Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Sorrir perante o fim do mundo

A morte paira sobre nós a cada instante. Quase a podemos respirar. Muitos não se dão conta de que estamos sempre muito próximo do fim, que temos a morte por vizinha, íntima. Temem-se muitas coisas sem importância, ao mesmo tempo que se lida com a finitude como se ela fosse tão (im)possível quanto o prémio máximo de uma qualquer lotaria nacional. Mas a morte é uma certeza, absoluta e pessoal. Nenhuma vida será devidamente vivida se o sujeito não sentir que este mundo, tal como é possível para nós agora, pode acabar... já.

Para compreendermos a nossa vida devemos olhar para o nosso passado, mas, se a queremos viver devemos também olhar para diante, talvez com um sorriso, para o amanhã, que será hoje, já daqui a pouco.

Por vezes, perdemo-nos em grandes análises sobre sequências hipotéticas de momentos do nosso passado, a nada, nem a ninguém, isso traz algo de bom, por várias ordens de razões: não altera o que aconteceu; não é sequer plausível que as sequências de eventos que supomos encadeadas se passassem tal como as imaginamos; perde-se tempo... e perde-se sempre tanto tempo em coisas sem importância nenhuma.

Não importa adivinhar o que teria acontecido se isto, ou se aquilo... isso só perturba a vida que realmente interessa: a de hoje. Valerá a pena ter mil passados se, para isso, não se tiver presente nem futuro nenhum?

A vida de cada um é única e irrepetível. Temos, neste mundo, obrigatoriamente um princípio e um fim. O que se passa, ou não se passa, para além desse fim, talvez não deva ser motivo de preocupação inteligente – na medida em que não é nesse mundo que vivemos agora – e cabe a cada mundo as suas próprias preocupações. Faz sentido ser feliz aqui, porque está ao nosso alcance lutar por isso. Apesar de todas as duras tristezas que por vezes nos chovem sobre dos ombros, há uma força que nos anima e nos faz resistir, que nos dá esperança e nos faz sorrir. A força da vida cuja essência é a simples busca da felicidade. Uma fé que nos ilumina o caminho.

Morreremos todos, um a um. Sem grandes cerimónias, lógicas ou encenações. Naturalmente. Cumpre pois aproveitar a vida, mesmo quando chove... talvez nestas alturas de forma especial, celebrando os ombros fortes que temos, que somos e que mantemos erguidos apesar das pesadas penas da nossa circunstância. Os momentos mais difíceis, não se deve esperar que passem, deve-se, sim, caminhar para diante, com a certeza de que o nosso lugar não é à chuva.

Hoje, um sorriso. Gesto simples que permite que as alegrias mais fundas passem de um coração ao outro atravessando o ar deste mundo. Muitas vezes os homens escondem o seu sorriso, privando-se a si mesmos e aos outros de algo que faz... maravilhas. Por vezes é duro sorrir, mas o milagre da multiplicação da alegria funda vale todos os sacrifícios. O amor é o maior de todos os dons, capaz de se oferecer mesmo quando não o vemos ou sentimos. O verdadeiro dom, que só existe quando se dá. Capaz de se encontrar todo num simples sorriso.

Não percamos tempo em grande pensamentos sobre o que passou. Na verdade temos um, e um só, passado. Importa assumi-lo sem deixar as imaginações interpretar, justificar ou avaliar o que sucedeu. Estamos presentes, aqui, agora... teremos um número infinito de futuros possíveis e a morte como certeza absoluta. Não tem qualquer importância a posição onde o passado nos deixou ontem. Importa ser feliz, hoje.

Enquanto a morte não nos leva, devemos sorrir... ou por vontade ou por amor. Que a felicidade começa num sorriso.

José Luís Nunes Martins

(Fonte: ‘i’ online AQUI)

"Justiça e caridade não se opõem, mas completam-se"

Milhares de fiéis e peregrinos foram à Praça São Pedro neste III Domingo do Advento para participar da Oração Mariana do Angelus, conduzida por Bento XVI.

Na sua alocução, o pontífice deu continuidade à reflexão sobre João Batista, que neste domingo vem apresentado “quando fala às pessoas que se lhe dirigem no rio Jordão para serem batizadas. Enquanto João, com palavras enérgicas, exorta a todos a prepararem-se para a vinda do Messias – diz o Pontífice -, alguns perguntam a ele: “Que coisa devemos fazer?” (Lc 3, 10.12.14). Estes diálogos são muito interessantes e revelam-se de grande atualidade”.

O Santo Padre explica que “A primeira resposta é dirigida à multidão em geral. Batista diz: “Quem tem duas túnicas, dê uma delas a quem não tem, e quem tem o que comer, faça o mesmo”. Aqui podemos ver um critério de justiça, animado pela caridade. A justiça pede para superar o desequilíbrio entre quem tem o supérfluo e quem falta o necessário; a caridade incentiva a estar atento ao outro e a ir ao encontro dos necessitados, ao invés de encontrar justificações para defender os próprios interesses. Justiça e caridade não se opõe, mas são ambas necessárias e completam-se mutuamente. “O amor será sempre necessário, mesmo na sociedade mais justa”, porque “sempre existirão situações de necessidade material nas quais é indispensável um auxílio na linha de um amor concreto ao próximo”.

E continua Bento XVI: “A segunda resposta de João é dada a alguns “publicanos”, isto é, cobradores de impostos para os romanos. Somente por este facto, os publicanos já eram desprezados, mas também porque, frequentemente, se aproveitavam de sua situação para roubar. A esses o Batista não diz para mudar de profissão, mas de não exigir nada além do quanto é fixado. O profeta, em nome de Deus, não pede gestos excepcionais, mas antes de tudo, o comprimento honesto do próprio dever. O primeiro passo em direção à vida eterna é sempre a observância dos mandamentos; neste caso, o sétimo: “Não roubar”.

Continuando sua meditação, diz o Santo Padre: “A terceira resposta diz respeito aos soldados, uma outra categoria dotada de um certo poder e por isto, predisposta a abusos. Aos soldados João diz: “Não maltratem e não façam extorsão a ninguém; contentai-vos com vosso pagamento”. Também aqui, a conversão começa na honestidade e no respeito pelos outros: uma indicação que vale para todos, especialmente para quem tem maior responsabilidade”.

Finalizando sua reflexão do Angelus, disse Bento XVI: “Considerando estes diálogos no seu conjunto, chama a atenção a grande realidade das palavras de João: a partir do momento que Deus nos julgar segundo nossas obras, é ali, nas atitudes, que é necessário demonstrar o seguimento de sua vontade. E justamente por isto as indicações de João Batista são sempre atuais: também no nosso mundo tão complexo, as coisas andariam muito melhor se cada um observasse estas regras de conduta. Oremos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria, para que nos ajude a nos preparar ao Natal, levando bons frutos de conversão (cfr Lc 3,8)”.

Após conceder sua bênção apostólica, o Santo Padre saudou os peregrinos presentes em diversas línguas. Na saudação em inglês, Bento XVI manifestou mais uma vez mais seu pesar pelas vítimas do tiroteio ocorrido nos Estados Unidos “assegurando às famílias das vítimas, especialmente àquelas que perderam um filho, a sua proximidade e orações” e pediu “que o Deus da consolação toque seus corações e alivie a sua dor”. Por fim, Bento XVI exortou a todos a dedicarem-se neste tempo de Advento a gestos de paz. 

O Papa recordou em italiano que de 28 de dezembro a 2 de janeiro se realizará em Roma o encontro europeu de jovens promovido pela Comunidade de Taizé. Agradeceu às famílias que, mantendo a tradição de acolhimento, disponibilizaram dormida e hospitalidade aos jovens.

O Pontífice também dirigiu uma saudação especial às crianças de Roma, que como já é tradição, se dirigem à Praça São Pedro no III Domingo do Advento levando pequenas imagens do Menino Jesus para serem abençoadas e depois colocadas nos Presépios.

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com adaptação de JPR

Vídeo em italiano

Imitação de Cristo, 3, 37, 1, 1-2 - Da pura e completa renúncia de si mesmo para obter liberdade de coração

Alguns há que se entregam a mim, mas com alguma reserva, porque não têm plena confiança em Deus, e por isso tratam de prover as próprias necessidades. Outros, a princípio, tudo oferecem, mas depois, combatidos pela tentação, volvem-se novamente às próprias comodidades, e eis por que quase não progridem nas virtudes. Estes nunca chegarão à verdadeira liberdade do coração puro, nem à graça de minha doce familiaridade, enquanto não renunciarem de todo a si mesmos, oferecendo-se em quotidiano sacrifício a Deus, sem o que não há nem pode haver união deliciosa comigo.
Muitas vezes te disse e agora te torno a dizer: deixa-te, renuncia a ti mesmo, e gozarás grande paz interior. Dá tudo por tudo, não busques, não reclames coisa alguma, persevera, pura e simplesmente, em mim, e me possuirás. Terás livre o coração e as trevas não te poderão oprimir. A isto te aplica, isto pede, isto deseja: ser despojado de todo amor próprio, para que possas seguir nu a Jesus desnudado, morrer a ti mesmo e viver eternamente. Então se dissiparão todas as vãs imaginações, penosas perturbações e supérfluos cuidados. Logo também desaparecerá o temor demasiado, e morrerá o amor desordenado.

Somos cristãos correntes, temos uma vida vulgar

Deus não te arranca do teu ambiente, não te tira do mundo, nem do teu estado, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, quer-te santo! (Forja, 362)

Por muito que tenhamos pensado nestas verdades, devemos encher-nos sempre de admiração ao pensar nos trinta anos de obscuridade que constituem a maior parte da passagem de Jesus entre os seus irmãos, os homens. Anos de sombra, mas, para nós, claros como a luz do Sol. Mais: resplendor que ilumina os nossos dias e lhes dá uma autêntica projecção, pois somos cristãos correntes, com uma vida vulgar, igual à de tantos milhões de pessoas nos mais diversos lugares do Mundo.

Assim viveu Jesus seis lustros: era filius fabris, o filho do carpinteiro. Virão depois os três anos de vida pública, com o clamor das multidões. E as pessoas surpreendem-se: Quem é este? Onde aprendeu tantas coisas? Pois a sua vida tinha sido a vida comum do povo da sua terra. Era o faber, filius Mariae, o carpinteiro, filho de Maria. E era Deus; e estava a realizar a redenção do género humano; e estava a atrair a si todas as coisas.

Como em relação a qualquer outro aspecto da sua vida, nunca deveríamos contemplar esses anos ocultos de Jesus sem nos sentirmos afectados, sem os reconhecermos como aquilo que são: chamamentos que o Senhor nos dirige para sairmos do nosso egoísmo, do nosso comodismo. (Cristo que passa, 14-15)

São Josemaría Escrivá

Bento XVI e o Farmville

Agradecimento 'É o Carteiro'
Andam por aí alguns improvisados teólogos muito preocupados e com razão: então não é que, no seu último livro, o Papa Bento XVI, se calhar à conta da lei do arrendamento, deu ordem de despejo do presépio à vaca e ao burro?! Há quem diga também, talvez ao abrigo da generosa ideologia da igualdade de género, que a vaca afinal era boi. Mas o burro, por mais que lhe chamem jumento, de burro não passa. E ainda bem.

Este burburinho dos diabos – e nunca melhor dito! – seria irrelevante se não fosse a maldosa intenção de perverter o que Joseph Ratzinger afirma no último volume da sua magnífica trilogia sobre Jesus de Nazaré. Pior ainda: pretende-se infundir nos ânimos menos avisados a ideia de que nada é certo, nem histórico, nos relatos bíblicos do nascimento de Cristo, e portanto tudo se pode pôr ou tirar, ao gosto do freguês. Se tudo fosse discutível, o Natal não passaria na realidade de uma piedosa lenda, de um conto digno dos irmãos Grimm ou, à conta da vaca e do burro, de uma fábula à La Fontaine.

Giampiero Sposito / Reuters
Desenganem-se os agitadores das consciências cristãs. Bento XVI não brinca ao Farmville com o presépio de Nosso Senhor e por isso, muito embora afirme que os relatos evangélicos não referem – nem neguem, acrescente-se – a presença das duas bestas, entende que a mesma se justifica em termos hermenêuticos, bíblicos e da mais genuína tradição católica. Ao ponto de concluir que por isso “nenhuma representação do presépio prescindirá do boi e do jumento”. Também diz, como a Igreja sempre disse e a ciência histórica confirma, que é verdadeiro e real o nascimento de Jesus Cristo, o filho de Deus e da Virgem Maria, esposa de José, em Belém de Judá, há pouco mais de 2 mil anos.

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade… e aos burros do costume, que, também este ano, poderão contemplar, embora sem nada compreender, a encantadora beleza do Natal.

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

(Fonte: ‘i online’ AQUI selecção da primeira foto da responsabilidade do blogue)

Bom Domingo do Senhor!

Tenhamos também nós a humildade de João na resposta que deu e nos é narrada no Evangelho de hoje (Lc 3, 10-18) reconhecendo sempre ao Senhor a Sua Divindade e a nós próprias a nossa simples humanidade.

Que o Senhor seja reconhecido e louvado pelos séculos dos séculos!

“Profecia” Maia sobre fim do mundo não tem base científica alguma, esclarece astrónomo do Vaticano

O diretor do Observatório Astronómico do Vaticano, o jesuíta argentino José Gabriel Funes, escreveu num artigo para o jornal L’Osservatore Romano que o mundo não acabará no dia 21 de dezembro deste ano tal como assegura uma publicitada profecia dos Maias.

Segundo esta "profecia", o mundo deve terminar com o alinhamento dos planetas e do sol com o centro da Via Láctea e a inversão dos pólos magnéticos do campo terrestre. O Pe. Funes considera que atualmente "a base científica dessas afirmações é obviamente falsa".

O sacerdote jesuíta afirma que conhece bem a cultura maia e toma com humor o facto de que o mundo acabar. Em 2003 visitou as ruínas do centro Maia de Copán onde se percebe o assombroso avanço astronómico desta civilização. Na altura, o perito ensinava na Universidade de Tegucigalpa (Honduras) um curso de astronomia extragaláctica, "que não se trata de um estudo dos jogadores do Real Madrid, mas sim das galáxias", brinca.

Ele refere que o Google oferece mais de 40 milhões de resultados sobre a temática maia e os cientistas da atualidade que falam do impressionante avanço sobre o conhecimento dos astros entre os Maias, mas isso não significa que suas teorias sejam perfeitas.

Os Maias mediam o tempo de maneira cíclica e estavam interessados em encontrar um desenho repetitivo do cosmos que pudesse dar-se no futuro, de maneira que sua astronomia se desenvolvia em base à política e a religião com a obsessão dos ciclos temporários.

Neste sentido assinalou que embora possa tonar fascinante o estudo da astronomia Maia, o universo foi criado há 14 triliões de anos e segundo os dados atuais sabe–se que este se encontra em expansão contínua.

Para o jesuíta, o universo e a história têm sentido e no interior do ser humano está a convicção fundamental de que a morte não pode ter a última palavra.

"A cosmologia mostra-nos que o universo caminha a um estado final de frio e de escuridão; a mensagem cristã nos ensina por outro lado que na ressurreição final, o último dia, Deus reconstituirá cada homem e cada mulher e o universo inteiro", concluiu.


(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Quase uma pequena encíclica (Editorial)

Pela amplitude do olhar somos tentados a definir uma pequena encíclica a mensagem para o dia mundial da paz. O quadro do texto é dado por dois acontecimentos de há meio século: o início do concílio Vaticano II, inaugurado a 11 de Outubro de 1962, e a Pacem in terris, de 11 de Abril de 1963, a última encíclica de João XXIII que indicou os quatro fundamentos - verdade, liberdade, amor, justiça - de uma convivência pacífica.

O contexto mundial está marcado por conflitos e ventos de guerra, causados e reforçados por fenómenos várias vezes denunciados, não só pela Santa Sé, e de novo elencados: do capitalismo financeiro desregrado ao terrorismo, até aos fundamentalismos e aos fanatismos que desfiguram o rosto autêntico da religião. Mas não devemos contudo resignar-nos à dureza inspirada por critérios de poder ou de lucro, reafirma mais uma vez o Papa que relança e renova um dos slogans mais eficazes de Paulo VI, perfeito para um tweet: "A paz não é um sonho, não é uma utopia: é possível".

Condição prévia da paz é o reconhecimento da lei moral natural, ferida por tendências que pretendem codificar arbítrios como o pretendido direito ao aborto e à eutanásia que, ao contrário, são ameaças ao direito fundamental à vida. Do mesmo modo, as tentativas de tornar juridicamente equivalentes à estrutura natural do matrimónio formas de união diversas desestabilizam-no de facto e danificam o seu insubstituível papel social. Explicitamente o texto papal declara que estes princípios não são verdades de fé nem derivam do direito primordial à liberdade religiosa, mas estão inscritos na natureza humana, reconhecíveis com a razão e comuns a toda a humanidade. Portanto, a acção da Igreja ao promovê-los não é confessional, "mas destina-se a todas as pessoas, prescindindo da sua filiação religiosa".

Certamente o realce não é novo, mas é muito significativo hoje e ressoa como uma confirmação evidente da linha daqueles católicos que em diversos países foram e são capazes de favorecer, nesta batalha cultural em defesa dos princípios comuns a todos, a convergência de crentes e não-crentes de diversas pertenças religiosas e ideais. Está a acontecer isto na França, onde em volta das posições da Igreja católica contrária ao matrimónio homossexual se estão a encontrar ortodoxos, protestantes, judeus, muçulmanos e intelectuais leigos.

Neste mesmo sentido serve de ajuda à construção da paz também o reconhecimento do princípio da objecção de consciência face a leis que introduzem atentados à dignidade humana como o aborto e a eutanásia, enquanto a liberdade religiosa - tema querido de modo especial também às Igrejas irmãs ortodoxias, como ressaltou na festa de santo André o patriarca Bartolomeu - deve ser promovida não só como liberdade de constrangimentos de qualquer tipo mas, sob um ponto de vista positivo, como liberdade de expressão pública da religião.

Ao lado de temas biopolíticos e dos que se referem à insuprível dimensão social da fé Bento XVI insere a crítica ao liberalismo radical e à tecnocracia e a defesa do direito ao trabalho. Para desejar que temas como a estruturação ética dos mercados e a crise alimentar permaneçam no centro da agenda política internacional. Mas na convicção de que o papel da família e o da educação permanecem fundamentais. Sobre um tema, a paz, que deveras diz respeito a todos.

GIOVANNI MARIA VIAN – Diretor

(© L'Osservatore Romano - 15 de Dezembro de 2012)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1937

Passaram poucos dias desde a travessia a pé dos Pirenéus, durante a guerra civil espanhola. Está muito cansado. Hoje, em San Sebastián, anota: “Continuo indisposto, mas procuro que não se note…”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

SALMO DE UM "MUDO" de Joaquim Mexia Alves


Senhor,
quero falar de Ti,
mas não consigo!
É que sabes,
Senhor,
sei tantas coisas de Ti,
tenho tantas ideias a Teu respeito.
E fui eu quem as descobriu,
sozinho,
com a minha inteligência,
com as minhas capacidades,
coisas que até agora,
gente nenhuma viu.
Mas não consigo falar,
nem as palavras me saem,
nem a minha voz se ouve!
Porquê, Senhor?
Ah,
dizes-me Tu,
que se a voz é apenas minha,
se tudo é apenas meu,
então não vale a pena falar,
porque não falo do que é Teu.
Abre a minha boca,
desprende a minha língua,
e dá-me palavras,
Senhor,
palavras que sejam Tuas,
para matar a fome da Palavra,
daqueles que vivem à míngua.
Silencia-me,
Senhor,
se eu falar do que julgo ser!
Dá-me palavras,
Senhor,
para que eu não seja mudo,
mas falar do que é viver,
no Teu amor,
na Tua palavra,
na entrega do meu tudo,
para só a Ti pertencer.


Monte Real, 12 de Dezembro de 2012

Joaquim Mexia Alves AQUI

Ser testemunha viva

«Nisto se demonstra a grande responsabilidade dos cristãos de hoje. Eles deviam ser pontos de referência da fé, enquanto pessoas que sabem de Deus, e demonstrar, com as suas vidas, a fé como verdade para assim se tornarem marcos para os outros.»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

Arriscar é preciso... (citação da responsabilidade do blogue)

O natural entusiasmo das crianças devia ser contagiante.

É que elas avançam com os olhos arregalados para a realidade, sem barreiras nem esquemas de defesa. Ficam – por assim dizer – disponíveis para acolher tudo o que se passa. Confiam sem problemas e, quando não sabem, perguntam. 

Pelo contrário, a tendência dos adultos é desconfiar e defender-se. Muitos vivem como quem leva o cotovelo diante dos olhos para evitar golpes desagradáveis ou inesperados da vida, retêm da realidade apenas o que lhes convém e são manhosos perante certas evidências: preferem fechar-se no seu pequeno espaço e recusam surpreender-se com as sugestões que vida traz. 

Assim se joga a nossa liberdade: ou (primeira hipótese) nos entrincheiramos em esquemas e jogamos à defesa; ou (segunda hipótese) arriscamos como as crianças, de coração simples e olhar escancarado. 

O mistério do Natal terá sérias dificuldades em florescer na primeira hipótese.

Aura Miguel in Rádio Renascença em 2011

«Ser pequeno. As grandes audácias são sempre das crianças. - Quem pede... a Lua? - Quem não repara nos perigos, ao tratar de conseguir o seu desejo?

"Ponde" numa criança "destas" muita graça de Deus, o desejo de fazer a sua Vontade (de Deus), muito amor a Jesus, toda a ciência humana que a sua capacidade lhe permita adquirir..., e tereis retratado o carácter dos apóstolos de hoje, tal como indubitavelmente Deus os quer.»

(São Josemaría Escrivá – Caminho, 857)

Quem foi Constantino? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

Para uma melhor leitura no blogue favor usar a opção de full screen (1º botão a contar da esquerda da barra inferior do Scibd.) caso deseje ler online. Obrigado!

O Evangelho

«Apenas lanço o olhar sobre o Evangelho, imediatamente respiro os perfumes da vida de Jesus e sei para onde correr». 

Santa Teresa do Menino Jesus

«Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo: alegrai-vos! [...] O Senhor está próximo»

Beato João Paulo II (1920-2005), papa 
Angelus de 14/12/2003 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)


«Alegrai-vos sempre no Senhor. [...] O Senhor está próximo!» (Fl 4,4-5). Com estas palavras do apóstolo Paulo a Liturgia convida-nos à alegria. É o terceiro domingo do Advento, chamado precisamente por isto domingo «Gaudete». [...]



O Advento é tempo de alegria, porque faz reviver a expectativa do acontecimento mais jubiloso na história: o nascimento do Filho de Deus da Virgem Maria. Saber que Deus não está longe, mas perto, que não é indiferente, mas compassivo, que não é alheio, mas Pai misericordioso que nos segue amorosamente no respeito da nossa liberdade: tudo isto é motivo de uma alegria profunda que as vicissitudes alternas do dia-a-dia não podem cancelar.


Uma característica inconfundível da alegria cristã é que ela pode conviver com o sofrimento, porque se baseia totalmente no amor. De facto, o Senhor que está tão próximo de nós, a ponto de Se fazer homem, vem infundir-nos a Sua alegria, a alegria de amar. Só assim se compreende a alegria serena dos mártires também no meio das provas, o sorriso dos santos da caridade diante de quem se encontra no sofrimento:  um sorriso que não ofende, mas conforta. «Alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor está contigo» (Lc 1,28). O anúncio do anjo a Maria é um convite à alegria. Peçamos à Virgem Santa o dom da alegria cristã.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)