Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

MUSEU DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA INAUGURA EXPOSIÇÃO “O BRILHO DA FÉ – OURIVESARIA SACRA EM BRAGANÇA”


Papa Francisco na Audiência geral iniciou ciclo de Catequeses dedicadas à Igreja

Locutor: 
As próximas catequeses serão dedicadas à Igreja, a nossa família aberta a toda a humanidade. A Igreja foi fundada por Jesus Cristo, mas asua preparação na história começou muito antes. Com Abraão, Deus dá início a um povo que há-de levar a sua bênção a todas as famílias da terra. Quem toma a iniciativa é Deus, que se dirige a Abraão convidando-o a entrar numa relação nova com Ele. Assim Deus forma um povo com todos aqueles que escutam a sua palavra e, confiados n’Ele, se põem a caminho. No seu amor, Deus antecipa-se a Abraão, como já o tinha feito com o próprio Adão. Mas, a resposta deste povo a Deus, que o quis e formou, ficará marcada, ao longo da história, por resistências e infidelidades humanas. Deus, porém, não desiste; mas, cheio de paciência, continua a educar e formar o seu povo, como faz um pai com o seu filho. E Jesus mantém o mesmo procedimento com a Igreja. De facto, nós prometemos seguir o Senhor, mas, no dia-a-dia, quantas vezes fazemos experiência do nosso egoísmo e da dureza do nosso coração. Quando, porém, reconhecemos o nosso pecado e nos voltamos para Deus, Ele enche-nos da sua misericórdia edo seu amor. É precisamente isto que nos faz crescer como povo de Deus, como Igreja: não é pela nossa habilidade, pelos nossos méritos, mas pela experiência que diariamente fazemos de quanto o Senhor nos quer bem e cuida de nós.

Santo Padre:
Carissimi pellegrini di lingua portoghese, vi saluto cordialmente tutti, con menzionespeciale perla comunità «Coccinella “meninos da rua”», del Brasile, e l’«Associação CulturalAmor e Responsabilidade», di Caldasda Rainha. Questa visitaa Roma vi aiuti adessere pronti, comeAbramo, peruscire ogni giorno verso la terra di Dio e dell’uomo, rivelandoviuna benedizione e un segno dell’amore di Dio per tutti i suoi figli. La Vergine Santa vi guidi e protegga!

Locutor: 
Amados peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos cordialmente a todos, com menção especial da comunidade «Coccinella meninos da rua», do Brasil, e a «Associação Cultural Amor e Responsabilidade», de Caldas da Rainha. Esta visita a Roma vos ajude a estar prontos, como Abraão, a sair cada dia para a terra de Deus e do homem, revelando-vos uma bênção e um sinal do amor de Deus por todos os seus filhos. A Virgem Santa vos guie e proteja!

O Salmo

«… é a bênção do povo, o louvor de Deus, o elogio das gentes, o aplauso de todos, a linguagem universal, a voz da Igreja, a confissão harmoniosa da fé, plena submissão à autoridade, o regozijo da liberdade, o clamor do alvoroço e o eco da alegria»

(Santo Ambrósio - Encarratio in Ps. I,9)

Coisas do demo

É sempre interessante escrever sobre temas malditos, ocultados pela nossa imprensa, alegadamente aberta e plural. Este é o maldito dos malditos.

Em tempos tão diversos e heterodoxos, é estranho constatar a total ausência de alguém central na cultura ocidental há milénios. A nossa época, que multiplica as personagens e faz regressar velhas lendas e figuras clássicas, nunca fala do diabo.

Ao longo da história não houve dúvidas sobre a existência e influência do pai da mentira (Jo 8, 44), tentador (Mt 4, 3), inimigo de toda a justiça (Act 13, 10), ameaçando-nos com as suas malícias e aquele seu lugar maldito - a Geena de fogo (Mt 4, 22), o inferno (Lc 10, 15) - onde podíamos cair. Hoje esses assuntos são totalmente omissos, meras figuras de retórica ou cenas de pantomima.

A razão não pode vir de vivermos em tempos secularizados, pela simples razão que não vivemos nesses tempos. Não só os crentes permanecem a esmagadora maioria da população, mas o actual pluralismo fez renascer múltiplas formas de culto e espiritualidade. Além disso, a falta de referências a Satanás não se verifica apenas entre os ateus, mas também nos devotos. Homilias, orações, livros e discussões teológicas desenvolvem-se quase sem referências às forças do mal e seu poder, antes tão populares. No meio de enorme diversidade de temas e abordagens de uma época turbulenta, Lúcifer parece ausente até das igrejas. O secularismo actual significa, afinal, crença firme em Deus com recusa de Satanás.

É curioso perceber porquê. A razão liga-se ao axioma mais central e indiscutível da nossa cultura. Somos o tempo da liberdade, humanismo, técnica e poder sobre a natureza. Ora nada destrói mais esses valores que saber-nos sujeitos a influências maléficas, que turvam as nossas escolhas, distorcem a nossa humanidade, pervertem as nossas obras e podem dominar a nossa vida. Se existem tentações demoníacas, lá se vão os sonhos de tolerância, humanismo, liberdade. Caímos no real. O ser humano, que se acha radicalmente autónomo e soberano, ainda tolera com diplomacia um deus longínquo, mas nunca se considerará sujeito ao demónio.

Paradoxalmente é também o tempo actual que mais manifesta a evidência do diabo e onde a presença palpável do inferno se tornou mais visível e patente. Os telejornais trazem às nossas salas mais cenas de horror e maldade que alguma vez a humanidade assistiu, e a cada passo vemos personalidades descritas como encarnação do mal absoluto. Mas é na ficção que essa presença surge esmagadora.

Argumentistas de cinema e televisão espremem os miolos para criar os vilões mais funestos, com especial predilecção pela malícia em estado puro. Só assim se explica a obsessão cinematográfica pelos psicopatas, vampiros, extraterrestres, fanáticos e outros seres irredutivelmente cruéis sem elemento redentor. Numa palavra, demónios. Por outro lado a contínua descrição romanceada de estados desesperados e irrecuperáveis, da droga à escravatura e à demência, só pode ser tomada como nostalgia do inferno. Nenhuma criança das eras bárbaras viu tanta mortandade, violação e desumanidade como as nossas nos media.

Assim o demónio, nunca sob o próprio nome, está hoje mais presente que em tempos antigos. Por todo o lado, menos na nossa consciência, onde persiste a ilusão da independência. Isso dá-lhe mais poder. "Há dois erros, iguais e opostos, em que a nossa raça pode incorrer quando de demónios se trata. Um é descrer da sua existência. O outro é crer nela e sentir por eles um interesse excessivo e doentio. A eles, ambos os erros lhes são agradáveis e acolhem com idêntico prazer o materialista e o mago" (C. S. Lewis, 1942, The Screwtape Letters, prefácio).

A evidência que esta aparente ausência é coisa do demo não custa a compreender, pois ela tem terríveis efeitos morais. De facto, não havendo Belzebu, os horrores indizíveis que vemos só podem ser culpa do próximo, a quem portanto agredimos justificadamente. Se o diabo não existe, "o inferno são os outros" (J. P. Sartre, 1944, Huis-clos).

João César das Neves in DN online nesta data em 2012

Quarenta dias para crescer no amor de Deus e do próximo

São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre os evangelhos, nº 16, 5

Iniciamos hoje os santos quarenta dias da quaresma, e convém-nos examinar atentamente por que razão esta abstinência é observada durante quarenta dias. Moisés, para receber a Lei pela segunda vez, jejuou quarenta dias (Gn 34,28). Elias, no deserto, absteve-se de comer durante quarenta dias (1Rs 19,8). O Criador dos homens, ao vir para o meio dos homens, não tomou qualquer alimento durante quarenta dias (Mt 4,2). Esforcemo-nos também nós, tanto quanto nos for possível, por refrear o nosso corpo pela abstinência neste tempo anual dos santos quarenta dias [...], a fim de nos tornarmos, segundo a palavra de Paulo, «uma hóstia viva» (Rom 12,1). O homem é, ao mesmo tempo, uma oferenda viva e imolada (cf Ap 5,6) quando, sem deixar esta vida, faz morrer nele os desejos deste mundo.

Foi a satisfação da carne que nos levou ao pecado (Gn 3,6); que a carne mortificada nos leve ao perdão. O autor da nossa morte, Adão, transgrediu os preceitos de vida comendo o fruto proibido da árvore. É por conseguinte necessário que nós, que fomos privados das alegrias do Paraíso pelo alimento, nos esforcemos por reconquistá-las pela abstinência.

Mas ninguém suponha que esta abstinência é suficiente. O Senhor disse pela boca do profeta: «O jejum que Eu aprecio é este, [...] repartir o teu pão com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir o nu, e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Eis o jejum que Deus aprova [...]: um jejum realizado no amor ao próximo e impregnado de bondade. Prodigaliza pois aos outros daquilo que retiras a ti próprio; assim, a tua penitência corporal permitir-te-á cuidar do bem-estar físico do teu próximo em necessidade.

O Evangelho do dia 18 de junho de 2014

«Guardai-vos de fazer as boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles. De contrário não tereis direito à recompensa do vosso Pai que está nos céus. «Quando, pois, dás esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando dás esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. «Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, ora a teu Pai; e teu Pai, que vê o que se passa em segredo, te dará a recompensa.  «Quando jejuais, não vos mostreis tristes como os hipócritas que desfiguram o rosto para mostrar aos homens que jejuam. Na verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto, a fim de que não pareça aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está presente no oculto, e teu Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa.

Mt 6, 1-6.16-18