Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Modelo de acolhimento

«Ao mesmo tempo, dando o seu consentimento à Palavra divina que n'Ela Se fez carne, Maria aparece como modelo de acolhimento da graça por parte da criatura humana. Unida a Cristo, juntamente com José, na vida escondida de Nazaré, presente junto do Filho em momentos cruciais da sua vida pública, a Virgem é mestra de seguimento incondicional e de assíduo serviço. Assim n'Ela, ‘templo do Espírito Santo‘, brilha todo o esplendor da nova criatura».

(Exortação Apostólica Pós-Sinodal ‘Vita Consecrata’ – João Paulo II)

«A oração de Maria é-nos revelada na aurora da plenitude dos tempos. Antes da encarnação do Filho de Deus e da efusão do Espírito Santo, a sua oração coopera de um modo único com o desígnio benevolente do Pai, aquando da Anunciação para a concepção de Cristo e aquando do Pentecostes para a formação da Igreja, corpo de Cristo. Na fé da sua humilde serva, o Dom de Deus encontra o acolhimento que Ele esperava desde o princípio dos tempos. Aquela que o Todo-Poderoso fez ‘cheia de graça’ responde pelo oferecimento de todo o seu ser: ‘Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra’. ‘Faça-se’ é a oração cristã: ser todo para Ele, já que Ele é todo para nós».

(Catecismo da Igreja Católica §2617)

Moonlight Sonata - Beethoven

O sacrifício de Jesus

«A Igreja não é santa em si mesma; na verdade, ela é feita de pecadores – todos o sabemos e bem o vemos. Antes, ela é permanentemente santificada pelo amor purificador de Cristo. Deus não Se limitou a falar: amou-nos de uma maneira muito real, até à morte do seu próprio Filho.»

(Homília da Missa por ocasião da Solenidade de São Pedro e São Paulo – 29/06/2005 – Bento XVI)

A PROVAÇÃO por Joaquim Mexia Alves

Recentemente fui confrontado com uma provação daquelas que doem no coração, daquelas que não passam, e ficam connosco ao longo de muito tempo.


Não me revoltei, (talvez já a esperasse no meu intimo), mas confesso que me abalou e tive que recorrer a toda a minha força para não mostrar a dor, o espanto que me causou.


O meu primeiro pensamento foi para Deus, não no sentido de com Ele protestar, mas sim pedindo-lhe que me ajudasse, que nos ajudasse, a viver e ultrapassar a provação que tinha permitido acontecer.


Passado algum tempo pensando em tudo com o que tinha sido confrontado, fui reflectindo que, se louvo a Deus por tudo quanto de bom me acontece, porque não hei-de louvá-lo também no que me parece não ser bom, mas que se Ele permite, terá com certeza algo de bom a retirar, porque em Deus tudo se transforma, e até nas coisas menos boas, se encontram razões para dar graças.


Que seria de nós, se nas nossas vidas não existissem dificuldades, provações, dores e tristezas?


Seria possível aprender alguma coisa da vida, se tudo corresse sempre bem, conforme nosso desejo, conforme nossa vontade?


E não colidem tantas vezes os nossos desejos e as nossas vontades, com os desejos e as vontades dos outros?


Se tudo fosse sempre bom e assim sempre acontecesse imutavelmente, que liberdade teria eu de fazer diferente, de escolher outro caminho?


Curiosamente, quando somos pais, dizemos muitas vezes aos nossos filhos que têm de dar valor às dificuldades, às provações, às coisas que não correm tão bem, para poderem perceber a vida, e percebendo-a, lutar por uma vida melhor, para darem mais valor àquilo que têm, e que provavelmente outros não possuem.


A verdade também, é que na provação as pessoas se unem, sobretudo em família, para não só se ampararem, mas para ajudarem também aquele que sofre, pois no seu sofrimento todos os outros sofrem também.


E assim, numa reflexão provocada pela provação, cada um vai encontrando os seus erros, as suas fraquezas, na sua relação com os outros, e a vontade de criar harmonia para consolar quem precisa, leva a tentar corrigir esses defeitos e a encontrar no verdadeiro amor, a mais clara razão para encontrar a paz, para arranjar ânimo para a luta contra a dificuldade.


E isto é tão verdade, que na maior parte das provações que têm a ver com a saúde, com o bem-estar de cada um, (porque as outras provações são a maior parte das vezes causadas por erros nossos), o ter muitos ou poucos bens materiais pouco resolve, porque o consolo para quem assim sofre, e para os que sofrem á sua volta, reside apenas e só no amor, que afinal é despertado pela provação, para se tornar real e verdadeiro na relação familiar.


E se o amor acontece, acontece sem dúvida o bem!


Assim, podemos perceber como de uma provação que é permitida nas nossas vidas, Deus nos leva a encontrar caminho de coragem para a luta, porque alicerçado no amor que em nós derrama, é amor também entre nós que nos une indelevelmente.


Uma provação, se aceite no louvor a Deus, é então um momento de reencontro com um amor, que à força da rotina diária, tinha perdido chama e calor e assim sendo mais não era que uma relação bondosa, mas carente de afecto e doação permanente.


E seja qual for o final dessa provação, ela deixará sempre naqueles que a vivem o melhor da vida, que é o amor que une aqueles que se querem, abençoado por Deus.


Onde acontece o amor, está Deus.


E onde está Deus com o homem e o homem com Deus, acontece a felicidade serena e tranquila daqueles que esperam, porque acreditam e confiam.


«E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.» Mt 28, 20


Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/11/provacao.html


Nota de JPR dirigida ao autor do texto:


Caro Joaquim,
Um grande abraço de muito obrigado por mais esta lição de fé e amor. Ao ler este texto saltaram-me à memória as cartas do cativeiro de São Tomás Moro à sua filha Meg, onde o amor ao Senhor e dignidade desse amor sobressaem.
Que o Senhor o abençoe e ajuda bem como à Catarina a enfrentarem a situação, que desconheço no concreto, mas que perante tão pungente testemunho será certamente algo de grave.
Um grande abraço deste pecador que reforçará a sua presença nas suas orações.

Como foram escritos os evangelhos? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

Gustav Mahler - Das Lied von der Erde (O canto da terra)

“A raça dos filhos de Deus”

Filhos de Deus. Portadores da única chama capaz de iluminar os caminhos terrenos das almas, do único fulgor, no qual nunca poderão dar-se escuridões, penumbras nem sombras. Nosso Senhor serve-se de nós como archotes, para que essa luz ilumine... De nós depende que muitos não permaneçam em trevas, mas que andem por sendas que levem até à vida eterna. (Forja, 1)

Jesus Christus, Deus Homo, Jesus Cristo, Deus-Homem! Eis uma magnalia Dei, uma das maravilhas de Deus em que temos de meditar e que temos de agradecer a este Senhor que veio trazer a paz na terra aos homens de boa vontade, a todos os homens que querem unir a sua vontade à Vontade boa de Deus. Não só aos ricos, nem só aos pobres! A todos os homens, a todos os irmãos! Pois irmãos somos todos em Jesus; filhos de Deus, irmãos de Cristo. Sua Mãe é nossa Mãe.

Na terra há apenas uma raça: a raça dos filhos de Deus. Todos devemos falar a mesma língua: a que o nosso Pai que está nos Céus nos ensina; a língua dos diálogos de Jesus com seu Pai; a língua que se fala com o coração e com a cabeça; a que estais a usar agora na vossa oração. É a língua das almas contemplativas, dos homens espirituais por se terem dado conta da sua filiação divina; uma língua que se manifesta em mil moções da vontade, em luzes vivas do entendimento, em afectos do coração, em decisões de rectidão de vida, de bem-fazer, de alegria, de paz. (Cristo que passa, 13)

São Josemaría Escrivá

Salmo 119 (129-136)



 129 Mirabilia testimonia tua: ideo scrutata est ea anima mea. 
130 Declaratio sermonum tuorum illuminat: et intellectum dat parvulis. 
131 Os meum aperui, et attraxi spiritum: quia mandata tua desiderabam. 
132 Aspice in me, et miserere mei, secundum iudicium diligentium nomen tuum. 
133 Gressus meos dirige secundum eloquium tuum: et non dominetur mei omnis iniustitia. 
134 Redime me a calumniis hominum: ut custodiam mandata tua. 
135 Faciem tuam illumina super servum tuum: et doce me iustificationes tuas. 
136 Exitus aquarum deduxerunt oculi mei: quia non custodierunt legem tuam.

Salmo 119 - tema da catequese do Papa na audiência geral

Solidariedade às vítimas de catástrofes naturais em variadas partes do mundo – foi expressa pelo Papa, na audiência geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro. Bento XVI evocou os aluviões, inundações e aluimentos que têm ocorrido em diversas partes, a partir da América Latina – especialmente América Central – até ao Sudeste Asiático, provocando numerosos mortos, dispersos e desalojados. “Mais uma vez desejo manifestar a minha proximidade a todos os que sofrem por estes desastres naturais. Ao mesmo tempo, convido à oração pelas vítimas e seus familiares e à solidariedade: que as instituições e os homens de boa vontade colaborem, com espírito generoso, para socorrer os milhares de pessoas afetadas por tais calamidades”


Na sua catequese, Bento XVI comentou o maior Salmo da Bíblia, o Salmo 119 (118), todo ele centrado sobre a Lei de Deus, a Torah. A Lei divina, observou o Papa, é apresentada como dom de graça, orientação de vida, ensinamento. Quem caminha seguindo os seus preceitos, é chamado "bem-aventurado". O que se concretiza plenamente na Virgem Maria, que acreditou e seguiu fielmente a vontade do Senhor, e também em todos os que observam a lei divina.


O Salmo fala do bem que a Lei de Deus representa para o homem, ao ponto de declarar que é a única herança para o fiel, mais do que terras ou outras propriedades. Deste modo, escutar, meditar, acolher e cumprir a lei do Senhor é a segurança e o prazer de viver nossa existência terrena. Como diz o Salmo, "tua palavra é lâmpada para os meus passos, e luz para o meu caminho" (v. 105).


Mas ouçamos as palavras com que Bento XVI sintetizou em português esta sua catequese e a saudação dirigida aos peregrinos da nossa língua:


"Queridos irmãos e irmãs,


O Salmo 119 é um solene e imponente cântico sobre a Lei do Senhor, nascido de um coração que lhe consagrava um amor apaixonado. Para o salmista, a lei divina é a única parte de herança que o seu coração deseja; nada mais quer senão compreendê-la, observá-la e orientar para ela todo o seu ser e a sua vida. Faz dela o objecto da sua meditação e conserva-a no seu coração. De facto, a Lei de Deus pede para ser escutada com o coração: uma escuta feita de obediência; uma obediência não servil, mas filial, confiante e consciente. A escuta da Palavra é encontro pessoal com o Senhor da vida, um encontro que deve traduzir-se em decisões concretas e tornar-se caminho para seguir os passos do Senhor. E assim o nosso Salmo orienta-nos para o Evangelho e leva-nos a encontrar o Senhor. O pleno cumprimento da Lei é seguir Jesus.


Com cordial afecto, saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, em especial os brasileiros da paróquia de Nossa Senhora da Glória. Que o Senhor vos encha o coração de um grande amor pela sua Palavra, para poderdes colocar a sua vontade no centro da vossa vida, como a Virgem Maria. Ela que acolheu e gerou a Palavra divina, seja o vosso guia e conforto, o astro luminoso que aponta o caminho da felicidade. Em penhor do muito bem que vos quero, dou-vos a minha Bênção Apostólica."


Rádio Vaticano

Novos caminhos...

«No mundo grego, paideia é a palavra que melhor corresponde ao nosso conceito de cultura – educação, em seu sentido mais elevado, pois leva os homens a serem verdadeiramente humanos.
Os latinos exprimiram a mesma coisa com a palavra erudito; o homem é arrancado à ‘rudeza’, para ser formado como verdadeiro ser humano. Neste sentido, o Evangelho é por natureza paideia – cultura, contanto que, nesta educação da pessoa humana o Evangelho se una a todas as forças que se propõem modelar o ser humano como comunitário».

(Intervenção numa reunião da Conferência Episcopal Italiana sob o tema “Novos caminhos da evangelização no terceiro milénio” em 10/XI/2002 – Joseph Ratzinger)

«Queres aprender com Cristo e seguir o exemplo da sua vida? Abre o Santo Evangelho e escuta o diálogo de Deus com os homens..., contigo».

(Forja 322 - S. Josemaría Escrivá de Balaguer)

OH POBRE CORAÇÃO de Joaquim Mexia Alves

Oh pobre coração,
o meu,
que se atém a tantas coisas,
e afinal só Uma interessa.


Oh pobre coração,
o meu,
que sonha com tantas riquezas,
que afinal são só pobrezas.


Oh pobre coração,
o meu,
que se enche de orgulho e vaidade,
e afinal só se encontra,
na humilde simplicidade.


Oh pobre coração,
o meu,
que dos outros faz julgamentos
quando deveria arrepender-se,
apenas dos seus lamentos.


Oh pobre coração,
o meu,
que se quer já tão adulto,
e deveria ser tão criança.


Oh pobre coração,
o meu,
que se atormenta em desesperos,
quando deveria viver na fé,
confortar-se na esperança.


Oh pobre coração,
o meu,
tão cheio de mágoas e dores,
quando deveria viver no perdão,
e estar cheio de louvores.


Oh pobre coração,
o meu,
que fala sem nada dizer,
quando deveria prostrar-se
entregue em oração.


Oh pobre coração,
o meu,
que caminha cego o caminho,
quando deveria ver
que Ele nunca o deixa sozinho.


Oh pobre coração,
o meu,
encerrado na fatalidade,
quando deveria viver,
apenas e só na verdade.


Oh pobre coração,
o meu,
que bate neste meu peito,
que se pensa tão correcto,
e apenas é imperfeito.


Oh rico coração,
o meu,
que apesar do seu horror,
foi chamado a ser morada,
de Jesus Cristo,
o Senhor.


Monte Real, 3 de Novembro de 2010


Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/11/oh-pobre-coracao.html

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)



§1842. Pela fé, cremos em Deus e em tudo quanto Ele nos revelou e a santa Igreja nos propõe para acreditarmos.

Festa da dedicação de uma catedral, festa da Igreja

Uma catedral é fruto de um desejo momentâneo ou é algo que se pode realizar pela vontade? [...] Com toda a certeza, as igrejas que herdámos não resultam apenas da gestão de capitais, nem são uma pura criação do génio; são fruto do martírio, de grandes feitos e de sofrimentos. As suas fundações são muito profundas; elas assentam sobre a pregação dos apóstolos, sobre a confissão da fé dos santos, e sobre as primeiras conquistas do Evangelho no nosso país. Tudo o que é nobre na sua arquitectura, que cativa os olhos e chega ao coração, não é um puro resultado da imaginação dos homens, é um dom de Deus, é uma obra espiritual.

A cruz assenta sempre no risco e no sofrimento, é sempre regada com lágrimas e sangue. Em parte alguma cria raízes e dá fruto se a pregação não for acompanhada de renúncia. Os detentores do poder podem fazer um decreto, favorecer uma religião, mas não a podem estabelecer, podem apenas impô-la. Só a Igreja pode estabelecer a Igreja. Só os santos, os homens mortificados, os pregadores da rectidão, os confessores da verdade, podem criar uma verdadeira casa para a verdade.

É por isso que os templos de Deus são também os monumentos dos Seus santos. [...] A sua simplicidade, a sua grandeza, a sua solidez, a sua graça e a sua beleza não fazem senão recordar a paciência e a pureza, a coragem e a doçura, a caridade e a fé daqueles que não adoraram a Deus apenas nas montanhas e nos desertos; eles sofreram, mas não em vão, porque outros herdaram os frutos do seu sofrimento (cf Jo 4, 38). Efectivamente, a longo prazo, a sua palavra deu fruto; fez-se Igreja, esta catedral onde a Palavra vive desde há muito tempo. [...] Felizes os que entram nesta relação de comunhão com os santos do passado e com a Igreja universal. [...] Felizes os que, entrando nesta igreja, penetram de coração no céu.

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo 
PPS, vol 6, n° 19

S. Josemaría sobre esta data:

A Igreja celebra a festa da dedicação da Basílica de São João de Latrão, de Roma, primeira basílica da cristandade e a igreja que tem como bispo o sucessor de Pedro. A nossa Santa Mãe a Igreja, escreve São Josemaría em Forja (n. 638) - em magnífica extensão de amor, vai espalhando a semente do Evangelho por todo o mundo. De Roma à periferia. - Ao colaborares nessa expansão, pelo orbe inteiro, leva a periferia ao Papa, para que a terra toda seja um só rebanho e um só Pastor: um só apostolado!


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Dedicação da Basílica São João de Latrão

Hoje a Igreja universal celebra a festa da igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo: a dedicação da basílica do Santíssimo Salvador ou de São João de Latrão. Esta basílica foi construída por Constantino na colina de Latrão ou Lateranense, quando era papa Melquíades (311-314). Ao contrário do que muitos pensam, é esta basílica e não a basílica de São Pedro, no Vaticano, o templo mais antigo. Aqui foram celebrados cinco Concílios ecuménicos. Nela se guardam relíquias. A festa de hoje tem um carácter importante, que é celebrar a unidade e o respeito para com a Sé Romana.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Psalm 144

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

«Vós sois o templo de Deus e o Espírito de Deus habita em Vós» (1Co 3,16)

A consagração que comemoramos hoje diz respeito, na realidade, a três casas. A primeira é o santuário material. [...] É certo que podemos rezar em qualquer lado e que não há nenhum sítio onde não possamos rezar. No entanto, é muito conveniente termos consagrado a Deus um local especial onde todos nós, os cristãos que formamos esta comunidade, nos possamos reunir para louvar e rezar a Deus juntos, e assim obter mais facilmente aquilo que pedimos, graças a esta oração comum, segundo a palavra: «Se dois de entre vós se unirem, na terra, para pedirem qualquer coisa, obtê-la-ão de Meu Pai que está nos céus» (Mt 18,19). [...]


A segunda casa de Deus é o povo, a comunidade santa que encontra a sua unidade nesta igreja, isto é, vós, que sois guiados, instruídos e alimentados por um só pastor ou bispo. É a casa espiritual de Deus, da qual a nossa igreja, esta casa material de Deus, é o sinal. Cristo construiu este templo espiritual para Si mesmo. [...] Esta morada é formada pelos eleitos de Deus passados, presentes e futuros, reunidos pela unidade da fé e da caridade nesta Igreja una, filha da Igreja universal, e que aliás é una com a Igreja universal. Considerada à parte das outras Igrejas particulares, ela não é senão uma parte da Igreja, como o são todas as outras Igrejas. Porém, estas igrejas formam em conjunto a única Igreja universal, mãe de todas as Igrejas. [...] Ao celebrar a consagração da nossa igreja, não fazemos mais do que recordar-nos, no meio das acções de graças, dos hinos e dos louvores, da bondade que Deus manifestou ao chamar este pequeno povo a conhecê-Lo. [...]


A terceira casa de Deus é qualquer alma santa devotada a Deus, a Ele dedicada pelo baptismo, tornada templo do Espírito Santo e morada de Deus. [...] Quando celebras a consagração desta terceira casa, recordas simplesmente o favor que recebeste de Deus quando Ele te escolheu para vir habitar em ti pela Sua graça.


Lansperge, o cartuxo (1489-1539), religioso, teólogo
Sermão sobre a consagração da igreja; Opera omnia, 1, 702ss.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 9 de Novembro de 2011

Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados às suas mesas. Tendo feito um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo, e com eles as ovelhas e os bois, deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou as suas mesas. Aos que vendiam pombas disse: «Tirai isto daqui, não façais da casa de Meu Pai casa de comércio». Então lembraram-se os Seus discípulos do que está escrito: “O zelo da Tua casa Me consome”. Tomaram então a palavra os judeus e disseram-Lhe: Que sinal nos mostras para assim procederes?». Jesus respondeu-lhes: «Destruí este templo e o reedificarei em três dias». Replicaram os judeus: «Este templo foi edificado em quarenta e seis anos, e Tu o reedificarás em três dias?». Ora Ele falava do templo do Seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dos mortos os Seus discípulos lembraram-se do que Ele dissera e acreditaram na Escritura e nas palavras que Jesus tinha dito.


Jo 2, 13-22