Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Amado Jesus, hoje tenho que Te pedir perdão pelo juízo apressado e lamento que Te fiz ontem. Em boa hora, um esclarecimento que me chegou há momentos veio demonstrar de forma clara e inequívoca, que por detrás do título que me havia magoado estava a ironia que eu cego pelo amor que tenho à Tua Obra não vislumbrei.

Perdoa-me Senhor e através de Ti que me perdoem os visados pela minha prece de ontem.

Senhor Jesus Filho de Deus, amo-Te com todo o meu coração!

JPR

Movimento ‘Tenho sede’ convida os leigos a seguirem os ensinamentos de Madre Teresa de Calcutá (vídeos em espanhol e inglês)

CEGO DO CORAÇÃO

Quantas vezes Senhor Te aproximaste de mim, vestido de fome e de sede e eu não Te quis olhar, não Te quis reconhecer no meu irmão?

Quantas vezes Senhor olhaste para mim, esperando uma palavra, um sorriso, um abraço, na pessoa do meu irmão desonrientado, confuso, solitário, e eu olhei para o lado e fiz de contas que não Te via?

Quantas vezes Senhor esperaste por mim no Sacrário e eu passei à porta da Igreja e cheio de pressa para coisa nenhuma, nem sequer Te disse: «Bom dia Jesus, obrigado pelo teu amor.Também eu Te quero amar com a minha vida»?

Perdoa-me Senhor, porque sou cego do coração.

JMA AQUI

Imitação de Cristo, 3, 4, 3-III - Que devemos andar perante Deus em verdade e humildade

Grava minhas palavras em teu coração e medita-as atentamente, porque te serão muito necessárias na hora da tentação. Coisas que agora não entendes quando lês, entenderás quando eu te visitar. De dois modos costumo visitar meus eleitos: pela tentação e pela consolação. E duas lições lhes dou cada dia: numa repreendo-lhes os vícios e noutra exorto-os ao progresso na virtude. Quem ouve a minha palavra e a despreza, por ela será julgado no último dia.

Grito o meu amor à liberdade pessoal

Liberdade "de consciência", não! Quantos males trouxe aos povos e às pessoas este erro lamentável, que permite actuar contra os próprios imperativos da consciência! Liberdade "das consciências", sim, pois significa o dever de seguir esse imperativo interior... Ah!, mas depois de se ter recebido uma formação séria!  (Sulco, 389) 

Quando, nos meus anos de sacerdócio, não direi que prego mas que grito o meu amor à liberdade pessoal, noto nalguns um gesto de desconfiança, como de quem suspeita que a defesa da liberdade implica um perigo para a fé. Que se tranquilizem esses pusilânimes. Só atenta contra a fé uma errada interpretação da liberdade, uma liberdade sem qualquer fim, sem norma objectiva, sem lei, sem responsabilidade, numa palavra, a libertinagem. Infelizmente, é isso que alguns defendem; essa reivindicação é que constitui um atentado contra a fé.

Por isso, não é exacto falar de liberdade de consciência, que equivale a considerar de boa categoria moral o facto de o homem rejeitar Deus. Já recordámos que nos podemos opor aos desígnios salvadores de Nosso Senhor; podemos, mas não devemos fazê-lo. E se alguém tomasse essa atitude deliberadamente, pecaria ao transgredir o primeiro e o fundamental dos mandamentos: amarás Iavé com todo o teu coração .

Defendo com todas as minhas forças a liberdade das consciências, que significa que não é lícito a ninguém impedir que a criatura tribute culto a Deus. Têm de se respeitar os legítimos anseios de verdade: o homem tem obrigação grave de procurar Nosso Senhor, de O conhecer e de O adorar, mas a ninguém na terra é lícito impor ao próximo a prática de uma fé que este não tem, tal como ninguém pode arrogar-se o direito de prejudicar quem a recebeu de Deus.

A Igreja, nossa Santa Mãe, sempre se pronunciou pela liberdade e rejeitou todos os fatalismos, antigos ou menos antigos. Declarou que cada alma é dona do seu destino para bem ou para mal. E os que não se afastaram do bem irão para a vida eterna; os que cometeram o mal, para o fogo eterno(Amigos de Deus, 32–33)

São Josemaría Escrivá

Bento XVI - S. Domingos, modelo de oração

A figura de São Domingos, que a Igreja hoje celebra, e o seu exemplo e estilo de oração foi o tema da breve catequese do Papa, na audiência geral desta quarta-feira, no pátio interior da residência de Castel Gandolfo. Esta a saudação aos peregrinos de língua portuguesa, com um brevíssimo resumo da catequese desenvolvida em italiano:

“Com paterno afecto, saúdo os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os fiéis da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Évora. Agradeço a presença e sobretudo a oração que fazeis por mim. Hoje a Igreja recorda São Domingos, de quem se diz que sempre falava de Deus ou com Deus. A oração abre a porta da nossa vida a Deus; e nela Deus ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro dos outros, envolvendo a todos na luminosa presença de Deus que nos habita. Sede para vossos familiares e amigos a Bênção de Deus!”


Rádio Vaticano

"DEUS RI" por Joaquim Mexia Alves

Acabei recentemente de ler o livro com o título deste texto: “Deus Ri”.

Quem me conhece, sabe que fui sempre um “arauto” do testemunho de alegria que deve estar sempre presente na vida de um cristão.

Não a alegria da gargalhada fácil, ruidosa e tantas vezes desproporcionada, mas a alegria calma, do humor construtivo, da paz vivida.

Não advogo que o cristão não tem tristezas, amarguras, fraquezas, momentos de dor, e que tendo-os, não os deve viver.
Obviamente que a vida é também composta desses momentos, e, como tal, devem ser sentidos e vividos.
Seria totalmente despropositado, (para não dizer mais), que um cristão chegasse a um funeral* de um amigo que vela alguém querido, e a rir o tentasse fazer rir também!

Não, o que distingue a alegria vivida pelo cristão, é a paz, a tranquilidade, a confiança e a esperança, que ele vive para além dos momentos bons e menos bons da sua vida, porque vive em comunhão com o Deus sempre presente.

Escreve o Papa Bento XVI, no primeiro volume do seu livro “Jesus de Nazaré”:
«As Bem-aventuranças são promessas, em que resplandece a nova imagem do mundo e do homem que Jesus inaugura, a «inversão dos valores». São promessas escatológicas; mas esta expressão não deve ser entendida como se a alegria que anunciam se encontre transferida para um futuro infinitamente distante ou exclusivamente para o além. Quando o homem começa a olhar e a viver a partir de Deus, quando caminha em companhia de Jesus, passa a viver segundo novos critérios e então um pouco de escathon, daquilo que há-de vir, está presente já agora. A partir de Jesus, entra a alegria na tribulação.»

Reflicto muitas vezes no que devem pensar aquelas pessoas que só vão à Missa em determinadas ocasiões, (como casamentos e funerais), quando na altura da Comunhão vêem os cristãos aproximar-se para comungar com um ar compungido, prostrado, a “mostrar” quase uma tristeza, e, até mesmo, quando regressam ao lugar de cabeça baixa, como se a comunhão que acabaram de fazer lhes pesasse demasiado “nos ombros”.

Pode haver algum exagero naquilo que escrevo, mas reparem se a minha descrição não corresponde um pouco à verdade dos factos.
É que me parece que nós confundimos muitas vezes seriedade e dignidade, com tristeza e prostração.

E isso conduz-nos a outro ponto, quanto a mim muito bem focado neste livro, e que é o humor são e construtivo, que também nos serve de caminho de conversão, quando o mesmo até nos leva a rirmo-nos de nós próprios, das nossas importâncias, das nossas vaidades, colocando-nos assim na procura de uma maior humildade em todo o nosso proceder.
«Ele é que deve crescer, e eu diminuir.» Jo 3,30

Nada mais revelo pois a leitura do livro perderia o interesse da descoberta desta alegria, deste humor, em que o autor nos envolve, e torna difícil parar de ler, uma vez aberta a primeira página.

Apenas mais duas palavras, para afirmar que para mim, para além de tantas passagens bíblicas que me levam ao encontro da alegria, as duas que cito abaixo, enformam decididamente esta minha vontade de sempre testemunhar a alegria de viver em comunhão com o “Deus connosco”.

«Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.» Lc 21, 18

«Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa.» Jo 15,11

Monte Real, 3 de Agosto de 2012

Joaquim Mexia Alves AQUI

*Uma pequena nota sobre este aspecto dos funerais.
Às vezes, quanto a mim, julgamos haver necessidade de proferir palavras para aqueles que sofrem a morte de alguém que lhes é querido, acabando por dizer frases rotineiras, e que muitas vezes até, provocam momentos de incómodo àqueles que nesse momento não estão preparados para as ouvir. Porque não, então, um simples beijo mais sentido, um abraço mais chegado, um aperto de mão mais apertado, ou até uma festa, uma carícia, (conforme o grau de amizade), que sem palavras, acabam por significar tudo o que queremos dizer.

«… o espírito empresarial tem, e deve assumir cada vez mais, um significado polivalente»

O espírito empresarial, antes de ter significado profissional, possui um significado humano[98]; está inscrito em cada trabalho, visto como « actus personæ »[99], pelo que é bom oferecer a cada trabalhador a possibilidade de prestar a própria contribuição, de tal modo que ele mesmo « saiba trabalhar ‘‘por conta própria'' »[100].

[98] Cf. João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus (1 de Maio de 1991), 32: AAS 83 (1991), 832-833; Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio (26 de Março de 1967), 25: AAS 59 (1967), 269-270.
[99] João Paulo II, Carta enc. Laborem exercens
 (14 de Setembro de 1981), 24: AAS 73 (1981), 637-638.
[100] Ibid., 15: o.c., 616-618.


Caritas in veritate [III – 41 (a)] – Bento XVI

Cânticos Gregorianos pelos monges beneditinos do Mosteiro de Santo Domingo de Silos (Burgos)

S. Domingos de Gusmão, presbítero, fundador, +1221

São Domingos nasceu em Caleruega, em Castela-a-Velha, no ano de 1170. De família nobre, e de belo rosto, acostumou-se desde jovem a duras penitências. De caráter metódico e firmíssimo, deu grande importância aos estudos, como premissa indispensável ao dever apologético dos frades pregadores. Aos 14 anos de idade, foi enviado para Palência, onde estudou filosofia e teologia. Como sacerdote e cônego de Osma distinguiu-se pela rectidão, zelo, pontualidade nas funções e espírito de sacrifício. Pregou com êxito contra os hereges albigenses, que defendiam a existência de dois princípios, de duas divindades: o Bem e o Mal. 

Estudo e pobreza são os dois pontos principais da Ordem dominicana, o programa de vida dos frades ’mendicantes’ que vestem o hábito de São Domingos, contemporâneo de outro grande e amado santo fundador, São Francisco de Assis. 

São Domingos morreu em Bolonha no dia seis de Agosto do ano 1221 e foi proclamado santo, 13 anos após a morte, em 1234.

«Mulher, grande é a tua fé!»

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano
Sermão 9

«Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim!» É um apelo de uma força imensa. [...] É um gemido que vem como que de uma profundeza sem fim. Ele ultrapassa em muito a natureza e é o próprio Espírito Santo que deve proferir em nós esse gemido (Rom 8, 26). [...] Mas Jesus diz-lhe: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». [...] Ora, que faz ela assim acossada? [...] Penetra ainda mais profundamente no abismo. Prostrando-se e humilhando-se, mantém a confiança e diz: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos.»

Ah! Se também pudésseis penetrar assim tão verdadeiramente no fundo da verdade, não através de comentários sábios, palavras complexas ou mesmo dos sentidos, mas no fundo de vós mesmos! Nem Deus nem qualquer criatura conseguiria desprezar-vos, aniquilar-vos, se permanecêsseis na verdade, na humildade confiante. Poderiam sujeitar-vos a afrontas, ao desprezo e a recusas grosseiras, que vós iríeis perseverar, iríeis insistir, animados por uma total confiança, e iríeis aumentar sempre o vosso zelo. É disto que tudo depende, e aquele que chega a este ponto é bem sucedido. Apenas estes caminhos conduzem, na verdade e sem qualquer estação intermédia, a Deus. Mas permanecer assim nesta grande humildade, com perseverança, com uma segurança total e verdadeira como esta pobre mulher o fez, são poucos os que conseguem.

«Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio»

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja 
Comentário ao evangelho de Mateus, 15; SC 258


Esta cananeia pagã deixou de ter, pessoalmente, necessidade de ser curada, uma vez que reconheceu Cristo como Senhor e Filho de David, mas pede auxílio para a sua filha, isto é, para a multidão pagã prisioneira de espíritos impuros. O Senhor cala-Se, reservando com o Seu silêncio o privilégio de salvar Israel. [...] Trazendo em Si o mistério da vontade do Pai, responde que não foi enviado senão às ovelhas perdidas de Israel, para que ficasse claro que a filha da cananeia é um símbolo da Igreja. [...] Não é que a salvação não pudesse ser dada também aos pagãos, mas o Senhor tinha vindo «para os Seus e ao mundo que era Seu» (Jo 1,11), e esperava os primeiros indícios da fé deste povo de onde Ele próprio era originário, devendo os outros ser seguidamente salvos pela pregação dos apóstolos. [...]

E, para que compreendêssemos que o silêncio do Senhor provém da consideração do tempo e não de um obstáculo colocado pela Sua vontade, acrescenta: «Mulher, grande é a tua fé!» Queria dizer que esta mulher, já certa da sua salvação, tinha fé – melhor ainda – na reunião dos pagãos no tempo que se aproxima, em que, pela sua fé, eles serão libertados de todo o tipo de espíritos impuros tal como a jovem o foi. E isso confirma-se: com efeito, após a prefiguração do povo dos pagãos na filha da cananeia, homens prisioneiros de diversos tipos de doenças são apresentados ao Senhor na montanha pelas multidões (Mt 15,30). São homens incréus, isto é, doentes, que são levados pelos crentes a adorar e a prostrar-se, e a quem é dada a salvação, para estudarem, louvarem e seguirem a Deus.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 8 de agosto de 2012

Partindo dali, Jesus retirou-Se para a região de Tiro e de Sidónia. E eis que uma mulher cananeia, que viera daqueles arredores, gritou: «Senhor, Filho de David, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada pelo demónio». Ele, porém, não lhe respondeu palavra. Aproximando-se Seus discípulos, pediram-Lhe: «Despede-a, porque vem gritando atrás de nós». Ele respondeu: «Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». Ela, porém, veio e prostrou-se diante d'Ele, dizendo: «Senhor, valei-me». Ele respondeu: «Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães». Ela replicou: «Assim é, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos». Então Jesus disse-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Seja-te feito como queres». E, desde aquela hora, a sua filha ficou curada.

Mt 15, 21-28