Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

A PAZ de Joaquim Mexia Alves

Desde o Papa Paulo VI que o dia 1 de Janeiro é o Dia Mundial da Paz.

Ao procurarmos a definição de paz nos mais diversos dicionários, encontramos sempre termos como estes: ausência de guerra; tranquilidade; repouso; silêncio; sossego; boa harmonia; conciliação; pachorra; paciência; etc., etc.
Por estes significados consigo perceber melhor o que Jesus nos quer ensinar, quando diz aos Seus apóstolos:
«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acobarde.» Jo 14, 27

É que, curiosamente, em nenhum daqueles significados para paz, encontrados nos dicionários, se encontra a palavra amor!
E no fundo, ou melhor, em verdade, onde há amor verdadeiro, existe sempre a paz!

Já se nos remetermos aos significados acima referidos, podemos constatar, que mesmo que se verifiquem alguns deles, ou até todos, a paz verdadeira pode não existir.
Realmente pode haver “ausência de guerra” e não haver paz entre as pessoas!
Podem acontecer todas aquelas premissas e não acontecer a verdadeira paz, pois, por exemplo, pode haver “boa harmonia” e a pessoa ou pessoas não estarem em paz, porque essa “boa harmonia” pode ser resultado de um esforço de contenção para que a mesma aconteça, o que não significa que estejam “resolvidos” conflitos interiores, que continuam a “atormentar” intimamente aqueles que os vivem.

Por isso mesmo a paz, a verdadeira paz, só se encontra no amor.
Porque o amor é dar-se sem medida, é sempre a procura de fazer o outro feliz, e ao amar-se assim, também assim se é amado, e por isso mesmo se recebe e se é feliz.
E mesmo quando não se é amado por todos, (porque a todos se deve amar), o amar torna-se de tal modo vida, que mesmo não se sendo amado, se vive na certeza de que o amor vencerá, e assim se vive a efémera felicidade presente, na confiante espera da felicidade eterna.

Jesus Cristo de tal modo ama assim, com este amor único e total, que se entregou inteiramente por aqueles que O amam e também por aqueles que O não querem e até rejeitam, mas como o amor vence e vencerá, assim no amor de Deus somos felizes, apesar de todas as provações e dificuldades.

Por isso a paz que Jesus nos dá é total, completa e “inteira”, porque é fruto do amor, e o amor, sabemos bem, vem-nos de Deus que nos amou primeiro.
«Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» 1 Jo 4, 19

E assim como o amor não se alcança num momento, mas se vive numa vida, também a paz não se encontra num só dia, mas se constrói no amor ao longo de uma vida.

Esta é a paz que deveríamos esperar, querer e viver, porque é a paz que vem de Deus, (não é a paz dos homens, assente em tratados e concessões colectivas ou individuais), é a paz de Quem ama primeiro, porque “apenas” pode amar.

É esta Paz, que a todas e todos que por aqui passam, desejo queiramos viver neste Novo Ano que vai começar.

Marinha Grande, 30 de Dezembro de 2012

Joaquim Mexia Alves AQUI

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