Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Angelus do dia 29 de Julho de 2012 (versão original e integral)

Amar a Cristo...

Senhor, ajuda-nos a não nos habituar à Tua bondade, pois se tal nos sucedesse facilmente passaríamos da profunda gratidão à ingratidão eivada pela indiferença.

Deixa-nos ter sempre presente, que nos ajudas e proteges, a nós e a todos, porque a todos amas e a todos queres ajudar, mesmo quando tal não seja na nossa pequenez totalmente compreensível.

É pois, querido Jesus, nossa obrigação dar-Te graças percorrendo os caminhos nesta breve passagem sem jamais Te esquecermos e divulgarmos.

Louvado sejais pelos séculos dos séculos!

JPR

O TRABALHO E AS FÉRIAS

Depois de umas curtas férias, regressei hoje ao trabalho.

A meio da manhã dei por mim a pensar como é “banal” este regresso ao trabalho depois de umas férias, como se fosse uma coisa normal, uma coisa a que não se dá grande importância, porque faz parte do dia-a-dia de cada um.

Pois, … mas o problema é que logo pensei que afinal não faz parte do dia-a-dia de cada um!

Afinal há muitos “uns” que não regressam ao trabalho por duas razões muito simples: porque não têm trabalho e porque não têm férias!

Mas nós, os que beneficiamos destas duas coisas, trabalho e férias, nem sequer nos apercebemos do bem que temos, da graça que usufruímos.
Parece-nos assim como algo que vem com a vida, que é um direito adquirido, que não nos pode ser retirado ou excluído.

Parece algo que nos pertence por mérito nosso!
Mas então entre aqueles que não têm trabalho não há gente como muito mais mérito do que nós?
E no entanto… não têm trabalho, não têm férias!

Não nos diz São Paulo que em tudo devemos dar graças?
«Em tudo dai graças» 1 Ts 5, 18

Então demos graças pelo trabalho que temos, pelas férias, (grandes ou pequenas), que gozamos, pelo dom da vida que Deus nos deu.

Mas essas graças nunca ficarão completas, se não nos lembrarmos dos nossos irmãos que não têm trabalho, nem férias, e por isso, com o mesmo empenho com que agradecemos, intercedamos por aqueles que sofrem, porque não têm trabalho, porque não têm férias.

Senhor,
dou-Te graças pelo trabalho que colocas nas minhas mãos e pelas férias que me permitiste ter.
Mas custa-me, Senhor, que tantas irmãs e tantos irmãos, teus filhos, não tenham trabalho, não tenham férias.
Por eles Te peço, Senhor, para que na tua infinita bondade lhes concedas a dignidade do trabalho, que lhes permita umas merecidas férias.
Peço-Te, Senhor, por aqueles que estão à frente dos destinos das nações e das empresas, para que tenham o necessário discernimento, entendendo que sem trabalho o homem não se realiza, não se completa.
Que aqueles que muito ganham, se preocupem em ganhar menos, para que chegue o trabalho e o justo salário àqueles que nada têm.
E que nós, que usufruímos desses “bens”, saibamos sempre dar graças e interceder constantemente por aqueles que deles não beneficiam.
Amen.

Joaquim Mexia Alves AQUI

Imitação de Cristo, 3, 3, 3-I/II - Como as palavras de Deus devem ser ouvidas com humildade e como muitos não as ponderam

Mas que vergonha! Pelo bem imutável, pelo prémio inestimável, para honra suprema e pela glória sem fim, o menor esforço nos cansa. Envergonha-te, pois, servo preguiçoso e murmurador, por serem os mundanos mais solícitos para a perdição que tu para a salvação. Procuram eles com mais gosto a vaidade que tu a verdade. Entretanto, não raro, sua esperança os engana; mas minha promessa a ninguém falta, nem despede com as mãos vazias ao que em mim confia. Darei o que prometi, cumprirei o que disse, contanto que se persevere fiel no meu amor até ao fim. Eu sou quem remunera todos os bons e sujeita a provas duras todos os devotos.

Vontade, energia, exemplo

Vontade. – Energia. – Exemplo. – O que é preciso fazer, faz-se... Sem hesitar... Sem contemplações... Sem isso, nem Cisneros* teria sido Cisneros; nem Teresa de Ahumada, Santa Teresa...; nem Iñigo de Loyola, Santo Inácio... Deus e audácia! – "Regnare Christum volumus!" (Caminho, 11)

"Miles", soldado, chama o Apóstolo ao cristão. Pois nesta bendita e cristã luta de amor e de paz pela felicidade de todas as almas, há, dentro das fileiras de Deus, soldados cansados, famintos, magoados pelas feridas... mas alegres: trazem no coração a luz certa da vitória. (Sulco, 75)

Não sabes se será fraqueza física ou uma espécie de cansaço interior que se apoderou de ti, ou as duas coisas ao mesmo tempo... Lutas sem luta, sem o empenho de uma autêntica melhoria positiva, para pegar a alegria e o amor de Cristo às almas.

Quero lembrar-te as palavras claras do Espírito Santo: só será coroado quem tiver lutado "legitime" – deveras!–, apesar dos pesares. (Sulco, 163)


São Josemaría Escrivá

Maré baixa

Na grave recessão produtiva, como normal, ouvem-se muitas tolices e contradições. A real situação económica nacional é muito mais simples e até favorável do que se dá a entender.

A situação financeira, que domina as atenções, evolui bem, como tinha acontecido nos anteriores programas do FMI. Hoje, como em 1978 e 1983, a cura está a ser rápida, com a balança de pagamentos a equilibrar em pouco tempo. E, tal como antigamente, o esforço vem quase todo da economia privada. Aliás, nos dois casos anteriores o défice público até piorou. Se desta vez der uma ajudinha, não será nada mau. Entretanto, como há 30 anos, os intelectuais e comentadores fazem tudo para sabotar o ajustamento. A coisa tem mais graça por os papéis estarem invertidos: há 30 anos a esquerda aplicava a austeridade e a direita protestava.

O episódio financeiro, embora importante, é secundário pois é no lado produtivo que se joga o futuro. Aí as coisas estão a acontecer ainda mais depressa. Prova disso é que, comparando com o segundo trimestre de 2008, início da crise mundial, o emprego português caiu 10% e o investimento 32%. Isto mostra como a primeira fase está a decorrer depressa.

É verdade que para a maioria dos comentadores são estes os sinais invocados para dizer que "a receita não funciona". Isso explica-se porque eles não falam de economia, mas daquela ficção sóciopecuniária que alimenta a vida político-mediática. Segundo tais falácias, a receita seria adequada se o doente saísse milagrosamente da cama, como um super-herói, sem tratamento nem dor. Após 20 anos de disparates monstruosos, que essa ficção gerou e todos os economistas denunciaram, isso é impossível. Aliás, se as previsões da troika se verificarem, a coisa até nos sairá barata. Para entender isto é preciso compreender os verdadeiros contornos da situação.

A base do problema económico é a mesmo do financeiro: o crédito barato que, além da enorme dívida, também distorceu o sector produtivo. A enxurrada de dinheiro externo funcionou como uma maré alta que abriu temporariamente novas áreas aos animais marinhos. Múltiplas empresas e empregos, em todos os sectores, nasceram e prosperaram artificialmente graças à aparente prosperidade. Mexilhões, percebes, lapas, ameijoas, e até sardinhas aproveitaram este alargamento da margem de manobra. A zona mais beneficiada foi à volta do Estado e seus negócios protegidos, mas afectou toda a actividade nacional. A maré quando sobe é para todos. Foram tempos de facilidades.

Os números nunca mentiram acerca da fragilidade da situação, e o crescimento económico foi anémico desde 2000. Nessas zonas ribeirinhas, por vezes turvas, não é possível alimentar grandes peixes. Só marisco miúdo. Por outro lado, não se deve exagerar o efeito da tolice, pois a maré alta pouco afecta o resto do mar. Nas águas profundas e seguras a rica fauna económica permaneceu e permanece.

Um dia, como era fatal, a maré tinha de descer. Aliás, inicialmente até cai abaixo do normal para compensar os excessos anteriores. É isso que agora afecta toda a economia, temporariamente apertada em águas demasiado recuadas. Mas nas zonas marginais, que a ilusão mantivera férteis, tudo secou. Aí não há escolha: é urgente desmantelar empresas e empregos, só rentáveis graças ao dinheiro fácil, para os transportar para regiões mais profundas e produtivas.

Isso não é nada fácil, e ainda demorará bastante tempo, pois são erros de 20 anos. Muito boa gente passou grande parte da carreira nessas zonas sempre insustentáveis, agora desertas. Elas voltarão a ser colonizadas, mas só daqui a anos, quando o crescimento económico permitir reocupar as áreas mais elevadas com solidez.

Nesta reestruturação económica a política pouco pode fazer. Ao menos não estrague. O Estado, que promoveu o problema com os seus diques e canos, teria um papel importante desmantelando-os. Mas a conversa das reformas estruturais e liberalização, hoje, como há 30 anos, tem poucos resultados. Felizmente, a economia continua a ajustar rapidamente.

João César das Neves in DN online

Cardeal Cipriani - Imediatismo, o maior inimigo do desenvolvimento

“Como é perigoso que a memória de um país possa ficar envenenada pelo ódio, pela vingança, pela desilusão, pelas falsas esperanças, por mentiras arraigadas! É necessária uma renovação e uma purificação de nossa memória. A capacidade de futuro do homem e da sociedade dependem das raízes que têm, de como conseguiram acolher em si mesmo o passado e, a partir deste, elaborar critérios de acção e de juízo. Não haverá reconciliação nos corações cheios de ódio e de mentira. Há que se ter a grandeza e a coragem de não deixar-se aprisionar por propostas ideológicas - politicamente correctas, que se espalham neste mundo relativista sem princípios éticos firmes”.

[…]

“Os cidadãos podem e devem expressar livremente suas ideias dentro da lei; desta maneira, as normais discrepâncias geram um tecido vigoroso de vida social, e as forças democráticas facilmente superam qualquer dificuldade, por maior que seja”, exortou.

Agentes políticos e económicos responsáveis

“Se na economia de mercado não se incorpora de maneira séria e normalizada a dimensão ética, não há tal economia e o que resta é um abuso do mais forte sobre o mais fraco. A economia é de índole social, por isso tem a grande oportunidade de recobrar seu rosto profundamente humano”.

(Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne na Santa Missa e “Te Deum” pelo 188º aniversário pátrio em 2009)

S. Pedro Crisólogo, bispo, Doutor da Igreja, +450

São Pedro Crisólogo nasceu em Ímola no ano 380 e mereceu o apelido de Crisólogo, isto é, "Palavra de Ouro", por ser autor de estupendos sermões, ricos de doutrina, que lhe deram também o título de doutor da Igreja, decretado no ano 1729 pelo Papa Bento XIII. Dele se conservam cerca de 200 sermões. Numa homilia define o avarento como "escravo do dinheiro, mas o dinheiro - acrescenta - é o escravo do misericordioso. " É fácil entender o significado desta prédica. Sua pregação colocava insistentemente em evidência o amor paternal de Deus: "Deus prefere ser amado a ser temido". Humildes e poderosos escutava-os ele com igual condescendência e caridade. A imperatriz Gala Placídia teve-o como conselheiro e amigo.

Eleito Bispo de Ravena no ano 424, Pedro Crisólogo mostrou-se bom pastor, prudente e sem ambiguidades doutrinais. Sua autoridade era reconhecida em largo raio da Igreja. São Pedro Crisólogo disse certa vez: "Os que passaram, viveram para nós; nós, para os vindouros; ninguém para si" (op.cit.p.407).

São Pedro Crisólogo morreu no dia 31 de Julho do ano 451, em Ímola. 


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

A parábola do fermento

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre São Mateus, 2-3

O Senhor apresenta a seguir a imagem do fermento: [...] da mesma forma que este fermento transmite a sua força à massa da farinha, também vós transformareis o mundo inteiro. [...] Não levanteis objecções, dizendo: Que podemos fazer, nós que somos apenas doze, no meio de tão grande multidão? Aquilo que demonstrará o brilho do vosso poder será precisamente o facto de enfrentardes a multidão sem recuar. [...] É Cristo que dá ao fermento o poder que ele tem: Ele misturou na multidão aqueles que tinham fé n'Ele, para que comuniquemos os nossos conhecimentos uns aos outros. Não Lhe censuremos, pois, o pequeno número dos Seus discípulos, pois o poder da mensagem é enorme; e, quando a massa tiver fermentado, tornar-se-á fermento para o resto. [...]

Mas se doze homens fermentaram a terra inteira, que maus somos nós que, apesar de sermos em número considerável, não conseguimos converter os que nos rodeiam, quando tal número deveria ser suficiente para ser fermento de milhares de mundos! – Mas estes doze, dizeis vós, eram os Apóstolos! – E depois? Não estavam nas mesmas condições que nós? Não habitavam também nas cidades? Não partilhavam também o nosso destino? Não exerciam também uma profissão? Seriam anjos descidos do céu? Dizeis que eles fizeram milagres? Mas não é por isso que os admiramos. Até quando falaremos dos seus milagres para esconder a nossa preguiça? [...] – Então de onde vem a grandeza dos Apóstolos? – Do seu desprezo pelas riquezas, de seu desdém pela glória. [...] É a maneira de viver que dá o verdadeiro brilho e que faz descer a graça do Espírito Santo.

O Evangelho do dia 30 de Julho de 2012

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: «O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes, mas, depois de ter crescido, é maior que todas as hortaliças e chega a tornar-se uma árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar nos seus ramos». Disse-lhes outra parábola: «O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha até que tudo esteja fermentado». Todas estas coisas disse Jesus ao povo em parábolas; e não lhes falava sem parábolas, a fim de que se cumprisse o que estava anunciado pelo profeta, que diz: “Abrirei em parábolas a Minha boca, publicarei as coisas escondidas desde a criação do mundo”».


Mt 13, 31-35