Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Beethoven Symphonia no.5 - Maestro Heinrich Schiff [HD]

“Santificar o nosso trabalho não é uma quimera”

Santificar o nosso trabalho não é uma quimera; é missão de todos os cristãos... – tua e minha. Foi o que descobriu aquele torneiro, que comentava: – "Põe-me louco de contente essa certeza de que eu, manejando o torno e cantando, cantando muito – por dentro e por fora –, posso fazer-me santo... Que bondade a do nosso Deus!". (Sulco, 517)

Nesta hora de Deus, a da tua passagem por este mundo, decide-te a sério a realizar alguma coisa que valha a pena. O tempo urge, e é tão nobre, tão heróica, tão gloriosa a missão do homem e da mulher sobre a Terra quando abrasa no fogo de Cristo os corações murchos e apodrecidos!

Vale a pena levar aos outros a paz e a felicidade de uma corajosa e alegre cruzada! (Sulco, 613)

Umas vezes deixas explodir o teu mau génio, que em mais de uma ocasião aflora com uma dureza disparatada. Outras, não preparas o teu coração e a tua cabeça para servirem de aposento confortável à Santíssima Trindade... E acabas sempre por ficar um tanto afastado de Jesus, que conheces pouco.

Assim nunca terás vida interior.. (Sulco, 651)

Remédio para tudo: santidade pessoal! Por isso, os Santos estavam cheios de paz, de fortaleza, de alegria, de segurança. (Sulco, 653)

São Josemaría Escrivá

"O Senhor é meu pastor, nada me faltará”: o Salmo 23 comentado pelo Papa na audiência geral

Na audiência geral desta quarta feira, na Praça de S. Pedro, Bento XVI lançou um novo apelo a favor das populações do Corno de África onde cerca de 12 milhões de pessoas são vitimas da fome: em perigo sobretudo as crianças. Centenas de milhares de deslocados e refugiados á procura de água e alimento.
O Papa falou das noticias dramáticas que continuam a chegar do Corno de África e lançou o novo apelo a lutar contra a fome nestas regiões.


Renovo o meu premente convite á comunidade internacional para que continue o seu empenho em relação àqueles povos e convido todos a oferecer orações e ajuda concreta para tantos irmãos e irmãs tão duramente provados, em particular pelas crianças que diariamente morrem naquele região por causa de doenças e falta de água e alimento.


O Papa saudou o cardeal Robert Sarah, presidente do conselho pontifício Cor Unum e D. Jorge Bertin administrador apostólico de Mogadíscio, presentes na audiência juntamente com alguns representantes de organizações católicas de caridade que se encontrarão para verificar e dar um ulterior impulso ás iniciativas tendentes a enfrentar tal emergência humanitária. No encontro participará também um representante do arcebispo de Cantuária, também ele empenhado a favor das populações atingidas pela fome


Na audiência geral o Papa prosseguiu a sua catequese sobre a oração. Dirigir-se ao Senhor na oração – disse – implica um acto de confiança radical, conscientes de entregar-se a Deus que é bom, misericordioso e cheio de piedade, lento á ira e rico de amor e de fidelidade.


Por isso o Papa decidiu aprofundar o salmo 23, um salmo eivado de confiança, no qual o salmista exprime a sua serena certeza de ser guiado e protegido, colocado ao seguro de todos os perigos, porque o Senhor é o seu pastor.
Esta a sintese da catequese de Bento XVI falando em português


"Queridos irmãos e irmãs,
Abordamos hoje o Salmo 23, um texto muito conhecido e amado, no qual se exprime a certeza de saber-se guiado e protegido pelo Senhor. Ele é o Pastor que nos conduz e que não permite que falte coisa alguma. Trata-se, de fato, de um texto cujas imagens, ricas e profundas, acompanharam toda a história de Israel. A figura do Pastor evoca os tempos do Êxodo, o longo caminho pelo deserto, onde Deus guia o seu Povo como um Pastor, para a Terra Prometida. Mas, é com Cristo que toda a força simbólica deste salmo encontra a sua plenitude de significado. Jesus é o Bom Pastor que vai à procura da ovelha perdida, que conhece as suas ovelhas pelo nome. Ele é a luz que ilumina o vale tenebroso, e tira-nos todo o medo. Ele é o anfitrião generoso que nos acolhe e põe a salvo dos inimigos, preparando-nos a mesa do seu Corpo e do seu Sangue. Assim sendo, peçamos ao Senhor que nos conceda caminhar, pelas suas sendas, como rebanho dócil e obediente, e nos sacie nas “águas repousantes” do seu Espírito, da fonte de água viva que jorra para a vida eterna."


Não faltou, como sempre, uma saudação aos diferentes grupos de peregrinos presentes:


"Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa presentes nesta Audiência, nomeadamente o grupo de diáconos permanentes vindos de Lisboa e os sacerdotes da Arquidiocese de Diamantina, acompanhados de seu bispo. Possa cada um de vós, guiado pelo Bom Pastor, ser por todo o lado um zeloso mensageiro do amor de Deus e uma testemunha corajosa da fé. Que Deus vos abençoe!"


Rádio Vaticano

Igreja distingue filme japonês sobre temática do divórcio

Apresentado no festival San Sebastian, em Espanha, a obra Kiseki (Milagre) fala de dois irmãos que sonham em ver os pais novamente reunidos


A Associação Católica para as Comunicações Sociais (SIGNIS) distinguiu este ano a obra japonesa Kiseki (Milagre) com o prémio de “melhor filme” durante a 59ª edição do festival de cinema San Sebastian, em Espanha.


De acordo com Inês Gil, membro do júri SIGNIS, a longa-metragem do realizador Hirokazu Kore-Eda “é uma viagem iniciática na realidade da vida que nos transmite a aceitação do que não é possível mudar, libertando-nos das ilusões que nos impedem de crescer”.


Durante cerca de duas horas, os espetadores são convidados a acompanhar a história de “dois irmãos, de 10 e 12 anos, que vivem separados, depois do divórcio dos pais”, explica a professora de cinema, na edição desta terça-feira do Semanário ECCLESIA.


Koichi, o irmão mais velho, ficou com a mãe e “sonha em reunir de novo os seus pais”, enquanto Ryunosuke, o mais novo, “duvida que essa seja a melhor solução”, devido às “inúmeras discussões” que se verificavam entre os progenitores.


"No entanto", adianta Inês Gil, “Ryunosuke deixa-se convencer quando o irmão lhe fala de uma ‘crença’ segundo a qual um desejo se pode realizar quando feito no ponto de cruzamento entre dois comboios em andamento”.


O ponto de viragem do filme dá-se no momento em que os dois irmãos se encontram “para a realização do eventual milagre” – a união dos pais – que “acontece mas não da forma como estava previsto”.


“Afinal está em jogo perceber se a natureza de um milagre está na transformação da realidade ou na sua verdadeira compreensão, o interiorizar de uma verdade que nos permite continuar a crescer”, considera a crítica de cinema


Para Inês Gil, a grande mensagem que o realizador quer transmitir é que “o lugar da fé reside em cada ser humano e que basta acreditar para se manifestar”.


“Os milagres, na sua maioria, são interiores, é preciso ouvir em silêncio o que a vida nos apresenta e deixarmo-nos levar por ela”, conclui a docente, que esteve no certame espanhol, entre 17 e 24 de setembro, também na qualidade de enviada do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e Bens Culturais.


O Júri da SIGNIS nesse festival foi ainda composto por Alan Foale (Reino Unido), Edorta Kortadi (Espanha), Maria Luengo (Espanha) e Magali Van Reeth (França).


JCP


Agência Ecclesia

O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA (3) de Joaquim Mexia Alves

3 – As condições para a celebração do Sacramento da Penitência e os seus efeitos


Pela reflexão atrás feita, percebemos que, para que o Sacramento da Penitência seja recebido em toda a sua plenitude, com toda a graça de Deus que este sacramento derrama nas nossas vidas, é preciso que seja bem celebrado.


A Confissão não pode ser apenas um relatório de pecados, um desfiar de fraquezas, um contar de problemas.
É preciso que assumamos as nossas faltas, (não arranjando desculpas, tais como: “foi por causa dos outros”), que nos confrontemos com as nossas fraquezas, que tenhamos a consciência do arrependimento e o propósito de emenda, ou seja o compromisso de não voltar a cometer esses pecados, mesmo que infelizmente venhamos a cair neles novamente.


A nossa condição de pecadores, não nos pode levar a desistirmos, ou a não lutarmos com todas as nossas forças contra as tentações que nos levam a pecar, como se de um “destino” se tratasse, mas sim, firmados na graça que Deus nos concede neste sacramento, estarmos atentos e vigilantes, para em todos os momentos, lutarmos por uma verdadeira conversão, uma verdadeira mudança de vida.


É preciso assim, abrirmos os nossos corações ao perdão de Deus e percebermos que se Ele nos perdoa, não podemos nós continuar agarrados à lembrança desses mesmos pecados.
Assim, ao recebermos o perdão de Deus, também o nosso coração se abre à reconciliação connosco próprios e com os outros, sendo nós libertos do peso da vergonha, da lembrança que nos magoa, e em paz connosco, ficamos também em paz com os outros e vivemos mais um pouco da abundância da vida e da alegria que Jesus Cristo nos veio trazer.


Também pela celebração do Sacramento da Penitência alcançamos a graça da força necessária para pedirmos perdão àqueles que nós magoámos e perdoarmos aqueles que nos magoaram.


Sabemos que na celebração deste sacramento, verdadeiramente apenas devíamos confessar os pecados mortais, mas a “dimensão” do pecado tem muito mais a ver com a nossa consciência e a noção de onde nos podem levar certas práticas, do que com uma definição de “pecado mortal”, o que não significa que essa definição não exista e não deva ser linha e rumo para cada cristão.


Mas hoje em dia, a noção de pecado está muito esbatida na sociedade em geral, e, sobretudo naqueles que não têm uma vivência diária empenhada da Fé, o pecado não existe, a não ser quando tratamos de algo muito grave como um homicídio, ou um roubo, (e que mesmo assim tem de ter já uma considerável dimensão), para que o consideremos como algo de grave, como pecado.


Mas a verdade é que, para aqueles que têm uma vida espiritual diária, para aqueles que pretendem uma comunhão com Cristo em Igreja, o pecado apresenta-se, ou deve apresentar-se como uma realidade constante, embora não obcecante.


Com efeito, à medida que cada cristão vai vivendo a Fé, vai caminhando ao encontro da vontade de Deus, vai também percebendo que algumas coisas que dantes fazia e às quais não dava “valor” de pecado, passam a constituir também caminho de conversão, caminho de mudança de vida, e como tal “aparecem” sempre no exame de consciência que cada cristão faz da sua vida diária.


Percebendo-o, o cristão sente a necessidade de se purificar desses “pequenos” pecados veniais, recorrendo ao Sacramento da Penitência, pois percebe bem que esses pecados muitas vezes repetidos, são “fonte” de inquietude, de intranquilidade, e como tal, e porque tantas vezes fazem parte de um modo de viver, de um feitio interior, precisam de algo mais do que a capacidade de cada um para lutar, precisam da graça divina, alcançada no Sacramento da Penitência e na oração e vigilância constantes.


Então o cristão precisa de algo palpável, precisa da bênção visível, precisa da palavra conselheira e acolhedora, que o faça perceber e viver a reconciliação total com o Deus que o ama eternamente.


Esse “algo”, é sem dúvida o Sacramento da Penitência.


Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/10/o-sacramento-da-penitencia-3.html

O ‘L’Osservatore Romano’ critica a BBC por "apagar Cristo da História"

O jornal L’Osservatore Romano (LOR) criticou a decisão da cadeia televisiva britânica BBC de eliminar a referência histórica de "Antes e depois de Cristo" (AC e DC), para começar a utilizar o terminologia "era comum", com o objetivo de não "ofender" aos não-crentes, e qualificou a medida como "uma hipocrisia historicamente insensata".

A BBC propôs começar a utilizar marcadores históricos como "era comum" e "antes da era comum", o que foi fortemente criticado não só por alguns apresentadores da mesma BBC que disseram que não vão aceitar a disposição, mas também por políticos como o prefeito de Londres, Boris Johnson, que qualificou a decisão como absurda.

No artigo publicado na edição de 5 de outubro do LOR, a jornalista Luceta Scaraffia comenta que vários porta-vozes não cristãos também expressaram que "não se sentiam de nenhuma forma ofendidos pela datação tradicional".

Scaraffia assinala que "é bem claro que o respeito pelas outras religiões é apenas um pretexto, porque quem quer eliminlar qualquer rastro de cristianismo da cultura ocidental são apenas alguns laicistas ocidentais".

A jornalista recorda logo que não é a primeira vez que alguém quer mudar a datação tradicional. Já aconteceu com dois eventos historicamente anti-cristãos: a Revolução Francesa em 1789 e o golpe de estado do Lenin na Rússia em 1917. Em ambos os casos o calendário tinha esses anos como novos inícios da história.

Depois de qualificar estas tentativas como "péssimos antecedentes", o artigo assinala que com a mudança que propõe a BBC "não se pode negar que realizou um gesto hipócrita. A hipocrisia de quem parece não saber por que se começa desde certo momento a contar os anos".

"Negar a função historicamente revolucionária da vinda de Cristo sobre a terra, aceita também por quem não o reconhece como Filho de Deus, é um enorme disparate. E desde o ponto de vista histórico, sabem tanto os judeus como os muçulmanos", afirma.

O artigo de Scaraffia recorda ainda que com a vinda de Cristo o homem aprende que todos os seres humanos têm a mesma dignidade e que sobre essa base se "fundam os direitos humanos, em base aos quais se julgam os povos e governantes. Princípio que até este momento nenhum havia sustentado, e sobre o qual se apoia a tradição cristã".

A partir de Cristo o mundo mudou, prossegue, e com o conhecimento de um Deus que transcende a natureza "nasceu a possibilidade para os povos europeus de descobrir o mundo e para os cientistas de iniciar o estudo experimental da natureza que levou a nascimento da ciência moderna".

"Por que então negar as géneses culturais que a civilização tem com o cristianismo? – conclui –. Não há nada mais anti-histórico e insensato, como os judeus e os muçulmanos compreenderam claramente. Não é um assunto de fé, mas de razão. Desta vez também".

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

COMEMORAÇÕES DA REPÚBLICA de Vasco Pulido Valente em 2010 (101º aniversário 1910-2011)

A República foi feita pela chamada "geração de 90" (1890), a chamada "geração do Ultimatum", educada pelo "caso Dreyfus" e, depois, pela radicalização da República Francesa de Waldeck-Rousseau, de Combes e do "Bloc des Gauches" (que, de resto, só acabou em 1909). Estes beneméritos (Afonso Costa, António José d"Almeida, França Borges e outros companheiros de caminho) escolheram deliberadamente a violência para liquidar a Monarquia. O Mundo, órgão oficioso do jacobinismo indígena, explicava: "Partidos como o republicano precisam de violência", porque sem violência e "uma perseguição acintosa e clamorosa" não se cria "o ambiente indispensável à conquista do poder". Na fase final (1903-1910), o republicanismo, no seu princípio e na sua natureza, não passou da violência, que a vitória do "5 de Outubro" generalizou a todo o país.


Não admira que a República nunca se tenha conseguido consolidar. De facto, nunca chegou a ser um regime. Era um "estado de coisas", regularmente interrompido por golpes militares, insurreições de massa e uma verdadeira guerra civil. Em pouco mais de 15 anos morreu muita gente: em combate, executada na praça pública pelo "povo" em fúria ou assassinada por quadrilhas partidárias, como em 1921 o primeiro-ministro António Granjo, pela quadrilha do "Dente de Ouro". O número de presos políticos, que raramente ficou por menos de um milhar, subiu em alguns momentos a mais de 3000. Como dizia Salazar, "simultânea ou sucessivamente" meio Portugal acabou por ir parar às democráticas cadeias da República, a maior parte das vezes sem saber porquê.


E, em 2010, a questão é esta: como é possível pedir aos partidos de uma democracia liberal que festejem uma ditadura terrorista em que reinavam "carbonários", vigilantes de vário género e pêlo e a "formiga branca" do jacobinismo? Como é possível pedir a uma cultura política assente nos "direitos do homem e do cidadão" que preste homenagem oficial a uma cultura política que perseguia sem escrúpulos uma vasta e indeterminada multidão de "suspeitos" (anarquistas, anarco-sindicalistas, monárquicos, moderados e por aí fora)? Como é possível ao Estado da tolerância e da aceitação do "outro" mostrar agora o seu respeito por uma ideologia cuja essência era a erradicação do catolicismo? E, principalmente, como é possível ignorar que a Monarquia, apesar da sua decadência e da sua inoperância, fora um regime bem mais livre e legalista do que a grosseira cópia do pior radicalismo francês, que o "5 de Outubro" trouxe a Portugal?


(Adaptação do prefácio à 6.ª edição do meu livro O Poder e o Povo).


Vasco Pulido Valente


(Fonte: Público, 2010-10-02)

“Piuccio & Lolek” São Padre Pio e Beato João Paulo II protagonistas na sua infância de uma banda desenhada para crianças (vídeos em espanhol e inglês)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1972

Com este gesto, em Pamplona (Espanha), pede orações aos que o escutam. Explicava-o noutra ocasião: Eu peço-vos assim como pede um pobrezinho na rua, que rezeis por mim; é como uma esmola que me dais, para que o Padre seja bom e fiel“.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)





§1727. A bem-aventurança da vida eterna é um dom gratuito de Deus; é sobrenatural, como a graça que a ela conduz.

O Som do Silêncio - Sounds of Silence

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

«Jesus estava algures a orar»

Jesus «orava em particular» (Lc 9,18). A fonte da oração reside no silêncio da paz interior; é aí que se manifesta a glória de Deus (cf Lc 9,29). Porque, quando cerramos os olhos e os ouvidos e nos encontramos no interior, na presença de Deus, quando nos libertamos da agitação do mundo exterior e nos encontramos no interior de nós próprios, então veremos claramente na nossa alma o Reino de Deus. Porque o Reino dos céus ou, se preferirmos, o Reino de Deus, está em nós próprios: é Jesus Nosso Senhor quem no-lo diz (Lc 17,21).


No entanto, os crentes e o Senhor oram de uma maneira diferente. Os servos, com efeito, aproximam-se do Senhor, na oração, com um temor misturado de desejo, e a oração torna-se para eles viagem para Deus e para a união com Ele; alimenta-os com a Sua própria substância e fortalece-os. Mas como orará Cristo, cuja alma santa está unida ao Verbo de Deus? Como Se apresentará o Mestre em oração, como assumirá Ele a atitude de quem pede? Mas fá-lo; e ao fazê-lo, não será porque, tendo revestido a nossa natureza, nos quer instruir e mostrar-nos o caminho que, pela oração, nos faz elevar-nos a Deus? Não quererá Ele ensinar-nos que a oração abriga no seu seio a glória de Deus?


São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, doutor da Igreja
Homilia sobre a Transfiguração, 10; PG 96, 545


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 5 de Outubro de 2011

Estando Ele a fazer oração em certo lugar, quando acabou, um dos Seus discípulos disse-Lhe: «Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos». Ele respondeu-lhes: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todos os que nos ofendem; e não nos deixes cair em tentação».


Lc 11, 1-4