Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 22 de outubro de 2011

Arcebispo Fernando Filoni: “O Dia Mundial das Missões recorda-nos que todos somos missionários” (vídeos em espanhol e inglês)

Áreas e concertos de Antonio Vivaldi

“Deus conduz-nos sem pausas”

Enquanto houver luta, luta ascética, há vida interior. Isso é o que o Senhor nos pede: a vontade de querer amá-Lo com obras, nas coisas pequenas de cada dia. Se venceste no pequeno, vencerás no grande. (Via Sacra, 3ª Estação, n. 2)

Devo prevenir-vos contra uma artimanha de que Satanás – ele nunca tira férias! – não desdenha servir-se para nos arrancar a paz. Talvez em algum instante se insinue a dúvida, a tentação de pensar que se retrocede lamentavelmente ou de que mal se avança; até ganha força a convicção de que, apesar do empenho por melhorar, se piora. Garanto-vos que, em regra, esse juízo pessimista só reflecte uma falsa ilusão, um engano que convém repelir. (…) Lembrai-vos de que a Providência de Deus nos conduz sem pausas e não regateia o seu auxílio – com milagres portentosos e com milagres pequenos – para fazer progredir os seus filhos.

Militia est vita hominis super terram, et sicut dies mercenarii, dies eius, a vida do homem sobre a terra é milícia e os seus dias decorrem com o peso do trabalho. Ninguém escapa a este imperativo; nem os comodistas que põem resistência em aceitá-lo: desertam das fileiras de Cristo e afadigam-se noutras contendas para satisfazerem a sua preguiça, a sua vaidade, as suas ambições mesquinhas; são escravos dos seus caprichos. (...).

Renovai todas as manhãs com um serviam decidido – servir-te-ei, Senhor! – o propósito de não ceder, de não cair na preguiça ou na apatia, de enfrentar as tarefas com mais esperança, com mais optimismo, persuadidos de que, se sairmos vencidos em alguma escaramuça, poderemos superar esse desaire com um acto de amor sincero. (Amigos de Deus, 217)

São Josemaría Escrivá

Tudo preparado para a canonização amanhã de três novos santos na Praça de S. Pedro (só vídeo)

O Papa canonizará D. Guido Maria Conforti, o Bispo que sonhava ser missionário (vídeos em espanhol e inglês)

Um caminho que dura a vida inteira (Editorial)

É uma imagem sugestiva tirada dos Actos dos Apóstolos, o livro bíblico que narra os primeiros passos da Igreja, que abre e intitula o motu proprio de Bento XVI com o qual se convoca um novo "ano da fé", análogo àquele desejado por Paulo VI dois anos depois da conclusão do Vaticano II para recordar o martírio dos apóstolos padroeiros de Roma: Porta fidei, exactamente, a porta que Deus abriu aos pagãos na época do imperador Cláudio e das missões de Paulo. E por conseguinte, desde então, a todos os povos. Até hoje, no início do século XXI, num mundo global sujeito a mudanças rápidas e imprevisíveis.

O documento - anunciado pelo Papa, na conclusão do importante encontro com o qual o organismo encarregado da nova evangelização se pôs de facto em funcionamento - é quase uma pequena encíclica, impregnada de referências bíblicas e percorrida por uma atenção sensibilíssima à época actual. No sulco do Vaticano II e de quem o conduziu, governou, concluiu e iniciou a sua aplicação na Igreja e para o mundo: Paulo VI e João Paulo II. Assim, é significativa a data do motu proprio, 11 de Outubro, aniversário da abertura do concílio e memória litúrgica do beato João XXIII, o Pontífice que teve a coragem de o convocar e o inaugurou.

Com efeito, exactamente no dia 11 de Outubro de 2012 - no cinquentenário do início do concílio e no vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica, que é o seu fruto doutrinal sucessivo mais rico - iniciará o ano da fé, semelhante ao querido por Paulo VI em 1967: "Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala sobre ela em cada página", disse o Papa a 8 de Março. E no dia 29 de Junho, décimo nono centenário dos apóstolos Pedro e Paulo, abriu o ano da fé, que concluiu em 30 de Junho de 1968 proclamando o Credo do povo de Deus.

No motu proprio Bento XVI recorda que o seu predecessor imediato, também ele declarado beato, em 2001 definiu o Vaticano II "a grande graça da qual a Igreja beneficiou no século XX", e inclusive a nível histórico o acontecimento parece de relevância indiscutível, não obstante haja pontos de vista contrários e pouco consistentes. Do concílio Joseph Ratzinger - último Romano Pontífice que o viveu pessoalmente quando era jovem - no final de 2005 propôs uma leitura coerente com a tradição católica, convincente quer teológica quer historicamente.

E é precisamente no sulco do Vaticano II que se moverá esta nova iniciativa de um Papa que sabe falar a todos e quer ir sempre ao essencial. Dessa forma, Bento XVI reivindica o facto de que, desde o início do seu ministério como sucessor do apóstolo Pedro, exortou para "a exigência de redescobrir o caminho da fé". É isto que conta, também porque num contexto onde com frequência faltou "um tecido cultural unitário" inspirado na fé cristã não se deve aceitar "que o sal se torne insípido e a luz fique escondida".

Diante da sede de Deus que as mulheres e os homens do nosso tempo sentem nos desertos deste mundo cada fiel de Cristo então deve fazer brilhar, através da renovação pessoal contínua, o testemunho da única luz que ilumina o mundo. "Num caminho - escreve o Papa - que dura a vida inteira". 

GIOVANNI MARIA VIAN - Director

(© L'Osservatore Romano - 22 de Outubro de 2011)

Cântico Gótico - Escola de Notre-Dame: Benedicamus Domino



Missa da Natividade da Virgem

«Qual é o maior mandamento?»

O que ordenas, Senhor, aos Teus servos? «Tomai sobre vós o Meu jugo» respondes Tu. E como é o Teu jugo? «O Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve.» Por conseguinte quem não deseja levar de boa vontade um jugo que não oprime, mas que incentiva; uma carga que não esmaga, mas que consola? Tu acrescentaste, precisamente: «E encontrareis descanso» (Mt 11,29). E qual é o Teu jugo, que não cansa mas dá descanso? É o primeiro e o maior dos mandamentos: «Amarás ao Senhor, teu Deus com todo o teu coração». O que há de mais fácil, de mais agradável, de mais doce que amar a bondade, a beleza, o amor que Tu és inteiramente, Senhor meu Deus?


Além disso, não prometeste uma recompensa aos que seguissem os Teus mandamentos «mais desejáveis que o ouro e mais doces que o mel»? (Sl 18,11) Sim, prometeste exactamente uma recompensa e uma recompensa infinita, como disse o Teu apóstolo São Tiago: «receberá a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que O amam» (Tg 1,12). [...] E diz São Paulo, inspirando-se em Isaías: «O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu, isso Deus preparou para aqueles que O amam» (1Co 2,9).


Na realidade, «há grande benefício em guardar os Teus mandamentos». Não só o primeiro e o maior dos mandamentos beneficia quem o cumpre, e não apenas a Deus que o estabeleceu; também os outros mandamentos aperfeiçoam o homem que os observa, fortificam-no, educam-no, valorizam-no e, por último, tornam-no bom e feliz. Se fores sensato, compreenderás que foste criado para glória de Deus e para a tua salvação eterna, que é esse o teu fim, o centro da tua alma, o tesouro do teu coração. Se chegares a esse resultado, serás feliz; se não, serás infeliz.


São Roberto Belarmino (1542-1621), jesuíta, bispo e Doutor da Igreja
A ascensão da alma para Deus, 1


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 23 de Outubro de 2011

Os fariseus, tendo sabido que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se. E um deles, doutor da Lei, querendo pô-l'O à prova, perguntou-Lhe: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus disse-lhe: «”Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento”. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Destes dois mandamentos depende toda a Lei e os Profetas».


Mt 22, 34-40

Viva a VIDA

Não Desistas, por Portugal



Este vídeo é o resultado do empenho de uma equipa de profissionais de televisão e de alguns anónimos que se prontificaram a dar a cara por esta mensagem "Não Desistas" ... Portugal precisa de ganhar o entusiasmo e a motivação, precisa de levantar o ânimo precisa de pessoas empenhadas no seu trabalho, na sua missão e no futuro!
Precisamos de pessoas que mesmo perante as adversidades do dia-a-dia continuem a lutar e a sorrir por um Futuro Melhor!
Se gostarem e concordarem com a mensagem, partilhem.

"Don't Give Up"

in this proud land we grew up strong
we were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail

no fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
I've changed my face, I've changed my name
but no one wants you when you lose

don't give up
'cos you have friends
don't give up
you're not beaten yet
don't give up
I know you can make it good

though I saw it all around
never thought I could be affected
thought that we'd be the last to go
it is so strange the way things turn

drove the night toward my home
the place that I was born, on the lakeside
as daylight broke, I saw the earth
the trees had burned down to the ground

don't give up
you still have us
don't give up
we don't need much of anything
don't give up
'cause somewhere there's a place
where we belong

rest your head
you worry too much
it's going to be alright
when times get rough
you can fall back on us
don't give up
please don't give up

'got to walk out of here
I can't take anymore
going to stand on that bridge
keep my eyes down below
whatever may come
and whatever may go
that river's flowing
that river's flowing

moved on to another town
tried hard to settle down
for every job, so many men
so many men no-one needs

don't give up
'cause you have friends
don't give up
you're not the only one
don't give up
no reason to be ashamed
don't give up
you still have us
don't give up now
we're proud of who you are
don't give up
you know it's never been easy
don't give up
'cause I believe there's the a place
there's a place where we belong

O que pensa Bento XVI de João Paulo II

Fonte: site do Opus Dei - Portugal em 

 http://www.opusdei.pt/art.php?p=43854


Recolhemos a seguir as homilias que Bento XVI pronunciou nas Missas de aniversário do falecimento do seu predecessor, que refletem o afeto que conserva para com João Paulo II e ajudam a celebrar a beatificação.

João Paulo II celebra o Canon Latino da Santa Missa na Festa de S. Pedro e S. Paulo a 29 de Junho de 1985 até à aclamação após o que canta o Pai Nosso

A transparência cristã de João Paulo II - D. Javier Echevarría

Qual foi o segredo da eficácia evangelizadora deste Papa extraordinário? É evidente que Wojtyla foi um defensor incansável da dignidade humana

Há anos que se ouvem testemunhos de jovens, e menos jovens, que se sentiram atraídos por Cristo graças às palavras, ao exemplo e à proximidade de João Paulo II. Com a ajuda de Deus, alguns empreenderam um caminho de procura da santidade sem mudar de estado, na vida matrimonial ou no celibato, outros, no sacerdócio ou na vida religiosa. São vários milhares e há quem lhes chame "a geração João Paulo II".

Qual foi o segredo da eficácia evangelizadora deste Papa extraordinário? É evidente que Karol Wojtyla foi um defensor incansável da dignidade humana, um pastor solícito, um comunicador credível da verdade e um pai, para crentes e não crentes. Mas o Papa que nos guiou na transição do segundo para o terceiro milénio foi acima de tudo um homem apaixonado por Jesus Cristo e identificado com Ele. 

"Para saber quem é João Paulo II é preciso vê-lo rezar, sobretudo na intimidade da sua capela privada", escreveu um dos biógrafos deste santo pontífice. E assim é, de facto. Uma das últimas fotografias da sua caminhada terrena retrata-o na capela privada acompanhando, pela televisão, a Via-Sacra que decorria no Coliseu. Naquela Sexta-Feira Santa de 2005, João Paulo II não pôde presidir fisicamente ao evento, como fizera nos anos anteriores. Já não conseguia nem falar nem andar, mas essa imagem espelha a intensidade do momento que vivia. Agarrado a um grande crucifixo de madeira, o Papa abraça Jesus na cruz, aproxima o Crucificado do seu coração e beija-O. A imagem de João Paulo II, ancião e doente, unido à Cruz, é um discurso tão eloquente como as suas palavras vigorosas ou as viagens extenuantes.

O novo beato cumpriu com generosidade heróica o mandato de Cristo aos Seus discípulos: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16, 15). Na ânsia de chegar ao último recanto de África, da América, da Ásia, da Europa e da Oceânia, João Paulo II não pensava em si próprio; tinha o ímpeto de gastar a vida em serviço dos outros, o desejo de mostrar a dignidade do ser humano - criado à imagem e semelhança de Deus e redimido por Cristo - e de transmitir a mensagem do Evangelho.

Certa vez, ao fim da tarde, acompanhei D. Álvaro del Portillo - então prelado do Opus Dei - aos aposentos pontifícios. Enquanto esperávamos a chegada do Papa ouvimos os passos cansados, de alguém que arrastava os pés, aproximar-se por um corredor. Era João Paulo II, muito cansado. D. Álvaro del Portillo exclamou: "Santo Padre, está tão cansado!" O Papa olhou para ele e, com voz amável, explicou: "Se por esta altura não estivesse cansado, seria sinal de que não teria cumprido o meu dever." O zelo pelas almas transportou-o ao último canto da Terra para levar a mensagem de Cristo. Há alguém no mundo que tenha estreitado mais mãos na sua vida, ou tenha cruzado o seu olhar com o de tantas pessoas como ele? Esse esforço, também humano, era outro modo de abraçar e de se unir ao Crucificado.

A universalidade do coração de João Paulo II não o conduzia só a uma actividade que poderíamos chamar exterior: também no seu interior agia operativamente este espírito, assumindo as inquietações do mundo inteiro. Diariamente, a partir da capela privada no Vaticano, percorria o globo. Por isso foi natural a resposta a um jornalista que perguntou como rezava: a oração do Papa - respondeu - é uma "peregrinação pelo mundo inteiro rezando com o pensamento e o coração". 

Na sua oração - explicava - emerge "a geografia das comunidades, das igrejas, das sociedades e também dos problemas que angustiam o mundo contemporâneo", e deste modo o Papa "expõe diante de Deus todas as alegrias e esperanças e ao mesmo tempo as tristezas e preocupações que a Igreja partilha com a humanidade contemporânea".

Esse coração universal e esse impulso missionário levaram-no a dialogar com pessoas de todos os tipos. Isso tornou-se patente durante o Jubileu do ano 2000; quis encontrar-se com crianças, jovens, adultos e idosos; com desportistas, artistas, governantes, políticos, polícias e militares; com trabalhadores do campo, universitários, presos e doentes; com famílias, pessoas do mundo do espectáculo, emigrantes e nómadas... 

A biografia de Karol Wojtyla pode também ler-se como um contínuo levar o Evangelho aos mais variados sectores da sociedade humana: às famílias, à escola e à fábrica, ao teatro e à literatura, às cidades de arranha-céus e aos bairros de barracas. A sua história levou-o a perceber com clareza que é possível tornar presente Cristo em todas as circunstâncias, também nos momentos trágicos da guerra mundial e das dominações totalitárias que imperaram na sua terra natal. Nos cenários mais diversos da modernidade, João Paulo II levou a luz de Jesus Cristo à humanidade inteira. Com a sua existência ensina-nos a descobrir Deus nas circunstâncias em que nos toca viver.

Numa das suas obras, S. Josemaría Escrivá de Balaguer, contempla Jesus na cruz como Sacerdote Eterno, que "abre os seus braços à humanidade inteira". Penso que a caminhada terrena de João Paulo II foi uma réplica fiel desse Senhor a acolher no Seu coração todos os homens e mulheres, derramando amor e misericórdia em cada um, com um acento especial para os doentes e os desvalidos.

A vida do cristão é procurar configurar-se com Cristo; e João Paulo II cumpriu-o de modo sublime: por causa da sua heróica correspondência à graça, da sua alegria de filho de Deus, pessoas de todas as raças e condições sociais viram brilhar nele o rosto do Ressuscitado. 

A fotografia que referi no início destas reflexões parece-me uma síntese visual da vida de João Paulo II: um Papa exausto pelo longo tempo de serviço às almas, que conduz o olhar do mundo para Jesus na cruz, para que cada um e cada uma encontre aí respostas para as suas interrogações mais profundas. A vida do novo beato é pois um exemplo de transparência cristã: tornar visível, através da própria vida, o rosto e os sentimentos misericordiosos de Jesus. Penso que é essa a razão e o segredo da sua eficácia evangelizadora. E estou convencido - assim o peço a Deus - de que a sua elevação aos altares induzirá no mundo e na Igreja uma onda de fé e de amor, de desejos de servir os outros e de gratidão ao Senhor.


No dia 1 de Maio de 2011, na Praça de São Pedro, sob o olhar carinhoso da Mãe da Igreja, poderemos unir-nos a Bento XVI e dizer uma vez mais: "Queremos expressar a nossa profunda gratidão ao Senhor pelo dom de João Paulo II e queremos também agradecer a este Papa tudo o que fez e sofreu" (Audiência geral, 18 de Maio de 2005).

Aos que o conhecemos em vida, cabe-nos agora o gostoso dever de o dar a conhecer às gerações vindouras. 

+ Javier Echevarría - Prelado do Opus Dei

Pequenos gestos que significam muito…

Karol Wojtyla, desde que o vi no seu primeiro acto público, na cerimónia oficial na Praça de S.Pedro em que todos os Cardeais lhe prestaram reconhecimento individualmente, ganhou o meu coração.


Tenho gravado na minha memória, o seu gesto no momento em que o Cardeal Stefan Wyszyński se ajoelhou, e João Paulo II se levantou de imediato, para ajudar o seu amigo e mentor espiritual a levantar-se o abraçou protocolar mas fraternamente (a foto não corresponde a esse momento), um aparente gesto simples, mas que define desde logo uma humildade e humanidade excepcional.


Nem sempre terei estado de acordo com as suas posições, mas quem não diverge por vezes daqueles que ama? A sua coragem, o seu amor à vida e ao próximo, transformaram-no num excepcional exemplo perante a humanidade e estou convicto que a História lhe reconhecerá o relevante papel que desempenhou na Igreja e no mundo nos finais do séc. XX e início deste novo século.


JPR

Navarro Valls: João Paulo II ensinou aos jovens o que significa dizer "amo-Te"

O ex-porta-voz da Santa Sé Joaquín Navarro Valls foi o primeiro a dar seu testemunho na vigília celebrada esta noite no Circo Máximo de Roma e declarou que João Paulo II ensinou aos jovens "o que significa de verdade a expressão “amo-Te".

Ante uma pergunta da apresentadora do evento, a jornalista Safiria Leccese sobre as relações pré-matrimoniais e as exigências do Papa aos jovens, Navarro Valls destacou que João Paulo II "sempre defendeu o carácter transcendente da pessoa" e a importância "do seu corpo".

Para o João Paulo II, o amor era "querer o bem que Deus quer para o outro" algo que "os jovens entendiam sem dúvida", conforme acrescentou Navarro Valls, quem também destacou que aprendeu muito de João Paulo II sobre "o respeito à pessoa humana, em quem via a imagem de Deus".

Resgate do pessimismo

Navarro Valls destacou que Karol Wojtyla "resgatou a pessoa humana do pessimismo" e também percebeu que o homem "necessita da misericórdia de Deus".

Por isso, conforme recordou o ex-porta voz, o Papa "procurava a misericórdia de Deus todas as semanas" através da confissão porque "compreendia que os homens não podem ser bons por si próprios, mas necessitam de Deus para isso".

Conforme destacou o antigo colaborador do Pontífice, João Paulo II "disse sim a tudo o que Deus lhe pedia" e sublinhou que para o Papa polaco, a oração "era uma necessidade, porque estava em completa conversação com Deus".

"Quando talvez havia um jantar importante e o esperavam, ia buscá-lo e o via na capela, ajoelhado, com pequenos molhes de papel que passava um por um, durante muitíssimo tempo", acrescentou.

O ex-porta-voz destacou que esses molhes de papel eram "as milhares de cartas que recebia todos os dias" nas que os fiéis "pediam as orações do Papa". Conforme explicou Navarro Valls, "todos as dores do mundo chegavam a ele e nutria sua oração das necessidades de outros".

Navarro Valls destacou também que ao receber o anúncio da beatificação de João Paulo II, sentiu "os mesmos sentimentos que sentiu apenas faleceu" que foi "um sentimento de agradecimento por essa obra de arte que fez com sua vida". 

Além disso, o ex-porta voz sublinhou que o dia do funeral de João Paulo II, quando os peregrinos "gritaram santo súbito" pensou que "o percebiam tarde" porque a Igreja "não faz Santos, mas os mesmos Santos enquanto estão vivos caso contrário não serão nunca". 

A Igreja, conforme destacou Navarro Valls, tão somente "reconhece que a vida desta pessoa era Santa" mas os Santos "já são Santos a priori". Os peregrinos acompanharam o testemunho de Navarro Valls com grandes aplausos, que o obrigaram a parar durante alguns minutos sob as luzes de numerosas velas que iluminaram o Circo Máximo.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

22 de Outubro dia do beato João Paulo II, recordamos em excertos o discurso aos leigos na Sé de Lisboa a 12 de Maio de 1982

["Leigo"? - que é isso?]

E qual é a vossa vocação, responsabilidade e missão de leigos?

Vós bem o sabeis: o leigo está integrado no Povo de Deus, que caminha neste mundo rumo à Pátria celeste.  (...)

E fostes chamados à santidade, tendo por modelo o próprio Cristo, na sua doação integral ao Pai e aos irmãos:
“como Aquele que vos chamou à santidade, sede também vós santos em todas as vossas acções”.

Mas olhai que a santidade, mais que uma conquista, é dom que vos é concedido: o amor de Deus foi derramado em vossos corações pelo Espírito Santo que vos foi dado.

Assim, ser cristão não é, primariamente, assumir uma infinidade de compromissos e obrigações, mas é deixar-se amar por Deus


[Que faz um leigo?] 

Perguntareis: o que é que nos compete fazer, na qualidade de leigos?

O cristão nunca pode limitar-se a uma atitude meramente passiva, de puro receber.

A vossa missão de leigos, portanto, fundamentalmente é a santificação do mundo, pela vossa santificação pessoal, ao serviço da restauração do mundo.

O Concílio Vaticano II, que tanto se debruçou sobre os leigos e o seu papel na Igreja, acentuou bem a sua índole secular.
É o cristão que vive no mundo, responsável pela edificação cristã da ordem temporal, nos seus diversos campos: na política, na cultura, nas artes, na indústria, no comércio, na agricultura...

A Igreja há-de estar presente em todos os sectores da actividade humana e nada do que é humano lhe pode permanecer alheio. E sois vós,principalmente, prezados leigos, que a deveis tornar presente.
Quando se acusasse a Igreja de estar ausente de algum sector, ou de despreocupar-se de algum problema humano, equivaleria lastimar a ausência de leigos esclarecidos ou a não actuação de cristãos naquele determinado sector da vida humana.
Por isso dirijo-vos um apelo caloroso: não deixeis a Igreja ficar ausente de nenhum ambiente da vida da vossa querida Nação.
Tudo deve ser permeado pelo fermento do Evangelho de Cristo e iluminado pela sua luz. É vossa tarefa fazê-lo.
  
Este é o caminho:
  • cristãos no aconchego da intimidade pessoal;
  • cristãos no interior do lar – como esposos, pais e mães e filhos de família, em “igreja doméstica”;
  • cristãos na rua, como homens e mulheres situados;
  • cristãos na vida em comunidade,
  • no trabalho,
  • nos encontros profissionais e empresariais,
  • no grupo,
  • no sindicato,
  • no divertimento,
  • no lazer, etc.;
  • cristãos na sociedade, ocupando cargos elevados ou prestando serviços humildes;
  • cristãos na partilha da sorte de irmãos menos favorecidos;
  • cristãos na participação social e política;
  • enfim, cristãos sempre, na presença e glorificação de Deus, Senhor da vida e da história.
  
[Que "preparação" deve ter um leigo?]

A vivência generosa e testemunho corajoso da vossa identidade, sabemo-lo, transcende meras qualificacões sociológicas; exige algo profundamente pessoal, que insere na comunidade “ontológica” dos discípulos de Cristo
  
Já se deixam entrever, como imperativos indeclináveis:
  • o cultivo da fé e da vida divina,
  • a frequência dos sacramentos e o dever da oração constante;
  • a necessidade, mais do que a simples vantagem,
  • da fidelidade à Cátedra de Pedro,
  • da comunhão profunda com a Hierarquia bem inseridos nas perspectivas da Igreja local,
  • em aderência aos vossos Bispos e
  • em sintonia com as Comissões episcopais nacionais,
  • em união com o clero e com os religiosos;
  • a exigência de associações realisticamente organizadas e informadas pelo amor: “Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros, como eu vos amei”

Agradecimento ‘É o Carteiro!’

Beato João Paulo II

João Paulo II, Karol Józef Wojtyła (18 de Maio de 1920 -2 de Abril de 2005), foi Papa de 16 de Outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história. Foi o único Papa eslavo e polaco até a sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o holandês Adriano VI em 1522.


João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e em toda a Europa, bem como importância significante na melhora das relações da Igreja Católica com o judaismo, o islão e as igrejas ortodoxas e protestantes.


Prosseguindo no caminho já iniciado pelo Papa Paulo VI, a nível mundial foi um dos líderes que mais viajou na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia falar mutíssimos idiomas incluindo o português, além da sua língua materna o polaco. Deu um ênfase especial à vocação universal para a santidade; beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados. Ao final da tarde do dia 2 de Abril de 2005, faleceu devido a sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de Dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato em Roma no dia 1 de Maio de 2011.

Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio “Porta fidei” do Sumo Pontífice Bento XVI (5º ponto)

5. Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar», bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua recta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa». Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja».

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1946

Reza diante da imagem de Nossa Senhora de la Merced, em Barcelona. Anos mais tarde dirá: “Pouco a pouco vai-se cumprindo o que tanto desejava naqueles anos quarenta, quando ia ajoelhar-me aos pés da Virgem na Basílica de la Merced e não poucas vezes também ante a imagem de Nossa Senhora de Montserrat, na sua Santa Montanha; quando falava então aos meus filhos dessa amadíssima cidade e lhes recordava as palavras de S. João: veritas liberavit vos (Jo 8, 32), a verdade far-vos-á livres”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O Cardeal Cañizares explica impulso do Papa à renovação da liturgia

O Prefeito para a Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, explicou em Roma que o recente Motu proprio "Quaerit Semper" era necessário para se aprofundar a celebração litúrgica iniciada com o Concílio do Vaticano II.

Bento XVI assinou no passado dia 27 de setembro o novo Motu proprio "Quaerit Semper" com o qual modificou a Constituição Apostólica Pastor Bonus e transfere algumas competências da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos o novo Sector para os procedimentos de dispensa do matrimónio rato e não consumado e as causas de nulidade da sagrada ordenação constituída no Tribunal da Rota Romana.

Numa entrevista concedida ao grupo ACI no dia 14 de outubro, o Cardeal Cañizares assinalou que com este documento "trata-se de aprofundar na verdadeira renovação do Concílio do Vaticano II tal como expressa a Constituição Sacrosanctum Concilium".

O dicastério se dedicará a partir de agora com maior intensidade à renovação litúrgica para impulsionar um novo movimento litúrgico conforme ao Vaticano II, e isto "levará, entre outras coisas por exemplo à constituição dentro deste dicastério de uma comissão para a arte e a música em relação com a liturgia".

O Cardeal assinalou que esta mudança "deve interessar (os católicos em geral) porque a liturgia está na base de toda a vida cristã, é a fonte e o cume de toda a vida cristã, e consequentemente deverá estar marcada e configurada pela liturgia".

"Será uma vida muito mais teologal, uma vida mais de comunhão com Cristo, e mais de comunhão na Igreja, uma vida mais conforme à ação do Espírito em nós, e isso pois verdadeiramente chegará a todos", acrescentou.

O Cardeal Cañizares explicou ao grupo ACI, que "se cantamos bem, se participamos bem, se celebramos conforme àquilo que corresponde à verdade da liturgia pois todo isso levará uma repercussão muito grande e o povo cristão verá como é revitalizado em toda sua existência".

Finalmente, este responsável da Santa Sé afirmou que sua congregação "está para difundir o verdadeiro sentido da liturgia, para que se viva da liturgia tal como ela é em sua própria natureza".

"Não se trata de formas, mas de entrar verdadeiramente naquilo que acontece na celebração litúrgica", concluiu.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)





§ 1775. A perfeição do bem moral consiste em que o homem não seja movido para o bem só pela vontade, mas também pelo seu «coração».

J.S. Bach. - "Air" Orchestral Suite N° 3 in D Major BWV 1068 - Orquestra Barroca de Amsterdão

Imitar a paciência de Deus

Como é grande a paciência de Deus! [...] Ele faz com que o dia nasça e com que o sol se levante tanto para os bons como para os maus (Mt 5,45); Ele rega a terra com as chuvas e ninguém fica excluído da Sua benevolência, uma vez que a água é dada indistintamente aos justos e aos injustos. Vemo-Lo agir com igual paciência para com os culpados e para com os inocentes, os fiéis e os ímpios, aqueles que Lhe dão graças e os ingratos. Para todos eles os tempos obedecem à voz de Deus, os elementos colocam-se ao Seu serviço, os ventos sopram, manam as fontes, as colheitas aumentam de abundância, a uva amadurece, as árvores carregam-se de frutos, as florestas reverdecem e os prados cobrem-se de flores. [...] E embora Ele tenha o poder de Se vingar, prefere esperar muito tempo com paciência e aguarda e adia com bondade para que, se for possível, a malícia se esbata com o tempo e o homem [...] se volte enfim para Deus, segundo o que Ele mesmo nos diz: «Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim na sua conversão, a fim de que tenha a vida» (Ez 33,11). E ainda: «Voltai-vos para Mim, regressai para o Senhor vosso Deus, porque Ele é misericordioso, bom, paciente e compassivo» (Jl 2,13). [...]


Ora, Jesus diz-nos: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste» (Mt 5,48). Por estas palavras Ele nos indica que, sendo filhos de Deus e regenerados por um nascimento celeste, atingimos o cume da perfeição quando a paciência de Deus Pai permanece em nós e a semelhança divina, perdida pelo pecado de Adão, se manifesta a brilha nos nossos actos. Que grande glória a nossa, a de nos assemelharmos a Deus, que grande felicidade, termos essa virtude digna dos louvores divinos!



São Cipriano (c. 200-258), Bispo de Cartago e mártir
Dos benefícios da paciência, 3-5; PL 4, 624-625 (a partir da trad. de Orval)



(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 22 de Outubro de 2011

Neste mesmo tempo chegaram alguns a dar-Lhe a notícia de certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com o dos sacrifícios deles. Jesus respondeu-lhes: «Vós julgais que aqueles galileus eram maiores pecadores que todos os outros galileus, por terem sofrido tal sorte? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo. Assim como também aqueles dezoito homens sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou; julgais que eles também foram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo». Dizia também esta parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi buscar fruto e não o encontrou. Então disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho buscar fruto a esta figueira e não o encontro; corta-a; para que está ela inutilmente a ocupar terreno? Ele, porém, respondeu-lhe: Senhor, deixa-a ainda este ano, enquanto eu a cavo em volta e lhe deito estrume; se com isto der fruto, bem está; senão, cortá-la-ás depois».


Lc 13, 1-9