Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 15 de abril de 2012

Prenda de anos ao Santo Padre antecipada, do seu compositor preferido e uma excepcional interpretação e orquestra

Mitsuko Uchida Concerto para piano nº 20 em D minor KV 466 de W.A.Mozart


A novidade do culto cristão sublinhada pelo Papa, que pede orações para que não lhe faltem forças para realizar a sua missão

Celebrando na próxima quinta-feira, 19 de Abril, sete anos na sede de Pedro, Bento XVI pediu neste domingo ao meio-dia, orações para que o Senhor lhe dê forças para bem desempenhar o serviço que Ele lhe confiou. Foi nas saudações aos fiéis de língua francesa, após a recitação do "Regina coeli", com os fiéis congregados na Praça de São Pedro: “… peço-vos que rezem por mim, para que que o Senhor me dê forças para cumprir a missão que me confiou“.*


Em italiano, como também em polaco e noutras línguas, o Papa evocou a ocorrência, neste domingo, da Divina Misericórdia, por decisão de João Paulo II, e correspondendo ao desejo de Santa Faustina Kowalski. “A todos faço votos de serem testemunhas do amor misericordioso de Cristo”


Aos fiéis polacos, em ligação com o santuário de Lagiewniki, consagrado, faz agora 10 anos, pelo Papa Wojtyla, à Divina Misericórdia, Bento XVI evocou as palavras do seu predecessor, naquela ocasião: “É preciso transmitir ao mundo este fogo da misericórdia. É na misericórdia de Deus que o mundo encontrará a paz e o homem a felicidade… Fiéis a esta exortação, anunciemos ao mundo a mensagem de Jesus misericordioso, sejamos suas testemunhas”


Na alocução antes da recitação da antífona mariana do tempo pascal, Bento XVI comentou brevemente o evangelho do dia, com a manifestação do Senhor ressuscitado, uma vez mais “no primeiro dia da semana”, depois designado como “domingo”. É “o dia da assembleia, da comunidade cristã que se reune para o seu culto próprio, isto é, a Eucaristia, culto novo e diferente, desde o início, em relação ao culto judaico do sábado.
“o culto cristão não é apenas uma comemoração de acontecimentos passados, e nem sequer uma particular experiência mística, interior, mas essencialmente um encontro com o Senhor ressuscitado, que vive na dimensão de Deus, para além do tempo e do espaço, e contudo se torna realmente presente no meio da comunidade, nos fala nas Sagradas Escrituras e fraciona para nós o Pão da vida eterna”. 


Bento XVI comentou também o sentido que assume a saudação de Jesus ressuscitado: Paz a vós! “A saudação tradicional, com que se formula votos de shalom, paz, torna-se aqui algo de novo: torna-se o dom daquela paz que só Jesus pode dar, porque é o fruto da sua vitória radical sobre o mal. A “paz” que Jesus oferece aos seus amigos é o fruto da sua vitória radical sobre o mal. A “paz” que Jesus oferece aos seus amigos é o fruto do amor de Deus que o levou a morrer na cruz, a derramar todo o seu sangue, como Cordeiro manso e humilde, “cheio de graça e de verdade”.


*Tradução de JPR a partir do texto em francês “... je vous demande de prier pour moi, pour que le Seigneur me donne la force d’accomplir la mission qu'Il m'a confié".


Rádio Vaticano

Imitação de Cristo, 1, 21, 4

Reconhece que és indigno da consolação divina, mas antes merecedor de muitas aflições. Quando um homem está perfeitamente compungido, logo se lhe torna enfadonho e amargo o mundo todo. O homem justo sempre acha bastante matéria para afligir-se e chorar. Pois, quer olhe para si, quer para o próximo, sabe que ninguém passa esta vida sem tribulações. E quanto mais atentamente se considera, tanto mais profunda é a sua dor. Matéria de justa mágoa e profundo pesar são nossos pecados e vícios, aos quais de tal sorte estamos presos, que raras vezes podemos contemplar as coisas do céu.

I. Se mais amiúdo pensasses na morte que numa vida de muitos anos, não há dúvida que tua emenda seria mais
II. fervorosa. Se também meditasses seriamente nas penas futuras do inferno ou do purgatório, creio que sofrerias de bom grado trabalhos e dores, sem recear nenhuma austeridade. Mas, como estas coisas não nos penetram o coração e amamos ainda os regalos, ficamos frios e muito tíbios.

Vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti

Pede ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e à tua Mãe, que te façam conhecer-te e chorar por esse montão de coisas sujas que passaram por ti, deixando – ai! – tanto depósito... E ao mesmo tempo, sem quereres afastar-te dessa consideração, diz-lhe: – Dá-me, Jesus, um Amor como fogueira de purificação, onde a minha pobre carne, o meu pobre coração, a minha pobre alma, o meu pobre corpo se consumam, limpando-se de todas as misérias terrenas... E, já vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti: que não me apegue a nada daqui de baixo; que sempre me sustente o Amor. (S. Josemaría Escrivá - Forja, 41)

É a hora de clamar: lembra-Te das promessas que me fizeste, para me encher de esperança; isto consola-me no meu nada e enche o meu viver de fortaleza. Nosso Senhor quer que contemos com Ele para tudo: vemos com evidência que sem Ele nada podemos e que com Ele podemos tudo. E confirma-se a nossa decisão de andar sempre na Sua presença.

Com a claridade de Deus no entendimento, que parece inactivo, torna-se-nos indubitável que, se o Criador cuida de todos – mesmo dos inimigos –, quanto mais cuidará dos amigos! Convencemo-nos que não há mal nem contradição que não venham por bem: assim assentam com mais firmeza, no nosso espírito, a alegria e a paz que nenhum motivo humano poderá arrancar-nos, porque estas visitas deixam sempre em nós algo de Seu, algo divino. Louvaremos o Senhor Nosso Deus que efectuou em nós coisas admiráveis e compreenderemos que fomos criados com capacidade de possuir um tesouro infinito.

Tínhamos começado com orações vocais, simples, encantadoras, que aprendemos na nossa meninice e que gostaríamos de não perder jamais. A oração, que começou com essa ingenuidade pueril, desenvolve-se agora em caudal largo, manso e seguro, porque acompanha a nossa amizade com Aquele que afirmou: Eu sou o caminho. Se amarmos Cristo assim, se com divino atrevimento nos refugiarmos na abertura que a lança deixou no Seu peito, cumprir-se-á a promessa do Mestre: qualquer que me ame observará a minha doutrina e meu Pai o amará e viremos a ele e nele faremos morada(S. Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 305–306)

Bom Domingo do Senhor!

Hoje a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia, certos dela entreguemo-nos totalmente na mão de Deus e renovemos os nossos propósitos de ser bons filhos Seus.

No Evangelho de hoje (Jo 20, 19-31) o Senhor, na sua infinita misericórdia, através do Espírito Santo conferiu aos apóstolos o dom de perdoar os pecados, saibamos pois nós ser dignos dela e fujamos a qualquer tentação de não acreditar Nele, como fez Tomé, que precisou de ver para crer.

Glória e gratidão a Jesus Cristo Nosso Senhor pelos séculos dos séculos!

Verdade e bondade

Certa vez, o senhor afirmou que um homem deveria acentuar o primado da verdade sobre a bondade. Julgo que é uma atitude que pode ser perigosa. Isso não corresponderia à imagem do Grande Inquisidor, tal como Dostoievski a descreveu?

É preciso interpretar todo o contexto. Nessa frase, a bondade é entendida no sentido de uma falsa bondade, do tipo "não pretendo aborrecer-me". É uma atitude muito comum, que se verifica também, e sobretudo, no campo da política: não se quer ser impopular.

Em vez de ter aborrecimentos e de os criar, prefere-se contemporizar, mesmo com o que é errado, com o que não é puro, nem verdadeiro, nem bom. Está-se disposto a comprar bem-estar, sucesso, reconhecimento público e aceitação por parte da opinião dominante, à custa da renúncia à verdade. Não quis atacar a bondade em geral. A verdade só pode ter sucesso e vencer com a bondade. Referia-me a uma caricatura da bondade que é bastante comum: que se negligencie a consciência com o pretexto da bondade, que se coloque acima da verdade a aceitação e a preocupação de evitar problemas, o comodismo, o ser bem-visto.

(Cardeal Joseph Ratzinger em entrevista à Rádio Vaticano)

«Mostrou-lhes as mãos e o peito»

Celebração eucarística em sufrágio de João Paulo II 
Regina Caeli de 3 de Abril de 2005, o dia seguinte ao falecimento de João Paulo II

O Papa João Paulo II tinha indicado o tema da meditação para o Regina Caeli do 2º Domingo de Páscoa, o Domingo da Divina Misericórdia. No final da concelebração eucarística presidida pelo Cardeal Angelo Sodano na Praça de São Pedro, Mons. Leonardo Sandri proferiu as seguintes palavras, antes de ler o texto do Santo Padre: «Fui encarregado de vos ler um texto preparado por indicação do Santo Padre João Paulo II. [...]»

Caríssimos Irmãos e Irmãs! 

Hoje ressoa igualmente o alegre Aleluia da Páscoa. A hodierna página do Evangelho de João sublinha que o Ressuscitado, na tarde daquele dia, apareceu aos Apóstolos e «mostrou-lhes as mãos e o lado» (Jo 20, 20), isto é, os sinais da dolorosa paixão impressos de modo indelével no Seu corpo mesmo depois da ressurreição. Aquelas chagas gloriosas, que oito dias depois deu a tocar ao incrédulo Tomé, revelando a misericórdia de Deus que «tanto amou o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito» (Jo 3, 16). Este mistério da morte está no centro da hodierna liturgia do Domingo in Albis, dedicado ao culto da Divina Misericórdia. 

À humanidade, que no momento parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia! Senhor, que com a Tua morte e ressurreição revelas o amor do Pai, nós cremos em Ti e com confiança Te repetimos no dia de hoje: Jesus eu confio em Ti, tem misericórdia de nós e do mundo inteiro. 

A solenidade litúrgica da Anunciação, que celebraremos amanhã, leva-nos a contemplar com os olhos de Maria o imenso mistério deste amor misericordioso que sai do Coração de Cristo. Ajudados por Ela, possamos compreender o sentido verdadeiro da alegria pascal, que se fundamenta nesta certeza: Aquele que a Virgem trouxe em seu ventre, que sofreu e morreu por nós, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!