Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Mostraste-nos o esplendor do Teu Reino na Transfiguração, ajuda-nos querido Jesus, na nossa luta diária para sermos credores de n’Ele ser recebidos e a termos sempre a pureza de fé para Te ver como Te viram Pedro, João e Tiago na Tua Transfiguração.

Senhor Jesus, faz-nos a merecer a graça de nos juntarmos a Elias e Moisés!

JPR

Em Fátima a 11 de julho

No passado dia 11 pude ir a Fátima, à capelinha, com todas e com todos. Rezámos muito unidos às vossas intenções, pedindo pela Igreja, pelo Papa e pelos seus colabora­dores, pela Obra, por toda a humanidade; e foi fácil pensar nas vezes em que o nosso Padre foi, como dizia, a esse “refúgio”, para acompanhar cada uma das suas filhas e cada um dos seus filhos daquela altura e dos tempos futuros. Que bem se está com a Virgem!

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta de mês de agosto de 2012)

Imitação de Cristo, 3, 4, 3 - Que devemos andar perante Deus em verdade e humildade

Jesus: Eu, diz o Senhor, desde o princípio ensinei aos profetas e ainda agora não cesso de falar a todos; mas muitos são insensíveis e surdos à minha voz. A muitos agrada mais a voz do mundo que a de Deus; mais facilmente seguem os apetites da carne que o preceito divino. O mundo promete apenas coisas temporais e mesquinhas e é servido com grande ardor; eu prometo bens sublimes e eternos, e só encontro frieza nos corações dos mortais. Quem há que me sirva e obedeça em tudo com tanto empenho como se serve ao mundo e aos seus senhores? Envergonha-te, Sidon, diz o mar (Is 23, 4). E se queres saber por que, ouve o motivo: Por um pequeno salário se empreendem grandes viagens, e pela vida eterna muitos nem dão um passo sequer. Busca-se o lucro vil; por um vintém, às vezes, há torpes brigas; por uma ninharia e promessa mesquinha não se teme a fadiga, nem de dia, nem de noite.

O Angelus do dia 5 de agosto de 2012 (integral)

A Transfiguração do Senhor

O Céu. "Nem olho algum viu, nem ouvido algum ouviu, nem passaram pelo pensamento do homem as coisas que Deus preparou para aqueles que O amam". Não te incitam à luta estas revelações do Apóstolo? (Caminho, 751)

E transfigurou-Se diante deles. E o Seu rosto ficou refulgente como o Sol e as Suas vestes tornaram-se brancas como a neve (Mt 17, 2).

Jesus: ver-Te, falar contigo! Permanecer assim, contemplando-Te; abismado na imensidade da Tua formosura, e nunca, mais deixar de Te contemplar! Ó Cristo, quem Te pudesse ver! Quem Te visse, para ficar ferido de amor por Ti!

E eis que da nuvem uma voz dizia: Este é o meu Filho dilecto em quem pus toda a minha complacência: ouvi-O (Mt 17, 5).

Senhor nosso, aqui nos tens, dispostos a escutar tudo o que nos quiseres dizer. Fala-nos; estamos atentos à Tua voz. Que as Tuas palavras, caindo na nossa alma, inflamem a nossa vontade, para que se lance fervorosamente a obedecer-Te!

Vultum tuum, Domine, requiram (S 26,8) – buscarei, Senhor, o Teu rosto. Encanta-me cerrar os olhos, e considerar que chegará o momento – quando Deus quiser – em que poderei vê-lo, não como num espelho, e sob imagens obscuras…, mas face a face (1 Cor 13, 12). Sim, o meu coração está sedento do Deus, do Deus vivo; quando irei e verei a face de Deus? (S 41, 3). (Santo Rosário. 4. º Mistério luminoso)



São Josemaría Escrivá

Virgem Santíssima a nossa intercessora junto de Deus

Neste mês estival de Agosto, o mês de férias por excelência, quem de nós não pretenderia que ele se prolongasse indefinidamente, dando lugar a um mundo pleno de descanso e de tranquilidade. Esta realidade impossível para nós, foi possível para Deus Nosso Senhor, ao chamar a sua Mãe, Maria Santíssima para o Céu, o descanso eterno, não como acontecerá a nós ao morrermos, mas na plenitude do seu ser humano, isto é, em corpo e alma, como a Igreja declara no dogma da Assunção de Nossa Senhora. Certamente que, antes de qualquer mérito alcançado pela Virgem Santíssima na sua existência, Deus já a tinha escolhido para ser sua Mãe, pelo que a dotou com uma série ímpar de qualidades e prerrogativas, de entre as quais podemos sublinhar a isenção do pecado original.

Mas ao levá-la para o Céu, não incorreu em qualquer manifestação de nepotismo. Realizou um acto coerente de justiça para com aquela que, na sua vida terrena jamais pecou com o corpo ou com a alma. Mais ainda: em Maria realizou-se a plenitude da virtude, e não apenas a inexistência do pecado.

A vida desta mulher judia foi um constante hino de amor à vontade de Deus. Já perto do fim da Sua vida terrena, Cristo quis que ela assumisse a nossa maternidade, a fim de que, no Céu, quando para aí fosse levada, nós pudéssemos contar, juntamente com a misericórdia amorosíssima de Santíssima Trindade, a intercessão poderosa de uma Mãe comum a Deus e ao homem. Deste modo, guardando as devidas distâncias entre Deus criador e as criaturas que Ele determinou que existissem, Nossa Senhora, sendo criatura humana e, simultaneamente, Mãe de Deus, como que torna mais próximas a humanidade da divindade e a divindade da humanidade.

A sua Assunção determinou que existisse, a partir desse momento, no Céu, uma família semelhante àquela que nós conhecemos ao nascermos e ao sermos educados. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são, já por si, uma Família unida e cheia de Amor, pois o Pai é origem de toda a paternidade, o Filho de toda a filiação e o Espírito Santo é o Amor na sua absoluta perfeição. Ora, o amor é a qualidade essencial que deve presidir à vida familiar. Desde que Maria Santíssima foi assumpta aos Céus, temos aí também uma Mãe, como tivemos ou temos ainda aqui na terra. Mãe verdadeira, que intercede pelos seus filhos, que os educa, que os protege e deseja ardentemente que o seu futuro seja o melhor. E há melhor futuro do que o Reino dos Céus, onde a felicidade é perfeita?

Nossa Senhora pede por nós, solicita constantemente a Deus o nosso bem e o nosso futuro eterno. Quer ver todos os seus filhos no Céu, porque sabe que só aí é que eles podem ser verdadeiramente felizes e não noutro lugar. Tal como a nossa mãe terrena, também a Virgem Santa é perseverante na ajuda que nos possa prestar. Lembremo-nos do seu gesto cheio de ternura e de amizade real, quando palmilha longos quilómetros para ajudar a sua já anciã parente Isabel, a futura mãe de João Baptista. E se fez isto com uma sua familiar, quanto maior não será o seu desvelo para com aqueles que são seus filhos, irmãos de Cristo e filhos de Deus!

Ninguém pode ter mais capacidade de intercessão junto de Deus, porque Maria reúne em si os três laços de maior intimidade familiar com a Santíssima Trindade. É Filha de Deus Pai (predilectíssima pela sua santidade), Mãe de Deus Filho (gratíssimo por tê-Lo recebido em seu seio e educado de forma tão eficiente) e Esposa de Deus Espírito Santo (que sempre admirou em Nossa Senhora a sua plena identificação com os desígnios divinos que Ele lhe inspirou).

Neste mês de Agosto, tão cheio de férias e de descanso, rezemos muito a Maria Santíssima, Mãe de Deus e nossa Mãe, pedindo-lhe que nos ensine a descansar em Deus, fonte de toda a paz e alegria, aceitando a sua vontade como ela e o seu Filho Jesus. Podemos ter a certeza de que, quando as nossas mãos estão vazias de mérito (e tantas vezes será esse o seu estado!), Maria segredará a Jesus: “È certo que este teu irmão nada faz de recomendável. A sua vida é, realmente, um deserto de virtude, uma autêntica desgraça. Mas há nele pelo menos o meu amor de Mãe, que eu sei que tanto e tanto Te agrada. Foi isso que me pediste na Cruz – que eu fosse sua Mãe e o amasse como tal. E é esse meu amor maternal que eu ponho agora nas tuas mãos, para que lhe sirva de mérito e o possas julgar, se isso for possível, ainda com mais misericórdia!”


(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Julho de 2010, título da responsabilidade do blogue)

Sociabilidade e gratuidade

O binómio exclusivo mercado-Estado corrói a sociabilidade, enquanto as formas económicas solidárias, que encontram o seu melhor terreno na sociedade civil sem contudo se reduzir a ela, criam sociabilidade. O mercado da gratuidade não existe, tal como não se podem estabelecer por lei comportamentos gratuitos, e todavia tanto o mercado como a política precisam de pessoas abertas ao dom recíproco.

Caritas in veritate [III - 39] – Bento XVI

A Transfiguração do Senhor

Festa da Transfiguração do Senhor

A Festa da Transfiguração do Senhor remonta ao século V, no Oriente. Na Idade Média estendeu-se por toda Igreja Universal, especialmente com o papa Calisto III. O episódio foi relatado pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Presentes estavam os apóstolos Pedro, João e Tiago. Jesus transfigurou-se diante deles, seu corpo ficou luminoso e resplandecentes as suas vestes. Com isto, Jesus quis manifestar aos discípulos que Ele era realmente o Filho de Deus, enviado pelo Pai. Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus; é Deus connosco, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. A sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai o ressuscitar e o fizer sentar-se à Sua direita, na Sua glória. Tudo isto é dito de uma maneira plástica - luz, brancura, glória, nuvem ... que indicam a presença de Deus.

O caminho necessário para a ressurreição é, contudo, o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de Sua vida pelo perdão dos pecados.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Levou-os, só a eles, a um monte elevado»

São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, Doutor da Igreja
Homilia para a festa da Transfiguração; PG 96, 545


Noutros tempos, no monte Sinai, o fumo, a tempestade, a escuridão e o fogo (Ex 19, 16ss.) revelavam a extrema condescendência de Deus, anunciando que Aquele que dava a Lei era inacessível [...] e que o criador Se fazia conhecer pelas suas obras. Mas agora, tudo está cheio de luz e de esplendor. Porque o artífice e o Senhor de todas as coisas veio do seio do Pai. Não abandonou a morada que Lhe pertencia, isto é, o Seu assento no seio do Pai, mas desceu para estar com os escravos. Tomou a condição de servo e tornou-se homem na sua natureza e no seu comportamento (Fil 2, 7), para que Deus, que é incompreensível para os homens, pudesse ser compreendido. Por Si e em Si, Ele mostra o esplendor da natureza divina.

Outrora, Deus tinha estabelecido o homem em união com a Sua própria graça. Quando insuflou o espírito de vida no novo homem formado do barro, quando lhe comunicou o que tinha de melhor, honrou-o com a Sua própria imagem e semelhança (Gn 1, 27). Deu-lhe o Paraíso como morada e fez dele o irmão íntimo dos anjos. Mas, como escurecemos e fizemos desaparecer a imagem divina debaixo da lama dos nossos desejos desregrados, o Misericordioso decidiu-Se a uma segunda comunhão connosco, muito mais segura e extraordinária do que a primeira. Permanecendo na elevação da Sua divindade, aceita também o que está abaixo dela, criando em Si mesmo a natureza humana; mistura o arquétipo com a imagem e, nela, mostra hoje a Sua própria beleza.

O Seu rosto resplandece como o sol porque, na Sua divindade, Ele Se identifica com a luz imaterial; por isso Se tornou o Sol de justiça (Mal 3, 20). Mas as Suas vestes tornam-se brancas como a neve, porque recebem a glória por revestimento e não por união, por relação e não por natureza. E «uma nuvem de luz os cobriu com a sua sombra» tornando sensível o resplendor do Espírito.

«O Seu rosto resplandeceu como o Sol» (Mt 17,2)

Pedro o Venerável (1092-1156), abade de Cluny 
Sermão 1 para a Transfiguração; PL 189, 959


Será de espantar que o rosto de Jesus tenha resplandecido como o sol, pois se Ele mesmo era o sol? Ele era o sol, mas escondido atrás de uma nuvem. Agora a nuvem afasta-se, e Ele resplandece por um instante. Que nuvem é essa que se afasta? Não é a própria carne em si, mas a fraqueza da carne que desaparece por um momento.

Essa nuvem é aquela de que o profeta fala: «O Senhor, montado so¬bre uma nuvem veloz [...]» (Is 19,1): é a nuvem da carne que cobre a divindade, leve porque tal carne não traz em si nada de mal; é a nuvem que dissimula o esplendor divino, leve porque irá elevar-se até ao esplendor eterno. É a nuvem da qual se diz, no Cântico dos Cânticos: «Anseio sentar-me à sua sombra» (Ct 2,3). Leve nuvem, carne que é a do «Cordeiro que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29); e, tirado o pecado do mundo, eis que o mundo se eleva nas alturas dos céus, aliviado do peso de todos os seus pecados.

O sol coberto por esta carne não é aquele que se levanta «sobre os bons e os maus» (Mt 5,45), mas o «Sol de justiça» (Ml 3,20), que se levanta apenas para os que temem a Deus. Estando habitualmente coberta pela nuvem da carne, essa «luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1, 9) brilha hoje com todo o seu esplendor. Hoje, ela glorifica essa mesma carne; mostra-a deificada aos apóstolos, para que os apóstolos a revelem ao mundo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 6 de agosto de 2012

Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e conduziu-os sós, à parte, a um monte alto,
e transfigurou-Se diante deles. As Suas vestes tornaram-se resplandecentes, de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra os poderia tornar tão brancos. Depois apareceu-lhes Elias com Moisés, que estavam a falar com Jesus. Pedro tomando a palavra disse a Jesus: «Rabi, que bom é nós estarmos aqui; façamos três tendas: uma para Ti, uma para Moisés e outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atónitos de medo. E formou-se uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem saíu uma voz que dizia: «Este é o meu Filho muito amado, ouvi-O». Olhando logo à volta de si, não viram mais ninguém com eles senão Jesus. Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos. Observaram esta ordem, mas perguntavam-se o que queria dizer “quando tiver ressuscitado dos mortos”.


Mc 9, 2-10