Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Amar a Cristo...

Senhor como manifestar-Te a nossa gratidão? Amando-Te, seguindo-Te, proclamando-Te, sendo bons filhos, tendo-Te sempre presente no nosso coração, mas tudo isto nos parece pouco diante da Tua infinita bondade.

Há pouco mais de um ano pensávamos que estaria próxima a Tua chamada e hoje ainda que com algumas dificuldades sentimo-nos aptos a tentar melhor servir-Te.

Obrigado, Meu Deus e Meu Senhor pelo que foste, és e serás sempre!

JPR

Conheça o Papa Francisco (em 4 minutos)

A Encíclica do Papa Francisco "Lumen fidei" (Luz da fé) será apresentada no dia 5 de julho (vídeo em espanhol)

Rezar é dirigir-se ao Senhor com coragem e insistência

Devemos rezar com coragem e insistência ao Senhor, pedindo, assim como fez Abraão: foi o que afirmou esta manhã o Papa Francisco na missa celebrada na capela da Casa Santa Marta.

O Papa desenvolveu a sua homilia partindo da primeira leitura e observou que Abraão fala com coragem e insistência ao Senhor para defender Sodoma da destruição. A Bíblia nos ensina que “a oração deve ser corajosa”:
“Quando nós falamos de coragem, pensamos sempre na coragem apostólica, para pregar o Evangelho... mas há também a coragem diante do Senhor”, explicou.

Francisco disse que é até um pouco “engraçado” ver Abraão que fala com o Senhor de uma maneira especial, com aquela coragem, e alguém pode ficar em dúvida se é um homem que reza ou um comerciante que negocia para abaixar o preço.

“Mas é com esta coragem, com esta insistência que se vai avante”, continuou o Papa, recordando que pedir uma coisa ao Senhor não é oração.

“Quem quer uma graça do Senhor, deve pedir com coragem e fazer o que fez Abraão. O próprio Jesus nos ensina isso, quando elogia a mulher sírio-fenícia que, insistentemente, pede a cura para sua filha. Pedir com insistência, mesmo que seja cansativo, é a atitude da oração.”

O Papa citou Santa Teresa, que “fala da oração como uma negociar com o Senhor, e isso só é possível se existe familiaridade com Ele”.

Nessa negociação, acrescentou Francisco, é preciso fazer como Abraão, que tenta convencer o Senhor com suas próprias virtudes. “Rezar é louvar o Senhor nas coisas belas que tem e pedir-Lhe essas mesmas coisas para nós.”

E conclui dizendo que gostaria que hoje todos nós reservássemos cinco minutos, “não mais que isso”, para recitar lentamente o Salmo 102”: “Rezá-lo inteiro e, assim, aprenderemos as coisas que devemos dizer ao Senhor quando pedimos uma graça. Prossigamos na oração, corajosos, e com esses argumentos que vêm do coração de Deus”.

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

ALENTEJO (em homenagem aos meus muitos familiares e amigos alentejanos, vale a pena ler até ao fim. Obrigado!)


Palavra mágica que começa no Além e termina no Tejo, o rio da portugalidade. O rio que divide e une Portugal e que à semelhança do Homem Português, fugiu de Espanha à procura do mar.

O Alentejo molda o carácter de um homem. A solidão e a quietude da planície dão-lhe a espiritualidade, a tranquilidade e a paciência do monge; as amplitudes térmicas e a agressividade da charneca dão-lhe a resistência física, a rusticidade, a coragem e o temperamento do guerreiro. Não é alentejano quem quer. Ser alentejano não é um dote, é um dom. Não se nasce alentejano, é-se alentejano.

Portugal nasceu no Norte mas foi no Alentejo que se fez Homem. Guimarães é o berço da Nacionalidade, Évora é o berço do Império Português. Não foi por acaso que D. João II se teve de refugiar em Évora para descobrir a Índia. No meio das montanhas e das serras um homem tem as vistas curtas; só no coração do Alentejo, um homem consegue ver ao longe.

Mas foi preciso Bartolomeu Dias regressar ao reino depois de dobrar o Cabo das Tormentas, sem conseguir chegar à Índia para D. João II perceber que só o costado de um alentejano conseguia suportar com o peso de um empreendimento daquele vulto. Aquilo que para o homem comum fica muito longe, para um alentejano fica já ali. Para um alentejano não há longe, nem distância porque só um alentejano percebe intuitivamente que a vida não é uma corrida de velocidade, mas uma corrida de resistência onde a tartaruga leva sempre a melhor sobre a lebre.

Foi, por esta razão, que D. Manuel decidiu entregar a chefia da armada decisiva a Vasco da Gama. Mais de dois anos no mar... E, quando regressou, ao perguntar-lhe se a Índia era longe, Vasco da Gama respondeu: «Não, é já ali.». O fim do mundo, afinal, ficava ao virar da esquina.

Para um alentejano, o caminho faz-se caminhando e só é longe o sítio onde não se chega sem parar de andar. E Vasco da Gama limitou-se a continuar a andar onde Bartolomeu Dias tinha parado. O problema de Portugal é precisamente este: muitos Bartolomeu Dias e poucos Vasco da Gama. Demasiada gente que não consegue terminar o que começa, que desiste quando a glória está perto e o mais difícil já foi feito. Ou seja, muitos portugueses e poucos alentejanos.

D. Nuno Álvares Pereira, aliás, já tinha percebido isso. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. D. Nuno sabia bem que uma batalha não se decide pela quantidade mas pela qualidade dos combatentes. É certo que o Rei de Castela contava com um poderoso exército composto por espanhóis e portugueses, mas o Mestre de Avis tinha a vantagem de contar com meia dúzia de alentejanos. Não se estranha, assim, a resposta de D. Nuno aos seus irmãos, quando o tentaram convencer a mudar de campo com o argumento da desproporção numérica: «Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os alentejanos estão do nosso lado?»

Mas os alentejanos não servem só as grandes causas, nem servem só para as grandes guerras. Não há como um alentejano para desfrutar plenamente dos mais simples prazeres da vida. Por isso, se diz que Deus fez a mulher para ser a companheira do homem. Mas, depois, teve de fazer os alentejanos para que as mulheres também tivessem algum prazer. Na cama e na mesa, um alentejano nunca tem pressa. Daí a resposta de Eva a Adão quando este, intrigado, lhe perguntou o que é que o alentejano tinha que ele não tinha: «Tem tempo e tu tens pressa.» Quem anda sempre a correr, não chega a lado nenhum. E muito menos ao coração de uma mulher. Andar a correr é um problema que os alentejanos, graças a Deus, não têm. Até porque os alentejanos e o Alentejo foram feitos ao sétimo dia, precisamente o dia que Deus tirou para descansar.

E até nas anedotas, os alentejanos revelam a sua superioridade humana e intelectual. Os brancos contam anedotas dos pretos, os brasileiros dos portugueses, os franceses dos argelinos... só os alentejanos contam e inventam anedotas sobre si próprios. E divertem-se imenso, ao mesmo tempo que servem de espelho a quem as ouve.

Mas para que uma pessoa se ria de si própria não basta ser ridícula porque ridículos todos somos. É necessário ter sentido de humor. Só que isso é um extra só disponível nos seres humanos topo de gama.

Não se confunda, no entanto, sentido de humor com alarvice. O sentido de humor é um dom da inteligência; a alarvice é o tique da gente bronca e mesquinha. Enquanto o alarve se diverte com as desgraças alheias, quem tem sentido de humor ri-se de si próprio. Não há maior honra do que ser objecto de uma boa gargalhada. O sentido de humor humaniza as pessoas, enquanto a alarvice diminui-as. Se Hitler e Estaline se rissem de si próprios, nunca teriam sido as bestas que foram.

E as anedotas alentejanas são autênticas pérolas de humor: curtas, incisivas, inteligentes e desconcertantes, revelando um sentido de observação, um sentido crítico e um poder de síntese notáveis.

Não resisto a contar a minha anedota preferida. Num dia em que chovia muito, o revisor do comboio entrou numa carruagem onde só havia um passageiro. Por sinal, um alentejano que estava todo molhado, em virtude de estar sentado num lugar junto a uma janela aberta. «Ó amigo, por que é que não fecha a janela?», perguntou-lhe o revisor.

«Isso queria eu, mas a janela está estragada.», respondeu o alentejano. «Então por que é que não troca de lugar?» «Eu trocar, trocava... mas com quem?»

Como bom alentejano que me prezo de ser, deixei o melhor para o fim. O Alentejo, como todos sabemos, é o único sítio do mundo onde não é castigo uma pessoa ficar a pão e água. Água é aquilo por que qualquer alentejano anseia. E o pão... Mas há melhor iguaria do que o pão alentejano? O pão alentejano come-se com tudo e com nada. É aperitivo, refeição e sobremesa. E é o único pão do mundo que não tem pressa de ser comido. É tão bom no primeiro dia como no dia seguinte ou no fim da semana. Só quem come o pão alentejano está habilitado para entender o mistério da fé. Comê-lo faz-nos subir ao Céu!

É por tudo isto que, sempre que passeio pela charneca numa noite quente de verão ou sinto no rosto o frio cortante das manhãs de Inverno, dou graças a Deus por ser alentejano. Que maior bênção poderia um homem almejar?

ZCC

«Mestre, seguir-Te-ei para onde quer que fores»

Santa Clara (1193-1252), monja franciscana
1ª carta a Inês de Praga, §§15-23

Bem aventurada a pobreza, que prodigaliza riquezas eternas aos que a amam e abraçam! Santa pobreza – aos que a possuem e desejam, Deus promete certamente o Reino dos céus e dá a glória eterna e uma vida feliz. Querida pobreza, que o Senhor Jesus Cristo preferiu a qualquer outra coisa, Ele que reinava e que reina sobre o céu e a terra, «Ele disse e tudo foi feito» (Sl 32, 9). Efectivamente, Ele disse: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, mas o Filho do Homem [ou seja, Cristo] não tem onde reclinar a cabeça.» Por fim, quando reclinou a Sua cabeça [sobre a cruz], entregou o espírito (Jo 19, 30).


Dado que tão grande Senhor quis descer ao seio da Virgem, dado que quis aparecer ao mundo desprezado, indigente e pobre para que os homens, indigentes, pobres e esfomeados de alimento celestial, com Ele se tornassem ricos entrando na posse do Reino dos céus, exultai de alegria. Congratulai-vos com grande felicidade e alegria espiritual. Se preferis o despeito às honras, e a pobreza às riquezas deste mundo, se confiais os vossos tesouros não à terra mas ao céu, «onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam» (Mt 6, 20), «grande será a vossa recompensa no Céu» (Mt 5, 12).

«O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»

Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo e doutor da Igreja 
8º Discurso para a novena de Natal

Jesus Cristo nasceu pobre, e pobre viveu toda a Sua vida; e não pobre, apenas, mas indigente, mendigo, para usarmos a expressão de São Paulo (2Co 8,9). [...] Em Nazaré, Jesus vive de forma pobre: «uma casa pobre, com uns móveis pobres, assim é o alojamento que o Criador do mundo escolheu». Ali vive de maneira humilde, ganhando o pão com o suor do Seu rosto, trabalhando arduamente, como todos os operários e filhos de operários. Ainda assim, não é verdade que os judeus não acreditavam n'Ele, e que lhe chamavam «o filho do carpinteiro»? (Mc 6,3; Mt 13,55).

Depois, aparece em público para pregar o Evangelho. Durante esses três últimos anos da Sua vida, longe de melhorar a Sua forma de subsistência, pratica uma pobreza ainda mais rigorosa, e sobrevive de esmolas. A um homem que O queria seguir na esperança de passar a viver com maiores comodidades, responde: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» Homem, quer Ele dizer, se, por Me seguires, pensas que vais conseguir ter uma vida mais abastada, enganas-te, porque eu vim à Terra ensinar a pobreza. Nesse propósito, tornei-Me mais pobre do que as raposas e os pássaros, que pelo menos têm abrigos; neste mundo, não tenho de Meu a mais ínfima parcela de terra onde possa repousar, e quero que os Meus discípulos sejam como Eu. [...]

«Um servo de Jesus Cristo possui a Jesus Cristo e nada mais», afirma São Jerónimo. Nem sequer deseja possuir o que quer que seja, mas apenas a Jesus. Em suma, Jesus viveu sempre pobre, e pobre morreu: pois não teve de ser José de Arimateia a dar-Lhe o túmulo, e outros ainda a fazerem-Lhe a esmola de uma mortalha para o corpo?

O Evangelho do dia 1 de julho de 2013

Vendo-Se Jesus rodeado por uma grande multidão, ordenou que passassem para a outra margem do lago. E, aproximando-se um escriba, disse-Lhe: «Mestre, eu seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus disse-lhe: «As raposas têm tocas, e as aves do céu ninhos; porém, o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça». Um outro dos Seus discípulos disse-Lhe: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Jesus, porém, respondeu-lhe: «Segue-Me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos». 

Mt 8, 18-22