Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 4 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Senhor Jesus Cristo, Tu que foste e és o Sumo Sacerdote, instituíste o Sacramento da Ordem enviando os Apóstolos a pregar, curar e perdoar.

Graças a este Sacramento, na Tua infinita bondade ofereceste-nos tantos e muitos bons sacerdotes que agem in persona Christi Capitis (na pessoa de Cristo Cabeça). É por eles que hoje vos rogamos para que os protegeis e também manifestamos a nossa maior gratidão por todos aqueles Teus excepcionais filhos que colocaste no nosso percurso de vida e que nos ajudam a ser melhores cristãos e seres humanos.

Pedimos-Te ainda, amado Jesus, por todos aqueles que na sua condição humana cometeram ou ainda cometem pecados graves, para que cheios do Teu Espírito com humildade se arrependam e se abandonem totalmente em Ti.

Louvado sejais hoje e sempre na pessoa de todos aqueles que actuam em Teu nome!

JPR

São João Maria Vianney, brevíssima súmula da vida do Santo Cura d’Ars (vídeos em espanhol e inglês)

Batamos com confiança à porta do Senhor

O convite a "bater com confiança à porta do Senhor, conscientes de que Ele cuida dos seus filhos em tudo", foi dirigido pelo Papa aos fiéis que participaram na audiência geral de quarta-feira 1 de Agosto, na praça da Liberdade, em Castel Gandolfo. Retomando os encontros semanais depois da pausa de Verão - a última audiência geral foi realizada a 27 de Junho no Vaticano - o Pontífice dedicou a catequese ao ensinamento de santo Afonso Maria de Ligório.

Queridos irmãos e irmãs!

Celebramos hoje a memória litúrgica de santo Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja, fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, Redentoristas, padroeiro dos estudiosos de teologia moral e dos confessores. Afonso é um dos santos mais populares do século XVIII, devido ao seu estilo simples e imediato e à sua doutrina sobre o sacramento da Penitência: num período de grande rigorismo, fruto da influência jansenista, ele aconselhava aos confessores que administrassem este Sacramento manifestando o abraço jubiloso de Deus Pai, que na sua misericórdia infinita não se cansa de acolher o filho arrependido. A celebração hodierna oferece-nos a ocasião para reflectir sobre os ensinamentos de santo Afonso acerca da oração, extremamente preciosos e cheios de alento espiritual. Remonta ao ano de 1759 o seu tratado Do grande meio da Oração, que ele considerava o mais útil de todos os seus escritos. De facto, descreve a oração como "o meio necessário e seguro para alcançar a salvação e todas as graças das quais temos necessidade" (Introdução). Nesta frase está sintetizado o modo afonsino de compreender a oração.

Antes de tudo, afirmando que é um meio, chama-nos para a meta a alcançar: Deus criou-nos por amor, para nos poder doar a vida em plenitude; mas esta meta, esta vida plena, por causa do pecado afastou-se, por assim dizer - como todos sabemos - e só a graça de Deus pode torná-la acessível. Para explicar esta verdade basilar e fazer entender de modo directo como é real para o homem o risco de "se perder", santo Afonso cunhou um famoso axioma, muito elementar, que diz: "Quem reza salva-se, quem não reza condena-se!". Comentando esta frase lapidar, acrescentava: "Enfim, salvar-se sem rezar é dificílimo, aliás impossível... mas rezando a salvação é algo garantido e facílimo" (II, Conclusão). E ainda: "Se não rezarmos, não teremos desculpas, porque a graça de rezar é concedida a cada um... se não nos salvarmos, toda a culpa será nossa, porque não rezámos" (ibid.). Portanto, ao dizer que a oração é um meio necessário, santo Afonso desejava fazer compreender que em cada situação da vida não se pode deixar de rezar, sobretudo nos momentos de provação e dificuldade. Devemos sempre bater à porta do Senhor, conscientes de que Ele cuida dos seus filhos, de nós, em tudo". Por conseguinte, somos convidados a não ter medo de recorrer a Ele e de lhe apresentar com confiança os nossos pedidos, na certeza de que obteremos aquilo de que precisamos.

Queridos amigos, esta é a questão central: o que é deveras necessário na minha vida? Respondo com santo Afonso: "A saúde e todas as graças que lhe são essenciais" (ibid); naturalmente, ele entende não só a saúde do corpo mas antes de tudo da alma, que Jesus nos doa. Mais do que qualquer coisa, temos necessidade da sua presença libertadora que torna deveras plenamente humana, e portanto cheia de alegria, a nossa existência. E só através da oração podemos acolhê-Lo, a sua Graça que, iluminando-nos em todas as situações, nos ajuda a discernir o verdadeiro bem e, fortalecendo-nos, torna eficaz também a nossa vontade, isto é, torna-a capaz de actuar o bem que conhecemos. Muitas vezes reconhecemos o bem, mas não somos capazes de o levar a cabo. Com a oração conseguimos realizá-lo. O discípulo do Senhor está consciente de que se encontra sempre exposto à tentação e não deixa de pedir ajuda a Deus na oração para a vencer.

Santo Afonso menciona o exemplo de são Filipe Néri - muito interessante - que "desde o primeiro momento quando despertava de manhã, dizia a Deus: "Senhor, mantende hoje as mãos sobre Filipe, pois caso contrário Filipe atraiçoar-vos-á" (III, 3). Grande realista! Ele pede a Deus para manter a sua mão sobre ele. Também nós, conscientes da nossa fragilidade, devemos pedir a ajuda de Deus com humildade, confiando na riqueza da sua misericórdia. Num outro trecho, santo Afonso diz: "Nós somos pobres de tudo, mas se pedirmos já não seremos pobres. Nós somos pobres mas Deus é rico" (II, 4). E, nas pegadas de santo Agostinho, convida cada cristão a não ter medo de pedir a Deus, com as orações, a força que não possui, e que lhe é necessária para fazer o bem, na certeza de que o Senhor não nega a sua ajuda a quem lha pede com humildade (cf. III, 3). Prezados amigos, santo Afonso recorda-nos que a relação com Deus é essencial na nossa vida. Sem ela, falta-nos a relação fundamental, que só se realiza no falar com Deus, na oração pessoal diária e com a participação nos Sacramentos, e assim esta relação pode crescer em nós, pode aumentar em nós a presença divina que orienta o nosso caminho, que o ilumina e o torna seguro e sereno, até no meio das dificuldades e perigos. Obrigado!

No final da audiência geral, ao saudar os grupos em diversas línguas, disse em português.

Com sentimentos de gratidão e estima, saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente o grupo de escuteiros de Alcobaça, invocando sobre os vossos passos a graça do encontro com Deus: Jesus Cristo é a Tenda divina no meio de nós; ide até Ele, vivei na sua graça e tereis a vida eterna. Desça sobre vós e vossas famílias a minha Bênção. 

(© L'Osservatore Romano - 4 de Agosto de 2012)

Imitação de Cristo, 3, 4, 1 - Que devemos andar perante Deus em verdade e humildade

Jesus: Filho, anda diante de mim em verdade e procura-me sempre com simplicidade de coração. Quem anda diante de mim na verdade será defendido dos ataques inimigos, e a verdade o livrará dos enganos e das murmurações dos maus. Se te libertar a verdade, serás verdadeiramente livre e não farás caso das vãs palavras dos homens.

Fazendo com amor as pequenas coisas

De longe – além, no horizonte – parece que o céu se une à terra. Não te esqueças de que, na realidade, onde a Terra e o Céu se unem é no teu coração de filho de Deus. (Sulco, 309)

Esta doutrina da Sagrada Escritura, que se encontra, como sabeis, no próprio cerne do espírito do Opus Dei, há-de levar-vos a realizar o vosso trabalho com perfeição, a amar a Deus e os homens fazendo com amor as pequenas coisas da vossa jornada habitual, descobrindo esse quê divino que está encerrado nos pormenores. Que bem se enquadram aqui aqueles versos do poeta de Castela: Devagar, e boa letra;/que fazer as coisas bem/ importa mais que fazê-las 


Asseguro-vos, meus filhos, que, quando um cristão realiza com amor a mais intranscendente das acções diárias, ela transborda da transcendência de Deus. Por isso vos tenho repetido, com insistente martelar, que a vocação cristã consiste em fazer poesia heróica da prosa de cada dia. Na linha do horizonte, meus filhos, parecem unir-se o céu e a terra. Mas não; onde se juntam deveras é nos vossos corações, quando viveis santamente a vida de cada dia... (Temas Actuais do Cristianismo, 116)


São Josemaría Escrivá

«Eu sou o pão da vida. Quem vem a Mim não mais terá fome»

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
«The Word To Be Spoken», cap. 6


Nas Escrituras, quando se fala da ternura de Deus pelo mundo, lemos que «tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Unigénito» Jesus (Jo 3,16), para ser como nós e nos trazer a boa nova de que Deus é amor, de que Deus vos ama e me ama. Deus quer que nos amemos uns aos outros como Ele ama cada um de nós (cf Jo 13,34).

Sabemos todos, olhando a cruz, até onde Jesus nos amou. Quando olhamos a eucaristia, sabemos quanto nos ama agora. Foi por isso que Se fez «pão de vida» a fim de satisfazer a nossa fome do Seu amor; e depois, como se não bastasse, tornou-Se Ele próprio o faminto, o indigente, o sem abrigo, para que vós e eu pudéssemos satisfazer a Sua fome do nosso amor humano. Porque foi para isso que fomos criados, para amar e ser amados.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 5 de agosto de 2012

Tendo, pois, a multidão visto que lá não estava nem Jesus nem os Seus discípulos, entrou naquelas barcas e foi a Cafarnaum em busca de Jesus. Tendo-O encontrado do outro lado do mar, disseram-lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?».  Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Vós buscais-Me não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela que dura até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Porque n'Ele imprimiu Deus Pai o Seu selo». Eles, então, disseram-Lhe: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?». Jesus respondeu: «A obra de Deus é esta: Que acrediteis n'Aquele que Ele enviou». Mas eles disseram-Lhe: «Que milagre fazes Tu, para que o vejamos e acreditemos em Ti? Que fazes Tu? Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo está escrito: “Deu-lhes a comer o pão do céu”». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o Pão de Deus é Aquele que desceu do céu e dá a vida ao mundo». Então disseram-Lhe: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida; aquele que vem a Mim não terá jamais fome, e aquele que crê em Mim não terá jamais sede.


Jo 6, 24-35

Gratuidade

Na época da globalização, a actividade económica não pode prescindir da gratuidade, que difunde e alimenta a solidariedade e a responsabilidade pela justiça e o bem comum em seus diversos sujeitos e actores. Trata-se, em última análise, de uma forma concreta e profunda de democracia económica. A solidariedade consiste primariamente em que todos se sintam responsáveis por todos[93] e, por conseguinte, não pode ser delegada só ao Estado. Se, no passado, era possível pensar que havia necessidade primeiro de procurar a justiça e que a gratuidade intervinha depois como um complemento, hoje é preciso afirmar que, sem a gratuidade, não se consegue sequer realizar a justiça.


[93] Cf. João Paulo II, Carta enc. Sollicitudo rei socialis (30 de Dezembro de 1987), 38: AAS 80 (1988), 565-566


Caritas in veritate [III – 38 (a)] – Bento XVI

CARTA ENCÍCLICA DE JOÃO XXIII - Sacerdotti nostri primordia

Te Deum Laudamus

Precursor na vida e na morte

São Pedro Damião (1007-1072), eremita e seguidamente bispo, Doutor da Igreja
Sermões 24-25


João foi Precursor de Cristo pelo nascimento, pela pregação, pelo baptismo e pela morte. [...] Seremos capazes de descobrir uma única virtude, um só género de santidade que o Precursor não tenha possuído no mais alto grau? Entre os santos eremitas, nunca nenhum impôs a si mesmo esta regra de ter apenas por alimento mel silvestre, ao qual se junta essa coisa incomestível: gafanhotos! Alguns renunciam ao mundo e fogem dos homens para viver santamente, mas João era apenas uma criança [...] quando se adentrou no deserto e escolheu resolutamente viver em solidão. Renunciou a suceder a seu pai no cargo de sacerdote, a fim de poder anunciar com toda a liberdade o Pai verdadeiro e soberano. Os profetas predisseram antecipadamente a vinda do Salvador, os apóstolos e os outros mestres da Igreja atestam que essa vinda teve realmente lugar, mas João mostrou-O presente entre os homens. Muitos guardaram a virgindade e não sujaram a brancura das suas túnicas (cf. Ap 14, 4), mas João renunciou a toda a companhia humana, a fim de arrancar pela raiz os mais intensos desejos da carne e, cheio de fervor espiritual, viveu entre os animais selvagens.


João preside ao próprio cerne do coração escarlate dos mártires, como mestre de todos eles: combateu valentemente pela verdade e morreu por ela. Tornou-se o chefe de todos aqueles que lutam por Cristo e, primeiro que todos eles, cravou no céu o estandarte triunfal do martírio.

O martírio de João Baptista, testemunha da verdade

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 2471-2474


Diante de Pilatos, Cristo proclama que «veio ao mundo para dar testemunho da verdade» (Jo 18,37). O cristão não deve «envergonhar-se de dar testemunho do Senhor» (2 Tm 1, 8). Em situações que exigem a confissão da fé, o cristão deve professá-la sem equívoco, conforme o exemplo de São Paulo diante dos seus juízes. É preciso guardar «uma consciência irrepreensível diante de Deus e dos homens» (At 24, 16).

O dever que os cristãos têm de tomar parte na vida da Igreja leva-os a agir como testemunhas do Evangelho e das obrigações que dele dimanam. Este testemunho é a transmissão da fé por palavras e obras. O testemunho é um acto de justiça que estabelece ou que dá a conhecer a verdade: «Todos os fiéis cristãos, onde quer que vivam, têm obrigação de manifestar, pelo exemplo da vida e pelo testemunho da palavra, o homem novo de que se revestiram pelo Baptismo e a virtude do Espírito Santo, com que foram robustecidos na Confirmação» (Vaticano II).

O martírio é o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé; designa um testemunho que vai até à morte. O mártir dá testemunho de Cristo morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Suporta a morte com um acto de fortaleza. [...] A Igreja recolheu com o maior cuidado as memórias daqueles que foram até ao fim na confissão da sua fé. São as Actas dos Mártires, as quais constituem arquivos da verdade escritos com letras de sangue [...]: «Eu Te bendigo por me teres julgado digno deste dia e desta hora, digno de ser contado no número dos Teus mártires [...]. Tu cumpriste a Tua promessa, Deus da fidelidade e da verdade. Por esta graça e por tudo, eu Te louvo e Te bendigo; eu Te glorifico pelo eterno e celeste Sumo-Sacerdote Jesus Cristo, Teu Filho muito-amado» (São Policarpo).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 4 de agosto de 2012

Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus, e disse aos seus cortesãos: «Este é João Baptista, que ressuscitou dos mortos, e por isso se operam por meio dele tantos milagres». Porque Herodes tinha mandado prender João, e tinha-o algemado e metido no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito tê-la por mulher». E, querendo matá-lo, teve medo do povo, porque este o considerava como um profeta. Mas, no dia natalício de Herodes, a filha de Herodíades bailou no meio dos convivas e agradou a Herodes. Por isso ele prometeu-lhe com juramento dar-lhe tudo o que lhe pedisse. E ela, instigada por sua mãe, disse: «Dá-me aqui num prato a cabeça de João Baptista». O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos comensais, ordenou que lhe fosse entregue. E mandou degolar João no cárcere. A sua cabeça foi trazida num prato e dada à jovem, e ela levou-a à mãe. Chegando os seus discípulos levaram o corpo e sepultaram-no; depois foram dar a notícia a Jesus.


Mt 14, 1-12