Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

"Não é compatível" ser católico e maçon - D. José Plicarpo


O Cardeal Patriarca de Lisboa lembrou hoje as origens canónicas da maçonaria, mas recordou que, do ponto de vista da Igreja, ser católico e maçon é incompatível.
D. José Policarpo recordou hoje que a origem da maçonaria é "canónica" e que "nasceu dentro da igreja, porque foi uma espécie de fraternidade dos construtores de catedrais".


Mas, o Cardeal Patriarca de Lisboa discorda que seja compatível ser maçon e católico. "Não é possível, porque rejeitam aquilo que é essencial para nós, a aceitação da palavra de Deus e a revelação sobrenatural", frisou.


(Fonte: DN online)

Obrigado por Ti querido Jesus...




... pois sem Ti não existiria a Obra de Deus que me guia, forma e ensina a melhor conhecer-Te, viver-Te e receber-Te na Sagrada Eucaristia.


JPR

“Ele nos anima, ensina, guia”

"Iesus Christus, perfectus Deus, perfectus Homo" – Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem! Muitos são os cristãos que seguem Cristo, pasmado com a sua divindade, mas que O esquecem como Homem... e fracassam no exercício das virtudes sobrenaturais (apesar de todo o aparato externo de piedade), porque não fazem nada por adquirir as virtudes naturais. (Sulco, 652)

Enamora-te da Santíssima Humanidade de Jesus Cristo.

– Não te dá alegria que tenha querido ser como nós? Agradece a Jesus este cúmulo de bondade. (Forja, 547)

Obrigado, meu Jesus, porque quiseste fazer-te perfeito Homem, com um Coração amante e amabilíssimo, que ama até à morte e sofre; que se enche de júbilo e de dor; que se entusiasma com os caminhos dos homens, e nos mostra o que nos leva ao Céu; que se sujeita heroicamente ao dever, e se guia pela misericórdia; que vela pelos pobres e pelos ricos; que cuida dos pecadores e dos justos...

Obrigado, meu Jesus, e dá-nos um coração à medida do Teu! (Sulco, 813)

Nisto se define a verdadeira devoção ao Coração de Jesus: em conhecer a Deus e conhecermo-nos a nós mesmos, e em olhar para Jesus e recorrer a Ele – que nos anima, nos ensina, nos guia. A única superficialidade que pode haver nesta devoção é a do homem que não é integralmente humano e que, por isso, não consegue aperceber-se da realidade de Deus feito carne.

Cristo na Cruz, com o Coração trespassado de Amor pelos homens, é uma resposta eloquente – as palavras não são necessárias – à pergunta sobre o valor das coisas e das pessoas. (Cristo que passa, 164–165)

São Josemaría Escrivá

DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA da Congregação para a Doutrina da Fé

Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo facto que no novo Código de Direito Canónico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.


Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redaccional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.


Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.


Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de Fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p. 240-241).


O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.


Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de Novembro de 1983.


Joseph Card. RATZINGER
Prefeito

+ Fr. Jérôme Hamer, O.P.
Secretário

«Só um deputado» do Parlamento é do Opus Dei, esclarece responsável em Portugal

«É um erro importante» envolver a prelatura nas alegadas influências da Maçonaria no poder político, frisa vigário regional

O vigário regional em Portugal do Opus Dei afirma que no Parlamento “só um deputado”, Mota Amaral, do Partido Social Democrata, pertence à instituição da Igreja Católica.

Em entrevista publicada no site da prelatura, o padre José Rafael Espírito Santo pronuncia-se sobre o facto de a instituição ser mencionada na polémica sobre as alegadas ligações da Maçonaria ao poder político, dizendo que “é um erro importante referir o Opus Dei a esse respeito”.

O sacerdote nega que as reuniões de oração ou de apresentação do pensamento católico incluam a troca de informações de caráter político ou profissional, dado que “o conteúdo desses encontros é sempre, e só, de caráter religioso”.

A ação do Opus Dei, denominação em latim que significa ‘Obra de Deus’, “não tem” peso político porque, afirma, “a força do cristianismo está centrada em Deus, e no grau de liberdade”.

O responsável sublinha que os encontros da instituição fundada em 1928 pelo santo espanhol Josemaria Escrivá de Balaguer (1902-1975) são abertos a todas as pessoas: “É bom saber que qualquer interessado pode aceder à formação católica do Opus Dei”.

O padre José Espírito Santo considera que a prelatura tem de esforçar-se para corrigir a opinião pública sobre a instituição: “Temos de comunicar mais, e temos de comunicar melhor. Há muita gente a falar do Opus Dei sem, aparentemente, ter nenhum conhecimento direto. Ao mesmo tempo, isso também é uma oportunidade boa”.

A finalidade do Opus Dei “consiste em difundir a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias habituais são ocasião para um encontro com Deus, para o serviço aos outros e para melhorar a sociedade”, indica o site da instituição.

A página explica que “o Opus Dei colabora com as Igrejas locais, organizando encontros de formação cristã (aulas, retiros, atendimento sacerdotal) destinados a quem tenha o desejo de renovar a sua vida espiritual e o seu apostolado”.

Enquanto prelatura pessoal do Papa, o Opus Dei “depende imediata e diretamente do Romano Pontífice, através da Congregação para os Bispos”, sedeada no Vaticano.

O Opus Dei, presente em 61 países, é composto por cerca de 90 mil pessoas, repartidos em partes iguais por homens e mulheres, e tem ao seu serviço dois mil padres.

RJM

Agência Ecclesia AQUI

A decisão de ficar

Existe uma lei inexorável, da qual os pequenos países, incluindo Portugal, possuem uma repetida, longa e dolorosa experiência, que a progressiva liberdade de circulação e comércio acentuou: os países ricos exportam capitais e os países pobres exportam gente.
A ameaça de fratura entre uma Europa dos ricos e uma Europa dos pobres, arma dos que teimam contra o projecto da unidade europeia pelo método dos pequenos passos, mas prudentes, e preferem o autoritarismo da hierarquia interna e diretora, contribui para tornar ainda mais complexa, pelos efeitos não programados, a narrativa da intervenção dessa lei.
Ao longo da história portuguesa, cujos sucessivos impérios terminaram de regra com o Estado em crise financeira, o fenómeno produziu um facto mal reconhecido e recordado, sobretudo neste período contrário às celebrações, que foi a continuada presença, nas responsabilidades de governo da sociedade civil, designadamente da família e dos patrimónios escassos, das viúvas de homens vivos que por aqui asseguraram a retaguarda, não apenas das necessidades de sobrevivência, também das levas de mancebos mobilizados para as tarefas da expansão.
As comunidades portuguesas, até em Estados cujos territórios não foram de soberania colonial portuguesa, como acontece nos EUA, são testemunhos vivos de submissão a essa lei que, no século passado, levou à movimentação e fixação de multidões de emigrantes vindos do sul para o norte do globo afirmado como rico, consumista e promissor.
No caso das nossas emigrações para o Brasil, depois da independência que colocou um ponto final no segundo império, as remessas das suas economias, durante talvez um século, para as famílias que aqui ficaram, pesaram favoravelmente no equilíbrio da nossa balança de pagamentos. Na violenta crise que atinge as nossas finanças, e ainda mais inquietantemente a nossa economia, o realismo não consente omitir que a fronteira da pobreza ultrapassou as margens europeias do Mediterrâneo, que estamos envolvidos nessa realidade e conceito, e que a lei de relação entre ricos que exportam capitais e pobres que exportam gente entra inexoravelmente em funcionamento.
Por isso são dispensáveis incitamentos à emigração, que agora não é dos que chegam do Sul em fuga da desordem política e das carências, é dos que partem, por decisão e direito próprio, em busca de futuro melhor, ou pelo menos algum.
O que se afigura evidentemente necessário é, reconhecendo o facto, verificar, com inquietação cívica, que o movimento inclui uma juventude qualificada, que se encontra afligida pelo facto de o País ter os técnicos, necessitar dos técnicos, e não ter emprego para os técnicos.
Se alguma política de incitamento é necessária, subordinada aos direitos humanos de livre circulação, é no sentido de restaurar a vontade de ficar para ajudar, com convicção, na redefinição de um novo futuro para a comunidade portuguesa no século XXI.
O despovoamento da interioridade, que significa a quebra da relação indispensável entre a gente e a terra que a sustenta, pressuposto da real soberania sobre qualquer território, acrescenta-se com a perda do capital imaterial que é o saber e o saber-fazer dos milhares que se ausentam.
A política de incitamento à decisão de ficar é urgente, porque do contrário trata a natureza das coisas. É evidente que nenhuma soberania pode ou deve assumir o poder de impedir qualquer homem ou mulher de exercer em liberdade o direito de ir pelo mundo em busca da realização pessoal e futuro aceitável. Mas também nenhum governo pode secundarizar o dever de fortalecer a relação entre os cidadãos e a terra onde nasceram, sobretudo criando a confiança, o primeiro alicerce da decisão de ficar. Esta necessidade não se afigura um desafio fácil de enfrentar, em vista do teor da governança europeia, do repetido anúncio de crise insuperável e dos sintomas de vocação para o diretório. Mas é um desafio que exige resposta.


Adriano Moreira in DN online

UM NOME SEM IMPORTÂNCIA – Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Texto republicado por ocasião de mais um aniversário da partida para o Pai em 2004 de Dora del Hoyo. Que o Senhor nos ajude a imitá-la no amor e dedicação a Ele e à Sua Obra.

Se há alguma importância em se chamar Ernesto , não há nenhuma em chamar-se Dora. Com efeito, a mulher que teve este nome não foi vedeta, nem actriz, não foi famosa, nem rica, não escreveu livros, nem foi conhecida pela sua beleza ou por outro atributo. Aliás, passou desapercebida, viveu e morreu discretamente, depois de uma vida de trabalho silencioso, sem mais história do que a história de uma vulgar empregada doméstica, que mais não foi do que isso mesmo, toda a sua vida.


Dora del Hoyo nasceu em 1914 em Espanha, mas em 1946 mudou-se para a capital italiana, onde viveu e trabalhou para a sua família: o Opus Dei. Como profissional, entregou-se de alma e coração às tarefas domésticas na sede da prelatura. Lavou pratos e tachos, limpou o pó, cozinhou, tratou das roupas, como qualquer dona de casa, até à data da sua morte, a 10 de Janeiro de 2004, em Roma. Aí repousa agora, ao lado da campa onde esteve sepultado o fundador, S. Josemaria Escrivá, e onde está agora o corpo de D. Álvaro del Portillo, primeiro prelado do Opus Dei. Os corpos deste bispo e desta empregada doméstica são os únicos que, de momento, se encontram na cripta da igreja prelatícia de Santa Maria da Paz, onde antes estiveram os restos mortais de S. Josemaria, até à sua trasladação para o respectivo altar, por ocasião da sua beatificação e posterior canonização.

Quem imaginaria uma simples mulher-a-dias na necrópole dos Papas?! Ou uma pobre e desconhecida operária no mausoléu do Kremlin?! Ou uma velha criada enterrada entre os túmulos dos reis, em São Vicente de Fora?! Ou ainda uma cozinheira no panteão nacional de Santa Engrácia?! Contudo, a poucos centímetros de onde jazeu o fundador do Opus Dei e agora repousam os restos do seu sucessor, um só corpo recebeu sepultura: o de Dora del Hoyo, empregada doméstica.


No Opus Dei há alguns cardeais, bastantes bispos, milhares de sacerdotes, muitos já falecidos, alguns com fama de santidade mas, até à data, mais nenhum, salvo o primeiro sucessor do fundador, mereceu o privilégio outorgado a esta simples operária do lar. Muitos são os fiéis leigos defuntos do Opus Dei que, nestes quase noventa anos de serviço à Igreja e ao mundo, se notabilizaram pelo seu trabalho: catedráticos, generais, políticos, artistas, embaixadores, literatos, cientistas, almirantes, jornalistas, etc. No entanto, é uma empregada doméstica que ocupa aquela tão especial sepultura. Uma mulher a que não se ficou a dever nenhuma invenção, nenhuma novidade, nem sequer nenhuma receita memorável. Apenas serviu, serviu a Deus e aos homens, serviu a Igreja, servindo os seus irmãos e irmãs da prelatura e muitas outras almas. Com alegria, com devoção, com profissionalismo, com amor, com perseverança, com simplicidade e, sobretudo, sem se dar nenhuma importância, porque a não tinha.


Há uma meia dúzia de anos que Dora descansa no subsolo da igreja de Santa Maria da Paz. E, apesar de muitos fiéis visitarem a cripta, onde é bem visível o nicho com o seu nome, ninguém sabe, nem tem por que saber, a grandeza da sua vida prosaica, tão mariana. A sua singela presença naquele lugar, onde aguarda a ressurreição dos mortos, é tão apagada quanto foi a sua vida: não se deve a nenhum principesco favor, nem é demagogia barata, mas a genuína expressão de uma revolucionária verdade – a igual nobreza de todas as profissões humanas e a comum dignidade eclesial de todos os filhos de Deus.


P. Gonçalo Portocarrero de Almada


1 A Importância de se chamar Ernesto [The Importance of Being Earnest] comédia escrita por Oscar Wilde, em 1895.

Bento XVI entre as 10 personalidades masculinas mais admiradas nos E.U.A. e o único não americano (vídeos em espanhol e inglês)

A nossa Luz



Enquanto a luz do sacrário estiver acesa, sabemos que Alguém nos espera.

(D. Manoel Pestana Filho em entrevista ao ‘Fratres in Unum’ no ano de 2010)

Cristo, Alfa e Ómega

E disse-me ainda: «É verdade! Eu sou o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim. Ao que tiver sede, Eu lhe darei a beber gratuitamente, da nascente da água da vida».

(Apocalipse 21,6)



«(...), prefiro recordar que, no domínio religioso, o homem continua a ser homem e Deus continua a ser Deus. Neste campo, o cume do progresso já se deu; é Cristo, alfa e ómega, princípio e fim».

( São Josemaría Escrivá - Cristo que Passa 104)

Cristo total

«Eis o Cristo total, Cabeça e Corpo, um só, formado de muitos [...]. Quer seja a Cabeça que fale, quer sejam os membros, é Cristo que fala: fala desempenhando o papel de Cabeça (ex persona capitis), ou, então, desempenhando o papel do Corpo (ex persona corporis). Conforme ao que está escrito: «Serão os dois uma só carne. É esse um grande mistério; digo-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 31-32). E o próprio Senhor diz no Evangelho: «Já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6). Como vedes, temos, de algum modo, duas pessoas diferentes; no entanto, tornam-se uma só na união esponsal [...] «Diz-se "Esposo" enquanto Cabeça e "esposa" enquanto Corpo»

(Enarratio in Psalmum 74, 4 - Santo Agostinho)

S. Josemaría Escrivá - Aconteceu nesta data em 1902

Josemaría Escrivá é registado (no Registo Civil) a 10 de Janeiro de1902 com os nomes de José, María, Julián, Mariano. Anos mais tarde, une os seus dois primeiros nomes de baptismo, formando o de Josemaría.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

ESTALACTITES E ESTALAGMITES (Meditação de Joaquim Alves Mexia)

Há dois dias quando acordei e ainda estava no estado de sonolência, comecei a louvar a Deus, como habitualmente faço, agradecendo por mais um dia na vida que Ele me deu.

No meu coração despontaram então duas palavras, estalactite e estalagmite, que eu não alcancei no momento o que me queriam dizer e não entendi o significado para aquele momento.

Ao longo do dia e durante os períodos de oração que fui tendo, fui reflectindo sobre aquelas palavras e pedindo ao Espírito Santo o discernimento sobre o facto do aparecimento daquelas palavras significarem algo para a minha vida espiritual ou apenas serem um acontecimento fortuito.

Aos poucos foi aparecendo uma “explicação”, que quero partilhar com quem aqui me visita.

Não existe estalagmite, (simplesmente falando), sem que primeiro haja uma estalactite, que vá gotejando a necessária água para a formação da mesma.

Primeiro discernimento:
Sem a existência da estalactite, não há estalagmite. Assim se nós somos estalagmites, não poderemos existir sem a estalactite que vem primeiro e já existia (Deus).

A estalagmite está bem fixa no chão da gruta e vai “crescendo” em direcção ao tecto, conforme a estalactite vai pingando água sobre ela.

Segundo discernimento:
Sendo nós as estalagmites, temos de ter os pés bem assentes na terra, mas crescendo sempre para o Alto, com o “alimento” que nos vem do Céu.

O processo de crescimento da estalagmite é demorado, contínuo, embora por vezes possa ser interrompido, porque alguma coisa interrompeu a queda das gotas de água na estalagmite. No entanto, passado esse momento as gotas de água voltam a cair e a estalagmite volta a crescer.

Terceiro discernimento:
Na “nossa vida de estalagmites” em crescimento para o Alto, deixamos algumas vezes que outras estalagmites, ou outros acontecimentos, nos impeçam de nos “alimentarmos” do Alto e assim, interrompam o nosso crescimento na Fé. No entanto, passado esse momento, e perante o nosso arrependimento voltamos a aceitar o “alimento” divino e continuamos o crescimento para e com Deus.

Às vezes, embora apreciando a beleza das estalagmites, alguns homens por razões muitas vezes inexplicáveis, (porque os “irrita” a beleza, por uma razão apenas de destruição, etc.), destroem as estalagmites. No entanto depois da destruição, recomeça o processo de crescimento entre a estalactite e a estalagmite.

Quarto discernimento:
Muitas vezes por razões de respeitos humanos, de vergonhas, de críticas às nossas vidas, de tantas coisas que todos nós sabemos, cortamos a nossa relação com Deus. Quando nos arrependemos, Ele que está sempre presente, recomeça connosco e em nós o caminho para o Céu.

A estalagmite só cresce se receber as gotas de água da estalactite, não há outra forma de crescer. Se as não receber não passará do tamanho que tem e com o tempo e a erosão irá ficando cada vez mais pequena até desaparecer.

Quinto discernimento:
Não podemos crescer na Fé apenas por nós próprios. Se não recebermos do Alto o alimento, não cresceremos para e com Deus, e até o “pouco que tivermos, acabará por desaparecer”(conf. Lc 19,26).

A estalactite “desce” ao encontro da estalagmite que vai crescendo para a união com a estalactite.

Sexto discernimento:
Deus vem ao nosso encontro. Se nos deixarmos “alimentar” por Ele, cresceremos na e até à Comunhão com Ele.

Quando a estalactite toca a estalagmite e se “fundem”, considera-se a união perfeita, que passa a chamar-se Coluna.

Sétimo discernimento:
Se, apesar dos obstáculos do caminho, sempre caminharmos para Deus, em Comunhão com Ele, um dia, por Sua graça seremos Um com Ele (conf. Jo 17, 20-21), no louvor perfeito, no gozo eterno. Então seremos também uma união perfeita do Céu com a terra, na Comunhão dos Santos.

Se os homens já apreciam a beleza da estalactite e da estalagmite que se forma a partir da estalactite, ficam ainda mais extasiados perante a perfeição da coluna e do tempo que a mesma demorou a formar-se.

Oitavo discernimento:
Com um testemunho verdadeiro e coerente de vida na Fé, muitos outros ficarão admirados e ansiosos por “experimentarem” as maravilhas de Deus.

“Senhor, faz-me ser uma “estalagmite”, alimentada por Ti, crescendo para Ti e em Ti, até à união perfeita contigo, por Tua graça”.

Monte Real, 21 de Outubro de 2006 


Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com

Doxologia

«Vieste para nos arruinar?»

Por detrás da opção de desobediência dos nossos primeiros pais, há uma voz sedutora, oposta a Deus (Gn 3,1-5), a qual, por inveja, os faz cair na morte (Sb 2,24). A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo decaído, chamado Satanás ou Diabo (Jo 8,44; Ap 12,9). Segundo o ensinamento da Igreja, ele foi primeiro um anjo bom, criado por Deus. «O Diabo e os outros demónios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si, é que se fizeram maus» (Concílio de Latrão).


A Escritura fala dum pecado destes anjos (2Pe 2,4). A queda consiste na livre opção destes espíritos criados, que radical e irrevogavelmente recusaram Deus e o Seu Reino. Encontramos um reflexo desta rebelião nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais: «Sereis como Deus» (Gn 3,5). O Diabo é «pecador desde o princípio» (1Jo 3, 8), «pai da mentira» (Jo 8,44). É o carácter irrevogável da sua opção, e não uma falha da infinita misericórdia de Deus, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. «Não há arrependimento para eles depois da queda, tal como não há arrependimento para os homens depois da morte» (São João Damasceno).


A Escritura atesta a influência nefasta daquele a que Jesus chama «assassino desde o princípio» (Jo 8,44), e que chegou ao ponto de tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (Mt 4,1-11). «Foi para destruir as obras do Diabo que apareceu o Filho de Deus» (1Jo 3,8). Dessas obras, a mais grave em consequências foi a mentirosa sedução que induziu o homem a desobedecer a Deus.


No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo facto de ser puro espírito, mas criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus.


Catecismo da Igreja Católica §§ 391-395


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 10 de Janeiro de 2012

Jesus, tendo entrado no sábado na sinagoga, ensinava. Os ouvintes ficavam admirados com a Sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Na sinagoga estava um homem possesso dum espírito imundo, que começou a gritar: «Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei Quem és, o Santo de Deus». Mas Jesus o ameaçou dizendo: «Cala-te, e sai desse homem!». Então o espírito imundo, agitando-o violentamente e dando um grande grito, saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que se interrogavam uns aos outros: «Que é isto? Que nova doutrina é esta? Ele manda com autoridade até nos espíritos imundos, e eles obedecem-Lhe». E divulgou-se logo a Sua fama por toda a região da Galileia.


Mc 1, 21b-28