Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 29 de agosto de 2015

Axioma que afecta muita gente “Os alemães são sempre maus”

Declaração prévia: o signatário fez a educação pré escolar (infantil) e o ensino primária em alemão na Escola Alemã de Lisboa.

No raciocínio dos detratores da Alemanha tudo o que de negativo sucede na Grécia é culpa dos alemães que tudo impuseram para espoliar e humilhar o povo grego, se há fome, falta de medicamentos, etc., etc., etc. os alemães personificados na Chanceler Merkel seriam os culpados.

A recente privatização dos aeroportos na Grécia foi ganha por uma empresa alemã, não conhecendo o detalhe da decisão nem as propostas concorrentes, nada me permite dizer que Tsipras cedeu aos interesses germânicos e que portanto não estamos perante um caso de colonialismo económico.

Pouco se falou por enquanto, mas os alemães numa demonstração inequívoca de povo que planeia e não improvisa abriu as suas fronteiras a todos os refugiados oriundos da Síria, portanto sem limite falando-se em cerca de 800.000 pessoas. Entre os diferentes países de origens, a Alemanha escolheu o país com maiores níveis de escolaridade e aonde o islamismo não é vivido de uma forma radical, a pobreza sim tem crescido exponencialmente devido à guerra ocupando a Síria a 173ª posição em 187 países segundo dados da ONU de março de 2015.

Quando o resto da Europa acordar da sua habitual letargia, irá cair o Carmo e a Trindade, porque os alemães escolheram a parte que melhor integração poderá ter na sociedade, esquecendo-se que a dar respostas concretas à gravíssima crise humanitária é uma prioridade absoluta, mas entretanto vão discutindo quem paga, quem subsidia e depois se verá, quanta hipocrisia.

Os chavões anti germânicos proliferam, ganham muito e trabalham menos horas, omitindo-se que são muito mais produtivos, a Sra. Merkel vingou-se do Syriza impondo ao povo grego condições draconianas, quando na verdade foram os países Bálticos, a Eslováquia e a Finlândia que os não queriam ajudar e outros “piropos” que são fruto de ignorância e má fé.

Ajudar a Grécia é um risco, mas tinha que ser tentado, se vai funcionar não sei e até poderei ter dúvidas, mas reconhecer o papel da Alemanha para se encontrar uma solução e os esforços envidados pela Chanceler para convencer a opinião publica alemão é de elementar justiça.

Resumindo, a Alemanha está na linha frente da ajuda ao fluxo migratório assim como esteve na aprovação do 3º resgate económico-financeiro à Grécia, no fundo fez e faz jus às suas raízes cristãs e correspondeu afirmativamente aos apelos do Santo Padre com atos concretos.

JPR

P.S. – Há 22 anos que tenho como sócia uma organização alemã e nunca me vi confrontado com qualquer forma de arrogância ou tentativa de imposição de alguma medida, já o mesmo não posso dizer de um outro sócio , também europeu, de nacionalidade diferente.

«É do interior do coração dos homens»: o coração de cada homem é fonte de paz ou de guerra?

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja no mundo de hoje «Gaudium et spes» § 82

É, portanto, claro, que nos devemos esforçar por todos os meios por preparar os tempos em que, por comum acordo das nações, se possa interditar absolutamente qualquer espécie de guerra. [...] E dirijam-se a Deus instantes preces, para que lhes dê [aos responsáveis políticos] a força necessária para empreender com perseverança e levar a cabo com fortaleza esta obra de imenso amor aos homens, que é construir virilmente a paz. Hoje em dia, isto exige certamente deles que alarguem o espírito para além das fronteiras da própria nação, deponham o egoísmo nacional e a ambição de dominar os outros países, fomentem um grande respeito por toda a humanidade que já avança tão laboriosamente para uma maior unidade. No entanto, evitem os homens entregar-se apenas aos esforços de alguns, sem se preocuparem com a própria mentalidade. Pois os governantes, responsáveis pelo bem comum da própria nação e, ao mesmo tempo, promotores do bem de todo o mundo, dependem muito das opiniões e sentimentos das populações.

De nada lhes aproveitará dedicarem-se à edificação da paz enquanto os sentimentos de hostilidade, desprezo e desconfiança, os ódios raciais e os preconceitos ideológicos dividirem os homens e os opuserem uns aos outros. Daqui a enorme necessidade duma renovação na educação das mentalidades e na orientação da opinião pública. Aqueles que se consagram à obra de educação, sobretudo da juventude, ou que formam a opinião pública, considerem como gravíssimo dever o procurar formar as mentalidades de todos para novos sentimentos pacíficos. Todos nós temos, com efeito, de reformar o nosso coração, com os olhos postos no mundo inteiro e naquelas tarefas que podemos realizar juntos para o progresso da humanidade.

O Evangelho de Domingo dia 30 de agosto de 2015

Reuniram-se à volta de Jesus os fariseus e alguns escribas vindos de Jerusalém; e notaram que alguns dos Seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, por lavar; ora os fariseus e todos os judeus aferrados à tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos cuidadosamente; e, quando vêm da praça pública, não comem sem se purificar; e praticam muitas outras observâncias tradicionais, como lavar os copos, os jarros, os vasos de metal, e os leitos. Os fariseus e os escribas interrogaram-n'O: «Porque não se conformam os Teus discípulos com a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?». Ele respondeu-lhes: «Com razão profetizou Isaías de vós, hipócritas, quando escreveu: “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, ensinando doutrinas que são preceitos humanos”. Pondo de lado o mandamento de Deus, observais cuidadosamente a tradição dos homens». Convocando novamente o povo, dizia-lhes: «Ouvi-Me todos e entendei: não há coisas fora do homem que, entrando nele, o possam manchar; mas as que saem do homem, essas são as que tornam o homem impuro. Porque do interior, do coração do homem, é que procedem os maus pensamentos, os furtos, as fornicações, os homicídios, os adultérios, as avarezas, as perversidades, as fraudes, as libertinagens, a inveja, a maledicência, a soberba, a insensatez. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem».

Mc 7, 1-8.14-15.21-23

«E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo» (Lc 1,76)

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 36

De entre os títulos de glória do santo e bem-aventurado João Baptista, cuja festa hoje celebramos, não sei qual prefiro: se o seu nascimento milagroso ou a sua morte, ainda mais milagrosa. O seu nascimento trouxe uma profecia (Lc 1,67ss.), a sua morte a verdade; o seu nascimento anunciou a chegada do Salvador, a sua morte condenou o incesto de Herodes. Este santo homem [...] mereceu, aos olhos de Deus, não desaparecer da mesma forma que os outros homens deste mundo: deixou este corpo recebido do Senhor confessando-O. João cumpriu em tudo a vontade de Deus, uma vez que a sua vida e a sua morte correspondem aos Seus desígnios. [...]

Ainda se encontrava no ventre de sua mãe e já celebrava a chegada do Senhor com os seus movimentos de alegria, uma vez que não podia fazê-lo com a voz. Isabel diz a Santa Maria: «Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio» (Lc 1,44). João exulta antes de nascer e, antes de os seus olhos verem o mundo, o seu espírito reconhece já Aquele que é o seu Senhor. Penso que é este o sentido da frase do profeta: «Antes que fosses formado no ventre de tua mãe, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei» (Jr 1,5). Não é de surpreender que, encarcerado na prisão para onde Herodes o enviara, tenha continuado a pregar por intermédio dos seus discípulos (Mt 11,2), uma vez que, ainda no ventre de sua mãe, anunciara já com os seus movimentos a vinda do Senhor.

O Evangelho do dia 29 de agosto de 2015

Porque Herodes tinha mandado prender João, e teve-o a ferros numa prisão por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado. Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter a mulher de teu irmão». Herodíades odiava-o e queria fazê-lo morrer; porém, não podia, porque Herodes, sabendo que João era varão justo e santo, olhava-o com respeito, protegia-o e quando o ouvia ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. Chegou, porém, um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, deu um banquete aos grandes da corte, aos tribunos e aos principais da Galileia. Tendo entrado na sala a filha da mesma Herodíades, dançou e agradou a Herodes e aos seus convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei». E jurou-lhe: «Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino». Ela, tendo saído, perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». Ela respondeu-lhe: «A cabeça de João Baptista». Tornando logo a entrar apressadamente junto do rei, fez este pedido: «Quero que me dês imediatamente num prato a cabeça de João Baptista». O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis desgostá-la. Imediatamente mandou um guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi degolá-lo no cárcere, levou a sua cabeça num prato, deu-a à jovem, e esta deu-a à mãe. Tendo sabido isto os seus discípulos, foram, tomaram o corpo e o depuseram num sepulcro.

Mc 6, 17-29