Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Halloween 2

Aí está a invasão publicitária, como em todos os anos nesta época: abóboras, disfarces de bruxas, de fantasmas, de esqueletos, diabos e de morte. E com nomes sugestivos: “Filha das trevas”, “A morte branca”, “Emissário da morte”, “Fantasma do Inferno”.

Para as carteiras menos recheadas, também há forquilhas, cornos e caveiras luminosas e também perucas de lobisomen e dentes de vampiro. Basta entrar nos supermercados e centros comerciais e até mesmo nas lojas de bairro que adultos, crianças e jovens têm uma panóplia para celebrar o Halloween.

A festa das bruxas, que se celebra na noite de 31 de Outubro, coincide com a véspera de todos os santos. Todos os anos a Santa Sé alerta para o carácter pagão do Halloween que "tem um pano de fundo de ocultismo e é absolutamente anticristã" (L’Osservatore Romano). Alguns bispos na Europa alertam os pais para esta onda de paganismo e apresentam alternativas curiosas: as Holywins - que brinca com as palavras "Santo" e "Vencer" - lançada pela diocese de Paris para juntar os jovens e crianças na noite de 31 de Outubro.

Também os bispos do Reino Unido deixam um apelo para que as crianças se disfarcem de santos, em vez de bruxos e diabos, porque a palavra Halloween deriva da expressão inglesa “All Hallow’s Eve”, ou seja “Véspera de Todos os Santos”.

Que bom seria se os portugueses encontrassem alternativas para testemunhar a fé e a esperança cristã diante da morte, em vez de celebrarem o Dia das Bruxas.

Aura Miguel em 2010

(Fonte: site Rádio Renascença)

Hoje! 31Out 17h “Situação dos refugiados da Síria e do Iraque no Médio Oriente” Senhor Patriarca Gregorios III - Fundação Pro-Dignitate


Halloween

Os motores da poderosa máquina comercial aí estão, de vento em popa! Quem quiser, ainda vai a tempo de se mascarar.

De olhos postos nesta sexta-feira, é vê-los a pedir aos pais os objectos mais incríveis, para se vestirem de bruxas, vampiros, monstros e seres medonhos, de preferência com sangue e marcas de crimes. O que está a dar mesmo é exaltar o medo, o terror, as almas penadas e todo o universo de criaturas tenebrosas. Mas esta opção pelos símbolos do mal e da morte não atinge apenas os mais novos. Veja-se a quantidade de jovens e adultos que se pintam e transformam em zombies – ou lá o que é – para, supostamente, se divertiram na “noite das bruxas”. Qual noite?

Segundo a lenda pagã dos celtas, é a noite do Jack O’Lantern, que ofereceu a alma ao diabo e cuja alma penada fica reduzida à famosa abóbora vazia iluminada por dentro. Mas é também – desde sempre e ainda hoje - uma noite importante para rituais satânicos, encontros esotéricos e sessões com druidas e magos.

Os primeiros cristãos substituíram-na pelo culto de todos os santos – como, aliás, sugere a tradução original da palavra “Halloween” (all hallows eve – véspera de todos os santos). Originariamente, esta solenidade celebrava-se a 13 de Maio, mas o Papa Gregório IV, no ano 834, deslocou a festa de todos os santos para 1 de Novembro (com vésperas litúrgicas dia 31 de Outubro), exactamente para erradicar superstições e ocultismos pagãos ligados a esta data.

A tradição cristã convida pois os seus fiéis a celebrar os santos e aponta-os como modelos de vida. É que os santos recusaram as trevas e optaram pela luz e pela verdade; são homens e mulheres de todas as idades e origens que não se deixam reduzir a abóboras vazias nem a cabos de vassoura.

Aura Miguel in RR online (2013) AQUI

Para o sábado em plenitude

Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo 
O sacramento do altar, 3, 2; SC 94


Moisés disse: «No sétimo dia, haverá descanso consagrado ao Senhor» (Ex 31,15). O Senhor gosta do repouso; gosta de repousar em nós e que, assim, repousemos nele. Mas há um repouso dos tempos vindouros, sobre o qual está escrito: «Desde agora, diz o Espírito, que repousem dos seus trabalhos» (Ap 14,13). E existe um repouso do tempo presente, acerca do qual o profeta diz: «Cessai de fazer o mal» (Is 1,16).

Alcançamos o repouso do tempo futuro através das seis obras de misericórdia que estão enumeradas no Evangelho, onde está escrito: «Porque tive fome e deste-Me de comer» (Mt 25,35s), etc. […] Porque «seis dias há durante os quais se deve trabalhar» (Lc 13,14); em seguida vem a noite, isto é a morte, «na qual ninguém pode trabalhar» (Jo 9,4). Depois destes seis dias, é o sábado: quando todas as boas obras foram consumadas, é o repouso das almas.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 31 de outubro de 2014

Entrando Jesus, um sábado, em casa de um dos principais fariseus, para comer, eles estavam a observá-l'O. Encontrava-se diante d'Ele um homem hidrópico. Jesus, dirigindo a palavra aos doutores da lei e aos fariseus, disse-lhes: «É lícito ou não fazer curas ao sábado?». Eles ficaram calados. Então Jesus, pegando no homem pela mão, curou-o e mandou-o embora. Dirigindo-se depois a eles, disse: «Qual de vós, se o seu filho ou seu boi cair num poço, não o tirará imediatamente ainda que seja em dia de sábado?». Eles não sabiam que replicar a isto.

Lc 14, 1-6

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Curso sobre os Sacramentos - 2014/2015 - Paróquia de Telheiras - N.ª S.ª da Porta do Céu


O diabo existe e nós devemos lutar contra ele

De quem me devo defender? O que devo fazer? Revestir-me da armadura de Deus, diz-nos S. Paulo, isto é aquilo que é de Deus defende-nos, para resistir às insídias do diabo. É claro? Claro. Não se pode pensar numa vida espiritual, a uma vida cristã, sem resistir às tentações, sem lutar contra o diabo, sem vestir esta armadura de Deus, que nos dá força e nos defende.

Mas a esta geração – e a tantas outras – fizeram acreditar que o diabo fosse um mito, uma figura, uma ideia, a ideia do mal. Mas o diabo existe e nós devemos lutar contra ele. Di-lo Paulo, não o digo eu! A Palavra de Deus di-lo. Mas nós não estamos tão convencidos. E depois Paulo diz como é esta armadura de Deus, quais são as diversas armaduras, que fazem esta grande armadura de Deus. E ele diz: ‘Estai firmes, portanto, estai firmes, cingindo os vossos rins com a verdade. Esta é uma armadura de Deus: a verdade.
(...)
A vida é uma milícia. A vida cristã é uma luta, uma luta belíssima, porque quando o Senhor vence em cada passo da nossa vida, dá-nos uma alegria, uma felicidade grande: aquela alegria que o Senhor fez vencer em nós com a sua gratuidade de salvação. Mas sim, todos somos um pouco preguiçosos, na luta, e deixamo-nos levar por paixões e por algumas tentações. É porque somos pecadores, todos! Mas não vos desencorajeis. Coragem e força, porque o Senhor está connosco.

Papa Francisco - excertos homilia Casa de Santa Marta 30.10.2014

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (4)

Levanto-me de manhã, olho para o espelho e vejo o cabelo todo revolto, os olhos ainda meio fechados, a cara por lavar e tudo o mais que acontece em cada manhã.
Tomo banho, lavo os dentes, penteio o cabelo, olho para o espelho e julgo que já estou apresentável.
Ergo os olhos ao Céu para agradecer, e lembro-me do meu interior.

Ó Senhor, digo então num pequeno diálogo, precisava de um espelho onde visse o meu interior, para dele também cuidar cada manhã.

A resposta vem de imediato:
Mas Eu dei-te um espelho, inquebrável e imutável, onde podes sempre aferir o teu interior.

Qual, Senhor?
Respondo eu admirado.

A minha Palavra, meu filho, a minha Palavra!
Só tens de abrir o Livro, ler com o coração o que te digo em tantas passagens, e reparares se nesse “espelho” da minha Palavra, está reflectido o teu interior.
Se o teu interior não corresponde à imagem que o Livro te devolve, então meu filho, precisas de lavar a alma, purificar o coração e “pentear” os teus pensamentos, até que o teu interior coincida o mais possível com a reflexão que te dá o “espelho” da minha Palavra.

Obrigado, Senhor, Tu nunca me faltas com o teu amor.

Vai, meu filho, e lembra-te que só com o teu interior reflectido no “espelho” da minha Palavra, poderás viver cada dia braço dado com o meu amor.

Marinha Grande, 30 de Outubro de 2014

Joaquim Mexia Alves

A Nossa Flor

«E a flor mais linda que germinou da Palavra de Deus é a Virgem Maria. Ela é a primícia da Igreja, jardim de Deus na terra»

Bento XVI – Angelus 6/XII/2009

«Jerusalém […], quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos»

São João Paulo II (1920-2005), papa 
Carta apostólica «Redemptionis anno», 20/04/1984


Para além de monumentos célebres e esplêndidos, Jerusalém acolhe comunidades vivas de crentes cristãos, judeus e muçulmanos, cuja presença é um penhor e uma fonte de esperança para as nações que, em todas as partes do mundo, olham para a Cidade Santa como um património espiritual e um sinal de paz e de harmonia. Sim, enquanto pátria do coração de todos os descendentes espirituais de Abraão, que lhe votam um amor profundo, e enquanto local onde se encontram aos olhos da fé, da infinita transcendência de Deus e das coisas criadas, Jerusalém é um símbolo de encontro, de união e de paz para toda a família humana. A Cidade Santa encerra assim um firme convite à paz dirigido a toda a humanidade, e nomeadamente aos adoradores do Deus único e grande, Pai misericordioso dos povos. Infelizmente há que reconhecer que Jerusalém continua a ser motivo de persistente rivalidade, violência e reivindicações.

Esta situação e estas considerações trazem aos lábios as palavras do profeta: «Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não descansarei, até que a sua justiça brilhe como a aurora e a sua salvação como facho brilhante» (Is 62,1). Penso e espero com impaciência o dia em que todos sejamos verdadeiramente «instruídos por Deus» (Jo 6,45), para que escutemos a sua mensagem de reconciliação e de paz. Penso no dia em que os judeus, os cristãos e os muçulmanos possam trocar entre si, em Jerusalém, a saudação de paz que Jesus dirigiu aos discípulos após a sua ressurreição: «A paz esteja convosco» (Jo 20,19).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de outubro de 2014

No mesmo dia alguns dos fariseus foram dizer-Lhe: «Sai e vai-Te daqui porque Herodes quer matar-Te». Ele respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Eis que Eu expulso os demónios e faço curas hoje e amanhã, e ao terceiro dia atinjo o Meu termo. Importa, contudo, que Eu caminhe ainda hoje, amanhã e no dia seguinte; porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. «Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes quis juntar os teus filhos como a galinha recolhe os seus pintainhos debaixo das asas, e tu não quiseste! Eis que a vossa casa vos será deixada deserta. Digo-vos que não Me vereis, até que venha o dia em que digais: “Bendito O que vem em nome do Senhor”».

Lc 13, 31-35

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

31 Out 21h15 - serão "A gestão dos afectos em família" - Javier Vidal Quadras14

31 Outubro 21h15 - AESE - Calçada Palma de Baixo 12 - Lisboa

21.15   Receção e café de boas vindas
21.30   Sessão  A gestão dos afetos em família - Javier Vidal-Quadras
22.30   Colóquio e convívio
23.00   Encerramento

A   s e s s ã o    é    G R A T U I T A
Javier Vidal Quadras, Secretário Geral do IFFD – International Federation for Family Development
afirmou

Algumas questões típicas

      — As perguntas. 

Com maior frequência, as mulheres fazem perguntas como uma forma de manter a conversa e de mostrar envolvimento nos assuntos; pelo contrário, os homens fazem perguntas quando querem ter uma informação.

Por vezes, o marido esforça-se em vão por tentar resolver os problemas que as perguntas da mulher levantam, quando afinal ela não procura uma solução - muitas vezes já sabe qual é -, procura compreensão e algum comentário afectivo ou pessoal.

      — A maneira de alimentar uma conversa.

Os maridos, assim que disseram o que tinham a dizer, cumpriram o seu objectivo e normalmente não se entretêm mais com o assunto; as mulheres tendem a fazer ligações e continuam a conversa até chegar onde queriam, acabando muitas vezes por ter a incómoda surpresa de não ter sido escutadas, pois para o marido o tema já estava esgotado.

      — Os pormenores dos assuntos. 

Para a mulher costuma ser uma satisfação partilhar com detalhe os pensamentos e as emoções com o marido; pelo contrário, o marido costuma sentir-se mais à vontade a falar de política, economia, desporto, etc. Se se ignoram estas inclinações, pode acontecer que o marido se impaciente ao escutar tantas minúcias.

      — A finalidade da própria comunicação.

Outra inclinação que convém conhecer é que a mulher quer falar com o marido sobre as suas experiências simplesmente para as partilhar. O marido pode interpretar essa abordagem como um pedido de opinião para um problema a que é preciso dar solução.

Quanto mais recorrente for o tema e quanto mais forem os pormenores, mais eles ficam preocupados; começam a ver que o assunto é difícil e complicado, e por isso tendem a entristecer-se, chegando a pensar que estão a fracassar por não conseguir que a mulher não se preocupe com isso.

Esquecem que é um bom sinal que a mulher conte os pormenores da sua vida, porque indica confiança: espera interesse, verdadeiro apoio, e procura serenidade e estabilidade.

Quando há falta de entendimento entre ambos, as incompreensões tendem a acentuar-se, se não se põe remédio.

Por este caminho corre-se o risco de radicalizar o carácter e criar distâncias no casamento.

Importa perceber que geralmente o outro não mostra as suas emoções ou não se comporta de certa maneira com a ideia de magoar, mas simplesmente porque não aprendeu a fazer de outra maneira.

O R G A N I Z A 
CENOFA em parceira com a AESE




Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: A Igreja compõe-se de uma realidade espiritual e de uma realidade visível. Com efeito, edificada pelo Espírito Santo como Corpo de Cristo, a Igreja é visível, por exemplo, nas estruturas e pessoas que guiam as nossas comunidades. Ao citar aqui as pessoas que guiam a Igreja, não quero dizer que a sua realidade visível se limite ao Papa, aos bispos, aos sacerdotes, às pessoas consagradas; é formada por todos os baptizados que seguem e imitam Jesus, indo ao encontro dos que sofrem ou estão abandonados para lhes dar alívio, conforto e paz. Todos formam a realidade visível da Igreja. E qual é a sua relação com a realidade espiritual? Para compreender isto, temos de olhar para o Filho de Deus encarnado, com uma natureza humana e uma natureza divina, unidas de modo admirável e indissolúvel na mesma pessoa. E como se relacionam? Em Cristo, a natureza humana coloca-se plenamente ao serviço da natureza divina, para levar a cumprimento a salvação. De modo análogo, a realidade visível da Igreja deve colocar-se ao serviço da sua realidade espiritual: assim como Jesus Se serviu da sua humanidade para anunciar e realizar o desígnio divino da redenção, assim também a Igreja, através da sua realidade visível, dos sacramentos e do seu testemunho, é chamada a aproximar-se de todo o ser humano começando por quem é pobre, por quem sofre, por quem vive marginalizado, para continuar a fazer sentir a todos o olhar compassivo e misericordioso de Jesus.

Santo Padre:
Saluto cordialmente i pellegrini di lingua portoghese, in particolare gli amici del “Museu do Oriente”, il gruppo di sacerdoti di “São Sebastião do Rio de Janeiro”, nonché i membri delle Comunità “Canção Nova”, in festa per il riconoscimento ecclesiale, e “Doce Mãe de Deus” e “Copiosa Redenção”, per il giubileo di fondazione. Il Signore vi ricolmi di gioia e lo Spirito Santo illumini le decisioni della vostra vita, per adempiere fedelmente il volere del Padre celeste. Su tutti voi e le vostre famiglie e comunità, vegli la Santa Madre della Chiesa.

Locutor: Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, em particular os Amigos do Museu do Oriente, o grupo de sacerdotes de São Sebastião do Rio de Janeiro, bem como os membros das Comunidades “Canção Nova”, em festa pelo reconhecimento eclesial, e “Doce Mãe de Deus” e “Copiosa Redenção”, pelo jubileu de fundação. O Senhor vos encha de alegria e o Espírito Sano ilumine as decisões da vossa vida, para realizardes fielmente a vontade do Pai celeste. Sobre todos vós e vossas famílias e comunidade, vele a Santa Mãe da Igreja.

“Divorciados recasados? A doutrina da Igreja é clara” – D. Gerhard Müller

“Cremos realçar o matrimónio e a família uma vez que é a célula original de todas as sociedades e da Igreja. Conhecemos a situação, existe uma ideologia contra a família e contra o matrimónio, não há dúvida que existem e que sempre houve dificuldades de caráter pessoal e individual no casamento, mas aqui trata-se do matrimónio como instituição divina.

Não cremos apenas defender o matrimónio e a família, mas também ajudar ao desenvolvimento da família na nossa sociedade. Jesus Cristo inequivocamente instituiu o matrimónio como Sacramento, incluindo os elementos da indissociabilidade, da bipolaridade de ambos os sexos, aspeto também fundamental, e de outros dons da família. Pelo contrário, desejamos desenvolver e ter um novo conhecimento destes valores fundamentais para os conjugues mas também para as crianças. Fala-se pouco das crianças, deve-se falar mais delas que são o futura da humanidade.”

Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Perfeito da Congregação da Doutrina da Fé na apresentação do seu livro “Povera per i poveri” (Pobre para os pobres) com tradução do italiano da responsabilidade de JPR

«Participar no festim no reino de Deus»

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa 
«Revelações do amor divino», cap. 39


[Quando o pecador reconhece o seu pecado,] a graça divina faz nascer um arrependimento, uma compaixão e uma verdadeira sede de Deus tão grandes, que o pecador, subitamente liberto do pecado e da dor, se levanta. […] O arrependimento purifica-nos, a compaixão prepara-nos, a verdadeira sede de Deus torna-nos dignos. Segundo a minha forma de entender, eis os três meios através dos quais as almas vão para o céu – isto é, as que pecaram na Terra e que serão salvas. Porque qualquer alma pecadora deve ser curada por estes três remédios. Apesar de curada, as suas feridas permanecem diante de Deus, não tanto como feridas, mas como sinais gloriosos. Em contrapartida da nossa punição na Terra pelo sofrimento e pela penitência, no céu seremos recompensados pelo amor benfazejo de Nosso Senhor. […] Ele considera o pecado dos que O amam uma tristeza e um sofrimento; mas, devido à sua morte, este pecado não tem de os condenar. A recompensa que receberemos não é mínima, mas eminente, honrosa, gloriosa; e, deste modo, a vergonha transformar-se-á em glória e em alegria.

Porque, na sua benevolência, Nosso Senhor não quer que os seus servos desesperem após as suas quedas frequentes e lamentáveis; as nossas quedas não O impedem de nos amar. […] Ele quer que saibamos que Ele é o fundamento de toda a nossa vida no amor e, mais ainda, que Ele é o nosso protector eterno, defendendo-nos com força contra todos os inimigos que se encarniçam furiosamente contra nós. E de facto, temos uma grande necessidade dele pois damos frequentemente azo a isso pelas nossas quedas.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 29 de outubro de 2014

Ia pelas cidades e aldeias ensinando, e caminhando para Jerusalém. Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?». Ele respondeu-lhes: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não conseguirão. Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, vós, estando fora, começareis a bater à porta, dizendo: Senhor, abre-nos. Ele vos responderá: Não sei donde sois. Então começareis a dizer: Comemos e bebemos em tua presença, tu ensinaste nas nossas praças. Ele vos dirá: Não sei donde sois; “afastai-vos de mim vós todos os que praticais a iniquidade”. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob, e todos os profetas no reino de Deus, e vós serdes expulsos para fora. Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e se sentarão à mesa do reino de Deus. Então haverá últimos que serão os primeiros, e primeiros que serão os últimos».

Lc 13, 22-30

terça-feira, 28 de outubro de 2014

15 Nov 17h - Concerto a Nossa Senhora - 100 anos de Schoenstatt - Igreja do Colégio São João de Brito


A presença de Jesus Cristo

«Para além de estar no Céu, com a sua Humanidade Santíssima, à direita do Pai – como confessamos no Credo – Jesus perma­nece na Igreja e em cada cristão pela graça. A sua presença em nós e ao nosso lado é real, ainda que não a vejamos com os olhos da carne; mas experimentamo-la de mil modos: nos desejos de melhoria pessoal – de santidade! – que nos infunde pelo Espírito Santo; nas ânsias apostólicas que nos levam a ir ao encontro de outras almas, para as ajudar a aproximarem-se de Deus; no olhar misericordioso com que nós, os cristãos, nos dirigimos a todas as pessoas sem distinção de raça, de cultura, de condição social, de religião. Tudo isto é possível porque Jesus ressuscitado actua em nós, nos acompanha, vive em nós».

(D. Javier Echevarría - Carta pastoral de Abril 2008)

Os apóstolos, testemunhas de Cristo ressuscitado

São João Crisóstomo inspirado por São Paulo
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Homilia sobre a 1ª carta aos Coríntios 4, 3; PG 61,34


São Paulo dizia: «A fraqueza de Deus é mais forte do que todos os homens» (1Cor 1,25). Que a pregação é obra de Deus, é evidente; pois como poderiam doze homens ignorantes ter tido a ideia de proceder a tal diligência, eles que viviam perto de lagos e de rios e no deserto? Como poderiam, eles que nunca tinham visitado as cidades e respectivas assembleias, pensar em mobilizar-se contra o mundo inteiro? Eles estavam cheios de medo, e o evangelista mostra-o bem, pois não quis desculpar nem esconder os seus defeitos. Isto é uma prova muito forte de veracidade. O que diz deles? Quando Cristo foi preso, depois de ter feito inúmeros milagres, a maioria dos apóstolos fugiu, e o que era o seu chefe permaneceu apenas para O negar.

Quando Cristo estava vivo, estes homens foram incapazes de suportar os assaltos dos seus inimigos. Morto Cristo e enterrado […], como se mobilizariam contra o mundo inteiro? Eles próprios não se terão interrogado: «Ele não foi capaz de se salvar a Si mesmo, e irá proteger-nos? Quando estava vivo, não foi capaz de Se defender, e agora que está morto vai sustentar-nos? Quando estava vivo, não foi capaz de submeter qualquer nação, e nós vamos convencer o mundo proclamando o seu nome?» […] É portanto evidente que, se não O tivessem visto ressuscitado e não tivessem tido a prova da sua omnipotência, não teriam assumido tal risco.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de outubro de 2014

Naqueles dias Jesus retirou-se para o monte a orar, e passou toda a noite em oração a Deus. Quando se fez dia, chamou os Seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos: Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro, seu irmão André, Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Simão, chamado o Zelote, Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor.  Descendo com eles, parou numa planície. Estava lá um grande número dos Seus discípulos e uma grande multidão de povo de toda a Judeia, de Jerusalém, do litoral de Tiro e de Sidónia, que tinham vindo para O ouvir, e para ser curados das suas doenças. Os que eram atormentados pelos espíritos imundos ficavam também curados. Todo o povo procurava tocá-l'O, porque saía d'Ele uma virtude que os curava a todos.

Lc 6, 12-19

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Um mês depois um vídeo de 36' sobre a Beatificação de D. Álvaro del Portilllo

Convite apresentação «Tiologias» no Porto - 29 de novembro


Bento XVI, um grande Papa

Grande pela força e acuidade da sua inteligência, grande pelo seu relevante contributo à teologia, grande pelo seu amor à Igreja e aos seres humanos, grande pela sua virtude e religiosidade.

Dele nunca se poderá dizer, certamente, que o estudo e a ciência tenham esmorecido a sua pessoa e o seu amor por Deus e pelo próximo, mas, pelo contrário, que a ciência, a sabedoria e a oração aumentaram o seu coração e o seu espírito

Papa Francisco em discurso por ocasião da inauguração na Academia Pontifícia das Ciências de um busto de Bento XVI

Censura

O Facebook censura tudo ou quase tudo o que defenda o casamento ou que com ele tenha a ver, a publicação do artigo de José Maria C. S. André que publicámos duas vezes mudando-lhe a imagem está a ser boicotado e não divulgado. Há momentos o primeiro havia sido visionado por 75 pessoas e o segundo por 38 quando habitualmente atingem alguns milhares de pessoas.

Se gostarem, não se limitem a pôr ‘Gosto’ e partilhem s.f.f..

Bem-haja!

JPR

Uma cura no dia de Sábado, sinal do dia da nova criação

São João Paulo II (1920-2005), papa 
Carta apostólica «Dies Domini», §§ 24-25


O dia da nova criação: a comparação do domingo cristão com o conceito do sábado, próprio do Antigo Testamento, suscitou aprofundamentos teológicos de grande interesse. De modo particular, evidenciou-se a especial ligação que existe entre a ressurreição e a criação. De facto, era natural que a reflexão cristã relacionasse a ressurreição, acontecida «no primeiro dia da semana», com o primeiro dia daquela semana cósmica (cf Gn 1,1-2,4). […] O relacionamento feito convidava a ver a ressurreição como o início de uma nova criação, da qual Cristo glorioso constitui as primícias, sendo Ele «o Primogénito de toda a criação» (Col 1,15), e também «o Primogénito dos que ressuscitam dos mortos» (Col 1,18).

Com efeito, o domingo é, mais do que qualquer outro, o dia em que o cristão é chamado a lembrar a salvação que lhe foi oferecida no baptismo e o tornou um homem novo em Cristo. «Sepultados com Ele no baptismo, foi também com Ele que ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos» (Col 2,12; cf Rom 6,4-6). A liturgia põe em evidência esta dimensão baptismal do domingo, quer exortando a celebrar os baptismos, para além da Vigília Pascal, também neste dia da semana «em que a Igreja comemora a ressurreição do Senhor», quer sugerindo como oportuno rito penitencial no início da Missa a aspersão com a água benta, que evoca precisamente o evento baptismal em que nasce toda a existência cristã.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 27 de outubro de 2014

Jesus estava a ensinar numa sinagoga em dia de sábado. Estava lá uma mulher possessa de um espírito que a tinha doente havia dezoito anos; andava encurvada, e não podia levantar a cabeça. Jesus, vendo-a, chamou-a, e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua doença». Impôs-lhe as mãos e imediatamente ficou direita e glorificava a Deus. Mas, tomando a palavra o chefe da sinagoga, indignado porque Jesus tivesse curado em dia de sábado, disse ao povo: «Há seis dias para trabalhar; vinde, pois, nestes e sede curados, mas não em dia de sábado». O Senhor disse-lhe: «Hipócritas, qualquer um de vós não solta aos sábados o seu boi ou o seu jumento da manjedoura para os levar a beber? E esta filha de Abraão, que Satanás tinha presa há dezoito anos, não devia ser livre desta prisão ao sábado?». Dizendo estas coisas, todos os Seus adversários envergonhavam-se e alegrava-se todo o povo com todas as maravilhas que Ele realizava.

Lc 13, 10-17

domingo, 26 de outubro de 2014

8 Nov 10h Visita-Conferência - Capela de São João Baptista da Igreja de S.Roque e ás colecções do Museu anexo - AC2

A AC2 promove mais uma temporada com as suas actividades culturais para o ano 2014/2015. 
O tema escolhido:


 “Portugal das Luzes: Tradição e Modernidade”

Vertigem

Ontem, o João apanhou-me ao final da tarde nos corredores do Técnico, para me dar uma informação muito importante. Ainda tenho fresca a sua defesa da tese, com que concluiu um mestrado brilhante em engenharia. Desta vez, o João não vinha expor novos avanços da investigação, mas tinha um assunto mais importante. Acabava de pedir a sua namorada em casamento e estava interessado numa ajuda, que eu já explico.

Nesta época do mundo, em que tantos projectos de felicidade deram lugar a desilusões amargas, uma pessoa pergunta-se como vai acontecer desta vez. Alguns namorados não têm toda a consciência do que pode estar em jogo, mas o João e a namorada decidiram uma coisa muito radical, que dá vertigem: o casamento deles vai ser um passo sem retorno. Se derem esse passo, toda a vida deles vai ficar decidida até ao fim, sem escapadela possível. Não vai haver segunda oportunidade, aconteça o que acontecer.

Devo explicar que o João e a namorada não se tratam de maneira descuidada, conservam um pequeno toque de cerimónia, como se se conhecessem há pouco tempo, e não querem alterar esse estilo. Várias coisas correram bem e levaram à situação actual. Começaram o namoro com a noção de que queriam algo definitivo; evitaram que a fantasia encobrisse a realidade; falaram pormenorizadamente da família que queriam constituir e de como educariam os filhos; compreenderam o papel de Deus em todo este projecto.

O João e a namorada não queriam embarcar em fantasias, queriam algo ousado, mas real. Parecia-lhes pouco interessante darem um passo definitivo em nome de uma ilusão, por não conhecerem a condição humana, com as suas grandezas e fraquezas. Portanto, não deixaram que a emoção prevalecesse. Curiosamente, não estavam à espera de descobrir que essa relação sóbria, verdadeira, era mil vezes mais deliciosa que um fogo arrebatador em que não se pode confiar. Ficaram a ganhar, sem o procurarem.

Como andou pelo estrangeiro, não é preciso explicar ao João que há milhões de raparigas no Planeta, que são mais altas, ou mais bonitas, ou cantam melhor, ou sabem mais matemática, ou falam mais línguas... O que tornou a namorada única para ele, foi vê-la como a futura mãe dos seus filhos, a mulher com quem a aventura de construir a família fazia sentido. Quanto mais falavam dos filhos, dos amigos dos filhos, do ambiente em que eles hão-de de crescer, mais o João se convencia de que era mesmo com aquela rapariga que ele queria casar. Foi algo muito surpreendente, que ultrapassou o realismo com que observavam os pequenos defeitos um do outro (porque cada um tem certas qualidades e os defeitos correspondentes) e lhes dizia «vale a pena!».

Contudo, o ponto que correu mesmo bem não foi a delicadeza com que se trataram, nem o respeito mútuo, nem a imagem de rectidão e de responsabilidade que cada um tem do outro, nem sequer a sintonia que desenvolveram em relação ao projecto que queriam construir em comum. O João e a namorada sentiram uma vertigem tão grande quando pensaram no namoro e no casamento que a sua relação com Deus se transformou. Só de pensar na responsabilidade que cada um assumia em relação ao outro! Na injustiça, se enganasse o outro por ligeireza! Assim, rezaram mais do que nunca e perguntaram a Deus se aquele era realmente o caminho certo. Com generosidade, cada um disse a Deus que queria amá-Lo acima de tudo e ser fiel à vocação. Não cabe aqui o resultado desta oração, mas um resultado evidente foi que cada um entrou na oração do outro. Também falaram disso, um com o outro, e, por um destes efeitos mágicos de que só Deus é capaz, cada um descobriu, para além de tudo o que se poderia esperar, como era importante para o outro e como Deus estava presente naquele caminho que os aproximava dEle.

O João tinha um pedido a fazer-me: que rezasse. Aceitei, com grande sentido de responsabilidade, participar neste projecto, ainda mais interessante que as investigações que ele desenvolveu na tese. Quando me perguntei interiormente se este amor ia ser fiel, lembrei-me da resposta da Madre Teresa de Calcutá: «uma família que reza unida, permanece unida».

José Maria C. S. André
«Correio dos Açores», «Verdadeiro Olhar», 26-X-2014

Vertigem

Ontem, o João apanhou-me ao final da tarde nos corredores do Técnico, para me dar uma informação muito importante. Ainda tenho fresca a sua defesa da tese, com que concluiu um mestrado brilhante em engenharia. Desta vez, o João não vinha expor novos avanços da investigação, mas tinha um assunto mais importante. Acabava de pedir a sua namorada em casamento e estava interessado numa ajuda, que eu já explico.

Nesta época do mundo, em que tantos projectos de felicidade deram lugar a desilusões amargas, uma pessoa pergunta-se como vai acontecer desta vez. Alguns namorados não têm toda a consciência do que pode estar em jogo, mas o João e a namorada decidiram uma coisa muito radical, que dá vertigem: o casamento deles vai ser um passo sem retorno. Se derem esse passo, toda a vida deles vai ficar decidida até ao fim, sem escapadela possível. Não vai haver segunda oportunidade, aconteça o que acontecer.

Devo explicar que o João e a namorada não se tratam de maneira descuidada, conservam um pequeno toque de cerimónia, como se se conhecessem há pouco tempo, e não querem alterar esse estilo. Várias coisas correram bem e levaram à situação actual. Começaram o namoro com a noção de que queriam algo definitivo; evitaram que a fantasia encobrisse a realidade; falaram pormenorizadamente da família que queriam constituir e de como educariam os filhos; compreenderam o papel de Deus em todo este projecto.

O João e a namorada não queriam embarcar em fantasias, queriam algo ousado, mas real. Parecia-lhes pouco interessante darem um passo definitivo em nome de uma ilusão, por não conhecerem a condição humana, com as suas grandezas e fraquezas. Portanto, não deixaram que a emoção prevalecesse. Curiosamente, não estavam à espera de descobrir que essa relação sóbria, verdadeira, era mil vezes mais deliciosa que um fogo arrebatador em que não se pode confiar. Ficaram a ganhar, sem o procurarem.

Como andou pelo estrangeiro, não é preciso explicar ao João que há milhões de raparigas no Planeta, que são mais altas, ou mais bonitas, ou cantam melhor, ou sabem mais matemática, ou falam mais línguas... O que tornou a namorada única para ele, foi vê-la como a futura mãe dos seus filhos, a mulher com quem a aventura de construir a família fazia sentido. Quanto mais falavam dos filhos, dos amigos dos filhos, do ambiente em que eles hão-de de crescer, mais o João se convencia de que era mesmo com aquela rapariga que ele queria casar. Foi algo muito surpreendente, que ultrapassou o realismo com que observavam os pequenos defeitos um do outro (porque cada um tem certas qualidades e os defeitos correspondentes) e lhes dizia «vale a pena!».

Contudo, o ponto que correu mesmo bem não foi a delicadeza com que se trataram, nem o respeito mútuo, nem a imagem de rectidão e de responsabilidade que cada um tem do outro, nem sequer a sintonia que desenvolveram em relação ao projecto que queriam construir em comum. O João e a namorada sentiram uma vertigem tão grande quando pensaram no namoro e no casamento que a sua relação com Deus se transformou. Só de pensar na responsabilidade que cada um assumia em relação ao outro! Na injustiça, se enganasse o outro por ligeireza! Assim, rezaram mais do que nunca e perguntaram a Deus se aquele era realmente o caminho certo. Com generosidade, cada um disse a Deus que queria amá-Lo acima de tudo e ser fiel à vocação. Não cabe aqui o resultado desta oração, mas um resultado evidente foi que cada um entrou na oração do outro. Também falaram disso, um com o outro, e, por um destes efeitos mágicos de que só Deus é capaz, cada um descobriu, para além de tudo o que se poderia esperar, como era importante para o outro e como Deus estava presente naquele caminho que os aproximava dEle.

O João tinha um pedido a fazer-me: que rezasse. Aceitei, com grande sentido de responsabilidade, participar neste projecto, ainda mais interessante que as investigações que ele desenvolveu na tese. Quando me perguntei interiormente se este amor ia ser fiel, lembrei-me da resposta da Madre Teresa de Calcutá: «uma família que reza unida, permanece unida».

José Maria C. S. André
«Correio dos Açores», «Verdadeiro Olhar», 26-X-2014

O amor é a medida da fé e a fé é a alma do amor

O mandamento do amor a Deus e ao próximo não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos. Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de onde tudo deve começar e retornar; é a referência.

Jesus não nos entregou fórmulas ou preceitos, não; ele nos confiou dois rostos, aliás, um só rosto, o de Deus que se reflete em muitos outros, pois no rosto de cada irmão, especialmente o menor, o mais frágil e indefeso, está presente a imagem de Deus.

Ao encontrarmos um destes irmãos, nós deveríamos nos perguntar se somos capazes de avistar nele o rosto de Deus. Somos capazes disso? Não se pode nunca separar a vida religiosa do serviço aos irmãos, aos irmãos que encontramos concretamente; ser santos requer também cuidar das pessoas mais frágeis como o estrangeiro, o órfão, a viúva. O amor é a medida da fé e a fé é a alma do amor.

Papa Francisco - Ângelus 26.10.2014

Bom Domingo do Senhor!

«É nosso dever, é nossa salvação» (Oração Eucarística) amarmos Deus Nosso Senhor e o nosso próximo, como nos recorda Jesus Cristo no Evangelho de hoje (Mt 22, 34-40). Sem este amor total, primeiro ao Senhor e depois a TODO o nosso próximo, estaremos e excluir-nos da comunidade dos filhos de Deus e certamente que não esse o nosso desejo.

Louvado seja Deus Nosso Senhor pelo seu infinito e misericordioso amor por todos nós!

Três amores, dois mandamentos

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
Sermão inédito sobre a carta de São Tiago


Deus não te pede muitas coisas porque, por si mesma, a caridade é o pleno cumprimento da Lei (Rom 13,10). Mas este amor é duplo: amor a Deus e amor ao próximo. […] Quando Deus te manda amar o próximo, não te diz: ama-o com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente; mas diz-te: ama o teu próximo como a ti mesmo. Portanto, ama a Deus com todo o teu ser, porque Ele é maior do que tu; ama o teu próximo como a ti mesmo, porque ele é como tu. […]

Mas, se há três objectos do nosso amor, porque há apenas dois mandamentos? Vou dizer-te: Deus não julgou necessário encarregar-te de te amares a ti próprio porque não há ninguém que não se ame a si mesmo. Mas muita gente se perde porque se ama mal. Ao mandar-te amá-Lo com todo o teu ser, Deus deu-te a regra segundo a qual deves amar. Queres amar-te? Então ama a Deus com todo o teu ser. Com efeito é nele que te encontrarás, evitando assim perderes-te em ti. […] Deste modo é-te dada a regra segundo a qual deves amar-te: ama Aquele que é maior do que tu e amar-te-ás a ti mesmo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

sábado, 25 de outubro de 2014

7 Nov 21h30 - Caldas da Rainha - Noite de Fados - Ajudar África a ajudar-se


«Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração»

São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores 
Primeira regra, § 23


Amemos todos o Senhor nosso Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todo o nosso espírito, com todo o nosso poder e coragem, com toda a nossa inteligência, com todas as forças, com todo o nosso esforço, com todo o nosso afecto, com as nossas entranhas, com todo o nosso desejo, com toda a nossa vontade. Ele deu-nos e continua a dar-nos o corpo, a alma e a vida; Ele criou-nos e resgatou-nos; salvar-nos-á apenas por sua misericórdia; apesar das nossas fraquezas e das nossas misérias, das nossas vilanias e das nossas vergonhas, das nossas ingratidões e da nossa maldade, Ele só nos fez e faz o bem.

Não tenhamos portanto outro desejo, nem outra vontade, outro prazer e outra alegria que não seja o nosso Criador, Redentor e Salvador, o único verdadeiro Deus que é o bem pleno, inteiro, total, verdadeiro e soberano; o único que é bom, misericordioso e amável, indulgente e manso; só Ele é santo, justo, verdadeiro e recto; só Ele é benevolente, inocente e puro; dele, por Ele e nele reside todo o perdão, toda a graça e toda a glória para todos os penitentes e justos da terra e para todos os bem-aventurados que rejubilam com Ele no céu.

Portanto, a partir de agora, já não haja obstáculos, nem barreiras, nem filtros! Em todos os lados e lugares, a todas as horas e em todos os tempos, todos os dias e sem interrupção, creiamos todos com uma fé humilde e verdadeira, preservemo-la no nosso coração, saibamos amar, honrar, adorar, servir, louvar e bendizer, glorificar e celebrar, enaltecer e agradecer ao altíssimo soberano Deus eterno, Trindade e unidade, Pai, Filho e Espírito Santo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)