Nesse dia prega: “A vida de oração tem de fundamentar-se, além disso, em pequenos espaços de tempo, dedicados exclusivamente a estar com Deus. São momentos de colóquio sem ruído de palavras, junto ao Sacrário sempre que possível, para agradecer ao Senhor essa espera – tão só! – desde há vinte séculos. A oração mental é diálogo com Deus, de coração a coração, em que intervém a alma toda: a inteligência e a imaginação, a memória e a vontade. Uma meditação que contribui para dar valor sobrenatural à nossa pobre vida humana, à nossa vida corrente e diária”.
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Alegria e confiança
Uma observação
que sempre faço é que a alegria genuína se tornou mais rara. A alegria está
hoje, por assim dizer, cada vez mais sobrecarregada de hipotecas morais e
ideológicas. Quando uma pessoa se alegra, até tem medo de faltar à solidariedade
com os muitos que sofrem. Pensa-se: Na realidade, nem posso alegrar-me num
mundo em que existe tanta miséria, tanta injustiça.
Posso
compreender isso. Estamos perante uma atitude também moral. Contudo, essa atitude
é um erro. Porque o mundo não se torna melhor graças à perda da alegria: e,
pelo contrário, o "não se alegrar" por causa do sofrimento também não
ajuda os que sofrem.
Mas, por outro
lado, o mundo precisa de pessoas que descubram o bem, que se alegrem por causa
dele e que, desse modo, encontrem a energia e a coragem para o bem. A alegria,
portanto, não exclui a solidariedade. Quando é correcta, quando não é egoísta, quando
vem da percepção do bem, então também quer comunicar-se e se perpetua. O que volta
sempre a chamar-me a atenção é que se encontram, nos bairros pobres, por exemplo,
na América do Sul, muito mais pessoas rindo, alegres, do que entre nós.
Manifestamente,
apesar de destituídas de tudo, ainda têm a percepção do bem, que as orienta
como força inspiradora.
Nessa medida,
precisamos outra vez dessa confiança originária, que, em última análise, só a
fé pode dar: [a confiança de saber] que, no fundo, o mundo é bom, que Deus está
presente e é bom, que é bom viver e ser humano. Daí vem também a coragem para a
alegria, que, por sua vez, leva a que outros se alegrem e possam receber a Boa
Nova.
(Cardeal Joseph Ratzinger em ‘O sal
da terra’ págs. 30-31)
Viver a dor e o sofrimento
Há, de facto, umas maneiras acertadas e outras erradas de viver a dor e o sofrimento. A atitude errada é a de viver a dor de uma forma passiva, deixando-se ir com inércia e resignando-se. Do mesmo modo, uma reação de revolta e de rejeição não é uma atitude certa.
Jesus ensina a viver a dor aceitando a realidade da vida com fé e esperança e colocando o amor de Deus e ao próximo também no sofrimento.
(Papa Francisco ao receber em audiência a Associação Silenciosos Operários da Cruz- 17.05.2014)
O Evangelho do dia 19 de maio de 2017
«O Meu preceito é este: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. Não há maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos. Vós sois Meus amigos se fizerdes o que vos mando. Não mais vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi, e vos destinei para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes a Meu Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda. Isto vos mando: Amai-vos uns aos outros.
Jo 15, 12-17
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