Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 16 de março de 2013

'Não te esqueças dos pobres' (vídeo legendado em espanhol)

Obrigado Francisco pela sua humildade (Papa beija anel cardeal vietnamita Pham Minh Man, a imagem fala por si)


Buenos Aires, 1998 – “Benvinda a casa, Mãe!”

Santuário de Fátima recorda o acolhimento do Papa Francisco à Imagem da Virgem Peregrina de Fátima

Foto não corresponde ao momento
O Santuário de Fátima recorda com alegria o acolhimento feito, a 19 de Abril de 1998, por D. Jorge Mario Bergoglio, atual Papa Francisco, à imagem da Virgem Peregrina de Fátima, isto no âmbito da peregrinação da imagem à Argentina.

Nos arquivos do Serviço de Estudos e Difusão (SESDI) do Santuário de Fátima, é referido que, pelas 16:00 do dia 19 de abril de 1998, D. Jorge Mario Bergoglio, na qualidade de arcebispo de Buenos Aires, acolheu a imagem da Virgem Peregrina de Fátima, oriunda do Santuário de Fátima em Portugal.

Naquele dia 19 de abril, a imagem, vinda da província argentina de S. Luís com destino à capital federal da Argentina, era esperada “no cruzamento das avenidas”, em Buenos Aires, pelo atual Papa Francisco, a quem cabia receber “a Branca Peregrina”.

Junto com D. Jorge Mario Bergoglio, além de outros membros do clero da arquidiocese de Buenos Aires, da diocese de Avellaneda e de “uma numerosa quantidade de fiéis de distintas idades”, estava o bispo de Avellaneda, fundador da “Família Missionária de Fátima” e promotor da peregrinação da Imagem de Fátima, D. Ruben H. di Monte.

Após o acolhimento, a imagem da Virgem Peregrina de Fátima percorreu algumas ruas de Buenos Aires em procissão, com orações e cânticos, até ao Colégio de Nossa Senhora de Fátima,  onde foi celebrada a Eucaristia, presidida pelo atual Papa.

A homilia de D. Jorge Mario Bergoglio, descrita na documentação entregue ao Santuário de Fátima, como “curta, significativa e emotiva”, centrou-se nas palavras de acolhimento “Benvinda a casa, Mãe!”.

Na referida homilia, que na parte final é sobretudo uma prece dirigida a Nossa Senhora, D. Jorge Bergoglio refletiu sobre a figura de Maria como a mãe que acolhe e conforta todos os seus filhos e lhes conhece as súplicas, os anseios e as alegrias.

“Por isso lhe abrimos (à Mãe, Maria) a porta do nosso coração e da nossa casa. Abrimos-lhe a porta da nossa cidade. Ela sabe onde tem de ir. Ela sabe onde tem de tocar, que carícia tem de dar; que ferida pode curar. Ela conhece a oração mais guardada no nosso coração, aquilo que desejamos, às vezes sem nos atrevermos a dizê-lo”, disse.

“Querida Mãe: Benvinda a casa! Ensina-nos que Jesus está vivo, que o sintamos vivo no meio de nós. Ensina-nos a linguagem da ternura. Benvinda a casa, Mãe! Olha para a minha família, sabeis do que necessita. Olha pelo nosso bairro, sabeis bem onde tens de ir. Olha para o meu coração, conhece-lo melhor do que eu. Benvinda a casa! Ensina-me que Jesus está vivo, para que nunca pense que está morto para mim. Dá-me forças, Mãe. Dá-me ternura para ajudar os demais. Dá-me a paz do coração. Benvinda a casa!”, rezou.

Terminada a celebração a imagem foi levada,  ao anoitecer, para a igreja do primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima na Argentina, onde esteve de 19 de abril a 23 de maio.

Este Santuário de Fátima em Buenos Aires, de acordo com a documentação do SESDI, foi construído numa zona muito pobre, chamada originalmente “Bajo Flores”, actualmente “Villa Soldati”, onde vivia “gente trabalhadora e carenciada até ao extremo”.

Em 1950, um grupo de habitantes deste bairro da capital Buenos Aires adquire uma imagem de Nossa Senhora de Fátima a quem reza para que as suas casas sejam poupadas num processo de expropriação, o que viria a acontecer. Nesse mesmo ano, o Cardeal de Buenos Aires entrega os cuidados pastorais desta zona aos Missionários do Sagrado Coração de Jesus. O primeiro encarregado da paróquia é o padre Celso Mejido Díaz.

O Cardeal dispôs depois que na nova paróquia fosse venerada a imagem de Nossa Senhora de Fátima levada de Portugal e benzida pelo Cardeal Cerejeira. O decreto de ereção da paróquia data de 25 de julho de 1950.

O templo atual foi inaugurado a 12 de outubro de 1957; o altar foi consagrado um ano depois e, em 1992, o então cardeal arcebispo de Buenos Aires, D. Antonio Quarracino, declara a paróquia como santuário arquidiocesano.

Esta peregrinação em que a imagem foi recebida pelo atual Papa Francisco – em que peregrinou a Primeira Imagem da Virgem Peregrina (n.º 1), que atualmente está entronizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Fátima/Portugal – realizou-se entre 1998 e 2000, com visita à Argentina e ao Uruguai.

LeopolDina Simões, Sala de Imprensa do Santuário de Fátima

26/2013, de 16 de março de 2013 - 17:30

23 Mar - Início 3ª edição do Programa de Orientação Familiar - AESE

Porquê Francisco, a escolha de um nome

"Como quereria uma Igreja pobre, para os pobres" - exclamou esta manhã Papa Francisco, quase no final das palavras que dirigiu aos jornalistas, explicando a escolha do seu nome. Inspirado pelo pedido que lhe dirigiu o cardeal Hummes logo que tinha sido eleito: "Não esqueças os pobres!".

Com palavras e num tom de grande cordialidade, Papa Francisco, referindo a dificuldade de fazer a cobertura mediática de factos que dizem respeito à Igreja – uma realidade que só à luz da fé se pode captar, observou:
“A Igreja, embora sendo uma instituição humana, histórica, com tudo o que isso comporta, não tem uma natureza política, mas essencialmente espiritual – o santo Povo de Deus, que caminha ao encontro de Jesus Cristo”.

“Só colocando-se nesta perspectiva é que se pode referir plenamente aquilo que a Igreja Católica realiza” – prosseguiu o Papa. “É Cristo o Pastor da Igreja.”.

“É Cristo o centro, não o sucessor de Pedro. Cristo é a referência fundamental, o coração da Igreja”

Papa Francisco exprimiu todo o reconhecimento da Igreja pela atividade dos homens da comunicação que – disse – têm “a capacidade de recolher e exprimir as expectativas e as exigências do nosso tempo, de oferecer os elementos para uma leitura da realidade”.

A concluir, Papa Francisco – em palavras improvisadas, explicou a razão da escolha do nome, contando que – no conclave, estava ao seu lado o cardeal Hummes, arcebispo emérito de São Paulo – “um grande amigo, um grande amigo!” – que o ia confortando “quando a coisa se tornava um pouco perigosa” (e se entrevia o risco próximo de ser eleito). Quando se superaram os dois terços (contou o Papa), houve um aplauso, o cardeal Hummes abraçou-me e disse-me: “Não te esqueças dos pobres. E aquela palavra entrou aqui: os pobres, os pobres. E logo pensei em Francisco”

“Francisco é o homem da paz. E assim veio o nome, no meu coração: Francisco de Assis. O homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e defende a Criação…
É o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre…
Ah, como quereria uma Igreja pobre e para os pobres!”
Comovente também o momento dos cumprimentos, em que Papa Francisco não hesitou em abraçar e deixar-se abraçar pelos jornalistas, homens e mulheres, seus conhecidos e amigos. Ou quando, por exemplo, acariciou o cão que acompanhava um invisual, também ele jornalista que o cumprimentava…

No final, quando tudo estava praticamente concluído, foi-lhe recordado que faltava ainda a bênção de rito. Com grande espontaneidade, exprimindo-se em espanhol, Papa Francisco observou que muitos dos presentes não pertencem à Igreja Católica e que outros nem crentes são. Por isso…

“De coração dou esta bênção, no silêncio, a cada um de vós, respeitando a consciência de cada um, mas sabendo que cada um de vós é filho de Deus”. Que Deus vos abençoe!” (aplausos)

O encontro decorreu na ampla sala das Audiências, começando mesmo um pouco antes das 11h. O costume de conceder no início do pontificado uma audiência aos profissionais da informação remonta a João Paulo II. Também Bento XVI concedeu uma audiência semelhante, a 23 de abril de 2005, cinco dias após a sua eleição.

A Santa Sé revelou ter recebido mais de 5500 pedidos de acreditação para o acompanhamento do Conclave, a que se somam cerca de 600 profissionais com acreditações permanentes.

Rádio Vaticano

Vídeo da ocasião em italiano

Imitação de Cristo, LIVRO QUARTO - DO SACRAMENTO DO ALTAR - Devota exortação à sagrada comunhão

Vinde a mim todos que penais e estais sobrecarregados, e eu vos aliviarei, diz o Senhor (Mt 11,78).

O pão que eu darei é a minha carne, pela vida do mundo (Jo 6,52).

Tomai e comei, este é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim (Lc 22,19).

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica em mim e eu nele (Jo 6,57).

As palavras que eu vos disse são espírito e vida (Jo 6,64).

«Também Eu não te condeno»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Sermão 13

Há um salmo que diz: «Deixai-vos instruir, juízes da terra!» (Sl 2,10). Os que julgam a terra são os reis, os governantes, os príncipes, os juízes propriamente ditos. [...] Que eles se instruam, porque se trata da terra que julga a terra, mas ela deve temer Aquele que está no céu. Eles julgam os seus iguais: o homem julga um homem, o mortal, um mortal, o pecador, um pecador. Se Nosso Senhor fizesse ressoar, no meio desses juízes, esta sentença divina: «Que o primeiro que estiver sem pecado, atire a primeira pedra», não começariam a tremer todos aqueles que julgam a terra?

Aos fariseus que, para O tentar, Lhe tinham trazido uma mulher surpreendida em adultério [...], Jesus disse: «Vós quereis lapidar esta mulher como está prescrito na Lei. Pois bem, que aquele de vós que estiver sem pecado lhe atire a primeira pedra». Enquanto O questionavam, escrevia na terra, para «instruir a terra»; mas, quando lhes deu esta resposta, levantou os olhos, «olhou para a terra e ela estremeceu» [Sl 104 (103), 32]. Os fariseus, confusos e a tremer, vão-se embora, um após outro. [...]

A pecadora ficou só com o Salvador: a doente com o médico, a grande miséria com a grande misericórdia. Olhando para esta mulher, Jesus diz-lhe: «Ninguém te condenou? ─ Ninguém Senhor» [...] Mas ela permanece diante de um juiz que não tem pecado. «Ninguém te condenou? ─ Ninguém Senhor, e, se Tu próprio não me condenares, estou em segurança». Silenciosamente, o Senhor responde a esta inquietação: «Também Eu não te condeno. [...] A voz da consciência impediu os acusadores de te punirem; a misericórdia incita-Me a vir em teu socorro». Meditai nestas verdades e «deixai-vos instruir, juízes da terra».

O Evangelho de Domingo dia 17 de março de 2013

Jesus foi para o monte das Oliveiras. Ao romper da manhã, voltou para o templo e todo o povo foi ter com Ele, e Ele, sentado, os ensinava. Então os escribas e os fariseus trouxeram-Lhe uma mulher apanhada em adultério; puseram-na no meio, e disseram-Lhe: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante delito de adultério. Ora Moisés, na Lei, mandou-nos apedrejar tais mulheres. E Tu que dizes?». Diziam isto para Lhe armarem uma cilada, a fim de O poderem acusar. Porém, Jesus, inclinando-Se, pôs-Se a escrever com o dedo na terra. Continuando, porém, eles a interrogá-l'O, levantou-Se e disse-lhes: «Aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra». Depois, tornando a inclinar-Se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo isto, foram-se retirando, um após outro, começando pelos mais velhos; e ficou só Jesus com a mulher diante d'Ele. Então, levantando-Se, disse-lhe: «Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Então Jesus disse: «Nem Eu te condeno; vai e doravante não peques mais».

Jo 8, 1-11

Porquê Francisco, a escolha de um nome

Logo após a eleição e os aplausos o Cardeal Hummes que se encontrava ao meu lado abraçou-me e beijou-me dizendo «não te esqueças dos pobres» e isso fez-me pensar e pensando na guerra também e então pensei em São Francisco Assis e escolhi o nome Francisco.

(citação não «ipsis verbis» da responsabilidade do blogue do Papa Francisco no encontro com a imprensa)

O que pensa o Papa Francisco sobre... (pode aumentar clicando em 'zoom+' ou 'full screen')


Fé eclesial

«Por outras palavras, a fé é necessariamente fé eclesial, vive e move-se no nós da Igreja, unida ao seu comum de Jesus Cristo. Neste novo sujeito cai o muro entre mim e o outro, o muro que separa a minha subjectividade da objectividade do mundo e que mo torna inacessível, muro entre mim e a profundidade do ser.»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

‘Dar tempo a Deus’ por Aura Miguel

Andamos todos numa correria, não temos tempo para nada.

Há poucos dias, o Papa (Bento XVI) pediu-nos para dar mais tempo à oração. Não se queixem que Deus não tem nada para dizer. O problema não é Dele; o problema é que o homem não lhe dá espaço! 

O alerta de Bento XVI parte desta dura realidade: andamos todos numa correria, não temos tempo para nada – nem para os amigos nem para a família, quanto mais para Deus!... 

Que supremo paradoxo: Deus está inteiramente disponível e espera continuamente por nós, mas nada pode fazer... Porque – apesar de omnipotente – respeita tanto a nossa liberdade, que fica à mercê da nossa disponibilidade.

Aura Miguel in RR online em 2012

«Que devo eu fazer para alcançar a vida eterna?» - Excerto Homilia sobre Lucas 10, 25-37

Para uma vida feliz é preciso, portanto, um íntimo entendimento com Deus. Só se esta relação de fundo correr bem podem também as outras relações vir a ser justas. Por isso é importante aprender ao longo de toda uma vida, e desde a juventude, a pensar com Deus, a sentir com Deus, a querer com Deus, para que daqui venha o amor. Desse modo o amor torna-se o tom de fundo da nossa vida.

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger) 

A Sagrada Eucaristia

Na Eucaristia, partimos «o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver eternamente em Jesus Cristo»

(S. Inácio de Antioquia) 

Sanctorum Exultatio

«Será que também vós ficastes seduzidos?»

Bem-aventurado Tito Brandsma, carmelita holandês, mártir (1881-1942) 
Convite ao heroísmo na fé e no amor


Vivemos num mundo em que o próprio amor está condenado: chamam-lhe fraqueza, algo a superar. Há quem diga: «O amor não tem importância, o que temos de desenvolver é a força; que todos se tornem tão fortes quanto possível; e que o fraco pereça!» Dizem ainda que a religião cristão, com os seus sermões sobre o amor, é uma coisa do passado. [...] Passa-se deste modo: eles dirigem-se a nós com essas doutrinas e até encontram pessoas que as adoptam com muito gosto. O amor é desconhecido: «O Amor não é amado» dizia São Francisco de Assis; e, séculos mais tarde em Florença, Santa Maria Madalena de Pazzi fazia soar os sinos do seu carmelo para que o mundo soubesse como o Amor é belo! Também eu gostaria de fazer soar os sinos para dizer ao mundo como é belo amar!


O neo-paganismo [do nazismo] pode repudiar o amor ; a História ensina-nos que, apesar de tudo, venceremos esse neo-paganismo através do amor. Nós não abandonaremos o amor. O amor far-nos-á reconquistar os corações desses pagãos. A natureza é mais forte do que a filosofia. Ainda que uma filosofia condene e rejeite o amor e o apelide de fraqueza, o testemunho vivo do amor renovará sempre o seu poder para conquistar e cativar os corações dos homens.

O Evangelho do dia 16 de março de 2013

Entretanto, alguns daquela multidão, tendo ouvido estas palavras, diziam: «Este é verdadeiramente o profeta». Outros diziam: «Este é o Messias». Alguns, porém, diziam: «Porventura é da Galileia que há-de vir o Messias? Não diz a Escritura: “Que o Messias há-de vir da descendência de David e da aldeia de Belém, donde era David”?». Houve, portanto, desacordo entre o povo acerca d'Ele. Alguns deles queriam prendê-l'O, mas nenhum pôs as mãos sobre Ele. Voltaram, pois, os guardas para os príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: «Porque não O trouxestes preso?». Os guardas responderam: «Nunca homem algum falou como Este homem». Os fariseus replicaram: «Porventura, também vós fostes seduzidos? Houve, porventura, algum dentre os chefes do povo ou dos fariseus que acreditasse n'Ele? Quanto a esta plebe, que não conhece a Lei, é maldita». Nicodemos, que era um deles, o que tinha ido de noite ter com Jesus, disse-lhes: «A nossa Lei condena, porventura, algum homem antes de o ouvir e antes de se informar sobre o que ele fez?». Responderam: «És tu também galileu? Examina as Escrituras, e verás que da Galileia não sai nenhum profeta». E foi cada um para sua casa.

Jo 7, 40-53