros e aos outros.

«Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?' E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.'» Mt 25, 37-40

Os sinais estão aí, bem visíveis e sensíveis, para além dos Sacramentos que a Igreja todos os dias nos dá a celebrar.

Resta-nos abrir o coração e acreditar.

Glória ao Senhor.

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2011/03/os-sinais-de-deus.html

Boa Tarde!

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Não podemos ficar indiferentes diante dos ataques contra a família

Não podemos ficar indiferentes diante dos ataques que sofre hoje a família, célula fundamental da sociedade: afirma o papa Bento XVI na mensagem por ocasião do encontro que decorre em Bogotá Colômbia dos bispos responsáveis das comissões episcopais da família e da vida na América Latina e Caraíbas.

A família é o valor mais desejado pelos povos da América Latina. Mas muitas famílias – sublinha o Santo Padre – sofrem por causa das múltiplas situações contrárias provocadas pelas rápidas mudanças culturais, pela instabilidade social, pelos fluxos migratórios , pela pobreza, pelos programas de educação que banalizam a sexualidade e pelas falsas ideologias. Diante deste quadro, não podemos ficar indiferentes.

No Evangelho – acrescenta o papa na sua mensagem lida pelo cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho pontifício para a Família – encontramos a luz para responder a estes desafios sem nos desencorajarmos . Portanto serão importantes todos os esforços tendentes a apoiar a família, fundada na união indissolúvel entre um homem e uma mulher, de maneira que desempenhe a sua missão de célula vida da sociedade, fonte de virtude, escola de convivência construtiva e pacifica, instrumento de concórdia e âmbito privilegiado no qual, com alegria e responsabilidade, seja acolhida e protegida a vida humana desde o seu inicio até á sua morte natural.

Deve-se portanto continuar a encorajar os pais no seu direito e responsabilidade fundamental de educar as novas gerações á fé e aos valores que nobilitam a existência humana. O Papa mostra-se certo de que a Missão Continental promovida em Aparecida possa relançar nos países da América Latina e Caraíbas a pastoral familiar.

As famílias cristãs – conclui a mensagem do papa – são chamadas a ser um verdadeiro sujeito de evangelização e de apostolado e a tomar consciência da sua preciosa missão no mundo.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

O Angelus do dia 27 de Março de 2011 (versão integral)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1947

A Câmara Municipal de Barbastro, sua cidade natal, nomeia-o Filho predilecto. Passados anos, numa carta dirigida ao Presidente da Câmara, datada de 28 de Março de 1971, escreve: “Sou muito barbastrense e procuro ser bom filho dos meus pais. Deixe-me dizer que a minha mãe e o meu pai, embora tivessem de sair dessa terra, inculcaram em nós, com a fé e a piedade, um carinho muito grande às terras banhadas pelo Vero e pelo Cinca”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Hoje!


Rogo-Te que por intercessão de Nossa Senhora, Rainha de Portugal, envies o Teu Espírito e ilumines todos os que têm responsabilidades políticas neste pequeno, mas belo, país.

Solidariedade: Bispo de Beja defende uma «conversão ao sentido de humanidade»

D. Vitalino Dantas dedicou a sua reflexão semanal ao tema do Dia Nacional da Caritas, «Ser Voluntário - Ser Solidário»

O bispo de Beja considera que a solução para a crise económica e social que Portugal e o mundo atravessam só será conhecida depois de uma “conversão de todos e cada um ao sentido da humanidade”.

“Ou fazemos da nossa vida um hino à relação, ao amor, à misericórdia, à alteridade, ao ser para os outros, ou definhamos e desaparecemos”, realça D. Vitalino Dantas, na sua habitual nota semanal da «Rádio Pax», enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O prelado centrou a sua reflexão no tema «Ser Voluntário – Ser Solidário», numa alusão ao Dia Nacional da Caritas, que teve lugar este domingo.

Para o bispo, tratou-se de um “tempo forte de vivência cristã”, que o evangelho do dia ajudou a consolidar, com a passagem do encontro entre Jesus e a samaritana.

 “Desde o abrir-se ao outro, mesmo que aparentemente inimigo, pedindo o mais elementar, água para beber, até à revelação profunda da verdade que somos e procuramos, o evangelho apresenta-nos um itinerário de vida, para todo o ser humano que busca a realização plena” explicou.

Mais grave do que a falência financeira que afecta tantas pessoas e empresas, é “o isolamento e a falência espiritual e humana”.

“As crises actuais podem ser uma oportunidade para mudarmos de vida, não querendo o progresso material a todo o custo, pondo em perigo a natureza e a nossa humanidade” concluiu o prelado.

JCP

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Nota de JPR: se desejar contribuir com 0,5% do seu IRS (não tem que pagar mais nada) para a Caritas Diocesana de Beja use s.f.f. o seguinte NIF 500 918 449 – no Quadro 9 do Anexo H da sua declaração. Bem-haja!

Doarmo-nos a Deus

«Queridos irmãos e irmãos, considerando bem, o jejum tem como sua finalidade última ajudar cada um de nós, como escrevia o Servo de Deus Papa João Paulo II, a fazer dom total de si a Deus (cf. Enc. Veritatis splendor, 21). A Quaresma seja portanto valorizada em cada família e em cada comunidade cristã para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma abrindo-a ao amor de Deus e do próximo. Penso em particular num maior compromisso na oração, na lectio divina, no recurso ao Sacramento da Reconciliação e na participação activa na Eucaristia, sobretudo na Santa Missa dominical.»


(Mensagem para a Quaresma de 2009 de Bento XVI)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio (excertos audiências diversas)

«O exemplo de Maria ilumina e encoraja a experiência de inúmeras mulheres, que realizam o seu trabalho quotidiano exclusivamente entre as paredes domésticas. Trata-se de um empenho humilde, oculto, repetitivo e, muitas vezes, não apreciado de modo suficiente. Contudo, os longos anos, transcorridos por Maria na casa de Nazaré, revelam as suas enormes potencialidades de amor autêntico e, portanto, de salvação. Com efeito, a simplicidade da vida de tantas donas de casa, sentida como missão de serviço e de amor, contém um valor extraordinário aos olhos do Senhor.» (29-I-1997)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal


PERDOAR E DESCULPAR
– Perdoar e esquecer as pequenas ofensas que às vezes se produzem na convivência diária.
– O nosso perdão em comparação com o do Senhor.
– Desculpar e compreender. Aprender a ver as coisas boas dos outros.

Comentário ao Evangelho do dia:

Das liturgias bizantinas e orientais da Grande Quaresma
Oração de Santo Efrém, o Sírio

Ter piedade do próximo, como Deus teve de nós


O Evangelho do dia 29 de Março de 2011

Evangelho segundo S. Mateus 18,21-35

21 Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?».22 Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.23 «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos.24 Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.25 Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida.26 Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”.27 E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida.28 «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”.29 O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”.30 Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida.31 «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido.32 Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste.33 Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”.34 E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida.35 «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»

segunda-feira, 28 de março de 2011

Boa noite!

Frequenta o convívio do Espírito Santo – o Grande Desconhecido – que é Quem te há-de santificar. Não esqueças de que és templo de Deus. – O Paráclito está no centro da tua alma: ouve-O e segue docilmente as Suas inspirações.

(São Josemaría Escrivá - Caminho, 57)

A força e o poder de Deus iluminam a face da Terra. O Espírito Santo continua a assistir à Igreja de Cristo, para que ela seja – sempre e em tudo – sinal erguido diante das nações, anunciando à Humanidade a benevolência e o amor de Deus. Por maiores que sejam as nossas limitações, nós, homens, podemos olhar com confiança para os Céus e sentir-nos cheios de alegria: Deus ama-nos e liberta-nos dos nossos pecados. A presença e a acção do Espírito Santo na Igreja são o penhor e a antecipação da felicidade eterna, dessa alegria e dessa paz que Deus nos prepara. (...).

Mas esta nossa fé no Espírito Santo deve ser plena e completa. Não é uma crença vaga na sua presença no mundo; é uma aceitação agradecida dos sinais e realidades a que quis vincular a sua força de um modo especial. Quando vier o Espírito de Verdade – anunciou Jesus – Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. O Espírito Santo é o Espírito enviado por Cristo, para operar em nós a santificação que Ele nos mereceu para nós na Terra.

É por isso que não pode haver fé no Espírito Santo, se não houver fé em Cristo, na doutrina de Cristo, nos sacramentos de Cristo, na Igreja de Cristo. Não é coerente com a fé cristã, não crê verdadeiramente no Espírito Santo, quem não ama a Igreja, quem não tem confiança nela, quem se compraz apenas em mostrar as deficiências e limitações dos que a representam, quem a julga por fora e é incapaz de se sentir seu filho.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 128 – 130)

Prece - Fernando Pessoa por Miguel Guilherme

Pessoa Pessoas - Miguel Guilherme from Elvis Veiguinha on Vimeo.

Boa Tarde!

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A culpa - por António Bagão Félix

A culpa de não haver PEC 4 é do PSD e do CDS. A culpa de haver portagens nas Scuts é do PSD que viabilizou o PEC 3. A culpa do PEC 3 é do PEC 2. Que, por sua vez, tem culpa do PEC 1.
Chegados a este, a culpa é da situação internacional. E da Grécia e da Irlanda. E antes destas culpas todas, a culpa continua a ser dos Governos PSD/CDS. Aliás, nos últimos 16 anos, a culpa é apenas dos 3 anos de governação não socialista.
A culpa é do Presidente da República. A culpa é da Chanceler. A culpa é de Trichet. A culpa é da Madeira. A culpa é do FMI. A culpa é do euro.
A culpa é dos mercados. Excepto do "mercado" Magalhães. A culpa é do ‘rating'. A culpa é dos especuladores que nos emprestam dinheiro. A culpa até chegou a ser das receitas extraordinárias. À falta de outra culpa, a culpa é de os Orçamentos e PEC serem obrigatórios.
A culpa é da agricultura. A culpa é do nemátodo do pinho. A culpa é dos professores. A culpa é dos pais. A culpa é dos exames. A culpa é dos submarinos. A culpa é do TGV espanhol. A culpa é da conjuntura. A culpa é da estrutura.
A culpa é do computador que entupiu. A culpa é da ‘pen'. A culpa é do funcionário do Powerpoint. A culpa é do Director-Geral. A culpa é da errata, porque nunca há errata na culpa. A culpa é das estatísticas. Umas vezes, a culpa é do INE, outras do Eurostat, outras ainda do FMI. A culpa é de uma qualquer independente universidade. E, agora em versão pós Constâncio, a culpa também já é do Banco de Portugal. A culpa é dos jornalistas que fazem perguntas. A culpa é dos deputados que questionam. A culpa é das Comissões parlamentares que investigam. A culpa é dos que estudam os assuntos.
A culpa é do excesso de pensionistas. A culpa é dos desempregados. A culpa é dos doentes. A culpa é dos contribuintes. A culpa é dos pobres.
A culpa é das empresas, excepto as ungidas pelo regime. A culpa é da meteorologia. A culpa é do petróleo que sobe. A culpa é do petróleo que desce.
A culpa é da insensibilidade. Dos outros. A culpa é da arrogância. Dos outros. A culpa é da incompreensão. Dos outros. A culpa é da vertigem do poder. Dos outros. A culpa é da demagogia. Dos outros. A culpa é do pessimismo. Dos outros.
A culpa é do passado. A culpa é do futuro. A culpa é da verdade. A culpa é da realidade. A culpa é das notícias. A culpa é da esquerda. A culpa é da direita. A culpa é da rua. A culpa é do complexo de culpa. A culpa é da ética.
Há sempre "novas oportunidades" para as culpas (dos outros). Imagine-se, até que, há tempos, o atraso para assistir a uma ópera, foi culpa do PM de Cabo-Verde.
No fim, a culpa é dos eleitores, que não deram a maioria absoluta ao imaculado. A culpa é da democracia. A culpa é de Portugal. De todos. Só ele (e seus pajens) não têm culpa. Povo ingrato! Basta! Na passada quarta-feira, a culpa... já foi.
António Bagão Félix, Economista
(Fonte: site Diário Económico em http://economico.sapo.pt/noticias/a-culpa_114480.html)

Hoje!


Ofereço-Te as minhas debilidades, para Te amar sempre mais e mais.

(JPR)

Josemaría Escrivá, Sacerdote de Jesus Cristo – 86º aniversário da sua ordenação Sacerdotal

Na quinta semana da Quaresma, sábado ante Dominicam Passionis, 28 de março de 1925, D. Miguel de los Santos Díaz Gómara, bispo de Tagora, conferiu a ordenação sacerdotal a Josemaría Escrivá, na igreja do Seminário Real de São Carlos. Com S. Josemaría, ordenaram-se mais nove diáconos do seu seminário: Clemente Cubero Berné, Gerásimo FIllat Bistuer e Manuel Yagues Flor; e do Seminário Conciliar ordenaram-se: Julián Lou, Francisco Muñoz Secanella y Pascual Pellejero.

A ordenação, celebrada com a solenidade habitual destes actos terá sido ser longa e muito concorrida. O ordenando seguiu com os cinco sentidos as cerimónias litúrgicas: a unção das mãos, a traditio instrumentorum, as palavras da consagração… Emocionado e confuso diante da bondade do Senhor, não deu importância às dificuldades passadas desde o dia do seu chamamento, agradecendo como um terno apaixonado. Em certa ocasião, perguntaram-lhe sobre as suas recordações daquele dia. Ele respondeu a essa pessoa: “Olha, meu filho: não me lembro de nenhuma coisa que vos possa contar agora. Mas faltaria à verdade se não dissesse que recordo muito aqueles momentos; penso que tudo”.

Foram ordenados 14 subdiáconos, 4 diáconos e 10 presbíteros que estariam acompanhados de familiares, e dos seminaristas de Saragoça. No meio dessa numerosa assistência, encontrava-se a mãe de Josemaría, Dona Dolores Albás, e os seus dois filhos, Cármen e Santiago; segundo parece, não teria assistido nenhum outro parente próximo.

No dia seguinte, despediu-se do seminário onde tinha passado quase cinco anos de intensa actividade e amadurecimento interior. Depois de celebrar a sua Primeira Missa na Capela de Nossa Senhora do Pilar no dia 30 de Março, no dia 31, deu início ao seu primeiro encargo pastoral, como Vigário Auxiliar da paróquia de Perdiguera.

Mudança de planos

Como é sabido, não eram esses os projectos iniciais de Josemaría, que queria ser arquitecto. Um colega seu de Logronho, Agustín Pérez Tomás, recorda que um colega uma vez disse a Josemaría que podia ser sacerdote e que ele respondeu convencido: - O quê, palermices…

Nunca pensou que o sacerdócio fosse para ele. Mas soube mudar de planos, diante das sugestões que Deus lhe fazia. Quando se decidiu a empreender esse caminho, falou com os pais, que lhe deram os conselhos próprios de uma família profundamente cristã. E em Outubro de 1918 começou a estudar no seminário de Logronho, como aluno externo.

Muitas vezes insistiu nesta ideia: “Nunca pensei em dedicar-me a Deus. O problema não se me tinha apresentado, porque pensava que não era para mim. Mas o Senhor ia preparando as coisas, ia dando-me uma graça a seguir à outra, passando por alto os meus defeitos, os meus erros de criança e os meus erros de adolescente…”.

Um dia de forte nevada, em pleno Inverno de Logronho, Josemaría – ainda adolescente – viu as pegadas de uns pés descalços de um Carmelita sobre a neve. Estas pegadas comoveram o seu coração, que se acendeu em desejos de um amor grande. Diante do sacrifício, por amor de Deus, daquele frade, Josemaría perguntava a si próprio o que podia ele fazer por Deus.

Porque me fiz sacerdote?

Dava-se conta de que o Senhor queria algo dele, mas não sabia o que era. Naqueles dias de Inverno, nos primeiros meses de 1918, foi falar em várias ocasiões com o Pe. José Miguel, um dos frades que vivia ao lado do Convento das Carmelitas descalças, e atendia a sua igreja. Depois, pensou em ser sacerdote. “Porque me fiz sacerdote? - perguntar-se-ia mais tarde – “porque acreditei que assim seria mais fácil cumprir a vontade de Deus, que não conhecia. Havia uns oito anos antes da minha ordenação em que a sentia, mas não sabia o que era, e não o soube até 1928. Por isso me fiz sacerdote”. 

Em Setembro de 1920 mudou-se para Saragoça, onde, poucos meses antes da sua ordenação sacerdotal, se lhe deparou uma nova adversidade familiar: a morte do pai. Sonhando com o sacerdócio, tornavam-se longos os dias. Tinha apenas vinte e três anos, pelo que teve de solicitar dispensa pontifícia por não ter ainda a idade canónica. A 20 de Fevereiro de 1925, chegou de Roma a resposta positiva; e no dia 4 de Março apresentou ao Vigário Capitular, um pedido em que expunha: Que, desejando receber a Sagrada Ordem do Presbiterado, nas próximas Têmporas da quinta semana da Quaresma, por se sentir chamado por Deus ao estado sacerdotal, suplica a V. S. Il.ma se digne conceder-lhe as oportunas letras dimissórias, após os requisitos exigidos pelos Sagrados cânones.

Finalmente, no Sábado de Têmporas, dia 28 de Março de 1925, celebrou-se a cerimónia da ordenação sacerdotal, na igreja de S. Carlos, tendo-lhe conferido o presbiterado D. Miguel de los Santos Díaz Gómara.

Missa nova

Fez os preparativos para a sua primeira Missa. Não era solene; seria uma Missa rezada, na Segunda-feira da Semana da Paixão, com paramentos roxos e oferecida em sufrágio pela alma de seu pai. O recém-ordenado convidou muito poucas pessoas, por estar de luto. A festa seria celebrada na intimidade. Os convites eram umas estampas de Nossa Senhora, com o seguinte texto nas costas: “O Presbítero José María Escrivá y Albás celebrará a sua Missa Nova na Santa e Angélica Capela do Pilar de Saragoça, no dia 30 de Março de 1925, às dez e meia da manhã, em sufrágio pela alma de seu pai, José Escrivá Corzán, que adormeceu no Senhor no dia 27 de Novembro de 1924. A.M.D.G. Convite e memória.”

Não lhe tinha sido fácil conseguir que lhe cedessem a Capela; mas o seu vivo desejo era celebrar ali, no lugar que visitava diariamente e onde clamava o seu Domina, ut sit! . De resto, a Missa foi mais dolorosa do que o celebrante podia prever, embora escondesse a memória e as circunstâncias do acto numa frase muito simples: na Santa capela diante de umas quantas pessoas, celebrei sem ruído a minha Missa Nova. O seu irmão Santiago, que contava seis anos de idade, recorda a simplicidade da cerimónia e a escassa companhia: “Foi Missa rezada, à qual assistimos a minha mãe, a minha irmã Cármen, eu e algumas pessoas”. A sua prima, Sixta Cermeño, faz um relato mais explícito: “O meu marido e eu fomos os únicos da família Albás que, acompanhámos a sua mãe, assistimos àquela Missa Nova […]. Estávamos a mãe de Josemaría – a tia Lola -, a sua irmã, o irmão – que teria então uns seis anos -, nós – o meu marido e eu -, duas vizinhas de Barbastro que se chamam Cortés e eram íntimas amigas da sua irmã Cármen – deviam ter a mesma idade que ela – e mais alguém que eu não conhecia: julgo lembrar-me de dois ou três sacerdotes e era possível que estivessem também alguns amigos da Universidade ou do Seminário. É difícil dizer, porque é sabido que a Capela do Pilar está sempre cheia de gente”. 

O Reitor, o Pe. José López Sierra, acrescenta que foram padrinhos de altar dois sacerdotes amigos da família e descreve pateticamente a cena na Santa Capela: a mãe estava “lavada em lágrimas, de tal maneira que às vezes parecia desmaiar”, enquanto nós, de joelhos “sem pestanejar sequer, imóveis durante toda a Missa, contemplávamos os gestos sagrados daquele anjo na terra”. 

A emoção de Dona Dolores, que nessa manhã se tinha levantado doente, avivava-se com a consideração dos muitos sacrifícios que ela e o seu marido tinham feito para ver a cerimónia a que assistia. Este pensamento deve ter passado pela mente da sobrinha, Sixta Cermeño, ali presente, quando diz recordar que, “a par da intimidade do momento, havia uma nota de tristeza” e que a mãe chorava, “possivelmente porque se lembrava da recente perda do marido”. 

Acabada a Missa, houve um beija-mãos, os parabéns do costume na sacristia, e a despedida do pequeno grupo de assistentes. Josemaría guardou daquela Missa nova um sabor de sacrifício. Imaginava-a como uma imagem de dor, com a mãe vestida de luto.

Identificado pessoal e definitivamente com Cristo

Ao celebrar a Santa Missa o sacerdote exerce sobre o altar o seu ministério litúrgico do modo mais excelso. Ali se imola a mesma Vítima que se ofereceu na Cruz para redimir toda a humanidade. Josemaría, identificado pessoal e definitivamente com Cristo, em virtude do sacramento da Ordem, fez do Sacrifício Eucarístico o centro da sua vida interior. 

Os sobrinhos de Dona Dolores, as duas amigas de Cármen, vindas de Barbastro, e uma ou outra pessoa de confiança tinham sido convidados para almoçar no andar da Rua de Rufas. A modesta recepção combinava a pobreza e o bom gosto. A dona da casa tinha preparado um excelente prato de arroz.

No final da refeição, o sacerdote foi para o seu quarto. Acabavam de lhe comunicar a primeira nomeação da sua carreira eclesiástica. Reviu os acontecimentos dos últimos meses e os golpes recentes. Tinha razões para pensar que o Senhor mantinha o conhecido martelar: uma no cravo e cem na ferradura. Desconsolado, a soluçar, protestava filialmente com o Senhor: Como me tratas! Como me tratas! 

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Fontes:
- Ramón Herrando Prat de la Riba, Los años de seminario de Josemaría Escrivá en Zaragoza (1920-1925), Rialp 2002
- Salvador Bernal, Apontamentos sobre a vida do Fundador del Opus Dei (Trad. port.), Lisboa, 1978.
- Andrés Vázquez de Prada, Josemaría Escrivá (I): Senhor, que eu veja! Lisboa, 2002.