Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 15 de agosto de 2015

«Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica a morar em Mim e Eu nele»

São Gaudêncio de Brescia (?-após 406), bispo Homilia pascal; CSEL 68, 30 (a partir da trad.breviário)

O sacrifício celeste instituído por Cristo é verdadeiramente a herança legada pelo Seu novo testamento; Ele deixou-no-la na noite em que ia ser entregue para ser crucificado, como garante da Sua presença. Ele é o viático da nossa viagem, o nosso alimento no caminho da vida, até chegarmos à outra Vida, ao deixar este mundo. Era por isso que o Senhor dizia: «Se não comerdes a Minha carne e não beberdes o Meu sangue, não tereis a vida em vós».Ele quis que os Seus benefícios permanecessem entre nós; quis que as almas resgatadas pelo Seu sangue precioso fossem sempre santificadas à imagem da Sua própria Paixão. Foi por essa razão que ordenou aos Seus discípulos fiéis, que estabeleceu como primeiros sacerdotes da Sua Igreja, que celebrassem estes mistérios de vida eterna. [...] Com efeito, a multidão dos fiéis devia ter todos os dias diante dos seus olhos a representação da Paixão de Cristo; ao segurá-la nas nossas mãos, ao recebê-la na boca e no coração, ficaremos com uma recordação indelével da nossa redenção.É preciso que o pão seja feito com a farinha de numerosos grãos de fermento, misturada com água, e receba do fogo o seu acabamento. Encontra-se aí, portanto, uma imagem semelhante ao corpo de Cristo, pois sabemos que Ele forma um só corpo com a multidão dos homens, que recebeu o seu acabamento do fogo do Espírito Santo. [...] Do mesmo modo, o vinho do Seu sangue é extraído de diversos cachos de uvas, isto é, de uvas da vinha plantada por Ele, esmagadas sob o peso da cruz; vertido no coração dos fiéis, aí se agita pelo seu próprio poder.É este o sacrifício da Páscoa, que traz a salvação a todos os que foram libertados da escravatura do Egipto e do Faraó, isto é, do demónio. Recebei-o em união connosco, com toda a avidez de um coração religioso.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 19 de agosto de 2012

Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente; e o pão que Eu darei é a Minha carne para a salvação do mundo». Disputavam, então, entre si os judeus: «Como pode Este dar-nos a comer a Sua carne?». Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue não tereis a vida em vós. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Porque a Minha carne é verdadeiramente comida e o Meu sangue verdadeiramente bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como Me enviou o Pai que vive e Eu vivo pelo Pai, assim quem Me comer a Mim, esse mesmo também viverá por Mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que comeram os vossos pais, e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente».

Jo 6, 51-58

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Por ocasião desta solenidade, convido-vos a meditar e a pôr em prática, seguindo os ensinamentos do Santo Padre e à luz do exemplo de S. Josemaria, algumas consequências que podemos descobrir ao contemplar esta cena.

O autor da epístola aos Hebreus recorda que o local mais importante do antigo templo de Jerusalém, o Santo dos Santos, continha um altar de incenso, de oiro, e a arca da Aliança, coberta de oiro por todos os lados, na qual estava uma ânfora de oiro com o maná, a vara de Aarão, que germinou, e as tábuas da Aliança [4]. Detenhamo-nos na figura da arca, símbolo de Maria. O facto de se encontrar no lugar mais sagrado do templo fala­‑nos já da especial proximidade e intimidade da Virgem com Deus: mais do que tu, só Deus! [5], exclamamos gozosamente e sentindo essa necessidade, unidos a S. Josemaria. As tábuas da lei, que Deus entregou a Moisés, manifestavam a vontade divina de manter a aliança com o seu povo, se este permanecesse fiel ao seu pacto. A Sagrada Escritura narra como, apesar dos cuidados do Senhor, Israel foi repetidamente infiel. A Santíssima Virgem não foi assim, pois como o Papa recalca, Maria é a arca da aliança, porque acolheu em si mesma Jesus; recebeu em si a Palavra viva, todo o conteúdo da vontade de Deus, da verdade de Deus; acolheu em si Aquele que constitui a nova e eterna aliança, culminada com a oferenda do seu corpo e do seu sangue: corpo e sangue recebidos de Maria [6].

Aqui descobrimos uma primeira lição da nossa Mãe, que desejamos assimilar mais profundamente para a praticar o convite a procurar diariamente a união mais plena possível com a Vontade santa de Deus, nos momentos agradáveis e especialmente nos que são incómodos e exigem sacrifício. A fidelidade ao querer divino nas circunstâncias custosas será a prova mais clara da retidão das nossas intenções e da firmeza dos nossos desejos de seguir Jesus de perto. Não vos vêm à memória aquelas palavras de S. Josemaria numa oração ao Espírito Santo? : quero o que quiseres, quero porque queres, quero como quiseres, quero quando quiseres... [7].

[4]. Hb 9, 4.
[5]. S. Josemaria, Caminho, n. 496.
[6]. Bento XVI, Homilia na Solenidade da Assunção, 15-VIII-2011.
[7]. S. Josemaria, Manuscrito autógrafo, abril de 1934.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta de mês de agosto de 2012)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Brevíssimo comentário ao Evangelho de hoje...

Imitemos a Virgem Santíssima, exemplo de pureza e amor, como nos fala o Evangelho de hoje (Lc 1, 39-56) e louvemos hoje e sempre o Senhor por toda a Sua criação e infinita bondade.

Senhor, que saibamos sempre dar-Te graças e louvores e amar-Te incondicionalmente!

«A presença de Maria ilumina o mundo inteiro, a tal ponto resplandece o céu, irradiado pelo brilho desta Virgem plenamente santa»

São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e Doutor da Igreja
1º Sermão para a Assunção

Hoje a Virgem Maria sobe, gloriosa, ao céu. É o cúmulo de alegria dos anjos e dos santos. Com efeito, se uma simples palavra sua de saudação fez exultar o menino que ainda estava no seio materno (Lc 1, 44), qual não terá sido sido o regozijo dos anjos e dos santos, quando puderam ouvir a sua voz, ver o seu rosto, e gozar da sua presença abençoada! E para nós, irmãos bem-amados, que festa a da sua assunção gloriosa, que motivo de alegria e que fonte de júbilo temos hoje! A presença de Maria ilumina o mundo inteiro, a tal ponto resplandece o céu, irradiado pelo brilho desta Virgem plenamente santa. Por conseguinte, é justificadamente que ecoa nos céus a ação de graças e o louvor.

Ora [...], na medida em que o céu exulta da presença de Maria, não seria razoável que o nosso mundo chorasse a sua ausência? Mas não, não nos lastimemos, porque não temos aqui cidade permanente (Heb 13, 14), antes procuramos aquela aonde a Virgem Maria chegou hoje. Se já estamos inscritos no número de habitantes dessa cidade, convém que hoje nos lembremos dela [...], compartilhemos a sua alegria, participemos nesta alegria que hoje deleita a cidade de Deus; uma alegria que depois se espalha como o orvalho sobre a nossa terra. Sim, Ela precedeu-nos, a nossa Rainha, precedeu-nos e foi recebida com tanta glória que nós, seus humildes servos, podemos seguir a nossa Rainha com toda confiança gritando [com a Esposa do Cântico dos Cânticos]:

«Arrasta-me atrás de ti. Corramos ao odor dos teus perfumes!» (Ct 1, 3-4) Viajantes sobre a terra, enviamos à frente a nossa advogada [...], a Mãe de misericórdia, para defender eficazmente a nossa salvação.

O Evangelho do dia 15 de agosto de 2015 - Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria

Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor». Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa, porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo, e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo. Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias. Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia; conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.

Lc 1, 39-56