Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Amar a Cristo...

Amado Jesus, em Ti nos abandonamos, pois só Tu és a Luz e a Verdade, se o não reconhecermos andaremos perdidos como vagabundos sem norte e mais facilmente à mercê das trevas que espreitam sempre uma oportunidade para atacar.

Em Ti e sob o manto da Virgem Maria, seremos mais fortes e assim poderemos melhor servir o próximo no qual Te revemos.

Obrigado por Ti e pela Tua excelsa e imaculada Mãe, que nos adoptou por infinita bondade Sua e Tua!

JPR

«O Filho do Homem é Senhor do sábado.»

Concílio Vaticano II 
Constituição sobre a Sagrada Liturgia «Sacrosanctum Concilium»,  §§ 102, 106


A Santa Madre Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, a memória sagrada da obra de salvação de seu divino Esposo. Em cada semana, no dia a que chamou domingo, celebra a da Ressurreição do Senhor, como a celebra também uma vez por ano na Páscoa, a maior das solenidades, unida à memória da sua Paixão. […]

Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em contacto com eles, se encham de graça. […]

Por tradição apostólica, que nasceu do próprio dia da Ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal todos os oito dias, no dia que bem se denomina dia do Senhor ou domingo. Neste dia, devem os fiéis reunir-se para participar na Eucaristia e ouvir a palavra de Deus, e assim recordar a Paixão, Ressurreição e glória do Senhor Jesus e dar graças a Deus que os «regenerou para uma esperança viva pela Ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos» (1Ped 1,3). O domingo é, pois, o principal dia de festa a propor e inculcar no espírito dos fiéis; seja também o dia da alegria e do repouso.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«JÁ E AINDA NÃO»

Um dia destes, reflectindo em tantas coisas da minha vivência diária da fé, veio ao meu pensamento uma frase que ouvi repetidamente nas aulas de Escatologia e me ficou gravada na memória, ou melhor, no coração: «já e ainda não».
Tentei então, mais uma vez, apreender todo o sentido desta frase, que reflecte em palavras muito simples o gozo de Deus, «já», mas «ainda não» na plenitude.

Ocorreu-me então a seguinte comparação.
Quando se é criança, por vezes deseja-se muito algo que sabemos poder esperar que os nossos pais nos dêem. Por exemplo, uma bicicleta!
Um dia então, perto do nosso aniversário ou do Natal, os nossos pais podem dizer-nos que, se nos portarmos bem, teremos a tão desejada bicicleta.
O incentivo leva-nos a tentar ter um comportamento irrepreensível, para podermos alcançar aquilo que tanto desejamos.
Mas mesmo antes do dia aprazado para a entrega do presente, já “vivemos” a bicicleta, já dela usufruimos em pensamento, já com ela damos longos passeios, já mesmo sem a ter vivemos momentos intensos de alegria e gozo, como se a pudéssemos montar e pedalarmos por montes e vales em liberdade.
Ou seja, de algum modo «já» vivemos a alegria, o gozo de ir ter algo que ainda não temos, mas que «já» nos faz perceber que, se «ainda não» a tendo já é tão bom, como será quando a tivermos!
Obviamente que a comparação com o «já e ainda não» cristão é pobre, pois comparam-se coisas mundanas com coisas de Deus.

Mas a verdade é que este «já» cristão é vivido verdadeiramente por quem está em comunhão com Deus e se faz, por Ele, comunhão com os outros.
Quantas vezes não somos “atingidos” por momentos de intensa alegria e paz, quando vivemos com Deus e para Deus?

Mas mais ainda, porque se no caso da comparação da bicicleta o «já» é apenas imaginação, na vivência cristã o «já» faz-se realmente presente em Igreja, nos Sacramentos, muito especialmente na Eucaristia em que podemos viver realmente a presença do Deus vivo, que se faz alimento para nós.
E podemos também vivê-Lo no abraço sentido do irmão a quem ajudámos, no beijo amoroso daquela ou daquele que amamos, dos filhos, graças de Deus, e em tantas, tantas ocasiões em que Deus se faz presente, porque Ele está realmente no meio de nós e em nós.
É então, um «já» muito real, mas «ainda não» em plenitude, para sempre.

Mas voltando à comparação da bicicleta, lembremo-nos que há uma condição para obter o presente, e que é o nosso bom comportamento.

Para alcançarmos a promessa contida no «ainda não» cristão, também há, se assim quisermos dizer, uma condição, que é fazer a vontade de Deus.
Só que o julgamento de Deus é repleto de um amor que nós não compreendemos, não abarcamos, porque é misericordioso, e mesmo que tenhamos falhado algumas ou muitas vezes em fazer a vontade d’Ele, basta o nosso arrependimento para que tudo se concretize.

E de tal maneira Ele nos ama que, alcançar a promessa contida no «ainda não» cristão não depende só de nós, mas sim da sua imensa misericórdia, pois é graça sua conceder-nos essa promessa, porque Ele nos conhece como nós não nos conhecemos, e lê nos nossos corações aquilo que nós não sabemos ler.
Realmente, se o gozo de Deus «já» é tão intenso, “produz” tanta alegria e tanta paz, o que será então na concretização da promessa contida no «ainda não»?

Em Ti, Senhor, creio, confio e espero.

Monte Real, 18 de Julho de 2013

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.pt/2013/07/ja-e-ainda-nao.html

“interacção das culturas”

No entanto, não se deve descurar o facto de que esta aumentada transacção de intercâmbios culturais traz consigo, actualmente, um duplo perigo. Em primeiro lugar, nota-se um ecletismo cultural assumido muitas vezes sem discernimento: as culturas são simplesmente postas lado a lado e vistas como substancialmente equivalentes e intercambiáveis umas com as outras. Isto favorece a cedência a um relativismo que não ajuda ao verdadeiro diálogo intercultural; no plano social, o relativismo cultural faz com que os grupos culturais se juntem ou convivam, mas separados, sem autêntico diálogo e, consequentemente, sem verdadeira integração. Depois, temos o perigo oposto que é constituído pelo nivelamento cultural e a homogeneização dos comportamentos e estilos de vida. Assim perde-se o significado profundo da cultura das diversas nações, das tradições dos vários povos, no âmbito das quais a pessoa se confronta com as questões fundamentais da existência [62].

[62] Cf. João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus (1 de Maio de 1991), 24: AAS 83 (1991), 821-822.

Caritas in veritate [II-26] – Bento XVI

«Aqui está Quem é maior que o templo»

Epístola dita de Barnabé (c. 130) 
§§ 15-16

A respeito do sábado está escrito: «As [vossas] celebrações lunares, os sábados, as reuniões de culto, as festas e as solenidades são-Me insuportáveis» (Is 1,13). Considerai esta palavra: «Não são os sábados actuais que Me agradam, mas o sábado que Eu farei quando, tendo posto fim ao universo, fizer surgir um oitavo dia que será a aurora de um mundo novo». Eis por que razão celebramos com alegria este oitavo dia em que Jesus ressuscitou dos mortos, Se manifestou e depois subiu aos céus.

A respeito do Templo, evocarei o erro desses infelizes que puseram a sua esperança no edifício, a pretexto de ser a casa de Deus, em vez de a porem no Deus que os criou. [...] Examinemos se ainda existe um templo para Deus. Sim, existe, e está lá, onde Ele mesmo afirma tê-lo construído e adornado. Porque está escrito : «Edificarão Jerusalém com magnificência, e nela a casa de Deus» (Tb 14,5). Constato então que esse templo existe. Mas como construí-lo em nome do Senhor? Escutai. Antes de termos fé, o nosso coração era uma habitação frágil e caduca, parecida com um templo construído pela mão do homem. Estava cheio de cultos a ídolos, servia de covil aos demónios, de tal forma os nossos empreendimentos iam contra os desígnios de Deus.

Mas «edificarão Jerusalém com magnificência, e nela a casa de Deus». Vigiai para que esse templo seja construído «com magnificência». Como? Recebendo a remissão dos pecados, pondo a nossa esperança no Seu nome, tornando-nos homens novos, recriados como na origem. Então Deus habitará verdadeiramente no nosso coração, que se tornará Sua morada.

«O Filho do Homem até do Sábado é Senhor»

Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto 
Homilia 35


Na Lei dada através de Moisés, […] Deus ordenava a todos que descansassem e que não fizessem qualquer trabalho ao Sábado. Mas isto era «imagem e sombra» (Heb 8,5) do verdadeiro Sábado, que é atribuído à alma pelo Senhor. Efectivamente, a alma que foi julgada digna do verdadeiro Sábado deixa de se dedicar às suas preocupações indignas e mesquinhas, e descansa delas, celebrando o verdadeiro Sábado e gozando do verdadeiro descanso, liberta de todas as obras das trevas. […]

Outrora, estava prescrito que até os animais privados de razão descansassem ao Sábado: o boi não devia ser sujeito ao jugo nem o burro transportar carga, porque até os próprios animais repousavam dos trabalhos penosos. Vindo até nós e dando-nos o verdadeiro e eterno Sábado, o Senhor trouxe o descanso à alma que andava carregada e oprimida com o peso do pecado e que, sob coação, realizava obras de injustiça, sujeita que estava a cruéis senhores. Ele aliviou-a do peso intolerável das ideias vãs e miseráveis, livrou-a do jugo amargo das obras da injustiça, e deu-lhe o descanso.

Com efeito, o Senhor chama o homem ao descanso dizendo-lhe: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e aliviar-vos-ei» (Mt 11,28). E todas as almas que confiam e se aproximam dele […] celebram um Sábado verdadeiro, delicioso e santo, uma festa do Espírito, numa alegria e num júbilo inexprimível; e rendem a Deus um culto puro que Lhe agrada, porque vem dum coração puro. Esse é o Sábado verdadeiro e santo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de julho de 2013

Naquele tempo, num dia de sábado, passava Jesus por umas searas, e Seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comê-las. Vendo isto os fariseus, disseram-Lhe: «Olha que os Teus discípulos fazem o que não é permitido fazer ao sábado». Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David e os seus companheiros, quando tiveram fome? Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães sagrados, dos quais não era lícito comer, nem a ele, nem aos que com ele iam, mas só aos sacerdotes? Não lestes na Lei que aos sábados os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Ora Eu digo-vos que aqui está Alguém que é maior que o templo. Se vós soubésseis o que quer dizer: “Quero misericórdia e não sacrifício”, jamais condenaríeis inocentes. Porque o Filho do Homem é senhor do próprio sábado».

Mt 12, 1-8