Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Amar a Cristo...

Senhor, Tu que tudo sabes, sabes que não somos melhores que Dídimo, mas permite-nos, que Te façamos um acto de entrega total, dizendo-Te que tudo faremos, com a Tua ajuda, para jamais voltarmos a ser incrédulos e a abandonarmo-nos totalmente em Ti.

Não que Te tenhamos visto sobre forma humana, mas muito mais do que isso, porque Te sabemos sempre junto e dentro de nós, que Te podemos visitar no Sacrário e receber-Te na Sagrada Eucaristia.

Louvor e glória a Vós Jesus Cristo Rei do Universo!

JPR

Bento XVI - ser baptizado é ficar unido a Deus (agradecimento ‘É o Carteiro!)

1ª CONSEQUÊNCIA – DEUS É PRIORIDADE

Por conseguinte, ser baptizado quer dizer estar unido a Deus; numa existência única e nova nós pertencemos a Deus, estamos imersos no próprio Deus.

Pensando nisto, podemos ver imediatamente algumas consequências.

A primeira, é que Deus já não está muito distante de nós, não é uma realidade a debater – se existe ou não existe – mas nós estamos em Deus, e Deus está em nós.

A prioridade, a centralidade de Deus na nossa vida constitui uma primeira consequência do Baptismo.

À pergunta: «Deus existe?», a resposta é:
«Existe, e está connosco; centra na nossa vida esta proximidade de Deus, este estar no próprio Deus, que não é uma estrela distante, mas é o ambiente da minha vida».

CONGRESSO ECLESIAL DA DIOCESE DE ROMA
"LECTIO DIVINA" DO PAPA BENTO XVI
Basílica de São João de Latrão
Segunda-feira, 11 de Junho de 2012
[Vídeo- Improviso 

(Fonte: site da Santa Sé - texto completo em português AQUI)

Cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, fala sobre São Josemaría Escrivá e santidade “Duc in altum” por ocasião da Festa no dia 26 de junho 2012 (vídeo em inglês)

Imitação de Cristo, 2, 11, 1 - Quão poucos são os que amam a cruz de Jesus

Muitos encontram Jesus agora apreciadores de seu reino celestial; mas poucos que queiram levar a sua cruz. Tem muitos sequiosos de consolação, mas poucos da tribulação; muitos companheiros à sua mesa, mas poucos de sua abstinência. Todos querem gozar com ele, poucos sofrer por ele alguma coisa. Muitos seguem a Jesus até ao partir do pão, poucos até beber o cálice da paixão. Muitos veneram seus milagres, mas poucos abraçam a ignomínia da cruz. Muitos amam a Jesus, enquanto não encontram adversidades. Muitos O louvam e bendizem, enquanto recebem d’Ele algumas consolações; se, porém, Jesus se oculta e por um pouco os deixa, caem logo em queixumes e desânimo excessivo.

Hás-de ir procurar as almas

Cristo espera muito da tua actividade. Mas hás-de ir procurar as almas, como o Bom Pastor saiu à procura da centésima ovelha: sem esperar que te chamem. Depois, serve-te dos teus amigos para fazer bem aos outros. Ninguém pode sentir-se tranquilo (di-lo a cada um) com uma vida espiritual que, depois de o encher, não transborde para os outros com zelo apostólico. (Sulco, 223)

Convence-te: precisas de te formares bem, em vista dessa avalanche de gente que nos cairá em cima, com a pergunta precisa e exigente: – "Ora bem, que é preciso fazer?". (Sulco, 221)

Jesus está junto do lago de Genesaré e as pessoas comprimem-se à sua volta, ansiosas por ouvirem a palavra de Deus. Tal como hoje! Não estais a ver? Estão desejando ouvir a mensagem de Deus, embora o dissimulem exteriormente. Talvez alguns se tenham esquecido da doutrina de Cristo; talvez outros, sem culpa sua, nunca a tenham aprendido e olhem para a religião como coisa estranha... Mas convencei-vos de uma realidade sempre actual: chega sempre um momento em que a alma não pode mais; em que não lhe bastam as explicações vulgares; em que não a satisfazem as mentiras dos falsos profetas. E, mesmo que nem então o admitam, essas pessoas sentem fome, desejam saciar a sua inquietação com os ensinamentos do Senhor. (Amigos de Deus, 260)


São Josemaría Escrivá

Incredulidade de S. Tomé – Caravaggio (1599) – Novo Palácio de Potsdam – Alemanha


Bento XVI não sairá de Roma durante o Verão

O Santo Padre inicia hoje, terça feira, 3 de Julho, o seu habitual período de descanso. Ao longo do verão, ficam suspensas todas as audiências privadas. As audiências gerais das quartas feiras não terão lugar durante o mês de Julho, retomando a partir da quarta 1 de Agosto mas no pátio interior do Palácio de Castelgandolfo. Ali terão lugar, também, todos os domingos e dias santos, o tradicional encontro do meio-dia, com a recitação da oração mariana do Angelus.


Bom descanso Santo Padre!


Vídeos em espanhol e inglês

 

Especial São Paulo - Epístolas pastorais I

Desde o século XVIII chama-se assim às três cartas dirigidas a Timóteo (duas cartas) e a Tito, discípulos e auxiliares destacados de São Paulo. A primeira a Timóteo deve ter sido escrita em fins do ano 65, possivelmente na Macedónia. Muito próxima em data e lugar, possivelmente também em fins do ano 65 e na Macedónia, é a carta a Tito. Em ambas as cartas São Paulo goza de liberdade. Pelo contrário, a terceira, que é a segunda a Timóteo, foi escrita durante o último cativeiro do Apóstolo, certamente já em Roma e próximo do seu martírio; deve indicar-se, pois, a data do ano 66 ou 67. A finalidade dos três escritos é orientar e ajudar os dois discípulos na sua tarefa de auxiliares de São Paulo no governo pastoral de várias Igrejas.

A tradição secular da Igreja reteve sempre a autenticidade paulina das três. Desde o século XIX, bastantes racionalistas e protestantes liberais puseram em dúvida ou rejeitaram tal paternidade, tomando como argumento principal que não se podia já que em vida do Apóstolo tivessem aparecido as noções de sucessão e tradição apostólicas, ordenações sagradas por imposição das mãos e uma certa hierarquia e disciplina eclesiástica. Tais noções, que aparecem nestas três cartas, ainda que de modo incipiente, repugnam a esses críticos como existentes já em anos tão antigos. Mas na realidade, tal como afirma a Pontifícia Comissão Bíblica, não há verdadeiros argumentos contra a autenticidade paulina das Epístolas Pastorais, mas opções de princípio acerca de como e quando se devia ir desenvolvendo a organização hierárquica da Igreja.

(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 445) 



Continua

S. Tomé - Apóstolo - Catequese de Bento XVI

Via Lucis - Santuário de Fátima
Queridos irmãos e irmãs!


Prosseguindo os nossos encontros com os doze Apóstolos escolhidos directamente por Jesus, hoje dedicamos a nossa atenção a Tomé. Sempre presente nas quatro listas contempladas pelo Novo Testamento, ele, nos primeiros três Evangelhos, é colocado ao lado de Mateus (cf. Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6, 15), enquanto nos Actos está próximo de Filipe (cf. Act 1, 13). O seu nome deriva de uma raiz hebraica, ta'am, que significa "junto", "gémeo". De facto, o Evangelho chama-o várias vezes com o sobrenome de "Dídimo" (cf. Jo 11, 16; 20, 24; 21, 2), que em grego significa precisamente "gémeo". Não é claro o porquê deste apelativo.

Sobretudo o Quarto Evangelho oferece-nos informações que reproduzem alguns traços significativos da sua personalidade. O primeiro refere-se à exortação, que ele fez aos outros Apóstolos, quando Jesus, num momento crítico da sua vida, decidiu ir a Betânia para ressuscitar Lázaro, aproximando-se assim perigosamente de Jerusalém (cf. Mc 10, 32). Naquela ocasião Tomé disse aos seus condiscípulos: "Vamos nós também, para morrermos com Ele" (Jo 11, 16).

Esta sua determinação em seguir o Mestre é deveras exemplar e oferece-nos um precioso ensinamento: revela a disponibilidade total a aderir a Jesus, até identificar o próprio destino com o d'Ele e querer partilhar com Ele a prova suprema da morte. De facto, o mais importante é nunca separar-se de Jesus. Por outro lado, quando os Evangelhos usam o verbo "seguir" é para significar que para onde Ele se dirige, para lá deve ir também o seu discípulo. Deste modo, a vida cristã define-se como uma vida com Jesus Cristo, uma vida a ser transcorrida juntamente com Ele. São Paulo escreve algo semelhante, quando tranquiliza os cristãos de Corinto com estas palavras: "estais no nosso coração para a vida e para a morte" (2 Cor 7, 3). O que se verifica entre o Apóstolo e os seus cristãos deve, obviamente, valer antes de tudo para a relação entre os cristãos e o próprio Jesus: morrer juntos, viver juntos, estar no seu coração como Ele está no nosso.

Uma segunda intervenção de Tomé está registada na Última Ceia. Naquela ocasião Jesus, predizendo a sua partida iminente, anuncia que vai preparar um lugar para os discípulos para que também eles estejam onde Ele estiver; e esclarece: "E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho" (Jo 14, 4). É então que Tomé intervém e diz: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?" (Jo 14, 5). Na realidade, com esta expressão ele coloca-se a um nível de compreensão bastante baixo; mas estas suas palavras fornecem a Jesus a ocasião para pronunciar a célebre definição: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Portanto, Tomé é o primeiro a quem é feita esta revelação, mas ela é válida também para todos nós e para sempre. Todas as vezes que ouvimos ou lemos estas palavras, podemos colocar-nos com o pensamento ao lado de Tomé e imaginar que o Senhor fala também connosco como falou com ele.

Ao mesmo tempo, a sua pergunta confere também a nós o direito, por assim dizer, de pedir explicações a Jesus. Com frequência nós não o compreendemos. Temos a coragem para dizer: não te compreendo, Senhor, ouve-me, ajuda-me a compreender. Desta forma, com esta franqueza que é o verdadeiro modo de rezar, de falar com Jesus, exprimimos a insuficiência da nossa capacidade de compreender, ao mesmo tempo colocamo-nos na atitude confiante de quem espera luz e força de quem é capaz de as doar.

Depois, muito conhecida e até proverbial é a cena de Tomé incrédulo, que aconteceu oito dias depois da Páscoa. Num primeiro momento, ele não tinha acreditado em Jesus que apareceu na sua ausência, e dissera: "Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito" (Jo 20, 25). No fundo, destas palavras sobressai a convicção de que Jesus já é reconhecível não tanto pelo rosto quanto pelas chagas. Tomé considera que os sinais qualificadores da identidade de Jesus são agora sobretudo as chagas, nas quais se revela até que ponto Ele nos amou. Nisto o Apóstolo não se engana. Como sabemos, oito dias depois Jesus aparece no meio dos seus discípulos, e desta vez Tomé está presente. E Jesus interpela-o: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" (Jo 20, 27). Tomé reage com a profissão de fé mais maravilhosa de todo o Novo Testamento: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28). A este propósito, Santo Agostinho comenta: Tomé via e tocava o homem, mas confessava a sua fé em Deus, que não via nem tocava. Mas o que via e tocava levava-o a crer naquilo de que até àquele momento tinha duvidado" (In Iohann. 121, 5). O evangelista prossegue com uma última palavra de Jesus a Tomé: "Porque me viste, acreditaste. Felizes os que, sem terem visto, crerão" (cf. Jo 20, 29). Esta frase também se pode conjugar no presente; "Bem-aventurados os que crêem sem terem visto".

Contudo, aqui Jesus enuncia um princípio fundamental para os cristãos que virão depois de Tomé, portanto para todos nós. É interessante observar como o grande teólogo medieval Tomás de Aquino, compara com esta fórmula de bem-aventurança aquela aparentemente oposta citada por Lucas: "Felizes os olhos que vêem o que estais a ver" (Lc 10, 23). Mas o Aquinate comenta: "Merece muito mais quem crê sem ver do que quem crê porque vê" (In Johann. XX lectio VI 2566). De facto, a Carta aos Hebreus, recordando toda a série dos antigos Patriarcas bíblicos, que acreditaram em Deus sem ver o cumprimento das suas promessas, define a fé como "fundamento das coisas que se esperam e comprovação das que não se vêem" (11, 1). O caso do Apóstolo Tomé é importante para nós pelo menos por três motivos: primeiro, porque nos conforta nas nossas inseguranças; segundo porque nos demonstra que qualquer dúvida pode levar a um êxito luminoso além de qualquer incerteza; e por fim, porque as palavras dirigidas a ele por Jesus nos recordam o verdadeiro sentido da fé madura e nos encorajam a prosseguir, apesar das dificuldades, pelo nosso caminho de adesão a Ele.

Uma última anotação sobre Tomé é-nos conservada no Quarto Evangelho, que o apresenta como testemunha do Ressuscitado no momento seguinte à pesca milagrosa no Lago de Tiberíades (cf. Jo 21, 2). Naquela ocasião ele é mencionado inclusivamente logo depois de Simão Pedro: sinal evidente da grande importância de que gozava no âmbito das primeiras comunidades cristãs. Com efeito, em seu nome foram escritos depois os Actos e o Evangelho de Tomé, ambos apócrifos mas contudo importantes para o estudo das origens cristãs. Por fim recordamos que segundo uma antiga tradição, Tomé evangelizou primeiro a Síria e a Pérsia (assim refere já Orígenes, citado por Eusébio de Cesareia, Hist. eccl. 3, 1) depois foi até à Índia ocidental (cf. Actos de Tomé 1-2 e 17ss.), de onde enfim alcançou também a Índia meridional. Nesta perspectiva missionária terminamos a nossa reflexão, expressando votos de que o exemplo de Tomé corrobore cada vez mais a nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e nosso Deus.

Bento XVI – Audiência Geral de 27 de Setembro de 2006

S. Josemaría Escrivá sobre o Apóstolo S. Tomé

Festa de São Tomé Apóstolo. Referindo-se a ele, São Josemaria diz numa homilia: “Fixemos de novo o nosso olhar no Mestre. Talvez também escutes neste momento a censura dirigida a Tomé: Mete aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima também a tua mão e mete-a no meu lado, e não sejas incrédulo, mas fiel”(Jo 20, 27); e como ao Apóstolo, sairá da tua alma, com sincera contrição, aquele grito: Meu Senhor e meu Deus (Jo 20, 28), reconheço-Te definitivamente como Mestre e, com o teu auxílio, vou guardar para sempre os teus ensinamentos e esforçar-me por segui-los com lealdade”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

São Tomé, apóstolo, mártir

São Tomé foi um dos doze apóstolos de Jesus. Era israelita. O seu nome consta na lista dos quatro evangelistas.

O Evangelho de São João dá-lhe grande destaque. Em João 11,16, ele incita os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judéia: "Tomé, chamado Dídimo, disse então aos discípulos: 'Vamos também nós, para morrermos com ele!'"

É ele que pergunta a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai: 'Senhor (diz Tomé), não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?' Diz-lhe Jesus: 'Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim'" (João 14,5-6).

Tomé encontrou Jesus Ressuscitado (João 21,2). Temperamento audacioso e cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente Deus e Senhor. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco!". Disse depois a Tomé: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" Respondeu-lhe Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!" (João 20,26-28).

Com este acto de fé e de amor a Jesus, apagou a sua dureza e deixou à Igreja a melhor jaculatória: "Mais nos serviu para a nossa fé, diz S. Gregório Magno, a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos fiéis".

Felizes os que acreditamos sem ter visto, só em virtude da palavra dos que viram!

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Felizes os que crêem sem terem visto»

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja

A fraqueza dos discípulos era tão grande que, não satisfeitos em verem o Senhor ressuscitado, quiseram ainda tocar-Lhe para acreditarem n'Ele. Não lhes bastava ver com os seus próprios olhos, ainda quiseram aproximar as suas mãos dos Seus membros e tocar nas cicatrizes das Suas feridas recentes. Foi após ter tocado e reconhecido as cicatrizes, que o discípulo incrédulo exclamou: «Meu Senhor e meu Deus!» Essas cicatrizes revelavam Aquele que curava todas as feridas dos outros. Não teria o Senhor podido ressuscitar sem cicatrizes? Mas no coração dos seus discípulos, Ele via feridas que as cicatrizes que conservara no Seu corpo deviam sarar.

E que responde o Senhor a esta confissão de fé do seu discípulo que diz: «Meu Senhor e meu Deus»? «Porque Me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto.» De quem fala Ele, meus irmãos, se não de nós? E não apenas de nós mas também daqueles que virão depois de nós. Porque, pouco tempo depois, quando Ele escapou aos olhares mortais para fortalecer a fé nos seus corações, todos aqueles que se tornaram crentes creram sem terem visto, e a sua fé tinha um grande mérito: para a obterem, eles aproximaram d'Ele, não uma mão que queria tocar, mas apenas um coração afectuoso.

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16,15)

Basílio de Seleuceia (? - c. 468), bispo 
Sermão da Ressurreição, 1-4

«Mete o teu dedo na marca dos cravos», diz Jesus a Tomé. «Procuraste-Me quando Eu não estava cá, aproveita agora. Conheço a tua vontade mais do que o teu silêncio. Sei o que pensas antes sequer de que Mo digas. Ouvi-te falar e, embora sem ser visto, estava junto de ti e das tuas dúvidas e, sem Me fazer sentir, pus-te à espera para melhor observar a tua impaciência. Mete o teu dedo na marca dos cravos e a tua mão no Meu lado, e não sejas assim incrédulo, mas crê».

Então Tomé toca-O e cai por terra toda a sua desconfiança. Cheio duma fé sincera e de todo o amor que deve para com o seu Deus, exclama: «Meu Senhor e meu Deus!» E o Senhor diz-lhe: «Porque Me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto. Tomé, leva o relato da Minha Ressurreição a todos os que não viram. Exorta toda a terra a crer já não nos seus olhos mas na tua palavra. Percorre os povos e as cidades pagãs e ensina-os a levar aos ombros a cruz em vez das armas. [...] Diz-lhes que são doravante chamados pela Graça e tu, contempla a sua fé: felizes, na verdade, aqueles que acreditaram sem terem pedido para ver!»

Assim é o exército recrutado pelo Senhor, e assim são os filhos da piscina baptismal, as obras da Graça, a colheita do Espírito. Seguiram a Cristo sem O terem visto, procuraram-n'O e acreditaram porque viram com os olhos da fé e não do corpo. Não meteram o dedo na marca dos cravos, mas atrelaram-se à cruz e aceitaram os Seus sofrimentos. Não viram o lado de Cristo mas, pela Graça, encontraram-se unidos aos Seus membros e fizeram suas as palavras do Senhor: «Felizes os que crêem sem terem visto».

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 3 de Julho de 2012

Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Os outros discípulos disseram-lhe: «Vimos o Senhor!». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas Suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no Seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, colocou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Em seguida disse a Tomé: «Mete aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos, aproxima também a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas fiel!». Respondeu-Lhe Tomé: «Meu Senhor e Meu Deus!». Jesus disse-lhe: «Tu acreditaste, Tomé, porque Me viste; bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto».


Jo 20, 24-29