Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Fryderyk Chopin, Koncert e-moll, Romance: Larghetto - Krystian Zimerman

“Grito o meu amor à liberdade pessoal”

Liberdade "de consciência", não! Quantos males trouxe aos povos e às pessoas este erro lamentável, que permite actuar contra os próprios imperativos da consciência! Liberdade "das consciências", sim, pois significa o dever de seguir esse imperativo interior... Ah!, mas depois de se ter recebido uma formação séria!  (Sulco, 389)

Quando, nos meus anos de sacerdócio, não direi que prego mas que grito o meu amor à liberdade pessoal, noto nalguns um gesto de desconfiança, como de quem suspeita que a defesa da liberdade implica um perigo para a fé. Que se tranquilizem esses pusilânimes. Só atenta contra a fé uma errada interpretação da liberdade, uma liberdade sem qualquer fim, sem norma objectiva, sem lei, sem responsabilidade, numa palavra, a libertinagem. Infelizmente, é isso que alguns defendem; essa reivindicação é que constitui um atentado contra a fé.

Por isso, não é exacto falar de liberdade de consciência, que equivale a considerar de boa categoria moral o facto de o homem rejeitar Deus. Já recordámos que nos podemos opor aos desígnios salvadores de Nosso Senhor; podemos, mas não devemos fazê-lo. E se alguém tomasse essa atitude deliberadamente, pecaria ao transgredir o primeiro e o fundamental dos mandamentos: amarás Iavé com todo o teu coração .

Defendo com todas as minhas forças a liberdade das consciências, que significa que não é lícito a ninguém impedir que a criatura tribute culto a Deus. Têm de se respeitar os legítimos anseios de verdade: o homem tem obrigação grave de procurar Nosso Senhor, de O conhecer e de O adorar, mas a ninguém na terra é lícito impor ao próximo a prática de uma fé que este não tem, tal como ninguém pode arrogar-se o direito de prejudicar quem a recebeu de Deus.

A Igreja, nossa Santa Mãe, sempre se pronunciou pela liberdade e rejeitou todos os fatalismos, antigos ou menos antigos. Declarou que cada alma é dona do seu destino para bem ou para mal. E os que não se afastaram do bem irão para a vida eterna; os que cometeram o mal, para o fogo eterno. (Amigos de Deus, 32–33)

São Josemaría Escrivá

O Angelus do dia 7 de Agosto de 2011 (versão integral)

A pólvora e a faúlha

Os terríveis crimes de Anders Behring Breivik a 22 de Julho na pacata Noruega chocaram o mundo. A bomba em Oslo e os disparos indiscriminados no acampamento de juventude ficarão marcados na horrorosa história do terrorismo.
A explicação comum é que Breivik é psicopata de extrema-direita, e a solução é pedir ao Estado medidas de segurança. Essa análise cómoda passa ao lado dos elementos mais inquietantes. Se ele é doido, isso evita exames mais atentos. Por outro lado, como pode a sociedade proteger-se de actos tresloucados que, por definição, são imprevisíveis? A questão é mais profunda e por isso mais perturbadora.
A mentalidade actual, alimentada por múltiplos filmes e enredos, sabe que no mundo existem os bons e os maus. Breivik é um dos maus, e nós e as suas vítimas somos bons. Na verdade, os bons e os maus lutam dentro de cada um de nós. Todos têm sempre excelentes intenções e ninguém procura o mal. Foram belas visões grandiosas que motivaram os horrores de Robespierre, Hitler, Estaline, Mao e Pol Pot, como agora de Breivik. Aliás, quanto maior o ideal, mais mesquinhas parecem as vidas que se sacrificam em seu nome.
Não existem dúvidas de que o jovem de 32 anos é alienado. Mas a sua demência não está no seu diagnóstico da actualidade. A cada passo na Internet, conversas ou artigos de jornal ouvem-se alarmes, medos e acusações semelhantes às dele. Os actos do norueguês são insólitos, mas a sua retórica é comum. Não é preciso ser clinicamente louco ou ideologicamente nazi para se dizer que a sociedade está perdida, que bandidos infames roubam e corrompem o sistema e a nossa vida e felicidade estão gravemente ameaçadas. Os acusados variam muito, dos banqueiros aos muçulmanos, passando por jornalistas, multinacionais, comunistas, corruptos, nazis, maçons, judeus, americanos e outros ódios de estimação.
Vivemos um período de intensa crítica e revolta. A crise assustou as pessoas e motiva a busca de culpados. Há muita gente apavorada e cada vez mais indignados, irritados, enfurecidos até. Climas destes geram efeitos assim. Claro que ninguém que diga frases incendiárias numa entrevista ou blog pode ser responsável por chacinas de desvairados. Mas loucos sempre os houve e haverá. Quem espalha a pólvora tem mais culpa que a faúlha de ocasião. Como nas primeiras décadas do século XX, estamos a criar um ambiente fértil em desequilíbrios e extremismos.

O filme "Cristiada" será apresentado em 17 de Agosto na JMJ Madrid, encontrar-se-ão ainda em exibição durante as Jornadas muitos outros filmes conhecidos

Madrid acolherá na próxima quarta-feira 17 de agosto a apresentação mundial do filme "Cristiada", protagonizada por Andy García e Eva Longoria, no marco das atividades "de cinema!" propostas a todos os jovens do mundo, pela celebração da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), conforme informou a organização.

Além disso, haverá a pré-estreia mundial da produção "O Jardineiro de Deus", dirigida e escrita pela italiana Liana Marabani, que conta com Christopher Lambert no papel do monge Agostino Gregor Mendel.

"Cristiada" é um longa-metragem apoiado em um episódio real da Época Cristera no México, que apresenta diferentes personagens envolvidos em uma luta por defender sua religião. Catalina Sandino, Rubén Blades, Néstor Carbonell, Oscar Isaac, Mauricio Curi, Eduardo Verástegui e Santiago Cabreras são outros dos protagonistas desta superprodução de Dean Wright, que também conta com as interpretações de Peter O'Toole, Bruce Greenwood e Bruce McGuill.

Além disso, 16 salas da capital espanhola acolherão a projeção de filmes internacionais como "Il état une foi", "Popieluszko", "El Rosario de las Estrellas", "Super Brother", "The Calling" ou "O grande milagre".

Também serão apresentados filmes como "Katyn", "Encontrará dragões", "Dos deuses e dos homens", "La Última Cima", "A Paixão de Cristo" ou "Disparando a cães" e haverá encontros com os produtores, diretores e atores destas e outras produções.

Também celebrarão os festivais de curta-metragem "Íñigo Filme" e "Goodness Reigns" e se projetará a curta-metragem "Milagres", baseado no primeiro milagre reconhecido de João Paulo II, que permitiu sua beatificação.

Por outro lado, os jovens poderão participar de um encontro com a atriz do filme High School Musical, Monique Coleman, atual embaixatriz ONU da Juventude; o ator Matthew Marsden; o produtor de "A Paixão de Cristo", Steve Mc Eveety; e a atriz mexicana Karyme Lozano, que contará seu processo de conversão e volta à fé católica como resultado da morte de seu pai.

Cinema grátis para os peregrinos

Em todas estas atividades poderão participar tanto os jovens inscritos na JMJ, que com seu passe de peregrino poderão entrar em todas as salas de forma gratuita, como o resto de pessoas que desejem acudir, que deverão pagar o preço simbólico de 1 euro, destinado ao Fundo de Solidariedade para ajudar a aqueles jovens que dispõem de menos recursos para poder ir à Jornada.

Depois de todos estes atos, chegará o vez do concerto de bandas sonoras dirigido pelo diretor de orquestra Roque Baños na Calle Luchana, onde participarão o Coro e a Orquestra Filarmonía, enquanto em num ecrã gigante irão aparecendo rostos conhecidos, como o de Eduardo Verástegui, Monique Coleman, Karyme Lozano, entre outros, recitando distintas reflexões do Papa Bento XVI.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

'Cristiada' Movie Trailer (baseado em factos reais ocorridos no México)

Verões sem espreguiçadeira

Verões sem espreguiçadeira. “Este homem carrega na cabeça uma autêntica bomba atómica”. “Isso não vale, Padre”. Castelleto di Trebbio. Forasteiro e de empréstimo.


Quando o Cardeal Pizzardo se encontrava com Mons. Escrivá, sem se importar muito ou pouco de que houvesse ou não pessoas por perto, segurava-o pela cabeça e estampava-lhe um sonoro beijo na testa, ao mesmo tempo que exclamava:
- Obrigado, porque o senhor me ensinou a descansar!
E, se notava olhos de assombro à volta, fazia esta confissão:
- Eu era daqueles que pensavam que, nesta vida, só se podia trabalhar ou perder o tempo. Mas ele deu-me de presente uma ideia clara, maravilhosa: que descansar não é não fazer nada, não é um ocioso dolce far niente, mas mudar de ocupação, dedicar-se a outra actividade útil e entretida durante um certo tempo. (*)


Pizzardo, uma pessoa de peso no Vaticano, foi secretário do Santo Ofício e prefeito da Congregação de Seminários e Universidades. Sabia bem o que era trabalhar. Mas faltava-lhe a lição do descanso activo, do descanso enriquecedor, do descanso que não é perda de tempo.
Também Escrivá, durante muitos anos, àqueles que insistiam com ele em que interrompesse a sua frenética actividade, respondia-lhes: “Descansarei quando me disserem: Requiescat in pace”.
Com o passar do tempo, compreendeu que esse critério era um erro. E assim o dizia: “O corpo e a cabeça não podem manter-se em constante tensão constante, porque acabam por explodir”.
No entanto, até 1958, não pôde arranjar uma temporada de descanso.


A partir de 1958, começa a sair no Verão, para a Grã-Bretanha, a Irlanda, a França e a Espanha, alojando-se em casas alugadas ou emprestadas. Assim, nos anos de 1958, 1959 e 1960, passa algumas semanas de Julho e Agosto em Woodlands, um chalé na zona norte de Hampstead Heath, ao fundo da Courtenay Avenue, em Londres.
Em todas essas temporadas, combina o descanso com o estudo e o impulso às pessoas e aos trabalhos do Opus Dei, não só na Grã-Betanhae e na Irlanda, mas também na Europa continental: em 1960, viaja de carro a diversas cidades da França, da Espanha e da Alemanha; e, em 1962, à Áustria, à Suiça e à França.


No Verão de 63, descansa numa casa de Reparacea, em Navarra, entre San Sebastián e Pamplona. E no de 1964, em Elorrio, uma terra da Biscaia.
Pede a Álvaro del Portillo e Javier Echevarría – que o acompanham sempre – que lhe sugiram planos e programas para trabalhar noutras matérias, em outros assuntos, durante esse tempo de férias. Quando sai de Roma, faz uma voluntária “lavagem ao cérebro”, desliga-se do trabalho habitual e delega noutras pessoas o máximo de tarefas de governo da Obra que pode. Mas a sua mente - um portentoso dínamo de ideias – não pode ficar de braços cruzados.


O psiquiatra vienense Viktor Frankl – discípulo de Freud e judeu como ele, que soube desmistificar a tempo o seu mestre – conheceu Josemaria Escrivá. Depois de visitá-lo um dia em Villa Tevere, comentou: “Este homem carrega na cabeça uma autêntica bomba atómica”. Pois bem: nesses Verões – além de ler, estudar e escrever -, ocorrem a Escrivá centenas de iniciativas audazes, de soluções engenhosas, de descobertas insuspeitadas, que ele mesmo irá anotando ou indicando àqueles que o acompanham, para “pô-las em andamento” quando regressar a Roma, no recomeço das actividades.
Talvez o mais chamativo nas férias de Mons. Escrivá sejam os seus exíguos apetrechos, a sua sóbria guarnição, a sua escassa bagagem. Certamente, não são férias debaixo de um guarda-sol. Também não de praia e espreguiçadeira. Nem de balneário e chaise longue.


Entre os poucos volumes acomodados no Fiat 1100 bege, não se vêem apetrechos de pesca, nem raquetes de ténis, nem tacos de golfe; ou mesmo bicicletas, embora se tenha dito que “as bicicletas são para o Verão”.
Quando, a partir de 1965, Mons. Escrivá começar a passar o ferragosto (N. JPR - 15 de Agosto palavra comum na língua italiana) fora de Roma, mas na Itália, praticará outro desporto “barato”, desses que não precisam de campo nem de pista especial: le bocce, as bochas. Um jogo de bolas cuja graça está mais no tino do que na força, e que exige agachar-se, arremessar as bolas, levantar-se… Como o “terreno do jogo” é simplesmente o campo, de terra, e as bochas levantam muito pó, Escrivá tem de trocar de roupa inteiramente: tira a batina e veste umas calças e uma camisa já gastas, e uns ténis escuros.


Não se dá muito bem com le bocce. Mas as partidas são entre quatro, em duplas, e isso tem a emoção da rivalidade. Escrivá costuma ter como parceiro o arquitecto Javier Cotelo – membro da Obra que, durante as viagens, dirige o carro -, contra Álvaro del Portillo e Javier Echevarría. Estes últimos ganham todas, todas. É divertido ver como Escrivá encontra um jeito de superar o handicap dos vencedores natos. Às vezes, quando é a vez de eles lançarem as bolas, dá-lhes um leve encontrão para que o arremesso saia desequilibrado.
- Assim não vale, Padre! Isso é trapaça!
- Nada disso, Álvaro! Faz parte do jogo…! Não se gabam de jogar tão bem? Então alguma dificuldade tinham de ter…!


Um dia, as duas duplas já vêm jogando há um bom tempo. Falta uma bola por atirar: a de Escrivá. Com sorte, poderia alcançar a pontuação máxima, se conseguisse situá-la com um arremesso preciso junto do “chico”.
Escrivá lança. E, ante o assombro de todos, inclusive dele mesmo, a bola fica ao lado do “chico”. Então, com cara de garoto apanhado em flagrante, declara ali mesmo:
- Não volto a fazer… Esta foi pior que as trapaças de sempre… Confesso o que fiz?
Os outros três olham-no intrigados. Escrivá baixa a voz, como que envergonhado pelo que vai dizer:
- Antes de atirar a bola, recomendei-me com força ao meu anjo da guarda, para que me saísse bem… Mas agora percebo que é uma tolice meter o anjo da guarda num jogo que não tem a menor transcendência.


Em 1965, Scaretti, um amigo de Álvaro del Portillo, empresta-lhes até meados de Agosto a casa de uma quinta de lavoura que tem em Castelletto del Trebbio, a vinte quilómetros de Florença.
A casa encontra-se bastante deteriorada pelos anos e falta de uso, e está longe de ser um local confortável. Não tem telefone nem televisão. Para chegar lá, é preciso subir uma alta colina por um caminho de cabras. Os arredores são campos de cultivo. E a região, como quase toda a Toscana, é de clima continental: muito frio no Inverno e muito quente no Verão.
Escrivá, Del Portillo, Echevarría e Cotelo passarão ali várias semanas de Julho e Agosto.
Nessa casa – como em qualquer casa em que passe o período de férias -, Escrivá mantém-se continuamente consciente de que o imóvel, os móveis e os apetrechos que usa não são seus, e esmera-se em evitar estragos. Se, para organizar o trabalho e o estudo, decidem mudar alguns móveis de lugar, encarrega Javier Cotelo de fazer “um desenho da sala, tal como estava ao chegarmos, para deixá-los exactamente na mesma quando nos formos embora”. Procura também que os móveis não rocem a parede ou que se substitua uma lâmpada fundida, ainda que para isso seja preciso ir ao povoado comprá-la.
Não o incomoda sentir-se assim, forasteiro e de empréstimo. Pelo contrário, isso ajuda-o a viver sem se refastelar e a saber-se pobre. Cuida do alheio como se fosse próprio. Durante um dos Verões, em Londres, percebe que há um trânsito de formigas perfeitamente organizadas em fila indiana que vêm do jardim, entram por uma porta, atravessam a sala de estar e saem por outra porta. Chama Dora e Rosalía e pede-lhes o aspirador de pó. Depois, com a ajuda de Javier Echevarría, procede ao “extermínio por absorção” de toda aquela “tropa”.
Anos mais tarde, quando veranear em Premento, no Norte da Itália, intervirá também em outra operação semelhante, armado de um pau enorme, enquanto os dois Javier destroem o formigueiro, queimando-o com gasolina… Que homem – por mais famoso, sábio ou santo que seja – não faz as suas traquinices brincando à guerra, com o utilíssimo pretexto de “aniquilar” uns insectos?


Nessas semanas, Escrivá organiza um horário em que tenha tempo para rezar, trabalhar, fazer desporto, dar alguns passeios e sair de excursão…
Concentra o seu trabalho na revisão de um documento – a Instrução sobre a Obra de São Gabriel – em que trata dos membros supernumerários do Opus Dei e do apostolado com pessoas casadas.
Começara a redigir esse texto em Maio de 1935 e terminara-o definitivamente em Setembro de 1950. Mas naquele tempo não existiam fotocopiadoras, o mimeógrafo era de muito baixa qualidade e a gráfica em Villa Tevere ainda não estava em funcionamento. Para distribui-lo pelos diferentes países onde a Obra trabalhava, houvera que fazer cópias dactilografadas, e alguns copistas, involuntariamente, tinham cometido erros de sintaxe e de pontuação, chegando até a omitir algumas palavras. O mesmo acontecera com as outras Instruções (a da Obra de São Rafael, relativa ao apostolado com a juventude, e a da Obra de São Miguel, sobre os membros do Opus Dei, numerários e agregados, que permanecem solteiros). Escrivá fizera retirar da circulação todas as cópias, para trocá-las por um texto único, impresso, que se editaria na gráfica de Villa Tevere. E era exactamente nessa edição que trabalhava agora.
Vendo como se podia alterar totalmente o sentido de uma frase pela colocação errónea de um ponto ou uma vírgula, ou pela omissão de um advérbio – sobretudo, tratando-se de textos que tinham de conservar íntegro o seu carácter fundacional -, Escrivá comenta com Álvaro e Javier Echevarría a necessidade de “sermos todos exigentes connosco próprios e acabarmos materialmente bem todos os trabalhos, porque não podemos oferecer a Deus coisas mal feitas”. Nesses dias, insiste-lhes muito na “ascética das coisas pequenas”.


Lê os documentos do Concílio Vaticano II. Reza pelos grandes temas que ainda serão debatidos: o dos religiosos e o dos sacerdotes. Dá graças pelo documento Lumen Gentium, no qual se percebe o eco de alguns pontos do espírito do Opus Dei, que passam assim a ser doutrina da Igreja, solenemente proclamada e recomendada. Escrivá passa muitos momentos no pequeno oratório que instalaram na casa, agradecendo essa chancela da Igreja aposta a uma mensagem que, durante tantos anos, fora encarada com reticências e não se compreendia nem se aceitava.
Como na casa não há televisão e o jornal chega muito tarde, quando regressa da sua caminhada diária, Escrivá pede a Álvaro – assim: “pede” – que ligue o rádio para escutar o noticiário da uma da tarde. Interessa-lhe estar a par do que acontece no mundo. Enquanto ouve as notícias, faz quase sempre um comentário de cariz sobrenatural e anima os que estão com ele a rezar por tal país, por tal situação, por tal pessoa…


O Homem de Villa Tevere, de Pilar Urbano (Tradução portuguesa), São Paulo, 1996, capítulo XVII


NOTA
(*) Os dados para elaborar este capítulo só podiam ser fornecidos por alguém que tivesse convivido com Josemaria Escrivá durante os Verões que aqui se narram. E assim foi. A autora agradece a D. Javier Echevarría a inestimável ajuda dos seus relatos directos, escritos ou gravados de viva voz em fita magnética. Agradece também a sua generosa dedicação de tempo, a abundância de material e o esforço de memória que teve de fazer para responder a uns questionários necessariamente exaustivos. Graças a essa valiosíssima colaboração, puderam-se reconstruir nove períodos da vida de Mons. Escrivá até agora inéditos: os nove Verões compreendidos entre 1953 e 1973.


(Fonte: site ‘São Josemaria Escrivá AQUI)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)



§1319. O candidato à Confirmação, que atingiu a idade da razão, deve professar a fé, estar em estado de graça, ter a intenção de receber o sacramento e estar preparado para assumir o seu papel de discípulo e testemunha de Cristo, na comunidade eclesial e nos assuntos temporais.

S. Josemaría nesta data em 1956


Escreve numa carta aos seus filhos: “Todos os membros do Opus Dei – sacerdotes e leigos, Numerários e Oblatos (Agregados) e Supranumerários, homens e mulheres, solteiros e casados – têm a mesma vida espiritual: não há excepções. Temos um só e uma só panela”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Cânticos Gregorianos pelos monges beneditinos do Mosteiro de Santo Domingo de Silos (Burgos)

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

S. Domingos de Gusmão, presbítero, fundador, +1221

São Domingos nasceu em Caleruega, em Castela-a-Velha, no ano de 1170. De família nobre, e de belo rosto, acostumou-se desde jovem a duras penitências. De caráter metódico e firmíssimo, deu grande importância aos estudos, como premissa indispensável ao dever apologético dos frades pregadores. Aos 14 anos de idade, foi enviado para Palência, onde estudou filosofia e teologia. Como sacerdote e cônego de Osma distinguiu-se pela rectidão, zelo, pontualidade nas funções e espírito de sacrifício. Pregou com êxito contra os hereges albigenses, que defendiam a existência de dois princípios, de duas divindades: o Bem e o Mal. 

Estudo e pobreza são os dois pontos principais da Ordem dominicana, o programa de vida dos frades ’mendicantes’ que vestem o hábito de São Domingos, contemporâneo de outro grande e amado santo fundador, São Francisco de Assis. 

São Domingos morreu em Bolonha no dia seis de Agosto do ano 1221 e foi proclamado santo, 13 anos após a morte, em 1234.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Libertados pelo Filho do Homem que Se entrega às mãos dos homens

Todos os povos foram libertados, por Nosso Senhor Jesus Cristo, das forças que os mantinham cativos. Foi Ele, sim, Ele, quem nos resgatou. Como diz o apóstolo Paulo: «perdoou-nos todas as nossas faltas, anulou o documento que, com os seus decretos, era contra nós; aboliu-o inteiramente, e cravou-o na cruz. Depois de ter despojado os Poderes e as Autoridades, expô-los publicamente em espectáculo, e celebrou o triunfo que na cruz obtivera sobre eles» (Col 2, 13-15). Ele libertou os presos acorrentados e quebrou as correntes, como David dissera: «O Senhor salva os oprimidos, o Senhor liberta os prisioneiros, o Senhor dá vista aos cegos». E ainda: «Senhor, quebraste as minhas cadeias, hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor» (Sl 145, 7-8; 115, 16-17).


Sim, ficámos libertos das correntes, nós que fomos reunidos ao chamado do Senhor pelo sacramento do baptismo [...]. Fomos libertados pelo sangue de Cristo e pela invocação do Seu nome [...] Portanto, ó bem-amados, fomos para todo o sempre lavados pela água do baptismo, para todo o sempre estamos libertos, para todo o sempre acolhidos no Seu Reino imortal. Para todo o sempre será «feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado» (Sl 31, 1; Rm 4,7). Mantende com coragem o que haveis recebido, conservai-o para vossa felicidade, não volteis a pecar. De ora em diante, conservai-vos puros e irrepreensíveis para o dia do Senhor.


São Paciano de Barcelona ( ? – c. 390), bispo
Homilia sobre o baptismo, 7


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de hoje

Ele respondeu: «Dos estranhos». Disse-lhe Jesus: «Logo os filhos estão isentos. Todavia, para que não os escandalizemos, vai ao mar e lança o anzol, e o primeiro peixe que vier, toma-o e, abrindo-lhe a boca, acharás dentro um estáter. Toma-o, e dá-lho por Mim e por ti» (Mt 17, 26-27)
Leitura completa - Mt 17, 22-27