Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Quando comemoraremos liturgicamente D. Álvaro?

A 19 de fevereiro é o santo de D. Álvaro, e vem-me à ideia uma observação do nosso Padre. Dizia, precisamente nessa data, em 1974, referindo-se a este seu fidelíssimo filho: com D. Álvaro passa-se uma coisa interessante: não tem santo, mas beato. De maneira que, se não é santo ele, não sei como vamos resolver isto… [11].

Este desejo de S. Josemaria está quase a realizar-se: a partir da beatificação, se Deus quiser, poderemos celebrar o seu santo na data que a Santa Sé designar para a comemoração litúrgica.

Volto a repetir que a meditação sobre a resposta diária de D. Álvaro nos pode ajudar, mais ainda nos próximos meses, a seguir as pegadas de S. Josemaria, e assim imitaremos Jesus Cristo de forma mais perfeita. Recolho algumas palavras do meu predecessor que nos ajudarão a fazer um exame profundo e cheio de paz.


[11] S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 19-II-1974.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de fevereiro de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

D. Georg Gänswein fala da renúncia de Bento XVI (vídeo em italiano)

Opus Dei: 16ª edição da jornada pastoral debruçou-se sobre passagem de testemunho de Bento XVI a Francisco

A prelatura do Opus Dei realizou esta segunda-feira em Vila Nova de Gaia, Diocese do Porto, a 16ª edição da sua Jornada Pastoral, que teve por tema ‘Passagem de Testemunho, Bento XVI – Francisco: Um ano depois’.

Com a presença de cerca de 70 sacerdotes, a iniciativa foi presidida pelo vigário regional da Prelatura do Opus Dei, padre José Rafael Espírito Santo.

A conferência inaugural esteve a cargo do padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que abordou o tema ‘Dois Papas diferentes, um só ministério de Pedro’.

O sacerdote jesuíta “começou por sublinhar brevemente as principais características da função do Papa na Igreja”, referindo-se de seguida “ao sentido da renúncia de Bento XVI como um serviço ao Povo de Deus e uma atitude profética”, refere uma nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.

Quanto à atuação do Papa Francisco, o padre Manuel Morujão considera que o argentino tem proposto “uma profunda renovação da Igreja e um apelo à conversão”.

A jornada pastoral seguiu depois com o tema ‘D. Álvaro del Portillo, um Pastor fiel ao Ministério de Pedro’, a propósito da sua beatificação em Madrid, no próximo dia 27 de setembro, pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

Depois da apresentação de um breve documentário sobre o futuro beato, o tema foi desenvolvido pelo padre Hugo de Azevedo, Prelatura do Opus Dei, que “destacou a sua fidelidade à Igreja, o seu papel de secretário de uma das comissões do Concílio Vaticano II e a sua atuação como pastor especialmente depois de suceder ao fundador do Opus Dei como prelado”, acrescenta o comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A Prelatura do Opus Dei é um organismo da Igreja Católica vocacionado para a difusão da procura da santidade e a realização do apostolado cristão nas condições de vida corrente dos cidadãos comuns.

Opus Dei conta também com uma associação sacerdotal (a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz) a que pertencem, além do clero próprio da prelatura, os sacerdotes diocesanos que pretendem receber estavelmente a assistência espiritual do Opus Dei.

MD / Agência Ecclesia

O Papa verdadeiro, não o do preconceito (publicado a 12.02.2013)

Bento XVI resignou, do meu ponto de vista, por nenhum motivo obscuro, mas por ser quem é e sempre foi: um racionalista (ele mesmo escreveu e disse várias vezes que não era um místico) que entende profundamente o valor da vida e do ser humano. Como intelectual, Bento XVI é superior; como dirigente da Igreja Católica deu cabo de todos os preconceitos daqueles que, à data da sua eleição, queriam vê-lo como um mero "pastor alemão". Eu não sou católico, mas aprendi a respeitar a coerência e a elevação onde quer que elas estejam, bem como a tolerância e a convivência como valores indispensáveis à compreensão mútua. E por ter lido e ouvido de viva voz o Papa, considero-o uma figura impar na nossa intelectualidade.

Para não enfileirar com aqueles que só conseguem elogiar na hora da despedida, cito um artigo que escrevi há quase três anos nas páginas do Expresso precisamente sobre este Papa, quando ele visitou Portugal e eu tive a oportunidade de o ouvir. E deixo algumas notas finais escritas há dois anos, quando tive a oportunidade de apresentar em Portugal o livro "A Luz do Mundo" que resulta da longa entrevista que o jornalista Peter Seewald lhe fez. Já agora, nesse livro Bento XVI colocava a hipótese de resignar mediante certas circunstâncias, entre as quais estas que o levaram à coerência de o fazer. Eis o que escrevi há três anos:

"Mas por que estranha razão, a cada passo, se ouve dizer que este Papa é um reacionário temível? O que Bento XVI quis dizer aos convidados do CCB, entre eles muitos pertencentes a outras confissões ou não professando nenhuma, foi simples: que cada um deve fazer da sua vida um lugar de beleza e que a Igreja está sempre a aprender a conviver e a respeitar os outros; "outras verdades, ou as verdades dos outros". A mensagem foi de uma profunda tolerância e de esperança que a "Verdade" possa iluminar cada ser humano. Quem se sente ameaçado por palavras assim? Já no avião, Bento XVI desarmara a polémica da pedofilia ao afirmar que a perseguição à Igreja não nasce dos seus inimigos, mas do seu interior. A frase, que parecerá revolucionária a quem nada leu sobre Cristo - a começar pela Bíblia - está, no entanto, em perfeita linha com a melhor tradição da Igreja. Em Fátima, o Papa defendeu - e bem - a liberdade de culto.

E assim, Bento XVI surge-nos infinitamente melhor do que aquilo que dele dizem.

E aqui se revela o preconceito.

Não o estafado preconceito que é arma de arremesso de todos os pós-modernos quando em causa está uma hierarquia de valores; mas o preconceito daqueles que, dizendo-se despreconceituosos, não resistem a um teste simples: fazer a crítica coerente ao que o Papa diz - e não a um conjunto de ideias pre-formatadas que ele jamais defendeu.

A luta central de Bento XVI é contra a desregulação do ethos, da ética - a mesma desregulação que elevou a ganância e a especulação a deuses de pés de barro que se estatelaram no primeiro abanão. É uma luta árdua contra a desvalorização da vida, da família, do esforço honesto e da esperança que pode e deve envolver não apenas os católicos. No CCB, também os líderes de outras confissões saudaram as palavras do Papa.

É difícil ir contra aquilo que se convenciona, em determinado momento, ser moda: o chocante, o grotesco, a desconstrução, a ganância, o egotismo. E, uma vez que a Igreja Católica continua a aprendizagem da convivência, mais do que possível é desejável o caminho comum."

E assim terminava o texto escrito no Expresso. Quero apenas colocar mais cinco notas, já escritas igualmente, mas que tenho vindo a confirmar:

1) Como Bernard-Henry Levy também eu penso e escrevi que tudo o que diz respeito ao Vaticano e ao Papa surge na imprensa e em certos círculos acompanhado de preconceito, desonestidade e até desinformação

2) Posso testemunhar que Bento XVI tem razão quando afirma que ninguém faz, em concreto, tanto pelos pobres, pelos que passam mal e sobretudo pelos doentes de sida como a Igreja. Andei muito por África - cobri conflitos civis em Angola, Moçambique, África do Sul, Namíbia, Malawi, Congo, Zimbabwe e sei bem que nesse Continente, bem como noutras partes do mundo, a Igreja tem uma obra assinalável. Há nos locais mais recônditos, sujos, doentios, depressivos sempre alguém que, por nada ou quase nada em troca, está lá a ajudar os outros. Diria que 100% são crentes e desses a maioria cristãos e  a maior parte católicos.

3) A reação do Papa às denúncias do escândalo da pedofilia foi esta, exatamente, que transcrevo (e não o que por aí anda a correr: "Desde que sejam verdade são bem vindas - a verdade, conjugada com o amor corretamente entendido é o valor primordial".  Eis algo que é raro, senão impossível, ouvir de alguém responsável, nomeadamente na política.

4) A ideia da racionalidade na Fé (ou na crença) liga-se a uma questão pertinente que raras pessoas gostam de responder. Esta: se a cultura, ou o múnus da cristandade no Ocidente perder a sua força estruturante da sociedade quem ou o quê vai assumir o seu lugar?

5) Ratzinger tem toda a razão quando defende que a tolerância está em perigo com as doutrinas politicamente corretas. O seu exemplo é para mim paradigmático. Ei-lo "está a difundir-se uma nova intolerância (...) existem regras ensaiadas de pensamento que são impostas a todos e que são depois anunciadas como uma espécie de tolerância negativa. Como quem diz que, por causa da tolerância negativa não pode haver crucifixos nos edifícios públicos. Basicamente isto significa a abolição da tolerância"

Este texto vai longo, mas penso que vale a pena refletir sem preconceitos sobre esta figura e sobre o exemplo que ele dá a tanta gente. Ninguém é eterno e menos insubstituível. A dignidade dos cargos está relacionada com a dignidade de quem os exerce.

Henrique Monteiro

Há um ano nesta data - "Meu querido e amado Papa …"

Ainda que com profunda tristeza humana sei que o anúncio da sua resignação está certamente inspirada pelo Divino Espírito Santo e que esta visa o bem da Santa Madre Igreja, a Igreja de Jesus Cristo que também é de todos os que nela se revêem.

Com muito amor e confesso que lavado em lágrimas, prostro-me diante do Senhor e em oração suplico-Lhe que proteja Joseph Ratzinger, aliás como todos os dias o fazia, pedindo a intercessão da Virgem Maria.

Hoje Dia Mundial do Doente entrego as minhas orações pelo Papa a Nossa Senhora de Lourdes confiante na Sua intercessão por ele e por toda a Igreja.

Termino repetindo a palavra que me enche a mente neste momento, GRATIDÃO, GRATIDÃO, GRATIDÃO, … 

Louvado seja Deus Nosso Senhor pelo extraordinário Papa que nos ofereceu!

JPR
11.02.2013

«Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor» 

(Bento XVI - Enc. Spe salvi, 37)

O Evangelho do dia 11 de fevereiro de 2014

Reuniram-se à volta de Jesus os fariseus e alguns escribas vindos de Jerusalém; e notaram que alguns dos Seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, por lavar; ora os fariseus e todos os judeus aferrados à tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos cuidadosamente; e, quando vêm da praça pública, não comem sem se purificar; e praticam muitas outras observâncias tradicionais, como lavar os copos, os jarros, os vasos de metal, e os leitos. Os fariseus e os escribas interrogaram-n'O: «Porque não se conformam os Teus discípulos com a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?». Ele respondeu-lhes: «Com razão profetizou Isaías de vós, hipócritas, quando escreveu: “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, ensinando doutrinas que são preceitos humanos”. Pondo de lado o mandamento de Deus, observais cuidadosamente a tradição dos homens». Disse-lhes mais: «Vós bem fazeis por destruir o mandamento de Deus, para manter a vossa tradição. Porque Moisés disse: “Honra teu pai e tua mãe. E todo o que amaldiçoar seu pai ou sua mãe, seja punido de morte”. Vós, porém, dizeis: Se alguém disser ao pai ou à mãe, é “qorban”, oferta a Deus, qualquer coisa minha que te possa ser útil, já não lhe deixais fazer nada a favor do pai ou da mãe, anulando assim a palavra de Deus por uma tradição que tendes transmitido de uns aos outros. E fazeis muitas coisas semelhantes a estas».

Mc 7, 1-13