Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 10 de maio de 2015

"onus et honor" (carga e honra)

Com a vida interior e o esforço de todos, bem unidos ao Papa, aos bispos e aos outros cristãos, elevemos aos Céus uma súplica intensa pela Igreja, pelo mundo, pelas famílias, pela sociedade civil. Assim, as atividades pessoais e corporativas ao serviço das almas hão-de aumentar e encher-se de eficácia. O nosso Padre afirmava que todas as tarefas apostólicas e os meios para as pôr a funcionar são onus et honor, carga e honra (…) dos Numerários, dos Agregados e dos Supranumerários, e também dos Cooperadores. Enganava-se e teria mau espírito e pouca generosidade quem pensasse que esses empreendimentos são tarefas só dos Numerários, porque é necessário que se possa dizer sempre de nós, ao falar dos nossos interesses apostólicos, aquilo que se lê nos Atos dos Apóstolos: multitúdinis autem credéntium erat cor unum et ánima una (At 4, 32), toda a multidão dos fiéis tinha um só coração e uma só alma [10].

Na penúltima semana de abril estive em Valencia, onde, convidado pelo Senhor Cardeal Arcebispo, celebrei na catedral uma Missa de ação de graças pela beatificação de D. Álvaro e proferi uma conferência sobre o seu trabalho no Concilio Vaticano II. Além disso, reuni-me com muitas das minhas filhas e filhos e com pessoas de todas as idades que participam no apostolado da Obra. Ajudai-me a agradecer a Deus os frutos espirituais que Ele tenha querido originar. Acompanhai-me também na ação de graças pela ordenação sacerdotal de um bom grupo de irmãos vossos, Numerários, no próximo dia 9, na Basílica de Santo Eugénio. Deo omnis glória!

Termino, minhas filhas e filhos, com a lembrança da novena de S. Josemaria à Virgem de Guadalupe, em maio de 1970. Foi lá para rezar pela Igreja, pelo Santo Padre, pelo Opus Dei. E quantos frutos trouxe! Continuarão a ser abundantes, pela bondade de Deus e a intercessão da Virgem Santíssima, se nos esforçarmos por seguir diariamente os passos do nosso Padre, como fez D. Álvaro de forma tão leal. Recorramos à sua intercessão, especialmente no próximo dia 12, data em que vamos celebrar pela primeira vez a sua memória litúrgica.

[10]. S. Josemaria, Carta, 31-V-1954, n. 34.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

O Ser Supremo

O primeiro título deste artigo era «Ploërmel, Publier, Vendée, Béziers, Villefranche-de-Rouergue, Charleville-Mézières, (mais as outras povoações da França) e o Ser Supremo», mas o título não cabia na página, sobretudo se escrevesse o nome de todas as aldeias francesas. Assim, para poupar papel, ficou só o Ser Supremo.

Em 2006, o russo Zourab Tseretli fez uma escultura do polaco Karol Wojtyla e resolveu oferecê-la à câmara de Ploërmel. O executivo camarário ficou muito agradecido, a população gostou do monumento, mas um juiz raivoso resolveu que a coisa não ficava por ali. A condenação judicial abateu-se há dois dias sobre a povoação de Ploërmel.

A câmara de Publier colocou uma imagem de Nossa Senhora num parque. O Governador Civil achou que era liberdade a mais e resolveu agir. Para escapar à perseguição, a Câmara desfez-se da imagem por 35.000 € e vendeu também o pequeno pedaço de terreno onde estava a estátua. A fúria do Governador Civil subiu à estratosfera, porque queria que a imagem fosse destruída. A perseguição contra a povoação de Publier subiu de escalão.

Todos os anos, os funcionários do Conselho Regional de Vendée instalavam umas decorações de Natal no edifício, incluindo um pequeno presépio. Um juiz de Nantes decidiu acabar com a tradição e, para o caso de o povo não concordar, decidiu que o Presidente do Conselho Regional devia proibir as decorações de Natal. O Presidente respondeu que não era essa a sua função. 
Espera-se a todo o momento a condenação judicial.

Na povoação de Béziers também há uma polémica tremenda por causa de um presépio.

Em Villefranche-de-Rouergue, os operários do caminho de ferro mantinham o costume antigo de montar um pequeno presépio, mas um agente cultural espreitou através de uma porta aberta, através do vidro do «guichet» da bilheteira, e descobriu o presépio! Chamou-se a Comissão de Ética da empresa e os Directores foram dialogar com os operários, a fim de eles retirarem livremente o presépio.

Uma aluna foi expulsa de uma escola de Charleville-Mézières por ter usado uma saia demasiado comprida: não só cobria o joelho como chegava quase ao tornozelo! Esse vestido foi considerado como indicação de convicções morais, e talvez até religiosas, o que é proibido pelos actuais responsáveis do Ministério da Educação.

Um bombom para quem adivinhar quem promove estes subsídios a favor da liberdade de pensamento!

Não! Frio! Frigidíssimo!... Tente outra vez. Está muito longe...

Estas pérolas são promovidas pela Federação «Libre Pensée» (Liberdade de Pensamento), que anda nisto há muitos anos, herdeira ideológica dos jacobinos da Revolução Francesa. O seu lema é «Ni Dieu, ni maître, à bas la calotte et vive la sociale!» (Nem Deus, nem mestre, abaixo a tonsura [abaixo os padres] e viva a [revolução] social!».

No dia em que escrevo, a festa do Ser Supremo completaria exactamente 221 anos. Foi instituída no dia 7 de Maio de 1794 pela Convenção Nacional (Parlamento francês), para acabar com todas as festas católicas. Foi um momento emblemático daquele período conhecido como o Grande Terror, porque 17 mil pessoas foram guilhotinadas nesse ano e muitas outras foram presas e maltratadas. As actas do Parlamento dizem que o novo feriado foi uma inspiração do líder do Terror jacobino, Robespierre, mas provavelmente o Demónio teve a ideia primeiro. O Ser Supremo, que se opõe a Deus e não suporta a liberdade, o Ser Supremo que sente prazer em destruir a vida humana, o Ser Supremo inchado de vaidade, grita e festeja-se a si próprio. Hip hip! Hurra! Viva eu! Quem há no mundo mais supremo do que eu?
(Deus é tão diferente!).

José Maria C.S. André
«Correio dos Açores», «Verdadeiro Olhar», «ABC Portuguese Canadian Newspaper»,
10-V-2015

Bom Domingo do Senhor!

Ambicionemos também nós a ser amigos do Senhor, como Ele chamou aos Seus discípulos e de que nos fala o Evangelho de hoje (Jo 15, 9-17), proclamemo-Lo e incansavelmente procuremos dar frutos dos Seus ensinamentos, pois ao fazê-lo estaremos a agradar-Lhe e a cumprir o que nos pediu.

Senhor Jesus, louvado sejais através do nosso exemplo hoje e sempre!

Formar a consciência

Certamente a fé cristã vai além daquilo que a pura razão é capaz de reconhecer, mas faz parte das suas convicções fundamentais que Cristo é o Logos, quer dizer, a razão criadora de Deus da qual procede o mundo e que se reflete na nossa racionalidade. O apóstolo Paulo, que falou com tanta ênfase da novidade e da unicidade do cristianismo, destacou ao mesmo tempo que o preceito moral registado na Sagrada Escritura coincide com aquele que "está inscrito nos nossos corações, segundo o testemunho da nossa consciência" (Rom 2, 15). É verdade que, com frequência, esta voz do nosso coração, a consciência, é sufocada pelos ruídos secundários da nossa vida.

A consciência pode, por assim dizer, tornar-se cega. Precisamos assistir às "aulas de recuperação" da fé, que voltam a despertá-la e assim tornam novamente perceptível a voz do Criador em nós, suas criaturas.

(Cardeal Joseph Ratzinger em entrevista a Jaime Antúnez Aldunate)

«Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos»

Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo e mártir

Escrevo a todas as Igrejas e faço saber a todos que morria de bom grado por Deus se vós não me impedísseis. Suplico-vos, poupai-me a um bem-querer inoportuno. Deixai-me tornar-me pasto das feras; elas me ajudarão a alcançar a Deus. Sou o Seu fermento: moído pelos dentes dos animais selvagens tornar-me-ei no puro pão de Cristo. [...]

Que me fariam as doçuras deste mundo e os impérios da terra? É mais belo morrer por Cristo Jesus do que reinar até aos confins do Universo. É a Ele que procuro, que morreu por nós; é a Ele que desejo, a Ele que ressuscitou por nós. Aproxima-se o momento em que darei à luz. Por mercê, meus irmãos, não me impeçais de nascer para a Vida. [...] Deixai-me abraçar a luz inteiramente pura. Quando tiver conseguido fazê-lo, serei verdadeiramente homem. Aceitai que eu imite a Paixão do meu Deus. [...]

O meu desejo terrestre foi crucificado, e em mim já não há fogo para amar a matéria, mas uma água viva (Jo 4, 10;7, 38) que murmura e me segreda ao coração: «Vem para o pé do Pai». Já não posso saborear os alimentos perecíveis e as doçuras desta vida. É do pão de Deus que estou faminto, da carne de Jesus Cristo, filho de David; e, para bebida, quero o Seu sangue, que é o amor incorruptível. [...] Rezai pela minha vitória.