Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dvorak, Berg, Copland

“Ser cada um outro Cristo”

Custou-te muito ir afastando e esquecendo as tuas preocupaçõezitas, os teus sonhos pessoais, pobres e poucos, mas enraizados. Agora, pelo contrário, estás bem seguro de que o teu entusiasmo e a tua ocupação são os teus irmãos, e só eles, porque aprendeste a descobrir Jesus Cristo no próximo. (Sulco, 765)

Se não queremos desperdiçar o tempo inutilmente – nem sequer com falsas desculpas das dificuldades exteriores do ambiente, que nunca faltaram desde o princípio do cristianismo – devemos ter muito presente que, de um modo normal, Jesus Cristo vinculou à vida interior a eficácia da nossa acção para arrastar os que nos rodeiam. Cristo pôs a santidade como condição para a eficácia da acção apostólica; corrijo-me, o esforço da nossa fidelidade, porque na terra nunca seremos santos. Parece inacreditável, mas Deus e os homens precisam que, da nossa parte, haja uma fidelidade sem condições, sem eufemismos, que chegue até às últimas consequências, sem mediocridade ou concessões, em plenitude de vocação cristã assumida e praticada com delicadeza.

Talvez entre vocês algum esteja a pensar que me refiro exclusivamente a um sector de pessoas selectas. Não se deixem enganar tão facilmente, movidos pela cobardia ou pelo comodismo. Pelo contrário, que cada um sinta a urgência divina de ser outro Cristo, ipse Christus, o próprio Cristo; em poucas palavras, a urgência de que a nossa conduta seja coerente com as normas da fé, pois a nossa santidade – a que temos de aspirar – não é uma santidade de segunda categoria, que não existe. (Amigos de Deus, 5–6)

São Josemaría Escrivá

Foi lançada a página oficial na internet da JMJ Rio-2013 (vídeos em espanhol e inglês)



Aceda em http://www.jmjrio.com.br/

A Igreja é amiga dos pobres e não faz distinção de tribo, língua, povo ou nação: Bento XVI a um grupo de Bispos da Índia

O mais importante “recurso” da Igreja não são os edifícios e as obras que detém mas sim as pessoas que a formam, com a própria fé e o testemunho que dão da presença do amor de Deus na própria vida: foi uma das considerações de Bento XVI ao receber, nesta segunda-feira, em Castelgandolfo, mais um grupo de Bispos da União Indiana, vindos a Roma por ocasião da visita “ad limina Apostolorum”.


“Os mais significativos recursos concretos das Igrejas a que presidis não se encontram nos edifícios, escolas, orfanatos, conventos… mas sim nas pessoas, homens, mulheres e crianças da Igreja na Índia que levam a fé à vida, testemunhando a presença amorosa de Deus através da santidade da própria existência. Como parte do seu antigo e rico património, a Índia regista uma longa e notável presença cristã, que tem contribuído para a sociedade indiana beneficiando de múltiplas maneiras a vossa cultura, enriquecendo a vida de inumeráveis cidadãos, não só os católicos”.


Bento XVI insistiu que “a Igreja não pode deixar de ver a fé dos seus membros, individual e coletivamente, como um grande sinal de esperança para a Índia e para o seu futuro”, e isso independentemente do facto de serem “ricos ou pobres, homens ou mulheres, de antigas tradições cristãos ou recentemente chegados à fé”. E insistiu na atenção especial que a Igreja reserva aos mais pobres:


“A Igreja Católica é amiga dos pobres. Como Cristo, ela acolhe sem excepção todos os que dela se aproximam para ouvir a mensagem divina de paz, esperança e salvação. Obedecendo ao seu Senhor, a Igreja atua assim independentemente da tribo ou língua, povo ou nação, pois em Cristo somos todos um só corpo”.


A concluir, e recordando afirmações do seu predecessor João Paulo II, na sua visita à Índia, há 25 anos, Bento XVI sublinhou a importância que a Igreja Católica reserva à defesa dos direitos humanos – incluindo o direito a prestar culto a Deus de acordo com a própria consciência e a professar publicamente a própria fé – facto que deve ser cada vez mais objeto de colaboração inter-religiosa, a todos os níveis. Trata-se de promover o bem-estar da sociedade indiana, promovendo sempre – juntamente com os que seguem outras religiões – a dignidade de cada pessoa humana”.


Rádio Vaticano

'Igualdade de género ou falsa identidade' pelo Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Se se permite, tão facilmente e totalmente grátis, a mudança de género, por que não também a de espécie?  

Quem viveu conscientemente o 25 de Abril, talvez ainda conserve, entre outras recordações, a lembrança de uma canção revolucionária em que, a páginas tantas, se badalava: "Uma gaivota, voava, voava, asas de vento, coração de mar. Como ela, somos livres, somos livres de voar". 

Como nunca mais ouvi aquela melodiosa voz, temi que, embalada por um tão sugestivo texto, a dita cançonetista tivesse mesmo voado para parte incerta. Ou que, tendo desafiado as leis da gravidade, a experiência lhe tivesse sido fatal. Felizmente nenhuma destas aziagas hipóteses se confirmou, pelo que é de supor que ainda esteja disponível para ser de novo a voz do PREC, ou seja, do processo revolucionário em curso. A sua histórica balada é, com efeito, um magnífico hino à nova e subversiva política da identidade de género em que o anterior Governo, à falta de mais urgente e necessária reforma social, tão entusiasticamente se empenhou, depois de ter empenhado, com indiscutível êxito, o país.

Entende-se modernamente que a identidade pessoal não deve ser aferida por circunstâncias objectivas, como eram antigamente o sexo, a idade, a altura e o peso, mas sim por um acto libérrimo da vontade de cada qual. Assim, se um macho quer ser oficialmente fêmea, o Estado obedece ao capricho do cidadão e falsifica, a seu bel-prazer, o respectivo registo de identidade. Portanto, pela mesma razão, se uma septuagenária, de um metro de estatura e pesando cinco arrobas, quiser ser oficialmente uma menina de vinte anos, de um metro e setenta e quarenta quilos, também deveria poder sê-lo, se de facto se sente tão jovem, alta e leve quanto o dito sujeito se acha feminino. Ou será que o faz-de-conta é válido para o sexo, mas já não para a idade, a altura e o peso?

Mas, se se permite, tão facilmente e totalmente grátis, a mudança de género, por que não também a de espécie?! Se o sexo já não é algo objectivo e predeterminado geneticamente, por que o há-de ser a natureza? Se a mulher pode "virar" homem e vice-versa, por uma simples declaração de vontade, por que não pode ser alguém, como Fernão Capelo, gaivota?! 

Quem não gostaria de obter, oficialmente, o estatuto jurídico de ave protegida?! Não passarinho, que releva alguma inferioridade, nem passarão, que sugere algum governante ou administrador de empresa pública, mas pássaro, como a gaivota da canção, para ser livre, livre de voar! Para além da isenção de impostos e a inimputabilidade penal, a condição aviária tem grandes vantagens também ao nível da viação que, neste caso, passa a ser, muito propriamente, aviação.  

A estas e outras razões gerais tenho a acrescentar uma gratificante experiência pessoal quase-aviária. No ano passado, ao sofrer um acidente, tive que esperar pela ambulância, no lugar do sinistro, cerca de uma hora. Porém, quando na urgência do hospital me colocaram uma pulseira colorida, fui logo objecto dos mais extremosos e diligentes cuidados médicos. Enquanto ser humano, mereci pouca atenção, mas assim que, graças à bendita anilha, me confundiram com uma ave, beneficiei de imediato da principesca protecção dispensada às espécies em vias de extinção. Uma pessoa pode ser negligenciada e até impunemente morta antes de nascer, mas um animal protegido não pode ser maltratado. Moral da história: humano nunca mais! Ser ave é que está a dar!  

Um slogan revolucionário exigia: 25 de Abril sempre! Não chegámos a tanto, mas, de certo modo, pode-se dizer que agora, graças à famigerada igualdade de género, todos os dias são dias de 1 de Abril, porque são dias de mentiras. Talvez não fosse despropositado criar um dia anual da verdade, em que cada qual, mais por via de excepção do que por regra, seja, muito originalmente, o que de facto é.

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada in ‘Público’ do dia 29.08.2011

O Angelus do dia 18 de Setembro de 2011 (versão integral)

A santa vergonha

Um dos fenómenos culturais mais interessantes da actualidade é a atitude de muitos católicos perante a história da sua Igreja. Numerosos fiéis, sem deixarem de ser devotos e dedicados, costumam alinhar com a sociedade num coro de censuras à própria instituição a que pertencem, o que constitui sem dúvida um facto insólito. Nenhuma comunidade é tão autocriticada quanto a eclesial.

Basta alguém referir as realizações cristãs no mundo para isso suscitar irritação da parte dos adversários da Igreja, o que é normal, mas também de muitas pessoas que fazem questão de se afirmar católicos praticantes, mas incapazes de ouvir esses elogios sem alegar críticas. O cânone da irritação é bem conhecido: Inquisição, Cruzadas, poder temporal do Papado, agora pedofilia, etc. O problema desta atitude não está na verdade do que afirma, que é indiscutível, mas que não se dê conta de como é descabida e injusta.

Imagine alguém que, ouvindo outrem admirar-se dos extraordinários avanços da Medicina em curas espantosas, discordasse referindo as atrocidades dos antigos cirurgiões-barbeiros e tropelias de curandeiros e charlatães. Ninguém disputa a veracidade desses casos, mas eles são totalmente irrelevantes para a discussão. O facto de se terem cometido múltiplos erros médicos ao longo dos séculos, aliás inevitáveis, e ainda hoje muitos abusarem da condição terapêutica, nada tem a ver com a justa admiração pelas ciências da saúde. Suponha que, falando-se do papel decisivo da Alemanha no combate à actual crise europeia, alguém se indignasse pelos horrores cometidos pelos nazis ou cavaleiros teutónicos. Essas barbaridades são indubitáveis, mas invocá-las a este propósito seria justamente considerado preconceito e xenofobia.

Ora essas atitudes, inadmissíveis na consideração da história de qualquer profissão, ciência, comunidade ou povo, acontecem a cada passo quando se fala da Igreja, sem que ninguém note o evidente despropósito. Pior que isso, uma avaliação justa e serena de tais críticas mostra-as também sumamente injustas.

A Igreja acumulou ao longo dos séculos inúmeros erros, abusos, conflitos, violências e injustiças. Isso é inaceitável, mas infelizmente comum a todas as instituições humanas. Só que, além disso, ela tem algo que é muito difícil de encontrar nos outros: uma incomparável história de santidade, caridade, fraternidade e heroicidade, junto com inúmeras realizações sociais, intelectuais e artísticas, sem par em instituições comparáveis. É impossível enumerar os contributos que a Igreja deu à civilização, educação, saúde, assistência e equilíbrio social, um pouco por todo o lado e em todos os séculos. Além disso gerou efeitos únicos, como a conservação da cultura clássica nos mosteiros, a criação das universidades e de múltiplas formas de arte sacra e profana, inúmeros campos da filosofia, ciência, junto com contributos na economia, diplomacia, progresso social e muito mais. A Igreja é realmente única em termos históricos.

Finalmente, mesmo considerando o cânone da injúria, a realidade mostra-se muito diferente da imagem. A grande maioria das pessoas que enche a boca com a Inquisição, Cruzadas e afins, pouco sabe sobre elas, para lá de vulgarizações distorcidas de autores anticatólicos. A historiografia séria, sem negar as terríveis atrocidades, aliás comuns na época, mostra por exemplo que os tribunais da Inquisição se distinguiam, face aos juízes de então, pela benevolência e absolvição e que o Papado e hierarquia frequentemente procuraram controlar os seus abusos, motivados por interesse de reis. As Cruzadas foram, não uma agressão, mas reacção ao expansionismo turco, aplaudida pelos árabes do tempo, oprimidos pelos invasores orientais.

O magno ataque dos últimos séculos contra o Cristianismo mudou a face cultural do Ocidente, mas a Igreja sobreviveu e encontrou novas formas de existir e se exprimir. Numa dimensão, no entanto, o ataque foi largamente vitorioso: conseguiu que muitos católicos se envergonhem hoje da gloriosa história da sua fé.

João César das Neves in DN online

O vinho da festa (Editorial)

Os meios de comunicação italianos, nas notícias sobre a visita de Bento XVI a Ancona detiveram-se na preocupação do Papa, que é bispo de Roma e primaz da Itália, pela falta e precariedade do trabalho. Uma escolha informativa compreensível sobretudo neste tempo de crise e que ressaltou a proximidade do Pontífice - expressa também nos momentos do encontro com alguns representantes dos trabalhadores e de quem vive com mais dificuldade - e a participação na visita papal de representantes da vida pública presentes significativamente sem distinção de pertença política.

Mas a viagem de Bento XVI e os seus discursos têm um alcance mais amplo. Como sempre, o Papa - que concluiu o vigésimo quinto congresso eucarístico nacional italiano - foi à raiz das questões. E exortou a reflectir sobre as consequências históricas das tentativas de ordenar as sociedades por parte de ideologias que "apostaram em organizar a sociedade com a força do poder e da economia" pondo Deus de lado, porque o resultado foram "pedras no lugar de pão".

É portanto a primazia de Deus que se deve restabelecer, porque o homem precisa do pão para viver. Do pão de cada dia, sem dúvida, mas sobretudo daquele verdadeiro, que é o próprio Cristo. Eis, portanto, a centralidade da Eucaristia e das suas consequências que, parafraseando um célebre título de Jean Daniélou, se poderiam definir políticas. Do sacramento que está no coração da fé cristã nascem de facto - disse o Papa - uma nova tomada de responsabilidade comunitária e "um desenvolvimento social positivo, que tem no centro a pessoa, sobretudo se é pobre, doente ou com dificuldades".

Com a meditação sobre o pão Bento XVI pôs em paralelo, no encontro com os namorados - não habitual, precisamente como o outro, que reuniu juntos na catedral casais de esposos e sacerdotes - a meditação sobre o segundo sinal eucarístico, o vinho. Em particular, sobre o da festa que faltou durante o banquete das bodas de Caná, onde Jesus era hóspede com sua mãe. Também hoje falta este vinho, mas também hoje, como naquele dia, Cristo o quer servir a cada um. Na amizade que oferece a cada ser humano. 

GIOVANNI MARIA VIAN - Director

(© L'Osservatore Romano - 17 de Setembro de 2011)

Bento XVI há ano na Santa Missa de beatificação de John Henry Newman

No término da viagem apostólica ao Reino Unido de Bento XVI que depois do primeiro dia passado na Escócia e dos dois em Londres, transferiu-se para Birmingham onde preside a Missa para a beatificação do cardeal britânico John Henry Newman, uma das maiores figuras eclesiais no século XIX que o Papa quis apresentar como modelo de pensador e líder espiritual quando a Igreja Católica atravessa um momento delicado.


Perante mais de 50 mil pessoas, que assinalaram com palmas o momento solene, o Arcebispo de Birmingham, D. Bernard Longley, pediu formalmente que o Papa beatificasse John Henry Newman e o vice-postulador da causa de canonização leu uma pequena biografia.


Bento XVI proferiu, em seguida, a fórmula de beatificação, anunciando que a festa litúrgica do Beato Newman será celebrada a 9 de Outubro, precisamente a data da sua conversão, em 1845.


Um retrato do novo beato foi destapado e as suas relíquias colocadas junto ao altar, antes de o Papa cumprimentar o Arcebispo local e o vice-postulador da causa do Cardeal Newman, que continuará agora a trabalhar para a sua canonização.


Na homilia da Missa, Bento XVI começou por sublinhar o profundo sentido, na vida dos cristãos, do domingo, “o dia do Senhor, o dia em que o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos”, logo evocando também uma celebração especial que tem lugar neste dia na nação britânica: a comemoração dos 70 anos da “Batalha da Inglaterra”. “Para mim, que vivi e sofri ao longo dos tenebrosos dias do regime nazista na Alemanha (declarou o Papa Ratzinger), é profundamente comovente encontrar-me aqui convosco, nesta ocasião, e recordar tantos dos vossos concidadãos que sacrificaram a sua própria vida, resistindo corajosamente às forças daquela ideologia maligna”.


“Setenta anos depois, recordamos com vergonha e com horror a tremenda quantidade de morte e destruição que a guerra traz consigo ao deflagrar e renovamos o nosso propósito de agir a favor da paz e da reconciliação, em qualquer lugar onde surgir a ameaça de conflitos”.


Passando depois a referir a figura de John Henry Newman, agora proclamado Bem-aventurado, Bento XVI convidou a prestar glória e louvor a Deus pelas virtudes heróicas deste santo homem inglês. Numa Inglaterra com grande tradição de santos mártires (observou o Papa), “é justo e conveniente reconhecer hoje a santidade de um confessor, um filho desta nação, que, embora não tenha sido chamado a derramar o próprio sangue pelo Senhor, lhe prestou contudo um eloquente testemunho ao longo de uma vida dedicada ao ministério sacerdotal, especialmente na pregação, no ensino e nos escritos”.


Foi na esteira de outros Santos e Mestres das Ilhas Britânicas, como São Beda, Santa Hilda e Duns Scoto (entre outros), que “aquela graciosa tradição de ensino, de profunda sabedoria humana e de intenso amor ao Senhor deu ricos frutos no Bem-aventurado John Henry” – sublinhou o Papa, que recordou o lema do cardeal Newman – “O coração fala ao coração”, que permite penetrar na sua compreensão da vida cristã como chamada à santidade:


“O Evangelho de hoje diz-nos que ninguém pode ser servo de dois patrões e o ensinamento do Beato John Henry sobre a oração explica que o cristão é colocado de maneira definitiva ao serviço do único verdadeiro Mestre, o único que tem direito à nossa dedicação incondicionada, Newman ajuda-nos a compreender o que isto significa na nossa vida quotidiana: diz-nos que o nosso divino Mestre atribuiu a cada um de nós uma tarefa específica, um serviço bem definido, confiado unicamente a cada indivíduo”.


“O serviço específico a que foi chamado o Beato John Henry Newman comportou a aplicação da sua subtil inteligência e da sua prolífica pena a muitos dos mais urgentes problemas do dia”.


“As suas intuições sobre fé e razão, sobre o espaço vital da religião revelada na sociedade civilizada, e sobre a necessidade de abordar a educação de um modo amplamente fundamentado e com um largo horizonte, não foram apenas de profunda importância para a Inglaterra vitoriana, mas continuam ainda hoje a inspirar e iluminar muitos em todo o mundo”.


Firmemente contrário a uma visão redutiva ou utilitarista da educação, Newman propunha um ambiente educativo conjugando formação intelectual, disciplina moral e empenho religioso. Nesse sentido, ele desejava leigos crentes e esclarecidos, para formar as novas gerações. Como ele próprio escreveu no seu famoso apelo para um laicado inteligente e bem instruído:


“Quero um laicado não arrogante, não precipitado nos discursos, não polémico, mas homens que conheçam a sua religião, que nela penetrem, que saibam bem onde se elevam, que saibam em que é que crêem ou não crêem, que conheçam suficientemente o próprio credo ao ponto de poderem dar contas dele, que conheçam bem a história ao ponto de a defenderem.

Hoje, no momento em que o autor destas palavras é elevado à honra dos altares, rezo para que, mediante a sua intercessão e o seu exemplo, quantos são empenhados na tarefa do ensino e da catequese, se inspirem no maior esforço da sua visão, tal como se apresenta claramente diante de nós”.



(Fonte: site Radio Vaticana)

S. Josemaría Escrivá sobre esta data em 1898


Casamento dos pais de São Josemaría. Referindo-se a eles diz no Chile em 1974: “Amavam-se muito, e sofreram muito na vida, porque o Senhor me tinha de preparar a mim (…). Vi-os sempre sorridentes”.




(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)



§1662. O Matrimónio assenta no consentimento dos contraentes, quer dizer; na vontade de se darem mútua e definitivamente, com o fim de viverem uma aliança de amor fiel e fecundo.

Laudamus Te

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

«Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105)

A lâmpada no lampadário é Nosso Senhor Jesus Cristo, a verdadeira luz do Pai «que ilumina todo o homem que vem a este mundo» (Jo 1,9). Dito de outra forma, é a Sabedoria e a Palavra do Pai; tendo aceitado a nossa carne, tornou-Se realmente e foi chamado a «luz» do mundo. É celebrado e exaltado na Igreja pela nossa fé e pela nossa piedade. Torna-Se assim visível para todas as nações e brilha para «todos os da casa», isto é, para o mundo inteiro, de acordo com as Suas palavras: «Não se acende uma candeia para a pôr debaixo de um vaso mas no candelabro onde brilhe para todos os da casa» (Mt 5,15).


Como se vê, Cristo designa-Se a Si mesmo como lâmpada. Sendo Deus por natureza, tornou-Se carne no plano da salvação, uma luz escondida na carne como debaixo de um vaso. [...] Era nisto que David pensava quando dizia: «Uma lâmpada para os meus passos é a Tua palavra, uma luz no meu caminho» (Sl 118,105). Porque faz desaparecer as trevas da ignorância e do mal entre os homens, o meu Salvador e Deus é chamado lâmpada na Sagrada Escritura. Porque é o único a poder aniquilar as trevas da ignorância e a dissipar a escuridão do pecado, tornou-Se para todos caminho de salvação. Conduz para junto do Pai aqueles que, pelo conhecimento e pela virtude, avançam com Ele pelo caminho dos mandamentos como por um caminho de justiça.


O lampadário é a Santa Igreja porque o Verbo de Deus brilha por causa da sua pregação. É deste modo que os raios da sua verdade podem iluminar o mundo inteiro. [...] Mas com uma condição: não a esconder sob a letra da lei. Todo aquele que fica preso apenas à letra da Escritura vive segundo a carne: põe a lâmpada debaixo do vaso. Pelo contrário, colocada no lampadário, a Igreja ilumina todos os homens.


São Máximo o Confessor (c. 580-662), monge e teólogo
Pergunta 63 a Talássio; PG 90, 667ss.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de Setembro de 2011

«Ninguém, pois, acendendo uma lâmpada a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama, mas põe-na sobre um candeeiro, para que os que entram vejam a luz. Porque nada há oculto que não acabe por ser manifestado, nem escondido que não deva saber-se e tornar-se público. Vede, pois, como ouvis. Porque àquele que tem, lhe será dado; e ao que não tem, ainda aquilo mesmo que julga ter, lhe será tirado».


Lc 8, 16-18