Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, no minha actual situação, não fora a Oração mental, seriam muitos os dias e as horas sem com quem pudesse dialogar e exteriorizar o meu estado de alma e pedir orientação, louvando-Te e manifestando-Te a minha gratidão. Bem-haja e louvado sejais agora e para sempre!


JPR 

Imitação de Cristo, 1,3,1

Bem-aventurado aquele a quem a verdade por si mesma ensina, não por figuras e vozes que passam, mas como em si é. Nossa opinião e nossos juízos muitas vezes enganam-nos e pouco alcançam. De que serve a subtil especulação sobre questões misteriosas e obscuras, de cuja ignorância não seremos julgados? Grande loucura é descurarmos as coisas úteis e necessárias, entregando-nos, com avidez, às curiosas e nocivas. Temos olhos para não ver (Sl 113,13).

«Não oferecereis nada que tenha defeito, porque não seria aceite favoravelmente»

É difícil gritar ao ouvido de cada um, com um trabalho silencioso, através do pleno cumprimento das nossas obrigações de cidadãos, para depois exigir os nossos direitos e colocá-los ao serviço da Igreja e da sociedade. É difícil... mas é muito eficaz. (Sulco, 300)

Começar é de muitos; acabar, de poucos. Nós, que procuramos comportar-nos como filhos de Deus, temos de estar entre os segundos. não o esqueçais: só as tarefas terminadas com amor, bem acabadas, merecem aquele aplauso do Senhor, que se lê na Sagrada Escritura: é melhor o fim de uma obra do que o seu princípio.

Muitos cristãos perderam a convicção de que a integridade de Vida, pedida pelo Senhor aos seus filhos, exige um cuidado autêntico ao realizarem as tarefas pessoais, que têm de santificar, sem descurarem inclusivamente os pormenores mais pequenos.

Não podemos oferecer ao Senhor uma coisa que, dentro das pobres limitações humanas, não seja perfeita, sem defeitos e realizada com toda a atenção, mesmo nos aspectos mais insignificantes, porque Deus não aceita o que é mal feito. Não oferecereis nada que tenha defeito, porque não seria aceite favoravelmente, adverte-nos a Escritura Santa. Por isso, o trabalho de cada um de nós, esse trabalho que ocupa as nossas jornadas e as nossas energias, há-de ser uma oferenda digna do Criador, operatio Dei, trabalho de Deus e para Deus. Numa palavra, uma tarefa bem cumprida e impecável.

Se reparardes, entre os muitos elogios que fizeram de Jesus aqueles que puderam contemplar a sua vida, há um que, de certo modo, compreende todos os outros. Refiro-me àquela exclamação, cheia de sinais de assombro e de entusiasmo, que a multidão repetia espontaneamente ao presenciar, atónita, os seus milagres: bene omnia fecit, tudo tem feito admiravelmente bem: os grandes prodígios e as coisas comezinhas, quotidianas, que não deslumbraram ninguém, mas que Cristo realizou com a plenitude de quem é perfectus Deus, perfectus Homo, perfeito Deus e perfeito homem. (Amigos de Deus, 55–56)

São Josemaría Escrivá

Patriarcado publica normas sobre Bênçãos, Exorcismos e Exéquias cristãs

“Garantir e manifestar, no mesmo modo de agir, a comunhão de todo o Corpo da Igreja Diocesana” é o objectivo manifestado pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, ao publicar a segunda parte do documento sobre as ‘Normas Pastorais para a Celebração dos Sacramentos e Sacramentais’.


Publicado com data do passado dia 25 de Janeiro, o documento reúne um conjunto de indicações que visam “inserir as regras canónicas e litúrgicas para a Celebração dos Sacramentos e Sacramentais num processo de pastoral dinâmica, de evangelização”. Na introdução a este texto, o Cardeal-Patriarca de Lisboa refere que estas normas são o modo de garantir na Igreja de Lisboa “a unidade que algumas vezes fica comprometida pelos que, a pretexto da eficácia pastoral, desprezam as normas que regulamentam as celebrações da Igreja e lhe garantem, em última análise, a sua eficácia sacramental”.
As normas referentes aos Sacramentais e Exéquias cristãs que agora são publicadas vêm completar o documento que tinha sido publicado pelo Patriarcado de Lisboa, em 18 de Maio de 2008, sobre os Sacramentos da Iniciação Cristã. Por Sacramentais entende-se “sinais sagrados, à imitação dos sacramentos, que significam e obtêm efeitos espirituais por intercessão da Igreja”. São exemplo de Sacramentais as bênçãos, os exorcismos, a Liturgia das Horas, a Piedade Popular, o culto dos santos, o voto e o juramento e as Exéquias eclesiásticas.


As Bênçãos
Sobre as bênçãos, o documento agora publicado vem recordar que, “regra geral, o ministro dos sacramentais é o clérigo” e salienta que algumas bênçãos “podem ser celebradas por fiéis leigos, quer em razão do próprio cargo, como é o caso dos pais em relação aos próprios filhos, quer, noutros casos, segundo o juízo do Ordinário do lugar”. Segundo estas normas, na celebração da bênção, como em qualquer outra acção da Igreja, a fim de evitar qualquer aparência de negócio, “se reprova qualquer dádiva pecuniária ao ministro, por ocasião da celebração dos sacramentais”.
Sendo este um documento dirigido essencialmente aos sacerdotes da diocese, o mesmo recomenda que “ os pastores cuidem em especial dos fiéis que vivam situações de tribulação sobretudo pela doença”. “Aí o conforto da visita e da bênção, evitarão que o doente e o aflito caiam na solidão e percam a esperança”, refere o texto. Recordando a importância da catequese na família, as normas relativas aos Sacramentais sublinham que, “na família, os pais, têm lugar insubstituível na transmissão da fé aos seus filhos”. Por isso, salienta, “no Ritual das Celebração das Bênçãos tem algumas bênçãos que, na ausência de um ministro da Igreja, os pais devem celebrar. São as bênçãos da família aquando das refeições e a bênção dos filhos no início, ou no fim do dia, ou noutras ocasiões especiais como seja o dia aniversário”.


Exorcismos
De acordo com este documento “têm vindo a aumentar o número de pessoas que, por se considerarem atormentadas pelos poderes do mal, recorrem à Igreja, procurando auxílio espiritual”. Neste sentido, as novas normas abrangem também os Exorcismos apelando aos “Pastores da Igreja” para que “estejam suficientemente preparados e esclarecidos sobre o modo de acolher e ajudar essas pessoas”. O exorcismo tem por finalidade “expulsar os demónios ou libertar da influência diabólica”, e por isso cabe ao sacerdote “distinguir correctamente entre os casos de ataque do diabo”. A concessão da faculdade de exorcizar “é feita por licença peculiar e expressa do Ordinário do lugar”. O novo documento ressalva que “mesmo que um sacerdote tenha recebido o ministério de exorcista do seu Ordinário do lugar não o pode exercer legitimamente noutra diocese, sem a licença prévia do Ordinário do lugar onde se pretende celebrar o exorcismo”. Para a celebração do exorcismo, é pedido que este se realize “ de modo que se manifeste a fé da Igreja e não possa ser considerado por ninguém como acção mágica ou supersticiosa”, evitando fazer dele “um espectáculo para os presentes” e mantendo toda a discrição.


As Exéquias cristãs
No que diz respeito às Exéquias cristãs, o documento recorda que são “uma celebração da Igreja” e por isso, “devem observar-se as leis litúrgicas”. No Patriarcado de Lisboa, as exéquias podem celebrar-se noutra igreja que não a própria paróquia, “em circunstâncias particulares” e com “o consentimento do respectivo pároco”. Segundo este documento “foram nomeados, no Patriarcado, alguns fiéis leigos para acompanharem os defuntos ao cemitério” que, “em caso de impedimento de um ministro ordenado”, podem também orientar a Celebração da Palavra na capela mortuária, ou na Igreja. Estes “não devem receber qualquer remuneração”.
Sobre a cremação, o documento refere que “a Igreja só recusa as exéquias cristãs àqueles que tiverem optado pela cremação do próprio cadáver por motivações contrárias à doutrina cristã”, e salienta que “não se deve lançar cinzas do corpo humano à terra”. No que se refere aos direitos funerários, assinala-se que as taxas em uso no Patriarcado devem ser “conhecidas de todos” e a “ninguém é lícito pedir mais do que o que está estabelecido para a Diocese”.


texto por Nuno Rosário Fernandes


Aceda à página do Patriarcado de Lisboa e leia o documento na íntegra AQUI

Praça de São Pedro coberta de neve (só vídeo)

«A palavra de Deus não passa de moda»

«Uma coisa que me desagrada é ouvir dizer, inclusive da boca de certos bispos, que alguns carismas tiveram o seu tempo. Não é verdade: a Palavra de Deus não passa de moda. Excepto se ela não for testemunhada.
Precisamos de reconquistar a confiança na acção de Deus.»


(D. João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e para as Sociedades de Vida apostólica em Fev. 2012 comentando a crise de vocações na Europa)

Dona Maria Adelaide

Que bom e que raro é cruzarmos a nossa vida com pessoas assim.

A Infanta Dona Maria Adelaide, neta do rei D. Miguel de Portugal, completou 100 anos na terça-feira. Uma idade de dimensões bíblicas – como recordou, no seu discurso de saudação, o padre Pedro Quintela – e que reuniu centenas de amigos e familiares, não apenas para homenagear esta raridade biológica, mas, sobretudo, para agradecer o testemunho da sua vida. 

Uma mulher distinta por nascimento que nunca foi dada a fanfarronices, que preferiu ir ao encontro dos pobres em vez de alinhar em cortejos enfeitiçantes; que optou pela discrição e autenticidade, em vez da ostentação e frivolidade; e que apostou no bom combate da fé, em vez do calculismo dos negócios. 

Que bom e que raro é cruzarmos a nossa vida com pessoas assim. 

Faço votos para que o vigor das escolhas da Infanta de Portugal, Dona Maria Adelaide, inspire as opções de muitos e muitos portugueses.

Aura Miguel in RR online

Memória Histórica: João Paulo II vai a Fátima agradecer intercessão de Nossa Senhora

Desde o primeiro instante em que assumiu a Cátedra de Pedro, João Paulo II confiou seu Pontificado a Nossa Senhora. Porém, a ligação com a Mãe de Jesus começou muito antes do papado. Ainda quando bispo, seu lema “Totus Tuus” indicava a forte devoção de Karol Wojtyla. Fé que o Papa renovava cada vez em que peregrinava a um santuário mariano.


Esse é o Quadro Memória História, que hoje nos leva ao ano de 1982.


Estamos em Portugal. Em 13 de maio de 1982, João Paulo II visitava pela primeira vez como Papa o Santuário de Fátima, em forma de agradecimento pela sua própria vida, como lembrou.


“Venho hoje aqui, porque exatamente neste mesmo dia do mês, no ano passado, dava-se, na Praça São Pedro, em Roma, o atentado contra a vida do Papa, que misteriosamente coincidia com o aniversário da primeira aparição em Fátima, a qual se verificou a 13 de Maio de 1917. Estas datas encontraram-se entre si de tal maneira, que me pareceu reconhecer nisso um chamamento especial para vir aqui. E eis que hoje aqui estou. Vim para agradecer à Divina Providência, neste lugar, que a Mãe de Deus parece ter escolhido de modo tão particular”.


O Papa então lembrou os mistérios de Fátima, que em 13 de maio de 1917 começaram a ressoar pelo mundo, até 13 de outubro daquele mesmo ano.


“Convertei-vos (fazei penitência), e acreditai na Boa Nova (Mc. 1, 15): são estas as primeiras palavras do Messias dirigidas à humanidade. E a mensagem de Fátima, no seu núcleo fundamental, é o chamamento à conversão e à penitência, como no Evangelho. Este chamamento foi feito nos inícios do século vinte e, portanto, foi dirigido, de um modo particular a este mesmo século. A Senhora da mensagem parecia ler, com uma perspicácia especial, os ‘sinais dos tempos’, os sinais do nosso tempo”.


João Paulo II, durante sua homília no Santuário de Fátima, disseq que “consagrar o mundo ao Coração Imaculado de Maria” era o caminho para estar mais perto da Fonte da Vida.


“Consagrar o mundo ao Imaculado Coração da Mãe significa voltar de novo junto da Cruz do Filho. Mais quer dizer, ainda: consagrar este mundo ao Coração trespassado do Salvador, reconduzindo-o à própria fonte da Redenção. A Redenção é sempre maior do que o pecado do homem e do que ‘o pecado do mundo’. A força da Redenção supera infinitamente toda a espécie de mal, que está no homem e no mundo”.


Há trinta anos João Paulo II disse estar com o “coração amargurado” por ver os caminhos opostos que a humanidade seguia em relação ao apelo de Nossa Senhora de Fátima à penitência e à conversão.


“O pecado adquiriu assim um forte direito de cidadania e a negação de Deus difundiu-se nas ideologias, nas concepções e nos programas humanos!”


Um recado que pode estar no registrado no passado, mas que nos dias de hoje, continua muito atual.


(RB)



Rádio Vaticano na sua edição online de 01.02.2012 AQUI

O relativismo religioso

A força do Cristianismo e o poder para configurar e sanar a vida pessoal e coletiva que tem demonstrado ao longo da história, consiste em implicar uma estreita síntese entre fé, razão e vida [1], na medida em que a fé religiosa mostra à consciência pessoal que a razão verdadeira é o amor e que o amor é a razão verdadeira [2]. Essa síntese se rompe se a razão que nela deveria entrar for relativista. Por isso, dissemos no início que o relativismo se converteu no problema central que a evangelização tem que enfrentar nos nossos dias. O relativismo é assim problemático porque – ainda que não chegue a ser uma mutação de época da condição e da inteligência humanas – comporta uma desordem generalizada da intencionalidade profunda da consciência com relação à verdade, que tem manifestações em todos os âmbitos da vida.

Em primeiro lugar, existe hoje uma interpretação relativista da religião. É o que atualmente se conhece como “teologia do pluralismo religioso”. Esta teoria teológica afirma que o pluralismo das religiões não é só uma realidade de fato, mas uma realidade de direito. Deus quereria positivamente as religiões não cristãs como caminhos diversos através dos quais os homens se unissem a Ele e recebessem a salvação, independentemente de Cristo. Cristo tem, no máximo, uma posição de particular importância, mas é só um dos caminhos possíveis e, desde logo, nem exclusivo nem inclusivo dos demais. Todas as religiões seriam vias parciais, todas poderiam aprender das outras algo da verdade sobre Deus, em todas haveria uma verdadeira revelação divina.

Essa posição descansa sobre o pressuposto da essencial relatividade histórica e cultural da ação salvífica de Deus em Jesus Cristo. A ação salvífica universal da divindade se realizaria através de diversas formas limitadas, segundo a diversidade de povos e culturas, sem se identificar plenamente com qualquer delas. A verdade absoluta de Deus não poderia ter uma expressão adequada e suficiente na história e na linguagem humana, sempre limitada e relativa. As ações e as palavras de Cristo estariam submetidas a essa relatividade, pouco mais ou pouco menos que as ações e as palavras das outras grandes figuras religiosas da humanidade. A figura de Cristo não teria um valor absoluto e universal. Nada do que aparece na história poderia ter esse valor [3]. Não nos deteremos agora em explicar os diversos modos em que se tem pretendido justificar esta concepção [4].

Destas complexas teorias ocupou-se a encíclicaR edemptoris Missio [5], de João Paulo II, e a declaração Dominus Iesus [6]. É fácil dar-se conta de que tais teorias teológicas dissolvem a cristologia e relativizam a revelação levada a cabo por Cristo, que seria limitada, incompleta e imperfeita [7], e que deixaria um espaço livre para outras revelações independentes e autónomas [8]. Para os que sustentam estas teorias é determinante o imperativo ético do diálogo com os representantes das grandes religiões asiáticas, que não seria possível não se aceitar como ponto de partida que essas religiões têm um valor salvífico autónomo, não derivado e não dirigido a Cristo. Também neste caso o relativismo teórico (dogmático) obedece, em boa parte, a uma motivação de ordem prática (o imperativo do diálogo). Estamos, pois, perante outra versão do conhecido tema kantiano da primazia da razão prática sobre a razão teórica.

Faz-se necessário esclarecer que o que acabamos de dizer em nada prejulga a salvação dos que não têm a fé cristã. O único que se diz é que também os não cristãos que vivem com retidão segundo a sua consciência se salvam por Cristo e em Cristo, embora nesta terra não o tenham conhecido. Cristo é o Redentor e o Salvador universal do género humano. Ele é a salvação de todos os que se salvam.

Ángel Rodríguez Luño, Doutor em Filosofia e Educação, e professor de Teologia Moral da Pontificia Università della Santa Croce (Roma)


[1] Esta é uma ideia muito presente ao longo do livro anteriormente citado Fede, verità e tolleranza….


[2] Cf. Ratzinger, J. Fede, verità e tolleranza…, cit., p. 192.

[3] Uma exposição e uma defesa da tese pluralista pode se encontrar em: Knitter, P. No Other Name? A Critical Survey of Christian Attitudes towards the World Religions. Maryknoll (NY) : Orbis Books, 1985; Hick, J. An Interpretation of Religion. Human Responses to Transcendent. London : Yale University Press, 1989; Amaladoss, M. “The pluralism of Religions and the Significance of Christ”, In: IdemMaking All Things New: Dialogue, Pluralism and Evangelization in Asia. Anand : Gujarat Sahistya Prakash, 1990, pp. 243-268; Idem. “Mission and Servanthood” In: Third Millenium 2 (1999), pp. 59-66; Idem. “Jésus Christ, le seul sauveur, et la mission” In:Spiritus 159 (2000), pp. 148-157; Idem, “‘Do not judge…’ (Mt 7:1)” In: Jeevadhara 31/183 (2001), pp. 179-182; Wilfred, F. Beyond Settled Foundations. Madras : The Journey of Indian Theology, 1993.

[4] Uns afirmam que o Verbo não encarnado, Logos ásarkos ou Logos cósmico, desenvolve uma ação salvífica muito mais ampla que a do Verbo Encarnado, isto é, que a do Logos énsarkos (cf., por exemplo, Dupuis, J. Verso una teologia del pluralismo religioso. Brescia : Queriniana, 1997, p. 404). Porém, outros dizem que é o Espírito Santo que desenvolve uma ação salvífica separada e independente da de Cristo, e fundamentam no Espírito Santo o valor salvífico autónomo das religiões não cristãs e a verdadeira revelação contida nelas.

[5] Cf. João Paulo II. Carta Encíclica Redemptoris Missiosobre a permanente validade do mandato missionário, 07-XII-1990.

[6] Cf. Congregação para a Doutrina da Fé. Declaração Dominus Iesus sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja, 06-VIII-2000.


[7] Cf. Dupuis, J. Verso una teologia del pluralismo religioso, cit., pp. 367 e 403.

[8] Cf. ibid., pp. 332 e 342.


(Fonte: excerto retirado do site do Opus Dei – Brasil AQUI)

"Os homens andam confusos quanto ao papel que desempenham" (agradecimento 'É o Carteiro')

Qualquer elevação da voz arrisca-se a ser tomada como autoritarismo


O grande acento que se está a pôr em conseguir a "emancipação" da mulher provocou um fenómeno colateral curioso com que ninguém contava: uma ofuscação do masculino, certa indiferença, quando não desprezo para com os homens/varões e um inevitável afastamento deles para um segundo plano.


Esta situação, embora compreensível ¬– foram muitos séculos de "dominação" masculina – não deve ser ignorada ou subestimada, pois uma crise do homem/varão conduz-nos – tal como a da mulher – a uma crise da sociedade inteira.


Os homens são, como disse Chesterton "uma classe incompreendida no mundo moderno". Ignorados e deslocados, parecem estar a converter-se no novo "sexo fraco", submersos numa profunda crise e em séria depressão da qual não vai ser nada fácil sair.O maio de 68 significou para os homens o início de uma mutação na sua essência que culminou actualmente com a implantação da ideologia de género da neutralidade sexual.


Isto implicou para os homens/varões uma alteração das relações paterno-filiais e das de casal, em que a mais pequena manifestação de masculinidade é interpretada como um intolerável exercício de violência.


Andam confusos quanto ao papel que desempenham.Qualquer elevação da voz arrisca-se a ser tomada como autoritarismo, e qualquer tentativa de impor alguma regra como chefe de família pode valer-lhe o epíteto de tirano ou agressor.


María Calvo Charro


28 de Janeiro de 2012


http://www.almudi.org/Articulos/tabid/475/ID/1003/Desafios-y-perspectivas-de-la-escuela-diferenciada-por-sexos.aspx

O profeta da esperança

«Jeremias, o profeta pessimista (por causa da catastrófica derrota de Israel e do desabamento de todos os optimismos precedentes), revela-se como verdadeiro portador da esperança. Para os demais tudo deveria ter acabado com esta derrota*, para ele tudo começa de novo nesse momento. Deus nunca é derrotado e as Suas promessas não caem com as derrotas humanas, antes se tornam maiores, tal como o amor aumenta na medida em que o amado necessita dele».
*babilónios

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934

“Senhor, tem graça: é para ti, e vamos pedir-to... farás de conta que não ouves? Será que a oração é impotente, sendo omnipotente... sinto em mim uma fé gigante (...): tu que me dás a fé , dar-me-ás o que te peço”, anota nos seus Apontamentos íntimos.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

A terceira Bem-Aventurança

«Bem-Aventurados os mansos, porque possuirão a terra»

(S. Mateus – V, 5)


«O sábado é o fim da criação, indica a sua finalidade: existe porque Deus queria criar um lugar de resposta ao seu amor, um lugar de obediência e de liberdade. Desta forma, através da dolorosa aceitação da história de Israel com Deus, foi-se alargando e aprofundando gradualmente uma ideia da terra que apontava sempre menos para uma posse nacional e cada vez mais para a universalidade do direito de Deus sobre o mundo».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

Testemunhas da verdade

Concílio Vaticano II 
Declaração sobre a liberdade religiosa, 11

Cristo deu testemunho da verdade (Jo 18.37), mas não a quis impor pela força aos Seus contraditores. O Seu reino não se defende pela violência (Mt 26, 51-53) mas implanta-se pelo testemunho e pela audição da verdade; e cresce pelo amor com que Cristo, elevado na cruz, a Si atrai todos os homens (Jo 12, 32). 

Os Apóstolos, ensinados pela palavra e exemplo de Cristo, seguiram o mesmo caminho [...], não com a coacção ou com artifícios indignos do Evangelho, mas primeiro que tudo com a força da palavra de Deus (1Cor 2, 3-5). A todos anunciavam com fortaleza a vontade de Deus Salvador «o qual quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade» (1 Tim. 2, 4); ao mesmo tempo, respeitavam os fracos, mesmo que estivessem no erro, mostrando assim como «cada um de nós dará conta de si a Deus» (Rom. 14, 12) (24) e, nessa medida, tem obrigação de obedecer à própria consciência. [...] Acreditavam firmemente que o Evangelho é a força de Deus, para salvação de todo o que acredita (Rom 1, 16). E assim é que, desprezando todas as «armas carnais» (2Cor 10, 4), seguindo o exemplo de mansidão e humildade de Cristo, pregaram a palavra de Deus (Ef 6, 11-17) com plena confiança na sua força para destruir os poderes opostos a Deus [...]. Como o Mestre, também os Apóstolos reconheceram a legítima autoridade civil [...]. Ao mesmo tempo, não temeram contradizer o poder público que se opunha à vontade sagrada de Deus: «deve-se obedecer antes a Deus do que aos homens» (Act. 5, 29). Inúmeros mártires e fiéis seguiram, no decorrer dos séculos e por toda a terra, este mesmo caminho.

Barbara Bonney " Pie Jesu" Gabriel Fauré

João Baptista, mártir da verdade

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Exortação ao martírio, 13


«Tenho como coisa certa que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que há-de revelar-se em nós» (Rom 8,18). Por conseguinte, quem não há-de trabalhar de todas as formas possíveis para obter tal glória, para se tornar amigo de Deus, para se regozijar na companhia de Jesus Cristo e receber a recompensa divina depois dos tormentos e dos suplícios desta terra?


Para os soldados deste mundo, é glorioso entrar triunfalmente na sua pátria depois de terem vencido o inimigo. Não será glória bem maior retornar triunfalmente, depois de ter vencido o demónio, ao paraíso de onde Adão tinha sido expulso por causa do seu pecado? Trazer o troféu da vitória depois de ter abatido quem o tinha enganado? Oferecer a Deus como espólio magnífico uma fé intacta, uma coragem espiritual sem falhas, uma dedicação digna de elogios? Tornar-se co-herdeiro de Cristo, ser igualizado aos anjos, desfrutar com alegria do reino celeste com os patriarcas, os apóstolos, os profetas? Que perseguição pode vencer tais pensamentos, que nos podem ajudar a superar os suplícios? [...]


A terra aprisiona-nos com as suas perseguições, mas o céu permanece aberto. [...] Que honra e que segurança sair deste mundo com alegria, sair dele em glória, transpondo provas e sofrimentos! Fechar por um instante os olhos que vêem os homens e o mundo, para os reabrir logo a seguir para verem Deus e Cristo! [...] Se a perseguição assalta um soldado assim preparado, não poderá vencer a sua coragem. Mesmo que sejamos chamados ao céu antes da luta, a fé que assim se preparou não ficará sem recompensa. [...] Na perseguição Deus coroa os seus soldados; na paz, coroa a boa consciência.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 3 de Fevereiro de 2012

Ora o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado célebre. Uns diziam: «João Baptista ressuscitou de entre os mortos; é por isso que o poder de fazer milagres se manifesta n'Ele.» Outros, porém, diziam: «É Elias». E outros afirmavam: «É um profeta, como um dos antigos profetas». Herodes, porém, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou». Porque Herodes tinha mandado prender João, e teve-o a ferros numa prisão por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado. Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter a mulher de teu irmão». Herodíades odiava-o e queria fazê-lo morrer; porém, não podia, porque Herodes, sabendo que João era varão justo e santo, olhava-o com respeito, protegia-o e quando o ouvia ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. Chegou, porém, um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, deu um banquete aos grandes da corte, aos tribunos e aos principais da Galileia. Tendo entrado na sala a filha da mesma Herodíades, dançou e agradou a Herodes e aos seus convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei». E jurou-lhe: «Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino». Ela, tendo saído, perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». Ela respondeu-lhe: «A cabeça de João Baptista». Tornando logo a entrar apressadamente junto do rei, fez este pedido: «Quero que me dês imediatamente num prato a cabeça de João Baptista». O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis desgostá-la. Imediatamente mandou um guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi degolá-lo no cárcere, levou a sua cabeça num prato, deu-a à jovem, e esta deu-a à mãe. Tendo sabido isto os seus discípulos, foram, tomaram o corpo e o depuseram num sepulcro.


Mc 6, 14-29