Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O caminho interior

Que gratificante é senti-Lo mais dentro de nós após a Eucaristia, que desafio lutarmos para ser merecedores de O retermos e que alegria renovada poder voltar a recebê-Lo no dia seguinte.
Só em comunhão com Ele estamos aptos a servi-Lo e, com Ele, o próximo.

JPR


«O novo rei, perante o qual [os Magos] se tinham prostrado em adoração, era muito diferente daquele que esperavam encontrar. Começou assim o seu caminho interior. (…) Servindo-O e seguindo-O, desejavam servir, juntamente com ele, a causa da justiça e do bem no mundo».

(Discurso na vigília da oração com os jovens em Marienfeld na XX Jornada Mundial da Juventude – 20/VIII/2005 – Bento XVI)

The Fray - Never Say Never



Some things we don't talk about
better do without
just hold a smile
we're falling in and out of love
the same damn problem


together all the while
you can never say never
why we don't know when
time and time again
younger now then we were before
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go


picture, you're the queen of everything
as far as the eye can see
under your command
i will be your guardian
when all is crumbling
steady your hand


you can never say never
why we don't know when
time and time again
younger now then we were before
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go


we're falling apart
and coming together again and again
we're coming apart
but we pull it together
pull it together, together again


don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go,
don't let me go(x2)

O que são os evangelhos canónicos e o que são os apócrifos? Quais e quantos são? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

Anton Bruckner - Sinfonia No. 9 direcção de Daniel Barenboim

“Queremos ver com olhos limpos”

Que formosa é a santa pureza! Mas não é santa, nem agradável a Deus, se a separarmos da caridade. A caridade é a semente que crescerá e dará frutos saborosíssimos com a rega que é a pureza. Sem caridade, a pureza é infecunda, e as suas águas estéreis convertem as almas num lodaçal, num charco imundo, donde saem baforadas de soberba. (Caminho, 119)

É verdade que a caridade teologal é a virtude mais alta, mas a castidade é a exigência sine qua non, condição imprescindível para chegar ao diálogo íntimo com Deus. Quem não a guarda, se não luta, acaba por ficar cego. Não vê nada, porque o homem animal não pode perceber as coisas que são do Espírito de Deus .

Animados pela pregação do Mestre, nós queremos ver com olhos limpos: bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

A Igreja sempre apresentou estas palavras como um convite à castidade. Guardam um coração sadio, escreve S. João Crisóstomo, os que possuem uma consciência completamente limpa ou os que amam a castidade. Nenhuma virtude é tão necessária como esta para ver a Deus. (Amigos de Deus, 175)

São Josemaría Escrivá

Castidade

A castidade deve qualificar as pessoas segundo os seus diferentes estados de vida: uns, na virgindade ou celibato consagrado, forma eminente de se entregarem mais facilmente a Deus com um coração indiviso: outros, do modo que a lei moral para todos determina, e conforme são casados ou solteiros» (Congregação da Doutrina da Fé,  Decl. Persona humana, 11).

«Existem três formas da virtude da castidade: uma, das esposas: outra, das viúvas; a terceira, da virgindade. Não louvamos uma com exclusão das outras. [...] É nisso que a disciplina da Igreja é rica» (Santo Ambrósio, De viduis 23: Sancti Ambrosii Episcopi Mediolanensis opera, v. 14/1).

(Fonte: CIC – Catecismo da Igreja Católica)

O Angelus do dia 13 de Novembro de 2011 (versão original e integral)

A propósito do Evangelho de hoje: 'Senhor, eu quero ver!' de Joaquim Mexia Alves

Da escuridão saiu um grito lancinante:
- Senhor, eu quero ver!

Então uma voz perguntou:
- Para que queres tu ver?

Respondeu o “grito”:
- Quero ver para que tudo tenha sentido.

Olho para a natureza, mas não consigo ver a totalidade da sua beleza. Trabalho exaustivamente, mas não consigo entender para quê. Ganho dinheiro e mais dinheiro, mas não me sinto mais tranquilo e seguro do meu futuro. Dou aos meus tudo o que me pedem, mas não os vejo mais felizes. Tenho amigos e mais amigos, mas não sinto os seus corações. Leio, estudo, informo-me, mas não me sinto mais sábio por isso, nem me sinto conhecedor da vida. Trato da minha saúde, da minha forma física, mas não vejo a finalidade de tanto esforço. Vivo intensamente, mas temo a morte.

Por isso Senhor estou cego, porque não vejo o sentido da vida.

Respondeu-lhe a voz:
- Mas acreditas tu que Eu te posso dar a capacidade de veres?

O “grito” respondeu:
- Falam-me de Ti e dizem-me que Tu tudo podes. Leio-Te, estudo-Te, mas falta-me algo, porque não consigo compreender. Mas sinto que me podes dar essa compreensão. Tudo o mais já experimentei, e nada me faz ver aquilo que eu não consigo ver. Acredito Senhor, quero acreditar, que só Tu me podes fazer ver o que agora ainda não vejo.

A voz ergueu-se firme, terna, cheia de compaixão e disse:
- A tua fé te salvou!

Abre os olhos e vê agora o que para ti estava preparado. Mergulha no Meu coração e sente-te amado. Vês agora que sempre exististe em Mim? Vês agora que a tua vida tem sentido, porque é vida da Minha Vida? Vês agora que só em Mim deves encontrar razão para tudo que fazes? Vês agora que todo o teu esforço deve começar e acabar em Mim? Vês agora que todo o teu trabalho tem sentido se não for apenas para ti, mas para todos que Eu amo e assim sendo tu deves amar também? Vês agora que só em Mim encontras futuro e futuro que não acaba? Vês agora que a natureza é bela porque Eu a criei para ti? Vês agora que mais do que ler e estudar apenas para conhecimento, o deves fazer vivendo-Me no que lês e estudas? Vês agora que só em Mim encontras a plenitude da vida?

Do “grito” saiu um grito de alegria:
- Vejo agora Senhor que já não sou um "grito" informe, porque Tu me deste a ver a minha humanidade que em Ti se faz vida eterna!

Era o sétimo dia, e então Deus descansou e fez festa com os Seus filhos!

Monte Real, 23 de Outubro de 2007

Joaquim Mexia Alves AQUI

Hoje, os maçons escondem-se de quê?

Por estes dias, o meu jornal está a dedicar várias páginas à Maçonaria. É um bom assunto. O melhor no mundo moderno ocidental, da igualdade à liberdade, está-lhe ligado. No último quarto de milénio, muitos dos nomes nobres que a História guardou foram maçons, e o seu legado, de uma maneira ou de outra, está relacionado com eles por terem sido maçons. Só para recordar um nome que parece não ter nada a ver com a frase anterior e tem: a Lisboa pombalina é luminosa porque o seu arquitecto, Carlos Mardel, foi maçom. Mas o próprio dos jornais não é fazer recolhas históricas, os seus leitores querem âncoras actuais: é assim tão forte a Maçonaria em Portugal, hoje? O bom e esforçado trabalho do meu jornal vai bater contra uma parede: muito da Maçonaria e quase todos os maçons são segredo. A Maçonaria destapa-se aqui e ali mas nunca se expõe, o resultado final de tentar focá-la acaba sempre em desilusão. O culto do segredo, por tão anacrónico, hoje, entende-se mal. A explicação mais imediata é que os maçons ganham por o ser, e fazem-no em segredo para ganharem ainda mais. Mas, ontem, António Reis, que liderou o Grande Oriente Lusitano, disse ao DN que não: serem maçons "pode-lhes causar dificuldades nas suas carreiras profissionais." Engraçado, tinha ideia do contrário: os maçons que exercem a minha profissão são mais do género a terem estátua sem eu saber porquê, do que não a terem embora a merecessem.

Ferreira Fernandes in DN online

Maçonaria: o que diz a Igreja?

Declaração de 26 de novembro de 1983 do cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L'Osservatore Romano de 26/11/83): 

Foi-lhe perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria, pelo facto de que no novo Código de Direito Canónico ela não vir expressamente mencionada como no Código anterior. 

Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas. 

Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. 



Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto acima estabelecido e isto segundo o espírito da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p. 240-241) ***. 


O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, e ordenou a sua publicação. 


Joseph Card. Ratzinger

*** Da declaração de 17 de fevereiro de 1981 do cardeal Seper, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L'Osservatore Romano, edição em português, de 8/3/81): 

Dado que a citada carta [de 19/7/1974], tornada de domínio público, deu margem a interpretações erróneas e tendenciosas, esta Congregação, sem querer prejudicar as eventuais disposições do novo Código, confirma e precisa quanto segue: 

1. Não foi modificada de algum modo a disciplina canónica, que permanece em todo o seu vigor; 

2. Não foi, portanto, ab-rogada a excomunhão nem as outras penas canónicas previstas; 

3. Quanto na citada carta se refere à interpretação a ser dada ao cânon em questão, deve ser entendido, como intencionava a Congregação, só como um apelo aos princípios gerais da interpretação das leis penais para a solução dos casos de cada pessoa, que podem ser submetidos ao juízo dos Ordinários. Não era, pelo contrário, intenção da Congregação confiar às Conferências Episcopais a pronunciarem-se publicamente com um juízo de caráter geral sobre a natureza das associações maçónicas que implique derrogação das mencionadas normas. 

Card. Seper
 

Indignado!

Estou indignado! Por isso me manifesto. Estou indignado porque o sistema devia funcionar bem e não funciona; porque os políticos deviam dizer a verdade e não dizem; porque estou a sofrer e não quero. Por isso estou aqui.
São quase seis da manhã e toda a gente dorme no acampamento da manifestação. Mas eu não consigo dormir. Por isso me vim sentar no passeio, meio tapado pelo meu cartaz. Não consigo dormir porque estou indignado. Indignado porque a crise cai sempre sobre os mesmos, porque as promessas são sempre falsas, porque os ricos, bancários, políticos conseguem sempre escapar e é o povo que sofre pelos erros deles. O pior de tudo é a falta de esperança. Este sistema não dá esperança aos jovens.
A noite está fria e o cartaz não foi feito para aconchegar. Este já não é aquele que trouxe de casa. Quando cá cheguei tinha uma folha de cartolina que dizia "Nós somos os 99%", mas a rapariga da tenda ao lado perguntou a rir: "99%? Então porque somos tão poucos?". Eu disse-lhe que havia manifestações destas por todo o mundo. No protesto mundial de 15 de Outubro foram quase 1000 cidades em mais de 80 países, e está outra marcada para 24 de Novembro. Ela só sorriu mas eu fiquei a pensar. Afinal os manifestantes não chegaram a 1% da população do país. Por isso mudei o cartaz, que agora diz: "Este é o princípio do fim do capitalismo".
O problema afinal é mudar o sistema. Aquilo que as manifestações nos países árabes conseguiram, derrubando opressão e ditadores, temos de fazer aqui. A nossa opressão é o dinheiro e oportunismo, os ditadores são banqueiros e empresários. Quando viu o novo cartaz a Bárbara (já lhe descobri o nome) abanou a cabeça e perguntou: "E depois do fim, começa o quê?" Não respondi, e mais uma vez pensei. Afinal qual é a solução para a situação? Os jovens não têm esperança, mas os outros também não. Os ricos têm medo, os políticos andam à nora e nós protestamos, mas ninguém tem solução. Dizemos que a manifestação só acaba quando vencermos. Mas que é vencer?
Puxei o saco-cama para a cabeça e repeti que esta era uma tradição de família. Na véspera contara à Bárbara que há gerações de indignados na minha casa. O meu avô era comunista e acreditava no Estaline e no sistema soviético. Ficou indignado com o que disseram dele no XX congresso, e ainda mais com a invasão de Praga. Acabou por perder a esperança e sair do partido, desiludido das falsas promessas e enganos repetidos. O meu outro avô era católico. Andou deslumbrado com o Concílio Vaticano II e as reformas da Igreja. Mas depois também ele se indignou com a falta de progresso em aspectos que considerava essenciais. Acabou por perder a esperança e abandonar a fé, como um "vencido do catolicismo". Os meus pais, jovens idealistas no 25 de Abril, viveram a revolução a sério, mas também eles acabaram indignados, desenganados e sem esperança com o que aconteceu depois. Esta manifestação contra a crise mundial é a minha participação nessa longa contestação.
De repente senti um calafrio pelas costas. E se o problema não é o mundo ou o sistema, mas nós? E se a razão da nossa insatisfação não vem da realidade, que é o que sempre foi, sempre difícil e exigente? E se o mal é que somos uma família de insatisfeitos, que nunca soube dar o valor ao que têm, exigindo sempre mais? É verdade que estamos em crise, mas afinal quando é que não as houve? Porque, tudo considerado, temos muito a agradecer. Estamos muito melhor do que no tempo dos meus avós. Lembro-me como ri ao receber há dias uma mensagem electrónica demonstrando como o país está pior que no tempo do Salazar, sem que o autor notasse que o simples uso da Internet refutava a tese.
O sol começa a nascer por entre as árvores e prédios. Está uma manhã linda. É bom sorver o ar fresco. No meio dos protestos é difícil dar valor a estas coisas. Quem quer mais do que tem nunca aproveita o que há. E a vida tem tantas coisas excelentes. Como a Bárbara, que ressona serenamente na tenda do lado. Nela, ao menos, tenho alguma esperança.

João César das Neves in DN online

A Sabedoria e o Professor

«[A Sabedoria] é um resplendor da luz externa, um espelho sem mancha da actividade de Deus, uma imagem da Sua bondade»


(Livro da Sabedoria 7,26)


«Não há melhor ensino que o exemplo do professor! (…). Falai com sabedoria, instruí com toda a eloquência possível (…), mas o vosso exemplo causará uma impressão mais forte e mais decisiva (…). Quando as vossas obras forem consequentes com as vossas palavras, não haverá que se vos possa objectar»


(Homilia sobre Epístola de S. Paulo aos Filipenses, ad loc – São João Crisóstomo)

'Seta' de Vitorino Nemésio

Tu me deste a palavra, noz de fogo:
Se o miolo te ficou, tenho os dedos queimados.
Dá Deus nozes, Senhor... Sem dentes desde logo
teu Banquete revolta os desdentados.

O Pão esperou na Voz fome e saliva,
Ninguém comeu da própria suficiência:
Ao menos o menino tem gengiva.
Saboreia a inocência.

Tende piedade dos Críticos,
dai-lhes o Best-Seller:
Engrossarão seu coro,
tudo o que for Sentido-desterrado
e oculto no choro!
Fazei guardar por Anjos
a Significação,
e em nossa carne "eles" tenham
ceva e consolação.

À entrada do Verbo, imo da Morte,
ponde uma folha a espada.
Podem roê-la, é certo; mas com sorte
a Lição do Sentido fora dada.

Tende piedade dos Críticos,
perdão para os seus juízos,
mãos largas aos somíticos,
com muitos guizos, com muitos guizos!
E, sobretudo, meu Senhor,
humildade de alma seja o poeta:
quando se fere por amor,
o sangue é teu, que é tua a seta.

Vitorino Nemésio

«… hábito da mente pelo qual alcançamos um início de vida eterna, movendo o entendimento para que dê o assentimento às coisas que não vê»


(Suma Teológica, II, q.4, a.1 - São Tomás de Aquino)


«A fé cristã é, na sua essência, participação na visão de Jesus, mediada pela Sua palavra, que é a expressão autêntica da Sua visão. A visão de Jesus é o ponto de referência da nossa fé, a sua ancoragem concreta»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

Teologia do corpo – João Paulo II ensinou-nos a compreender todas as dimensões do corpo humano (vídeos em espanhol e inglês)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Escreve: “Jesus quis-me sempre para Ele - explicarei isto melhor noutra altura -, por isso me ensombrou todas as festas, pôs amargura em todas as minhas alegrias, fez-me sentir os espinhos de todas as rosas do caminho... E eu, cego: sem ver, até agora, a predilecção do Rei, que, durante toda a minha a vida, marcou a minha carne e o meu espírito com o selo real da Santa Cruz”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)



§1871. O pecado é «uma palavra, um acto ou um desejo contrários à lei eterna» (Santo Agostinho, Contra Faustum manichaeum, 22, 27). É uma ofensa a Deus. Levanta-se contra Deus por uma desobediência contrária à obediência de Cristo.

'Gloria' de John Travenor

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

«Vê. A tua fé te salvou»

Consideremos que o Senhor diz ao cego que se aproxima: «Que queres que te faça?». Desconhecia Aquele que detinha o poder de dar a vista o que queria o cego? O que o Senhor pretende é tão só que Lhe peçamos as coisas, se bem que saiba de antemão que as pediremos e que Ele no-las concederá. Exorta-nos a rezar por elas até ao enfado aquele que, no entanto, nos diz: «O vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós Lho pedirdes» (Mt 6, 8). Se, portanto, nos pergunta, é para que Lho peçamos; se interroga, é para levar o nosso coração a rezar. [...]


Aquilo que o cego pede ao Senhor não é ouro, mas luz. Ele não quer saber de pedir outra coisa senão luz. [...] Imitemos este homem, irmãos caríssimos [...]. Não peçamos ao Senhor nem enganadoras riquezas, nem presentes terrenos, nem honras passageiras, mas luz; não a luz circunscrita pelo espaço e limitada pelo tempo, interrompida pela noite e que partilhamos com os animais, mas a luz que só os anjos dividem connosco e que não tem começo nem fim. O caminho para chegar a essa luz é a fé. E é com toda a razão que o Senhor diz ao cego a quem de imediato vai dar a luz: «Vê! A tua fé te salvou».


São Gregório Magno (540-604), Papa e Doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, n.º 2, 7


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 14 de Novembro de 2011

Sucedeu que, aproximando-se eles de Jericó, estava sentado à beira da estrada um cego a pedir esmola. Ouvindo a multidão que passava, perguntou que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele clamou: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!». Os que iam adiante repreendiam-no para que se calasse. Porém, ele, cada vez gritava mais: «Filho de David, tem piedade de mim!». Jesus, parando, mandou que Lho trouxessem. Quando ele chegou, interrogou-o: «Que queres que te faça?». Ele respondeu: «Senhor, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vê; a tua fé te salvou». Imediatamente, recuperou a vista, e foi-O seguindo, glorificando a Deus. Todo o povo, vendo isto, deu louvores a Deus.


Lc 18, 35-43