Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 9 de dezembro de 2012

Amar a Cristo ...

Bom Amigo Jesus, João foi o Teu “andaime”, foi aquele que Te envolveu e preparou a Tua aparição pública, para depois diminuir gradualmente até desaparecer e permitir-Te resplandecer aos olhos do mundo na Tua condição do Filho de Deus Pai que se fez homem para nos redimir e salvar.

Ajuda-nos Senhor Jesus a ser sempre humildes como João, anulando-nos para que sejas Tu a surgir sempre em primeiro plano aos olhos da humanidade.

Louvado sejas, Jesus Cristo Nosso Senhor, pelos séculos dos séculos!

JPR  

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus …

… nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas [4].

Em Deus, a geração é absolutamente espiritual. Assim, «por analogia com o processo gnosiológico da mente humana, pelo qual o homem, conhecendo-se a si mesmo, produz uma imagem de si mesmo, uma ideia, um “conceito” (…), que pelo latim, verbum, é chamada com frequência verbo interior, nós atrevemo-nos a pensar na geração do Filho ou “conceito” eterno e Verbo interior de Deus. Deus, conhecendo-Se a Si mesmo, gera o Verbo-Filho, que é Deus, como o Pai. Nesta geração, Deus é ao mesmo tempo Pai, como O que gera, e Filho, como O que é gerado, na suprema identidade da Divindade, que exclui uma pluralidade de “deuses”. O Verbo é o Filho, da mesma natureza que o Pai, e é com Ele o Deus único da Revelação do Antigo e do Novo Testamento» [5]. Não me detenho agora na Pessoa do Espírito Santo, único Deus com o Pai e com o Filho.

Claro que não é possível eliminar a penumbra que a nossa mente encontra ao pensar n’Aquele que habita numa luz inacessível [6]. Nem a inteligência humana, nem a dos Anjos, nem a de qualquer outra criatura é capaz de compreender a inesgotável Essência divina: se o compreendes, não é Deus, diz um conhecido aforismo. Contudo, as nossas almas, criadas por Deus e para Deus, têm fome de conhecer melhor o seu Criador e Pai, para mais O amar e louvar; fome de ver a Trindade e gozar da Sua presença eterna.

[4]. Missal Romano, Símbolo Niceno-constantinopolitano.
[5]. Beato João Paulo II, Discurso na Audiência geral, 6-XI-1985, n. 3.
[6]. 1 Tm 6, 16.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2012)

"Natal é a festa do Filho de Deus que veio trazer aos homens a paz e verdadeira alegria"

Milhares de fiéis e peregrinos foram à Praça São Pedro neste II Domingo do Advento para participar da oração mariana do Angelus, conduzida pelo Papa Bento XVI.

Na sua alocução, o pontífice frisou que "no Tempo de Advento a liturgia ressalta de modo particular, duas figuras que prepara a vinda do Messias: a Virgem Maria e João Batista".

Neste domingo, São Lucas nos apresenta João Batista com características diferentes dos outros evangelistas. "Todos os quatro Evangelhos colocam no início da atividade de Jesus a figura de João Batista e o apresentam como seu precursor. São Lucas deixa para depois a conexão entre as duas figuras e suas respectivas missões. Já na concepção e nascimento, Jesus e João são colocados em relação. Essa colocação ajuda a entender que João, como filho de Zacarias e Isabel, ambos de famílias sacerdotais, não só é o último dos profetas, mas também representa todo o sacerdócio da Antiga Aliança e por isso, prepara os homens ao culto espiritual da Nova Aliança, inaugurada por Jesus" – frisou Bento XVI.

"João Batista define-se como a voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. A voz proclama a palavra, mas, neste caso, a Palavra de Deus precede, pois é ela mesma quem desce sobre João, filho de Zacarias, no deserto. Ele tem uma grande função, mas sempre em relação a Cristo" – ressaltou o Santo Padre.

"João é a voz que passa, Cristo é o Verbo eterno, que era no princípio" – disse o Papa citando Santo Agostinho.

"Cabe a nós a tarefa de ouvir aquela voz para abrir espaço e acolher Jesus no coração, Palavra que nos salva. Neste Tempo de Advento, preparemo-nos para ver, com os olhos da fé, na humilde Gruta de Belém, a salvação de Deus. Na sociedade do consumo, em que se tenta buscar a alegria nas coisas, João Batista ensina-nos a viver de maneira essencial a fim de que o Natal seja vivido não só como uma festa exterior, mas como a festa do Filho de Deus que veio para trazer aos homens a paz, a vida e a verdadeira alegria" – sublinhou Bento XVI.

Bento XVI concluiu sua alocução, confiando "à materna intercessão de Maria, Virgem do Advento, o nosso caminho rumo ao Senhor que vem, para estarmos prontos a acolher, no coração e em toda a vida, o Emanuel, Deus connosco".

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com adaptação de JPR

Vídeo em italiano

Imitação de Cristo, 3, 35, 1 - Como nesta vida não há segurança contra a tentação

Jesus: Filho, nunca estarás seguro nesta vida, mas, enquanto viveres, terás necessidade de armas espirituais. Andas cercado de inimigos, que à direita e à esquerda te acometem. Logo, se não te armares por todos os lados com o escudo da paciência, não estarás por muito tempo sem ferida. Demais, se não firmares em mim teu coração, com sincera vontade de sofrer tudo por meu amor, não poderás suportar tão renhido combate, nem alcançar a palma dos bem-aventurados  Cumpre, pois, caminhar com ânimo varonil por entre todos os obstáculos, e rebater com a mão poderosa todos os empecilhos. Pois ao vencedor será dado o maná (Apc 2,17), e ao covarde aguarda muita miséria.

Tempos diários de oração

Se desejas deveras ser alma penitente – penitente e alegre –, deves defender, acima de tudo, os teus tempos diários de oração, de oração íntima, generosa, prolongada, e hás-de procurar que esses tempos não sejam ao acaso, mas a hora fixa, sempre que te for possível. Sê escravo deste culto quotidiano a Deus, e garanto-te que te sentirás constantemente alegre. (Sulco, 994)

Como anda a tua vida de oração? Não sentes às vezes, durante o dia, desejos de falar mais devagar com Ele? Não Lhe dizes: logo vou contar-te isto e aquilo; logo vou conversar sobre isso contigo?

Nos momentos dedicados expressamente a esse colóquio com o Senhor o coração expande-se, a vontade fortalece-se, a inteligência – ajudada pela graça – enche a realidade humana com a realidade sobrenatural. E, como fruto, sairão sempre propósitos claros, práticos, de melhorares a tua conduta, de tratares delicadamente, com caridade, todos os homens, de te empenhares a fundo – com o empenho dos bons desportistas – nesta luta cristã de amor e de paz.

A oração torna-se contínua como o bater do coração, como as pulsações. Sem essa presença de Deus não há vida contemplativa. E sem vida contemplativa de pouco vale trabalhar por Cristo, porque em vão se esforçam os que constroem se Deus não sustenta a casa.

Para se santificar, o cristão corrente – que não é um religioso e não se afasta do mundo, porque o mundo é o lugar do seu encontro com Cristo – não precisa de hábito externo nem sinais distintivos. Os seus sinais são internos: a constante presença de Deus e o espírito de mortificação. Na realidade, são uma só coisa, porque a mortificação é apenas a oração dos sentidos. (Cristo que passa, 8–9)

São Josemaría Escrivá

O Evangelho de hoje (Lc 3, 1-6)

Abandonar-se ao oceano da bondade de Deus

A "obediência não é um acto de constrangimento" mas, ao contrário, "é um deixar-se, um abandonar-se ao oceano da bondade de Deus", afirmou o Papa, comentando a audiência geral - realizada na manhã de quarta-feira 5 de Dezembro na sala Paulo VI - o hino de louvor contido no início da Carta aos Efésios, "que introduz na vivência do tempo de Advento, no contexto do Ano da fé".

Queridos irmãos e irmãs
No início da sua Carta aos cristãos de Éfeso (cf. 1, 3-14), o apóstolo Paulo eleva uma prece de bênção a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos introduz na vivência do tempo de Advento, no contexto do Ano da fé. O tema deste hino de louvor é o projecto de Deus a respeito do homem, definido com termos repletos de alegria, de enlevo e de acção de graças, como um "desígnio de benevolência" (v. 9), de misericórdia e de amor.
Por que motivo o Apóstolo eleva a Deus, do profundo do seu coração, esta bênção? Porque vê o seu agir na história da salvação, culminado na encarnação, morte e ressurreição de Jesus, e contempla como o Pai celeste nos escolheu ainda antes da criação do mundo, para sermos seus filhos adoptivos. No seu Filho Unigénito, Jesus Cristo (cf. Rm 8, 14s.; Gl 4, 4 s.). Nós existimos desde a eternidade na mente de Deus, num grande desígnio que Deus conservou em si mesmo e que decidiu pôr em prática e revelar "na plenitude dos tempos" (cf. Ef 1, 10). Por conseguinte, são Paulo faz-nos compreender como toda a criação e, de modo particular, o homem e a mulher, não são fruto do acaso, mas correspondem a um desígnio de benevolência da razão eterna de Deus que, com o poder criador e redentor da sua Palavra, dá origem ao mundo. Esta primeira afirmação recorda-nos que a nossa vocação não consiste simplesmente em existir no mundo, em sermos inseridos numa história, e nem sequer apenas em sermos criaturas de Deus; é algo ainda maior: é o facto de termos sido escolhidos por Deus, ainda antes da criação do mundo, no seu Filho Jesus Cristo. Portanto nele nós existimos - por assim dizer - desde sempre. Deus contempla-nos em Cristo, como filhos adoptivos. O "desígnio de benevolência" de Deus, que é qualificado pelo Apóstolo como "desígnio de amor" (Ef 1, 5), é definido "o mistério" da vontade divina (cf. v. 9), escondido e agora manifestado na Pessoa e na obra de Jesus Cristo. A iniciativa divina precede toda a resposta humana: trata-se de um dom gratuito do seu amor, que nos envolve e nos transforma.
Mas qual é a finalidade derradeira deste desígnio misterioso? Qual é o centro da vontade de Deus? É aquele - diz-nos são Paulo - de "reconduzir a Cristo, única Cabeça, todas as coisas" (v. 10). Nesta expressão nós encontramos uma das formulações fulcrais do Novo Testamento, que nos fazem compreender o desígnio de Deus, o seu projecto de amor pela humanidade inteira, uma formulação que, no século II, santo Ireneu de Lião inseriu como núcleo da sua cristologia: "recapitular" toda a realidade em Cristo. Talvez alguns de vós se recordem da fórmula utilizada pelo Papa São Pio X, para a consagração do mundo ao Sagrado Coração de Jesus: "Instaurare omnia in Christo", fórmula que se inspira nesta expressão paulina e que era também o lema daquele santo Pontífice. No entanto, o Apóstolo fala mais precisamente de recapitulação do universo em Cristo, e isto significa que no grande desígnio da criação e da história, Jesus Cristo eleva-se como centro de todo o caminho do mundo, eixo principal de tudo, que atrai a si toda a realidade, para superar a dispersão e o limite, e reconduzir tudo à plenitude desejada por Deus (cf. Ef 1, 23).
Este "desígnio de benevolência" não permaneceu, por assim dizer, no silêncio de Deus, na altura do seu Céu, mas fê-lo conhecer entrando em relação com o homem, ao qual não revelou apenas algo, mas revelou-se a si mesmo. Ele não comunicou simplesmente um conjunto de verdades, mas comunicou-se a si mesmo, a ponto de se fazer um de nós, até se encarnar. O Concílio Ecuménico Vaticano II na Constituição dogmática Dei Verbum diz: "Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo [não apenas a algum aspecto de si, mas a Ele próprio] e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cf. Ef 1, 9), segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e tornam-se participantes da natureza divina" (n. 2). Deus não só diz algo, mas comunica-se a si mesmo, atrai-nos na natureza divina, de tal modo que nós somos envolvidos nela, que somos divinizados. Deus revela o seu grande desígnio de amor, entrando em relação com o homem, aproximando-se dele a ponto de se fazer Ele mesmo homem. O Concílio acrescenta: "Deus invisível... na riqueza do seu amor fala aos homens como a amigos (cf. Êx 33, 11; Jo 15, 14-15) e convive com eles (cf. Br 3, 38) para os convidar e admitir à comunhão com Ele" (Ibidem). Unicamente com a sua inteligência e com as suas capacidades, o homem não teria podido alcançar esta revelação tão luminosa do amor de Deus; foi Deus que abriu o seu Céu e se humilhou para orientar o homem rumo ao abismo do seu amor.
São Paulo escreve ainda aos cristãos de Corinto: "Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou... tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Todavia, Deus no-las revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito penetra tudo, mesmo as profundezas de Deus" (1 Cor 2, 9-10). E são João Crisóstomo, numa célebre página de comentário do início da Carta aos Efésios, convida a saborear toda a beleza deste "desígnio de benevolência" de Deus revelado em Cristo, com as seguintes palavras: "O que te falta? Tornaste-te imortal, tornaste-te livre, tornaste-te filho, tornaste-te justo, tornaste-te irmão, tornaste-te co-herdeiro; reinas com Cristo e com Cristo és glorificado. Tudo nos foi doado e - como está escrito - "como não nos dará também com Ele todas as coisas?" (Rm 8, 32). As tuas primícias (cf. 1 Cor 15, 20.23) são adoradas pelos anjos [...]: o que é que te falta?" (PG 62, 11).
Esta comunhão em Cristo, por obra do Espírito Santo, oferecida por Deus a todos os homens com a luz da Revelação, não é algo que vem a sobrepor-se acima da nossa humanidade, mas constitui o cumprimento das aspirações mais profundas, daquele desejo de infinito e de plenitude que se abriga no íntimo do ser humano, abrindo-o a uma felicidade não momentânea nem limitada, mas eterna. São Boaventura de Bagnoregio, referindo-se a Deus que se revela e nos fala através das Sagradas Escrituras para nos conduzir a Ele, faz a seguinte afirmação: "A Sagrada Escritura é [...] o livro no qual estão escritas palavras de vida eterna para que não apenas acreditemos, mas também possuamos a vida eterna, na qual veremos, amaremos e serão realizados todos os nossos desejos" (Breviloquium, Prol.; Opera Omnia vv. 201 s.). Finalmente, o Beato Papa João Paulo II recordava que "a Revelação coloca dentro da história um ponto de referência de que o homem não pode prescindir, se quiser chegar a compreender o mistério da sua existência; mas, por outro lado, este conhecimento apela constantemente para o mistério de Deus que a mente não consegue abarcar, mas apenas receber e acolher na fé" (Encíclica Fides et ratio, 14).
Nesta perspectiva, o que é portanto o acto da fé? É a resposta do homem à Revelação de Deus, que se faz conhecer, que manifesta o seu desígnio de benevolência; é, para utilizar uma expressão agostiniana, deixar-se conquistar pela Verdade que é Deus, uma Verdade que é Amor. Por isso, são Paulo ressalta que é a Deus, que revelou o seu mistério, que se deve "a obediência da fé" (Rm 16, 26; cf. 1, 5; 2 Cor 10, 5-6), a atitude mediante a qual "o homem se entrega total e livremente a Deus, oferecendo a Deus revelador o obséquio pleno da inteligência e da vontade... e prestando voluntário assentimento à sua revelação" (Constituição dogmática Dei Verbum, 5). Tudo isto leva a uma mudança fundamental no modo de se relacionar com toda a realidade; tudo aparece numa luz nova; por conseguinte, trata-se de uma verdadeira "conversão", pois a fé consiste numa "mudança de mentalidade", porque o Deus que se revelou em Jesus Cristo e faz conhecer o seu desígnio de amor, conquista-nos, atrai-nos e torna-se o sentido que sustém a vida, a rocha sobre a qual ela pode encontrar estabilidade. No Antigo Testamento encontramos uma densa expressão sobre a fé, que Deus confia ao profeta Isaías a fim de que a comunique ao rei de Judá, Acaz. Deus afirma: "Se não acreditardes - ou seja, se não permanecerdes fiéis a Deus - não conseguireis subsistir" (Is 7, 9b). Portanto, existe um vínculo entre o estar e o compreender, que expressa bem o modo como a fé é um acolher na própria vida a visão de Deus sobre a realidade, deixar que seja Deus a orientar-nos com a sua Palavra e os seus Sacramentos para compreendermos o que devemos realizar, qual é o caminho que devemos percorrer, como havemos de viver. Mas ao mesmo tempo, é precisamente o compreender em conformidade com Deus, o ver com os seus olhos, que torna a nossa vida estável, que nos permite "permanecer de pé" e não cair.
Estimados amigos, o Advento, o tempo litúrgico ao qual há pouco demos início e que nos prepara para o Santo Natal, coloca-nos diante do mistério luminoso da vinda do Filho de Deus, do grandioso "desígnio de benevolência" com o qual Ele deseja atrair-nos a si, para nos fazer viver em plena comunhão de alegria e de paz com Ele. O Advento convida-nos mais uma vez, no meio de tantas dificuldades, a renovar a certeza de que Deus está presente: Ele entrou no mundo, fazendo-se um de nós, para levar à plenitude o seu plano de amor. E Deus pede-nos que, também nós, nos tornemos um sinal da sua obra no mundo. Através da nossa fé, da nossa esperança e da nossa caridade, Ele quer entrar no mundo sempre de novo e, sempre de novo, deseja fazer resplandecer a sua luz na nossa noite.

No final da audiência o Sumo Pontífice dirigiu as tradicionais saudações aos grupos presentes, pronunciando estas expressões em português.

Amados peregrinos de língua portuguesa, cordiais saudações para todos vós, de modo especial para os fiéis cristãos de Goiânia, invocando sobre os vossos passos a graça do encontro com Deus: Jesus Cristo é a Tenda divina no meio de nós. Ide até Ele, vivei na sua graça e tereis a vida eterna. Sobre vós e vossas famílias desça a minha Bênção.

(©L'Osservatore Romano - 8 de Dezembro de 2012)

Bom Domingo do Senhor!

Imitemos João como nos fala o Evangelho de hoje (Lc 3, 1-6) e façamos o apostolado da penitência mostrando ao nosso próximo que a salvação de Deus está ao nosso alcance.

Senhor tende piedade de nós que somos pecadores e pouco penitentes!

Sermos Sua morada

«Ó meu Deus, Trindade que eu adoro... pacificai a minha alma; fazei dela o vosso céu, vossa morada querida e o lugar do vosso repouso. Que eu não vos deixe nunca só, mas que esteja lá, com todo o meu ser, toda vigilante na minha fé, toda em adoração, toda oferecida à vossa acção criadora»

(Beata Isabel da Trindade)

Oferecimento a Deus

Tem o homem alguma coisa para oferecer a Deus? Tem, sim: a sua fé e o seu amor. É isto o que Deus pede ao homem, e assim está escrito: «E agora, Israel, o que o Senhor, teu Deus, exige de ti é que temas o Senhor, teu Deus, para seguires todos os Seus caminhos, para O amares, para servires o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma». (Dt 10,12). Eis os presentes, os dons que devemos oferecer ao Senhor. E para Lhe oferecermos estes dons com o coração, temos primeiro de O conhecer ; temos de ter bebido o conhecimento da Sua bondade nas águas profundas do seu poço. [...]

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo 
Homilias sobre o livro dos Números, n.°12, §3 

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932

Passa por um momento de dificuldades económicas. Neste dia escreve: “Após ter rezado repetidamente ao Senhor encontrei de modo providencial um andarzinho decente para viver com a minha família. Graças a Deus”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Ai quem me dera…

…ser somente a argila de São Paulo, ter uma pequena parte da sua coragem, do seu amor por Jesus Cristo Deus Nosso Senhor, da sua capacidade intelectual e da sua capacidade de apostolado. Dez porcento já me bastariam, agora imaginem o seria ser-se igual em qualidades e fé ao Apóstolo.

Não o desejaria por mim, mas por Ele, por isso peço-Lhe todos os dias para que me conceda o espírito e o fervor de São Paulo, Santo Agostinho, São Tomás Moro, São Josemaría e de todos os Santos e Santas.

JPR

«Paulo era um vaso de argila e chegou a ser de ouro»

(Homilia sobre 2 Tim, ad loc - São João Crisóstomo)

Quem foi São Paulo e como transmitiu os ensinamentos de Jesus? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

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Converter-se aos repetidos chamamentos de Deus

Meu Senhor Jesus, Tu cujo amor por mim foi suficientemente grande para Te fazer descer do céu para me salvar, querido Senhor, mostra-me o meu pecado, mostra-me a minha indignidade, ensina-me a arrepender-me sinceramente, perdoa-me na Tua misericórdia. Peço-Te, meu querido Salvador, que tomes posse da minha pessoa. Só o Teu perdão o pode fazer; não posso salvar-me sozinho; não sou capaz de recuperar o que perdi. Sem Ti, não posso voltar-me para Ti, nem agradar-Te. Se apenas contar com as minhas forças, irei de mal a pior, vou fraquejar completamente, vou endurecer por negligência. Farei de mim o centro de mim próprio, em vez de o fazer de Ti. Adorarei qualquer ídolo moldado por mim, em vez de Te adorar a Ti, o único verdadeiro Deus, o meu Criador, se não mo impedires com a Tua graça. Oh meu querido Senhor, escuta-me! Já vivi o suficiente neste estado: a pairar, indeciso e medíocre; quero ser o Teu fiel servidor, não quero peca.

Beato John Henry Newman (1801-1890)

«Preparai o caminho do Senhor»

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Sobre Isaías, III, 3

«O deserto e a terra árida alegrar-se-ão, a terra desolada exultará e florescerá» (Is 35, 1). Aquela a quem a Escritura inspirada chama em geral desértica e estéril é a Igreja vinda dos pagãos. Ela já existia entre os povos, mas não tinha recebido do céu o seu Esposo místico, quer dizer, o Cristo. [...] Mas Cristo veio a ela: foi cativado pela sua fé, enriqueceu-a com o rio divino que jorra Dele, e jorra porque Ele é «fonte de vida, torrente de delícias» (Sl 35, 10.9). [...] Assim que Ele Se tornou presente, a Igreja deixou de ser estéril e deserta; ela encontrou o seu Esposo, trouxe ao mundo inumeráveis filhos, cobriu-se de flores místicas. [...]

Isaías continua: «O deserto será atravessado por um caminho puro, que se chamará Caminho Sagrado» (Is 35, 8). O caminho puro é a força do Evangelho, penetrando a vida, ou, dizendo de outro modo, é a purificação do Espírito. Porque o Espírito retira a mancha imprimida na alma humana, liberta-a dos pecados e destrói qualquer nódoa. Este caminho é, pois, justamente chamado santo e puro; ele é inacessível a quem não está purificado. Com efeito, ninguém pode viver segundo o Evangelho se não foi primeiro purificado pelo santo baptismo; portanto, ninguém o pode sem a fé. [...]

Só os que foram libertados da tirania do demónio poderão ter a vida gloriosa que o profeta ilustra com estas imagens: «Aí não haverá leões, nem animal feroz por aí passará» (Is 35, 9), por esse caminho puro. Anteriormente, com efeito, como um animal feroz, o diabo, esse inventor do pecado, atacava, com os espíritos maus, os habitantes da terra. Mas foi reduzido por Cristo ao puro nada, afastado para longe do rebanho dos crentes, despojado do domínio que exercia sobre eles. É por isso que, resgatados por Cristo e reunidos na fé, eles caminharão num só coração por este caminho puro (v. 9). Abandonando os seus antigos caminhos, «chegarão a Sião», quer dizer, à Igreja, «com uma alegria que não terá fim» (v. 10) nem na terra, nem nos céus, e darão glória a Deus, seu Salvador.