Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Amanhã! 27Mar 21.30h - "Cristianismo e Democracia" Prof. João Carlos Espada - NCSH - Universidade Nova de Lisboa


Amar a Cristo...

Querido Jesus, diariamente pedimos-Te pela unidade dos cristãos em geral e dos católicos em particular, pedimos-Te igualmente por todos aqueles dentro da Tua Igreja que se encontram em dificuldades de Fé, de respeito pelo magistério do Santo Padre e no cumprimento dos seus votos.

Também Te rogamos por aqueles, de firmeza de fé inquestionável, que não são ainda participes em total comunhão dentro da Igreja. Hoje, meu Deus e meu Senhor, suplico-Te com particular veemência que envies o Teu Espírito, para que cheios Dele possamos todos dar as mãos unidos ao Papa na construção do bem da Tua e nossa amadíssima Igreja.

Louvor e Glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor!

JPR

De inimiga a “parceira”, as relações entre a Igreja e Cuba - Renascença

De inimiga a “parceira”, as relações entre a Igreja e Cuba - Renascença

Imitação de Cristo, 1, 18, 4

Ao mundo eram estranhos, mas íntimos e familiares amigos de Deus. A si mesmos tinham em conta de nada, e o mundo os desprezava; mas eram preciosos e queridos aos olhos de Deus. Mantinham-se na verdadeira humildade, viviam em singela obediência, andavam em caridade e paciência; assim cada dia faziam progresso na vida espiritual e mais a Deus agradavam. Esses foram dados por modelos a todos os religiosos, e mais nos devem estimular ao progresso espiritual, do que a multidão dos tíbios ao esmorecimento.

Anunciação do Senhor

Como nos encanta o episódio da Anunciação! Maria (quantas vezes o meditámos!) está recolhida em oração...; põe os seus cinco sentidos e todas as suas potências em diálogo com Deus... Na oração conhece a Vontade divina; e com a oração torna-a vida da sua vida. Não te esqueças do exemplo da Virgem! (S. Josemaría Escrivá - Sulco 481)

Não esqueças, meu amigo, que somos crianças. A Senhora do doce nome, Maria, está recolhida em oração.

Tu és, naquela casa, o que quiseres ser: um amigo, um criado, um curioso, um vizinho... – Eu, por agora, não me atrevo a ser nada. Escondo-me atrás de ti e, pasmado, contemplo a cena:

O Arcanjo comunica a sua mensagem... – Quomodo fiet istud, quoniam virum non cognosco? – Como se fará isso, se não conheço varão? (Lc 1, 34).

A voz da nossa Mãe traz à minha memória, por contraste, todas as impurezas dos homens..., as minhas também.

E como odeio, então, essas baixas misérias da terra!... Que propósitos!

Fiat mihi secundum verbum tuum.

– Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc I, 38). Ao encanto destas palavras virginais, o Verbo se fez carne.

Vai terminar a primeira dezena... Ainda tenho tempo para dizer ao meu Deus, antes de qualquer mortal: Jesus, amo-Te (S. Josemaría Escrivá - Santo Rosário. Iº mistério gozoso)

Defender o futuro

Quando um dia se escrever a história deste tempo, a primeira década do século surgirá como uma era de desorientação e decadência. Alguns elementos que justificarão esse severo juízo são hoje já visíveis. Por muito que o PS queira esconder ou iludir, a linha económica e social dos últimos anos foi desastrosa. Os nossos problemas sócio-económicos são terríveis mas, quando se escrever essa história, pouco mais restará que a sua memória, pois empresas e comunidades costumam recuperar bem, mesmo de crises sérias. Esta triste década deixará cicatrizes fundas e duradouras no ânimo nacional, mas será noutras áreas. Como de costume, os problemas realmente importantes passam despercebidos à actualidade.

Do delírio dos últimos anos, que poderá ser tão decisivo que deixe marcas sociais que durem décadas? Que é que atinge a estrutura mais nuclear de Portugal? Não é difícil encontrar agressões recentes a esse nível, gerando chagas nacionais. Com a taxa de fertilidade das mais baixas do mundo, o casamento em vias de extinção, o divórcio em níveis nunca vistos e a educação na quinta década sucessiva de crise, não admira que as próximas gerações acusem este tempo dos seus males. As poucas crianças a quem hoje é permitido nascer serão educadas numa precariedade familiar e escolar difícil de imaginar. Isto gerará efeitos muito depois de esquecida a crise económica.

Esta evolução tem muitas causas e origens, mas os dirigentes políticos, quando em vez de a combaterem insistem em agravá-la, assumem terrível responsabilidade. Os dois últimos governos, enquanto arruinavam financeiramente o país, aumentavam a desigualdade social e distorciam o tecido produtivo, dedicaram-se nas horas vagas a desmantelar algumas das leis mais básicas da família, vida e educação.

A alucinante cavalgada regulamentar incluiu mais de um diploma radical por ano durante duas legislaturas: Lei 32/2006 de 26 de Julho (reprodução artificial), Lei 16/2007 de 17 de Abril e Portaria 741-A/2007 de 21 de Junho (liberalização do aborto), Lei 61/2008 de 31 de Outubro (banalização do divórcio), Lei 60/2009 de 6 de Agosto (educação sexual laxista), Lei 9/2010 de 31 de maio (casamento entre pessoas do mesmo sexo), Decreto-Lei 138-C/2010 de 28 de Dezembro (estrangulamento do ensino privado) e Lei n.º 7/2011 de 15 de Março (mudança do sexo).

Em todos os casos foi imposta uma regulamentação extremista e culturalmente agressiva, distorcendo e invertendo atitudes e instituições multisseculares. Em questões justamente chamadas fracturantes, que geram intensos debates por todo o mundo civilizado, de uma penada Portugal saltou de uma posição equilibrada para o extremo do espectro. Em todos os casos um punhado de deputados, auto-erigidos defensores da modernidade, achavam-se com mandato sobre a tradição nacional e impunham a sua visão irresponsável.

Os vetos do Presidente da República, as críticas da Igreja e de muitas forças sociais, a elementar prudência, foram simplesmente ignorados. Como parolos arvorados em modernaços, ao desplante juntavam a cegueira, no mais puro autismo político. No único caso em que a população foi consultada fez-se magna fraude política. Depois da rejeição do aborto no referendo de 1998, a votação foi repetida em 2007, com uma subtil mudança na argumentação. A segunda campanha não falou de embriões, partos e hospitais, mas de mulheres presas (que de facto não existiam). Aprovada a despenalização, o Governo legislou coisa muito diferente, a liberalização e subsidiação do aborto. Isto chega para mostrar a má-fé.

Como entretanto o país entrou em emergência financeira devido aos outros erros conjunturais, pretende-se agora que estas agressões caiam no esquecimento. Está em assinatura pública a petição "Defender o Futuro" (www.peticaopublica.com/? pi=P2012N22192), que solicita à Assembleia da República que reconsidere os atentados e reponha o equilíbrio. Talvez a nova maioria entenda que por aqui passam as verdadeiras reformas estruturais, determinantes do futuro nacional.

João César das Neves in DN online

Não separar o louvor de Deus do serviço do homem: Bento XVI aos bispos mexicanos e da América Latina na celebração de Vésperas

“A Igreja não pode separar o louvor de Deus do serviço do homem”. “A glória de Deus é a vida do homem”. A Igreja há-de “reviver e atualizar o que foi Jesus – o Bom Samaritano”: esta a recomendação do Papa aos bispos latino-americanos, nas Vésperas a que presidiu neste domingo à tarde, na catedral de León, dedicada a Nossa Senhora da Luz.

Bento XVI começou por aludir à “bela imagem que ali se venera e na qual a santíssima Virgem sustenta ao colo, de um lado, com grande ternura, o seu Filho, estendendo a outra mão em socorro dos pecadores. “Assim vê Maria a Igreja de todos os tempos, louvando-a por nos ter dado o Redentor, e confiando-se a ela por ser a Mãe que o seu divino Filho nos deixou, na cruz”.

Com palavras de grande cordialidade, o Papa exprimiu aos bispos do Mexico e de toda a América Latina a sua proximidade, partilhando com eles as preocupações ligadas à atividade pastoral, recordando os aplausos que espontaneamente sublinham, nas assembleias dos Sínodos dos bispos, os testemunhos de quem exerce o ministério em condições especialmente dolorosas. Trata-se – considerou Bento XVI – de um gesto que brota da fé no Senhor e exprime fraternidade nos trabalhos apostólicos, assim como gratidão e admiração pelos que semeiam o Evangelho no meio de espinhos, nuns casos em forma de perseguição e noutros com a marginalização ou o menosprezo. “O sucessor de Pedro participa destes sentimentos e agradece a vossa solicitude pastoral paciente e humilde” – assegurou o Papa. 

Aludindo às celebrações dos 200 anos da independência dos países latino-americanos, o Papa sublinhou que “a fé católica marcou significativamente a vida, costumes e história deste Continente”. “Este é um momentos histórico no qual continuou a brilhar o nome de Cristo, que aqui chegou graças a insignes e abnegados missionários, que o proclamaram com audácia e sabedoria”. 

Na parte final da homilia de Vésperas, na catedral de León, Bento XVI passou em revista, com os bispos latino-americanos, os diversos grupos de pessoas que hão-de acompanhar cuidadosamente, aliando compreensão e sentido de responsabilidade: dos seminaristas aos presbíteros, das diversas formas de vida consagrada aos leigos comprometidos na catequese, na animação litúrgica, na atividade caritativa e no compromisso social.

Sublinhando a necessidade de formar os leigos na fé, “para que o Evangelho se possa tornar presente e fecundo na sociedade de hoje”, o Papa advertiu que “não é justo que os leigos se sintam tratados como quem pouco conta na Igreja, não obstante o entusiasmo, sacrifício e dedicação com que nela atuam. “ Em tudo isto, é particularmente importante para os Pastores que reine um espírito de comunhão entre padres, religiosos e leigos, evitando divisões estéreis, críticas e receios nocivos.”

A concluir, um vibrante convite aos Bispos para que se mantenham “vigilantes, proclamando dia e noite a glória de Deus, que é a vida do homem”: “Estai do lado dos que são marginalizados pela força, pelo poder ou pela riqueza que ignora os que carecem praticamente de tudo. A Igreja não pode separar o louvor de Deus do serviço aos homens. O único Deus Pai e Criador fez-nos irmãos: ser homem é ser irmão e guardião do próximo. Neste caminho, juntamente com toda a humanidade, a Igreja tem que reviver e atualizar o que Jesus foi: o Bom Samaritano, que, vindo de longe, se inseriu na história dos homens, nos levantou do chão e tratou de nos curar”.

Rádio Vaticano

S. Josemaría sobre a Festa da Anunciação do Senhor

Festa da Anunciação do Senhor. “Como nos encanta o episódio da Anunciação! Maria (quantas vezes o meditámos!) está recolhida em oração...; põe os seus cinco sentidos e todas as suas potências em diálogo com Deus... Na oração conhece a Vontade divina; e com a oração torna-a vida da sua vida. Não te esqueças do exemplo da Virgem!”, escreve num ponto de Sulco.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Sting ‘A Menssagem de Gabriel’



The Angel Gabriel from heaven came
His wings as drifted snow, his eyes as flames
"Oh hail" has said he to Holy Maiden Mary
(to holy mary)
Most highly favoured maid Gloria
(Most highly favoured maid Gloria)


Forknown a blessed mother thou shalt be
For generations loan and honnaly
Thy son shall be Imanuel th'as years forsawt =(forseen)
Most highly favoured maid Gloria
(Most highly favoured maid Gloria)


The gentle Mary neatly bowed the head
"To me, be as it pleaseth God" she said
"My soul shall whole and magnify this holy maid"
Most highly favoured maid Gloria
(Most highly favoured maid Gloria)


Of her Imanuel, the Christ was crossed
His Bethlehem all honor Christmas ghost
As everyone through out the world will Heaven save
Most highly favoured maid Gloria
(Most highly favoured maid Gloria)

«Salve, ó cheia de graça»

Santo Epifânio de Salamina (? - 403), bispo 
Homilia n°5 

Que dizer? Que elogio se há-de fazer à Virgem gloriosa e santa? Ela ultrapassa todos os seres, à excepção apenas de Deus; por natureza, é mais bela que os querubins, os serafins e todo o exército dos anjos. Nem as línguas do céu nem as da terra, nem as línguas dos anjos bastam para louvá-la. Virgem bendita, pomba pura, esposa celeste [...], templo e trono da divindade! Cristo, sol esplendoroso do céu e da terra, pertence-te. Tu és a nuvem luminosa que fez descer Cristo, Ele o brilho resplandecente que ilumina o mundo.

Rejubila, ó cheia de graça, porta do céu; é de ti que fala o autor do Cântico dos Cânticos [...] quando exclama: «És horto cerrado, minha irmã, minha esposa, horto cerrado, fonte selada» (4, 12). [...] Santa Mãe de Deus, ovelha imaculada, tu trouxeste ao mundo o Cordeiro, Cristo, o Verbo encarnado em ti. [...] Que maravilha espantosa nos céus: uma mulher vestida de sol (Ap 12, 1), trazendo nos braços a luz! [...] Que maravilha espantosa nos céus: o Senhor dos anjos que Se torna filho da Virgem. Os anjos acusavam Eva; agora, cumulam Maria de glória, porque Ela levantou Eva da queda e abriu as portas do céu a Adão, outrora expulso do Paraíso. [...]

Imensa é a graça concedida a esta Virgem santa. É por isso que Gabriel a cumprimenta dizendo-lhe: «Rejubila, cheia de graça», resplandecente como o céu. «Rejubila, cheia de graça», Virgem ornada de virtudes sem número. [...] «Rejubila, cheia de graça», tu que sacias os sedentos com as doçuras da fonte eterna. Rejubila, Santa Mãe Imaculada, tu que geraste Cristo, que te precede. Rejubila, púrpura real, tu que revestiste o Rei do céu e da terra. Rejubila, livro selado, tu que deste a ler ao mundo o Verbo, o Filho do Pai.

«Maria, não temas»

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja 
Homilia 4 sobre o «Missus est», §§ 8-9 

Ouviste, ó Virgem, que conceberás e darás à luz um Filho, não de um homem – como compreendeste –, mas do Espírito Santo. O anjo espera a tua resposta: tem de regressar para junto d'Aquele que o enviou. Nós também esperamos, ó Senhora nossa. Miseravelmente acabrunhados por uma sentença de condenação, esperamos uma palavra de piedade. Ora, eis que te é oferecido o resgate da nossa salvação. Aceita e somos livres. Todos fomos criados no Verbo Eterno de Deus; mas, infelizmente, a morte fez a sua obra em nós. Uma breve resposta tua basta para nos recriar, de modo que sejamos de novo chamados à vida. [...]

Não demores, Virgem Maria, dá a tua resposta. Ó Senhora nossa, pronuncia essa palavra que a terra, os infernos e até os próprios céus esperam. Vê: o Rei e Senhor do universo, Ele que «Se deixou prender pela tua beleza» (cf Sl 44,12), deseja, com o mesmo ardor, o sim da tua resposta. Ele quis fazer depender da tua resposta a salvação do mundo. Agradaste-Lhe com o teu silêncio; agradar-Lhe-ás ainda mais agora com a tua palavra. Eis que Ele próprio te interpela lá do alto: «ó mais bela das mulheres, [...] deixa-Me ouvir a tua voz» (Ct 1,8; 2,14). [...] Sim, responde rapidamente ao anjo, ou antes, pelo anjo, ao Senhor. Responde numa palavra e acolhe o Verbo; pronuncia a tua própria palavra e concebe o Verbo divino; emite uma palavra passageira e envolve o Verbo eterno. [...]

Maria disse então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua palavra.»

O Anjo Gabriel - Coro de Kings College, Cambridge

«Cheia de graça»

Eadmero (c. 1060–c. 1128), monge inglês 
A concepção de Santa Maria 


Ó Maria, Senhora Nossa, o Senhor fez de ti Sua mãe singular, constituindo-te assim mestra e soberana do universo. Foi para isso que Ele te formou, pelo Seu Espírito operante, desde o primeiro instante da tua concepção no seio de tua mãe. Nossa Senhora, é essa a nossa alegria hoje. E perguntamos-te, mui doce Maria, rainha prudente e nobre: é possível colocar-te ao mesmo nível ou até a um nível inferior ao das outras criaturas?

O apóstolo da verdade pura afirma com certeza que todos os homens pecaram em Adão (Rm 5,12). [...] Mas, tomando em consideração a qualidade eminente da graça divina em ti, observo que tens uma posição inestimável; à excepção de teu Filho, estás acima de tudo o que foi criado. E concluo que, na tua concepção, não podes ter ficado ligada à mesma lei da natureza a que estão ligados os outros seres humanos. Pela graça eminente que te foi concedida, tu ficaste completamente fora do alcance de todo o pecado. Graça singular e acção divina impenetrável à inteligência humana!

Só o pecado poderia afastar os homens da paz de Deus. Para eliminar esse pecado, para trazer o ser humano de novo à paz de Deus, o Filho de Deus quis fazer-Se homem, mas de um modo tal que nada n'Ele existisse nem participasse daquilo que separa o homem de Deus. Para tal, convinha que Sua mãe fosse pura de todo o pecado. Se não, como poderia a nossa carne unir-se tão intimamente à pureza suprema e como poderia o homem assumir uma tão grande união com Deus, que tudo o que é de Deus pertencesse ao homem e tudo o que é do homem pertencesse a Deus?

Anunciação do Senhor

Deus que, no decorrer dos séculos, tinha encarregado os profetas de transmitir aos homens a Sua palavra, ao chegar a plenitude dos tempos, determina enviar-lhes o Seu próprio Filho, o Seu Verbo, a Palavra feita Carne. Contudo, o Pai das misericórdias quis que a Incarnação fosse precedida da aceitação por parte daquela que Ele predestinara para Mãe, para que, «assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida « (Lumen Gentium, 56). No momento da Anunciação, através do Anjo Gabriel, Deus expõe a Maria os Seus desígnios. E Maria, livre, consciente e generosamente, aceita a vontade do Senhor a seu respeito, realizando-se assim o mistério da Incarnação do Verbo. Nesse momento, com efeito, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade começa a Sua existência humana. O filho de Deus faz-Se Filho do Homem. O Deus Altíssimo torna-Se o «Deus connosco». Ao celebrar este mistério, precisamente nove meses antes do Natal, a Solenidade da Anunciação orienta-nos já para o Nascimento de Cristo. No entanto, a Incarnação está intimamente unida à Redenção. Por isso, as Leituras (especialmente a segunda) introduzem-nos já no Mistério da Páscoa. Essencialmente festa do Senhor, a Anunciação não pode deixar de ser, ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, uma festa perfeitamente mariana. Na verdade, foi pelo sim de Maria que a Incarnação se realização, a nova Aliança se estabeleceu e a Redenção do mundo pecador ficou assegurada.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Nada é impossível para Deus»

Santo Ivo de Chartres (c. 1040-1116), bispo 
Discurso 15, PL 162, 583


Hoje celebramos a admirável concepção de Jesus pela Virgem. Celebramos o início de nossa redenção e anunciamos o plano de Deus, formado com bondade e poder. Pois se o Senhor do universo tivesse vindo à procura de Seus servos em fuga para os julgar e não para lhes mostrar a Sua bondade, jamais Se teria revestido com este frágil invólucro de pó (Gn 2:7) no qual sofreu connosco e por nós.


Para os gentios, isto parece, segundo as palavras de São Paulo, escândalo e loucura (1 Cor 1,23.25), porque eles se baseiam na vã filosofia e formam juízos sobre o Criador segundo as leis da criação. Pois haverá maior obra de poder que uma Virgem conceber, contra as leis da natureza? E, depois de ter tomado a nossa condição humana, reconduzir uma natureza mortal à glória da imortalidade, passando através da morte? É por isso que o apóstolo diz: «o que é tido como fraqueza de Deus é mais forte que os homens» (v. 25) [...]


Hoje, o ventre da Virgem é a porta do céu, pela qual Deus desce até os homens para os fazer ascender ao céu.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 26 de Março de 2012

Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossivel». Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Lc 1, 26-38