Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Amar a Cristo ...

Menino Jesus, no domingo dá-se início ao Advento e nós já estamos desejosos que Tu chegues para e assim celebrarmos o Teu Natal pensando em Ti e junto daqueles que mais amamos.

Não ambicionamos pelos Natal das prendas, porque a verdadeira prenda és Tu em toda a Tua Divindade e simplicidade. Podermos reunir a família é uma graça, embora alguns não comunguem dos mesmos sentimentos em relação ao Teu nascimento, mas procuramos sempre a oportunidade para Te anunciar «again and again».

Ah, amado Menino Jesus quão bom é beijar-Te e contemplar-Te nos pequenos e modestos Presépios que espalhamos pela casa!

JPR

O que é a Coroa de Advento? (vídeos em espanhol e inglês)

ELO SOCIAL: Serviços de Carpintaria, Estofamento e Restauro (IMPORTANTE DIVULGAR)

ELO SOCIAL
Av. Dr. Alfredo Bensaúde, nº 1
1800-423 Lisboa (junto ao Ralis)

Telf. 218540360 Fax. 218540361
2ª a 6ª - 9.00/ 13.00 14.00/17.00
http://www.elosocial.org/


A Associação ELO SOCIAL presta diversos serviços, através do Emprego Protegido, a custos reduzidos e de qualidade garantida.

Entre eles, têm a Secção de Carpintaria, Estofamento e Restauro. Sofás e cadeiras que necessitem de ser estofados e consertados podem entregar-lhes
esse trabalho com a certeza de que vos irá surpreender quanto à qualidade e preço. Neste momento, por falta de adequada divulgação estão quase sem trabalho - daí estarem a fazer uma promoção na redução do seu preço de tabela até 30%!

Para aqueles que residam na área de Lisboa, eles vão a casa gratuitamente buscar e entregar, como apresentam orçamento para a reparação.

Trabalham igualmente para empresas.

Peço que divulguem também esta mensagem junto dos vossos amigos e conhecidos.

Obrigada!

Imitação de Cristo, 3, 32, 2 - Da abnegação de si mesmo e abdicação de toda cobiça

A alma: Senhor, isto não é obra de um dia, nem brincadeira de criança, antes nesta breve palavra se compendia toda a perfeição religiosa.

Deus costuma procurar instrumentos fracos

– Estamos gostosamente, Senhor, na tua mão chagada. Aperta-nos com força!, espreme-nos!, de modo que percamos toda a miséria terrena!, que nos purifiquemos, que nos inflamemos, que nos sintamos empapados no teu Sangue! E depois, lança-nos longe!, longe, com fome de messe, para uma sementeira cada dia mais fecunda, por Amor de Ti. (Forja, 5)

Sem grande dificuldade, poderíamos encontrar na nossa família, entre os nossos amigos e companheiros – para não me referir já ao imenso panorama do mundo – tantas pessoas mais dignas do que nós de receber o chamamento de Cristo. Mais simples, mais sábias, mais influentes, mais importantes, mais gratas, mais generosas...

Eu, ao pensar nisto, fico envergonhado. Mas compreendo também que a nossa lógica humana não serve para explicar as realidades da graça. Deus costuma procurar instrumentos fracos para que se manifeste com evidente clareza que a obra é sua. O próprio S. Paulo evoca com estremecimento a sua vocação; e por último, depois de todos, foi também visto por mim, como por um aborto. Porque eu sou o mínimo dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Assim escreve Paulo de Tarso, homem de uma personalidade e de um vigor que a história não fez mais do que engrandecer.

Fomos chamados sem mérito algum da nossa parte, dizia-vos. Realmente, na base da nossa vocação está o conhecimento da nossa miséria, a consciência de que as luzes que iluminam a alma – a fé – o amor com que amamos – a caridade – e o desejo que nos mantém – a esperança – são dons gratuitos de Deus. Por isso, não crescer em humildade significa perder de vista o objectivo da escolha divina: ut essemus sancti, a santidade pessoal.

Agora, tomando como ponto de partida essa humildade, podemos compreender toda a maravilha da chamada divina. A mão de Cristo colheu-nos num trigal: o semeador aperta na sua mão chagada o punhado de trigo; o sangue de Cristo banha a semente, empapa-a. Depois, o Senhor lança ao ar esse trigo, para que, morrendo, seja vida e, afundando-se na terra, seja capaz de multiplicar-se em espigas de oiro. (Cristo que passa, 3)


São Josemaría Escrivá

Novena da Imaculada Conceição com textos de São Josemaría Escrivá - 30 de novembro

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'Como é possível comungar se tenho intolerância ao glúten?' responde o Pe. Paulo Ricardo

Ícone da Mãe de Deus de Fátima - Igreja Católica de Tsarkoe Seló (Pushkin-São Peterburgo, Rússia)


Autor : iconógrafo russo Ivan Lvovich

Informações mais detalhadas em língua espanhola no blogue do Sacerdote Asturiano, Pe. Javier Martínez Cortés em http://sacerdotesrusia.blogspot.com/2006/06/virgen-de-ftima_17.html

O poder

Ao ler uma homilia do então Cardeal Ratzinger sobre Santo Henrique (974-1024), Imperador romano-germânico que colocou o seu poder ao serviço da Igreja, da verdade e do bem, embora e conforme nos relembra o autor da homilia, para a grande maioria dos seres humanos não se trata tanto de saber como colocar o poder ao serviço do bem comum, mas antes encontrarmos uma solução para a nossa impotência perante o mesmo.

Recorda-nos Joseph Ratzinger, que o poder é uma graça concedida por Deus, ao que acrescentaria que a pudemos usar para fazer o bem ou, usando a liberdade que Ele nos concedeu, desbaratá-la fazendo o mal.

É a partir daqui que gostaria de compartilhar convosco uma curta reflexão, pois embora não sejamos Imperadores, todos temos alguma ou múltiplas formas de poder, que numa expressão indigna de um ser humano, que tente viver de uma forma justa e correcta, poderá chegar ao da coacção e condicionamento psicológico dos outros, e.g., o mais pobre que opte por não aceitar ajuda, tem o poder, certamente de uma forma inconsciente, de nos fazer preocupar por ele e pelo seu bem-estar, ou um simples acto de teimosia e capricho é um acto de poder egocêntrico, perante o qual somos impotentes.

Ora, é precisamente a esse estágio de poder e na sua vasta e múltipla variedade de expressões, que me permito dizer, que um bom cristão deverá sempre reflectir se as suas atitudes poderão constituir actos de poder que não visam o bem, mas tão-somente a sua vaidade ou cobardia de enfrentar a realidade, no fundo, não conformes às mais elementares regras de respeito pelo próximo e consequentemente com Deus.

Somos muitas vezes confrontados com atitudes que nos desgostam, tentam condicionar e chantagear, porque quem as toma num acto de absoluto egoísmo, muitas vezes irreflectido, está a exercer um acto de “poder”, saibamos à nossa dimensão e escala seguir Santo Henrique e usar todos os poderes que o Senhor nos concedeu para honra e glória do Seu nome, e desde logo sabemos que não o estamos a desperdiçar.

JPR

Falta de coragem e entrega

Sendo certo que um bom exame de consciência e um sincero arrependimento nos ajudam a “sacudir” a sujidade, mas não ficamos completamente limpos. 

Estou a imaginar algumas pessoas que conheço e de quem gosto e com quem convivo regularmente a pensarem, “lá está este chato a falar da Confissão, mas eu confesso-me directamente a Deus”, pois é, desculpar-me-ão a linguagem frontal, mas tudo isso não passa de cobardia e soberba, a verdadeira Confissão, e o Catecismo da Igreja Católica apenas a pede uma vez por ano (§ 1.457), está em recorrermos a quem investido pelo Sacramento da Ordem e como tal sendo o próprio Cristo no acto.

Não vos é fácil de digerir, mas acreditem que faz bem, além de evidentemente de respeitar a Igreja que Jesus Cristo Deus Nosso Senhor fundou e que os homens guiados pelo Espírito Santo foram construindo ao longo dos séculos.

JPR

O que aconteceu na Última Ceia? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

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Pureza

«Responde-me: Se tivesses as mãos manchadas em esterco atrever-te-ias a tocar com elas nas vestes do rei? Nem sequer os teus próprios vestidos tocarias com as mãos sujas; antes lavá-las-ias e secá-las-ias cuidadosamente, então os tocarias. Pois, porque não dá a Deus essa mesma honra que concedes a uns vis vestidos?»

(Sermo de Sancta Synaxis – Santo Atanásio Sinaíta)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1964

Com mineiros de Oviedo, durante um encontro em Pamplona. A sua pregação constante era a de que “Cristo interessa-se por esse trabalho que devemos realizar – uma vez e mil vezes – no escritório, na fábrica, na oficina, na escola, no campo, no exercício da profissão manual ou intelectual”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Quem foi Santo André? Catequese de Bento XVI em 2006 (vídeos em espanhol e inglês)

Santo André, apóstolo

Os gregos chamam a este ousado apóstolo "Protókletos", que significa: o primeiro chamado. Ele foi um dos afortunados que viram Jesus na verde planície de Jericó. Ele passava. O Baptista indicou-o com o dedo de Precursor e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André e João foram atrás d'Ele. Não se atreveram a falar-Lhe até que Jesus se virou para trás e perguntou: "Que procurais?" - Mestre, onde habitas? - "Vinde e vede". A Igreja deve muito a Santo André. Terá sido martirizado numa cruz em forma de aspa ou X, que é conhecida pelo nome de cruz de Santo André.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O primeiro discípulo do Senhor

Basílio de Selêucia (?-c. 468), bispo
Sermão em louvor de Santo André, 2-3; PG 28, 1103; atrib. a Santo Atanásio


André foi o primeiro dos apóstolos a reconhecer o Senhor como seu mestre [...]; deixou o ensinamento de João Baptista para frequentar a escola de Cristo. [...] À luz da lâmpada (Jo 5,35), procurava a luz verdadeira; sob o seu brilho incerto, acostumou-se ao esplendor de Cristo. [...] De mestre que era, João Baptista tornou-se servo e arauto de Cristo, presente diante dele: «Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (Jo 1:29). Aqui está Aquele que livra da morte; aqui está Aquele que destrói o pecado. Eu não fui enviado como esposo, mas como aquele que o acompanha (Jo 3,29). Eu vim como servo e não como senhor.

Tocado por estas palavras, André deixa o seu antigo mestre e precipita-se para Quem ele anunciava. [...] Precipita-se para o Senhor, o seu desejo é evidente no seu empenho [...], e traz consigo o evangelista João; os dois deixam a lâmpada para avançarem em direcção ao Sol. André é a primeira planta do jardim dos apóstolos, é ele que abre a porta ao ensinamento de Cristo, é ele o primeiro a colher os frutos do campo cultivado pelos profetas. [...] Ele foi o primeiro a reconhecer Aquele de quem Moisés disse: «O Senhor teu Deus suscitará em teu favor um profeta saído das tuas fileiras, um dos teus irmãos, como eu: é a ele que escutarás» (Dt 18,15). [...] Ele reconheceu Aquele que os profetas anunciaram, e levou até ele o seu irmão Pedro. Mostrou a Pedro o tesouro que este ainda não conhecia: «Encontrámos o Messias» (Jo 1,41), Aquele que desejávamos. Esperávamos a Sua vinda: vem agora desfrutar da Sua presença. [...] André levou seu irmão a Cristo [...]; foi seu primeiro milagre.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de novembro de 2012

Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. «Segui-Me, disse-lhes, e Eu vos farei pescadores de homens». E eles, imediatamente, deixando as redes O seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam numa barca juntamente com seu pai Zebedeu, consertando as suas redes. E chamou-os. Eles, deixando imediatamente a barca e o pai, seguiram-n'O.

Mt 4, 18-22

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Amar a Cristo ...

Bom Jesus, Essência da nossa razão de ser, louvamos-Te com palavras, a alma e o coração, mas não basta, temos também de o fazer através de atos concretos ajudando os tantos que precisam abdicando do que não nos faz falta e um pouco do que pensamos que nos faz falta, o que na verdade é um engano, pois tendo-Te nada nos faltará.

Mestre, ajuda-nos a viver sempre em coerência com as palavras amando-Te também através dos atos que praticamos.

JPR

Alimente esta ideia!

O Banco Alimentar contra a Fome vai realizar mais uma campanha de recolha de alimentos em supermercados e online.

Até 9 de Dezembro pode, uma vez mais, contribuir no site www.alimentestaideia.net.


Graças à generosidade de muitas pessoas, foram doadas em Maio de 2012 através deste canal 73,5 toneladas de produtos, com visitas ao site de internautas de 95 países.

O acréscimo muito significativo do número de pedidos de ajuda que temos vindo a receber nos últimos tempos, exige uma solidariedade e atenção renovadas que permitam fazer face ao agudizar da situação de tantas pessoas.

Neste sentido, estamos a contactar todos os que já contribuíram, como é o seu caso, nesta luta contra a pobreza que nos deve mobilizar a todos, pois infelizmente são cada vez mais os que precisam da ajuda para garantirem as necessidades básicas de alimentação.

Por essa razão, apelamos à sua contribuição e pedimos-lhe ainda que divulgue esta campanha junto dos seus contactos.

Bem haja


Maria Isabel Jonet

Presidente da Direcção

Acções de formação para catequistas - AJUDAR A CRESCER - Paróquia de Santa Maria de Belém - Lisboa

1ª. Autonomia e Responsabilidade - 26/10/2012 (Dina Matos Ferreira)

2ª. Afectividade/Sexualidade - 30/11/2012 (Sofia Mendonça)

3°. Relações Familiares: Problemas e Questões - 25/01/2013 (Cristina Cruz Fernandes)

4ª. Fé e Razão - Cristianismo e outras Religiões - 22/02/2013 (Cón. José Manuel Ferreira)

5ª. Razão e Fé - 05/04/2013 (Cón. José Manuel Ferreira)
Local: Rua dos Jerónimos, 3
Horário – 21h30 às 23h00
Entrada Livre



Com os melhores cumprimentos,
Isabel Múrias
Responsável da Catequese da
Paróquia de Santa Maria de Belém
http://www.paroquia-smbelem.pt/

Imitação de Cristo, 3, 32, 1 - Da abnegação de si mesmo e abdicação de toda cobiça

Jesus: Filho, não podes gozar perfeita liberdade, enquanto não renunciares inteiramente a ti mesmo. Em escravidão vivem todos os ricos e egoístas, os cobiçosos, curiosos, que gostam de vaguear, buscando sempre as delícias dos sentidos e não as de Jesus Cristo, mas só imaginam o que não pode permanecer e só disso cogitam. Pois tudo que não vem de Deus perecerá. Conserva em teu coração esta breve e profunda sentença: Deixa tudo, e terás sossego. Pondera isto, e, quando o praticares, tudo entenderás.

Oxalá te não falte a simplicidade

Repara: os apóstolos, com todas as suas misérias patentes e inegáveis, eram sinceros, simples... transparentes. Tu também tens misérias patentes e inegáveis. – Oxalá te não falte a simplicidade. (Caminho, 932)

Aqueles primeiros doze apóstolos – a quem tenho grande devoção e carinho – eram, segundo os critérios humanos, bem pouca coisa. Quanto à posição social, com excepção de Mateus – que com certeza ganhava bem a vida e deixou tudo quando Jesus lhe pediu – eram pescadores; viviam do dia-a-dia, trabalhando até de noite para poderem alcançar o seu sustento.

Mas a posição social é o de menos. Não eram cultos, nem sequer muito inteligentes, pelo menos no que diz respeito às realidades sobrenaturais. Até os exemplos e as comparações mais simples lhes eram incompreensíveis e pediam ao Mestre: Domine, edissere nobis parabolam, Senhor, explica-nos a parábola. Quando Jesus, com uma imagem, alude ao fermento dos fariseus, supõem que os está a recriminar por não terem comprado pão.

Pobres, ignorantes. E nem sequer eram simples, humildes. Dentro das suas limitações, eram ambiciosos. Muitas vezes discutem sobre quem seria o maior, quando – segundo a sua mentalidade – Cristo instaurasse na terra o reino definitivo de Israel. Discutem e excitam-se até naquela hora sublime em que Jesus está prestes a imolar-se pela humanidade, na intimidade do Cenáculo.

Fé? Pouca. O próprio Jesus Cristo o diz. Viram ressuscitar mortos, curar todo o tipo de doenças, multiplicar o pão e os peixes, acalmar tempestades, expulsar demónios. Pois S. Pedro, escolhido como cabeça, é o único que sabe responder com prontidão: Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo. Mas é uma fé que ele interpreta à sua maneira; por isso atreve-se a enfrentar Jesus Cristo, a fim de que Ele não se entregue pela redenção dos homens. E Jesus tem de responder-lhe: Retira-te de mim, Satanás; tu serves-me de escândalo, porque não tens a sabedoria das coisas de Deus mas das coisas dos homens. Pedro raciocinava humanamente, comenta S. João Crisóstomo, e concluía que tudo aquilo (a Paixão e a Morte) era indigno de Cristo, reprovável. Por isso Jesus repreende-o e diz-lhe: não, sofrer não é coisa indigna de Mim; tu pensas assim porque raciocinas com ideias carnais, humanas.

Em que sobressaem então aqueles homens de pouca fé? Talvez no amor a Cristo? Sem dúvida que O amavam, pelo menos de palavra. (…) São homens correntes, com defeitos, com debilidades, com palavras maiores do que as suas obras. E, contudo, Jesus chama-os para fazer deles pescadores de homens, corredentores, administradores da graça de Deus. (Cristo que passa, 2)

São Josemaría Escrivá 

'OBVIAMENTE, DEMITA-SE!' de Gonçalo Portocarrero de Almada (brilhante, a ironia inteligente é uma arma)

Manifesto de um imaginário esquerdista ululante, presidente de um não menos imaginário Banco Alimentar a Favor da Fome

Sou a favor da demissão da Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome pelas seguintes razões:

1º. Por causa do nome. Isabel é nome de rainha e, pior ainda, de santa: duas inconveniências numa só palavra! À frente de uma instituição social exige-se um nome laico e republicano. Em política, o que parece, é. Ainda por cima, a santa homónima fez o milagre errado: o que se quer é que as flores se convertam em pães, e não estes em rosas!
Se o nome próprio não ajuda, o apelido muito menos: Jonet! Soa francês e é parecido ao Junot, de tão má memória. Além disso, é queque, e os pobres precisam de pão e não de bolos. Uma estrangeirada não pode comandar uma legião de voluntários que, periodicamente, nos assalta à entrada dos supermercados. Os pobres querem francesinhas e não afrancesadas!

2º. Porque é presidente de um banco, ou seja, é banqueira! Portanto, faz parte da oligarquia que explora os pobres. Os bancos só ajudam quem não precisa e nunca serviram sopas aos pobres. Banqueira foi só uma, a do povo e mais nenhuma! E – note-se! – a D. Branca acabou na prisão! Nada de banco, a não ser o dos réus. O Banco Alimentar tem de passar a ser um sindicato e dar bifes, todos os dias, ao povo. Abaixo o Banco Alimentar e viva o Bitoque de Esquerda! Porque, afinal, se a banca é da direita, é da esquerda o monopólio do social.

3º. Porque fez umas declarações incríveis: foi à televisão dizer coisas sensatas e, pior ainda, verdadeiras! E se o governo dissesse toda a verdade sobre a crise, a oposição não prometesse o que sabe que não poderá dar e as centrais sindicais não aldrabassem sobre as greves?! Com verdades e bom senso não se vai a lado nenhum! Além disso, como muito bem explicou Orwell, a liberdade de pensamento e de expressão não servem para isso, nem são para todos!

4º. Porque é contra a fome. Mas um banqueiro não pode ser contra o dinheiro, nem a presidente do Banco Alimentar contra a fome! Até porque a fome é necessária: as revoluções fazem-se em jejum. Com a barriga farta, não há quem proteste! Os obesos não apedrejam polícias! As sopinhas do Banco Alimentar querem dar cabo da raiva proletária, em nome da resignação cristã, mas, com conformismo, fica entornado o caldo revolucionário. É preciso ler Marx – não o Groucho! – e aprender que o que faz falta é exasperar a malta, para que seja carne de canhão para a revolução.

5º. Porque é católica, o que é um insulto para a laicidade das instituições sociais. Há muito que os pobres foram nacionalizados, antes até dos bancos. Por sinal, capitães de Abril, porque raio é que o Alimentar ainda o não foi?! Já não há pobrezinhos paroquiais: agora são todos do Estado, são todos do povo, são nossos. Se a Igreja quer ter os seus próprios pobres, para promover bazares e canastas de senhoras bem, que os arranje à sua custa, mas os pobres nacionais não são de nenhuma religião, porque estão ao serviço das ambições políticas da esquerda! É que, se nos tiram os pobres, que nos resta?! Se já nem valores ou ideologia temos …

6º. Porque faz caridade. Para que, depois de um lauto banquete, já não lhe doa a consciência por ter comido à tripa forra, em uma hora, o que dava para alimentar, durante um mês, cem crianças. Mas esta caridade é a mordaça da hipocrisia que sufoca, na garganta do pobre, o grito da justiça. Quem quiser solidariedade social, que deixe de brincar à caridadezinha e pugne pelos direitos dos proletários. É verdade que o marxismo não trouxe a justiça social, nem encheu as barrigas dos explorados, mas encheu de arrogância moral uma certa esquerda que fez da pobreza, que não conhece senão como abstracção, a sua bandeira e a sua razão.
Concluindo e resumindo: que se demita a presidente do Banco Alimentar! Bem sei que, se o fizer, as dezenas de seus colaboradores, as centenas de voluntários, os milhares de dadores e as dezenas de milhares de pobres a quem ajuda, discreta e eficazmente, através de tantas instituições maioritariamente cristãs, ficarão a perder. Mas seria uma atitude muito politicamente correcta, que ganharia o aplauso de meia dúzia de sujeitos bem-pensantes, que nunca fizeram nada por quem tem fome.
Já agora … alimente esta ideia!»

Gonçalo Portocarrero de Almada in ‘Público’ 26.11.2012, texto copiado da página do autor no Facebook

Amar a Deus com todo o nosso ser

«Eu Vos amo, Senhor, e a única graça que Vos peço é a de Vos amar eternamente. Meu Deus, se a minha língua não pode repetir, a todo o momento, que Vos amo, quero que o meu coração o repita tantas vezes quantas eu respiro»

(S. João Maria Vianney)

«Devemos lembrar-nos de Deus, com mais frequência do que respiramos»

(S. Gregório Nazianzo)

Hierarquia

«Os que mandam servem aqueles que a quem mandam. A razão é que não mandam por afã de poder, mas porque têm o ministério de cuidar dos outros; não são os primeiros por soberba, mas por amor, para os atender»

(De civitate Dei, XIX, 14 - Santo Agostinho)


«Amai-os [aos pastores da Igreja] como um filho ao seu pai! Por eles recebeis o sinal da regeneração sobrenatural e divina; eles abrem-nos as portas do céu, e por eles recebeis todos os bens (…). Quem ama a Jesus Cristo, ama o Seu pastor, quem quer que seja, pois pelas suas mãos recebe os sagrados mistérios»

(Homilia sobre 1 Tessalonicenses, ad loc. – São João Crisóstomo)

Que relação teve Pedro com Maria Madalena? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

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Coragem!

Tende a coragem de ousar com Deus! Experimentai! Não tenhais medo d’Ele! Tende a coragem de arriscar com a fé! Tende a coragem de arriscar com a bondade! Tende a coragem de arriscar com a pureza de coração! Comprometei-vos com Deus e então vereis como a vossa vida se ilumina, como ganha grandeza, como deixa de ser aborrecida para se encher de um sem-número de surpresas, porque a bondade infinita de Deus nunca se esgota!

(Homilia da Missa da Imaculada Conceição – 08/XII/2005 – Bento XVI)

O Santo Padre incentiva-nos a termos coragem e aos menos seguros transmite como valor absoluto a certeza da bondade infinita de Deus. 

Permito-me, aos que já temos raízes mais sólidas, sugerir a humildade de não dar nada por certo e procurar diariamente incrementar o nosso amor por Ele, pois por muito que O amemos não Lhe “chegamos aos calcanhares”, pois o Seu amor é tão profundo, que nos ofereceu o Filho e deixou-O morrer na Cruz para nossa salvação, e este facto histórico, mas também de fé, deve-nos acompanhar todos os dias.

Alguém me contava, que tinha um amigo que no local de trabalho lhe era difícil ter uma imagem ou algo que fizesse lembrar Dele assiduamente, mas com imaginação resolveu o problema, tendo sempre dois clips em forma de crucifixo, ele sabia porque lá estavam e bastava-lhe.

JPR


Na noite seguinte, o Senhor apresentou-se diante dele [Paulo] e disse-lhe: “Coragem! Assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim é necessário que o dês também em Roma”

(Actos dos Apóstolos 23, 11)


«Tenhamos a coragem de viver pública e constantemente de acordo com a nossa santa fé»

(Sulco 46 - São Josemaría Escrivá)

'Allein Gott in der Höh sei ehr' de Michael Praetorius (1572 - 1621)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931



“Eu só devo falar de Deus”, escreve.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

«Erguei-vos e levantai a cabeça, porque aproxima-se a vossa redenção»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
Discurso sobre o Salmo 95


«Então, todas as árvores da floresta saltarão de alegria diante do Senhor, porque Ele vem para julgar a terra» (Sl 95,12-13). O Senhor veio da primeira vez e virá de novo. Veio da primeira vez «sobre as nuvens» (Mt 26,64), na Sua Igreja. Que nuvens O trouxeram? Os apóstolos, os pregadores. [...] Veio da primeira vez trazido pelos Seus pregadores e encheu toda a terra. Não oponhamos resistência à Sua primeira vinda, se não queremos temer a segunda [...]

Que deve pois fazer o cristão? Aproveitar este mundo mas não o servir. Em que consiste tal atitude? Em «possuir como se não se possuísse». É o que diz S. Paulo: «Irmãos, o tempo é breve. [...] Desde já, aqueles que choram seja como se não chorassem, os que são felizes, como se o não fossem, os que compram, como se nada possuíssem, os que tiram proveito deste mundo, como se não se aproveitassem dele. Porque este mundo, tal como o vemos, vai passar. Quereria ver-vos livres de toda a preocupação» (1Co 7,29-32). Quem está livre de toda a preocupação espera com segurança a vinda do seu Senhor. Será que se ama o Senhor quando se receia a Sua vinda? Meus irmãos, não nos envergonhamos disso? Amamo-Lo e receamos a Sua vinda? Amamo-Lo verdadeiramente ou amamos mais os nossos pecados? Odiemos pois os nossos pecados e amemos Aquele que há-de vir. [...]

«Todas as árvores da floresta saltarão de alegria diante do Senhor, porque Ele vem» da primeira vez [...] «Todas as árvores da floresta saltarão de alegria diante do Senhor, porque Ele vem» para julgar a terra, Então, encontrará cheios de alegria, «porque Ele vem», todos os que tiverem acreditado na Sua primeira vinda.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 29 de novembro de 2012

«Mas quando virdes que Jerusalém é sitiada por exércitos, então sabei que está próxima a sua desolação. Os que então estiverem na Judeia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, retirem-se; os que estiverem nos campos, não entrem nela; porque estes são dias de vingança, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Ai das mulheres grávidas, e das que amamentarem naqueles dias!, porque haverá grande angústia sobre a terra e ira contra este povo. Cairão ao fio da espada, serão levados cativos a todas as nações e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completarem os tempos dos gentios. «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra haverá consternação dos povos pela confusão do bramido do mar e das ondas, morrendo os homens de susto, na expectativa do que virá sobre toda a terra, porque as próprias forças celestes serão abaladas. Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande poder e majestade.Quando começarem, pois, a suceder estas coisas, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque está próxima a vossa libertação».

Lc 21, 20-28

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

4 Dez 21h Coimbra: Apresentação "Auto-de-Fé" - Zita Seabra entrevista P. Gonçalo Portocarrero


Nas vésperas do Dia Mundial da SIDA/AIDS Bento XVI apela a que se alargue o acesso às terapias existentes aos mais pobres sobretudo às crianças (vídeos em espanhol e inglês)

Imitação de Cristo, 3, 31, 1-4 - Do desprezo de toda criatura, para que se possa achar o Criador

Muitos indagam quanto fez uma pessoa, mas de quanta virtude foi animada nem tanto se cura. Com diligência investigam se alguém é forte, rico, formoso, hábil, bom escritor, bom cantor, bom artista; mas quão pobre seja de espírito, quão paciente e manso, quão piedoso e espiritual, disso não se faz caso. A natureza só considera o exterior do homem, mas a graça olha o interior. Aquela muitas vezes se engana, esta espera em Deus, para não ser iludida.

Aqui estou, porque me chamaste

Chegou para nós um dia de salvação, de eternidade. Uma vez mais se ouvem os assobios do Pastor Divino, as suas palavras carinhosas: "Vocavi te nomine tuo". – Chamei-te pelo teu nome. Como a nossa mãe, Ele convida-nos pelo nome. Mais: pelo apelativo carinhoso, familiar. Lá, na intimidade da alma, chama, e é preciso responder: "Ecce ego, quia vocasti me". Aqui estou, porque me chamaste; decidido a que desta vez não passe o tempo como a água sobre os seixos rolados, sem deixar rasto. (Forja, 7)

Um dia (não quero generalizar; abre o coração ao Senhor e conta-lhe tu a história) talvez um amigo, um cristão normal e corrente como tu, te tenha feito descobrir um panorama profundo e novo e ao mesmo tempo tão antigo como o Evangelho. Sugeriu-te a possibilidade de te empenhares seriamente em seguir Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenhas perdido então a tranquilidade e não a terás recuperado, convertida em paz, até que, livremente, "porque muito bem te apeteceu" – que é a razão mais sobrenatural – respondeste a Deus que sim. E veio a alegria, vigorosa, constante, que só desaparece quando te afastas d'Ele.

Não me agrada falar de escolhidos nem de privilegiados. Mas é Cristo quem fala disso, quem escolhe. É a linguagem da escritura: elegit nos in ipso ante mundi constitutionem – diz S. Paulo – ut essemus sancti, escolheu-nos antes da criação do mundo para sermos santos. Eu sei que isto não te enche de orgulho, nem contribui para que te consideres superior aos outros homens. Essa escolha, raiz do teu chamamento, deve ser a base da tua humildade. Costuma levantar-se porventura algum monumento aos pincéis dum grande pintor? Serviram para fazer obras-primas mas o mérito é do artista. Nós – os cristãos – somos apenas instrumentos do Criador do mundo, do Redentor de todos os homens. (Cristo que passa, 1)

São Josemaría Escrivá

"Deus não é uma inteligência matemática; é uma realidade na nossa vida"

Nesta chuvosa quarta-feira de outono, o encontro semanal do Pontífice com os fiéis realizou-se na Sala Paulo VI, no Vaticano. Como é tradição, o Papa leu a sua reflexão em italiano, e na sequência, resumiu o texto em várias línguas. Prosseguindo a série sobre o Ano da Fé, a questão principal da audiência foi “Como falar de Deus no mundo de hoje?”.

"Deus não é uma hipótese distante sobre a origem do mundo; não é uma inteligência matemática que está longe de nós. O amor de Deus por nós é infinito e eterno, e a fé cristã é uma resposta aos anseios mais profundos do coração humano” – começou Bento XVI. "Comunicar Jesus Cristo aos homens e mulheres do nosso tempo significa dar testemunho silencioso e humilde do núcleo da mensagem do Evangelho".

O Papa sugeriu imitar o modo de agir de Deus, mas ressalvou que “falar de Deus requer um crescimento na fé, familiaridade com Jesus e seu Evangelho; uma vida de fé e caridade”. “A família é um lugar privilegiado para a transmissão da fé às novas gerações. Em clima de escuta e de diálogo, cada membro deve ser para o outro um sinal do amor de Deus. Falar de Deus é comunicar-se com alegria, força e simplicidade” – lembrou.

“Assim, nas nossas vidas, com as nossas famílias, com os nossos filhos, poderemos manifestar este mesmo amor de Cristo, estando atentos a todas as necessidades, aos anseios mais profundos, para poder dar uma resposta de esperança à humanidade”.

Em português, o Papa usou as seguintes palavras:

“O anúncio que leva ao encontro com Deus-Amor, revelado de modo único em Jesus crucificado, é destinado a todos: não há salvação fora de Jesus Cristo. Como podemos falar de Deus hoje? O Ano da Fé é ocasião de buscar novos caminhos, sob a inspiração do Espírito Santo, para transmitir a Boa Nova da salvação. Neste sentido, o primeiro passo é procurar crescer na fé, na familiaridade com Jesus e com o seu Evangelho, aprendendo da forma como Deus se comunica ao longo da história humana, sobretudo com a Encarnação: através da simplicidade. É necessário retornar ao aspecto essencial do anúncio, olhando para o exemplo de Jesus. N’Ele, o anúncio e a vida se entrelaçam: Jesus atua e ensina, partindo sempre da sua relação íntima com Deus Pai. De facto, comunicar a fé não significa levar a si mesmo ao próximo, mas transmitir publicamente a experiência do encontro com Cristo, a começar pela própria família. Esta é um lugar privilegiado para falar de Deus, onde se deve procurar fazer entender que a fé não é um peso, mas uma profunda alegria que transforma a vida.

Uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, com votos de serem por todo o lado zelosos mensageiros e testemunhas da fé que vieram afirmar e consolidar neste encontro com o Sucessor de Pedro. Que Deus vos abençoe! Obrigado!”.

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com adaptação de pormenor do blogue

Vídeo da ocasião em espanhol

Obrigado!


Dizer a verdade

«Por ser animal sociável, o homem deve aos outros quanto for necessário para a conservação da sociedade. Ora bem, não seria possível a convivência entre os homens se não se fiassem uns dos outros convencidos de que se dizem mutuamente a verdade»

(Suma Teológica II-II, q.109, a. 3, ad1 – São Tomás de Aquino)

«O mundo vive da mentira; e há vinte séculos que a Verdade veio aos homens.
É preciso dizer a verdade! E os filhos de Deus têm de fazê-lo. Quando os homens se habituarem a proclamá-la e a ouvi-la, haverá mais compreensão nesta nossa terra»

(Forja 130- São Josemaría Escrivá)

Jesus foi discípulo de São João Baptista? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

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'Não ter medo de dizer que não' pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Gosto muito do meu filho — dizia um senhor numa reunião de pais na escola — e procuro que ele se dê conta disso. No entanto, reconheço que algumas vezes o meu filho se porta mal. É verdade que ele só tem cinco anos de idade. Mas também é verdade que eu tento não me esquecer desse “detalhe” quando converso com ele sobre o seu comportamento.
«No outro dia, um psicólogo disse à minha mulher que nessas idades ninguém se porta propriamente mal. Simplesmente, faz com inocência algo que ainda não aprendeu que está mal. Eu, que não sou psicólogo nem nada que se pareça, não estou nada de acordo com isso. Já vi o meu filho portar-se mal. São coisas pequenas, evidentemente, mas ele sabe o que faz e tem consciência disso.
«E para o seu bem, procuro actuar com firmeza — não é sinónimo de violência — e dizer-lhe claramente que “não”. Ser claro, para mim, não é o mesmo que gritar. Também procuro explicar-lhe o porquê do meu “não”, de modo que ele possa entender. Assim, é mais fácil para ele obedecer àquilo que eu lhe digo, mesmo que não lhe apeteça.
«Muitas vezes, apercebo-me de que ele obedece não tanto por entender o que lhe digo, mas por confiar em mim. Porque sou seu pai. E, além disso, seu amigo. A paternidade é um facto. A amizade é uma conquista diária. E essa amizade entre nós também cresce quando ele percebe que eu lhe digo que “não” porque gosto dele — quando seria muito mais fácil para mim não lhe dizer nada».
Que gosto dá ouvir estas palavras tão sensatas! Os pais, se amam de verdade os seus filhos, não terão receio de, algumas vezes, dizer-lhes que “não”. Que pena se, por temor a contristar o filho ou a passarem eles um mau bocado, se habituem a ceder naquilo que não devem ceder! Quantos remorsos depois com o passar dos anos — e eles passam rapidamente — de não ter sabido dizer que “não” a tempo! Tudo se complica. Como diz o povo, cheio de sabedoria, é de pequenino que se torce o pepino.
Não é nada lógico dar aos filhos tudo aquilo que eles pedem. Nem deixá-los fazer tudo aquilo que lhes apetece. É preciso manter-se firmes, com uma firmeza amável e delicada que procede do amor. E convém não esquecer que a primeira qualidade do amor é a força para fazer o bem.
E se, depois de ter dialogado com os filhos e ouvido os seus argumentos, eles não gostam ou não entendem uma indicação dos pais? Nesse caso, penso que os pais não devem ceder naquilo que verdadeiramente consideram que é importante. O contrário seria claudicar num ponto nevrálgico da educação. Mais tarde, serão os próprios filhos a ouvir esse “não” no seu interior diante daquilo que poderiam fazer mas sabem que não devem fazer. Mas não nos enganemos: é muito difícil que esse “não” seja interiorizado pelos filhos se antes não foi pronunciado pelos pais.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria