Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 9 de março de 2011

O Papa também recebeu as Cinzas para assinalar o início da Quaresma (sem locução)

Boa noite!

Tens de conviver, tens de compreender, tens de ser irmão dos homens teus irmãos, tens de pôr amor – como diz o místico castelhano – onde não há amor, para colher amor.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 457)

Jesus Cristo, que veio salvar todos os povos e deseja associar os cristãos à sua obra redentora, quis ensinar aos seus discípulos – a ti e a mim – uma caridade grande, sincera, mais nobre e valiosa: devemos amar-nos mutuamente como Cristo nos ama a cada um de nós. Só desta maneira, isto é, imitando o exemplo divino – dentro da nossa rudeza pessoal – conseguiremos abrir o nosso coração a todos os homens, amar de um modo mais elevado, inteiramente novo.

Que bem puseram os primeiros cristãos em prática esta caridade ardente, caridade que sobressaía e transbordava dos limites da simples solidariedade humana ou da benignidade de carácter. Amavam-se uns aos outros de modo afectuoso e forte, através do Coração de Cristo. Um escritor do século II, Tertuliano, transmitiu-nos o comentário dos pagãos, comovidos ao presenciarem o comportamento dos fiéis de então, tão cheio de atractivo sobrenatural e humano: Vede como se amam, repetiam.

Se notas que não mereces esse louvor agora ou em tantas ocasiões do dia-a-dia; que o teu coração não reage como devia às exigências divinas, pensa também que chegou o momento de rectificares.

O principal apostolado que nós, os cristãos, temos de realizar no mundo, o melhor testemunho de fé é contribuir para que dentro da Igreja se respire o clima de autêntica caridade. Quando não nos amamos verdadeiramente, quando há ataques, calúnias e inimizades, quem se sentirá atraído pelos que afirmam que pregam a Boa Nova do Evangelho?

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 225–226)

O Papa na homilia da Missa de Quarta-feira de Cinzas em Santa Sabina

As celebrações do início da Quaresma por parte de Bento XVI prosseguiram esta tarde em Roma com uma procissão penitencial pelas ruas do bairro do Aventino que terminou na basílica de Santa Sabina, onde teve lugar a celebração da Santa Missa e a imposição das Cinzas.

Na homilia o Papa, comentando os trechos da Liturgia da Palavra indicou a período quaresmal como um caminho onde se pode experimentar de maneira eficaz o amor misericordioso de Deus. Hoje - disse Bento XVI – ressoa para nós o apelo “Voltai para mim de todo o coração”; hoje somos nós a sermos chamados a converter o nosso coração a Deus, conscientes sempre de não poder realizar a nossa conversão sozinhos, unicamente com as nossas forças, porque é Deus que nos converte. Ele oferece-nos ainda o seu perdão convidando-nos a voltar para Ele para os dar u m coração novo, purificado do mal que o oprime, para participarmos da sua alegria. O nosso mundo – salientou depois o Papa – precisa de ser convertido por Deus, precisa do seu perdão, do seu amor, precisa de um coração novo. O Santo Padre citou depois uma passagem do Catecismo da Igreja Católica lá onde se afirma que “o apelo de Cristo à conversão continua a fazer-se ouvir na vida dos cristãos. …….é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que «contém pecadores no seu seio» e que é, «ao mesmo tempo, santa e necessitada de purificação, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e de renovação» . Este esforço de conversão não é somente obra humana. É o movimento do «coração contrito» atraído e movido pela graça, para responder ao amor misericordioso de Deus, que nos amou primeiro.

Prosseguindo a sua homilia, Bento XVI salientou que com o nosso testemunho evangélico, nós cristãos devemos ser uma mensagem viva, ou melhor ainda , em muitos casos somos o único Evangelho que os homens de hoje ainda lêem . Eis a nossa responsabilidade…..eis um motivo a mais para viver bem a Quaresma: oferecer o testemunho da fé vivida num mundo em dificuldade que precisa de voltar para Deus, que precisa de conversão.

O itinerário quaresmal – disse o Papa a concluir – é um tempo propicio que nos é dado para nos dedicarmos com maior empenho á nossa conversão, para intensificar a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitencia, abrindo o coração ao acolhimento dócil da vontade divina, para uma pratica mais generosa da mortificação, graças á qual ir mais amplamente em ajuda do próximo necessitado: um itinerário que nos prepara a reviver o Mistério Pascal.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Cavaco Silva sobre a família no discurso de posse hoje

«No momento que atravessamos, em que à crise económica e social se associa uma profunda crise de valores, há que salientar o papel absolutamente nuclear da família. A família é um espaço essencial de realização da pessoa humana e, em tempos difíceis, constitui o último refúgio e amparo com que muitos cidadãos podem contar. A família é o elemento agregador fundamental da sociedade portuguesa e, como tal, deve existir uma política activa de família que apoie a natalidade, que proteja as crianças e garanta o seu desenvolvimento, que combata a discriminação dos idosos, que aprofunde os elos entre gerações.»

Boa Tarde!

Clique em "Boa Tarde!" e acederá directamente ao blogue NUNC COEPI e ao texto. Obrigado!

Na audiência geral Bento XVI falou da Quaresma convidando à penitência e a intensificar o empenho pela conversão”

Nesta quarta-feira o Papa assinalou o início da Quaresma ao referir-se ao “austero símbolo das Cinzas”, imposto aos fiéis que participam nas missas celebradas neste dia.

“A cinza abençoada imposta sobre a nossa cabeça é um sinal que nos recorda a nossa condição de criaturas, que convida à penitência e a intensificar o empenho pela conversão”, realçou Bento XVI.

A Quaresma – “um itinerário espiritual” até à Páscoa – consiste em “acompanhar Jesus que sobe a Jerusalém, lugar do cumprimento do seu mistério de paixão, morte e ressurreição”, afirmou.

Para chegar “à vitória da vida, do amor, do bem, também nós devemos tomar a cruz de cada dia”, disse Bento XVI, mencionando as narrativas bíblicas em que Jesus carrega a cruz onde viria ser crucificado.

A intervenção do Papa na audiência geral, que decorre habitualmente às quartas-feiras, incluiu um apelo à presença dos fiéis nas celebrações da Quaresma, que não se referem apenas a “uma recordação de factos passados”.

Bento XVI salientou a presença frequente da palavra “hoje” na liturgia, que deve ser entendida no seu “sentido originário e concreto, não metafórico”.

“Hoje Deus revela a sua lei, e a nós é dado escolher entre o bem e o mal, entre a vida e a morte”; hoje o Reino de Deus está próximo (…); hoje Cristo morreu no Calvário e ressuscitou dos mortos (…); hoje é-nos dado o Espírito Santo; hoje é o tempo favorável”, indicou.

Na sua catequese o Papa deteve-se nas vertentes que acompanham aquele tempo litúrgico – jejum, esmola, oração –, assinalando que o primeiro “significa a abstinência de alimento, mas compreende outras formas de privação para uma vida mais sóbria”.

Esta renúncia, frisou, “não é ainda a realidade plena do jejum”, constituindo antes “o sinal externo de uma realidade interior”, do “empenho” em evitar o “mal” e “viver do Evangelho”, pelo que “não jejua verdadeiramente quem não se alimenta da Palavra de Deus”.

Referindo-se à esmola, Bento XVI citou São Leão Magno, papa do século V, assinalando que ela, “sob o nome único de ‘misericórdia’, abraça muitas obras boas”, que estão ao alcance não só dos “ricos” mas também das pessoas “de condição modesta e pobre”.

A Quaresma, período de 40 dias, excepto os domingos, que se prolonga até à Páscoa, “convida a uma oração mais fiel e intensa e a uma prolongada meditação”, mesmo que seja “difícil fazer silêncio”.

Eis as palavras proferidas por Bento XVI em língua portuguesa:

Queridos irmãos e irmãs,


Hoje está prevista, na celebração da Eucaristia, o rito da imposição das cinzas. Trata-se de um sinal que nos recorda a nossa condição de criaturas e nos convida à penitência e à conversão, para nos configurarmos cada vez mais com Cristo. A Igreja sabe que, à nossa fragilidade humana, custa fazer silêncio e parar diante de Deus, tomando consciência da nossa condição de criaturas que dependem d’Ele e necessitam do seu perdão. Por isso, na Quaresma, a Igreja convida a uma oração mais fiel e intensa e à meditação mais demorada da palavra de Deus. As leituras, que ouviremos na Missa dos próximos domingos e às quais vos convido a prestar especial atenção, propõem-nos o itinerário baptismal que, na tradição antiga, percorriam os catecúmenos – aqueles que se preparavam para o baptismo. Meditando-as, queremos reavivar em nós o dom, as exigências e os compromissos deste sacramento, que está na base da nossa vida cristã, a vida de ressuscitados com Cristo.
* * *
Saúdo cordialmente os fiéis das paróquias de Calhariz do Benfica e Brandoa no Patriarcado de Lisboa, os professores e alunos das comunidades escolares das dioceses de Coimbra e do Porto e ainda o grupo de peregrinos, médicos e professores, de Guimarães. A vós e a todos os presentes de língua portuguesa desejo um caminho quaresmal abençoado, que vos permita encontrar, acolher e seguir mais de perto Jesus; e assim poderdes dizer, com São Paulo, «já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim». Obrigado pela vossa presença. Ide com Deus.


As celebrações do início da Quaresma por parte de Bento XVI prosseguem esta tarde com inicio ás 16h30 (hora de Roma) com uma procissão penitencial pelas ruas do bairro romano do Aventino que termina na basílica de Santa Sabina, onde se celebra a missa.


(Fonte: site Rádio Vaticano)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1933

Escreve treze anotações nos seus Apontamentos que mais tarde se publicarão como pontos de Caminho. Numa delas diz: “Os filhos... como procuram comportar-se dignamente quando estão diante de seus pais! E os filhos dos Reis, diante de seu pai El-Rei, como procuram guardar a dignidade da realeza! E tu... não sabes que estás sempre diante do Grande Rei, teu Pai-Deus?”

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Cinza e Água (texto em italiano) - BOA QUARESMA



Nota importante: durante a Quaresma o Spe Deus não publicará vídeos musicais, salvo se tiverem conteúdo específico em relação a este período tão importante na vida dos cristãos.

O verdadeiro jejum

«No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum, condenando a atitude dos fariseus, os quais observaram escrupulosamente as prescrições impostas pela lei, mas o seu coração estava distante de Deus. O verdadeiro jejum, repete também noutras partes o Mestre divino, é antes cumprir a vontade do Pai celeste, o qual «vê no oculto, recompensar-te-á» (Mt 6, 18). Ele próprio dá o exemplo respondendo a Satanás, no final dos 40 dias transcorridos no deserto, que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4).

(…)

Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus.»

(Excertos Mensagem para a Quaresma de 2009 de Bento XVI)

Quaresma

«A Quaresma é como um longo retiro, durante o qual entrar de novo em si mesmo e escutar a voz de Deus, para vencer as tentações do Maligno. Um tempo de combate espiritual que se deve viver juntamente com Jesus, não com o orgulho e presunção, mas usando as armas da fé, isto é a oração, a escuta da Palavra de Deus e a penitencia. Desta maneira poderemos chegar a celebrar a Páscoa na verdade, prontos a renovar as promessas do nosso Baptismo. Que a Virgem Maria nos ajude para que, guiados pelo Espírito Santo, vivamos com alegria e com fruto este tempo de graça.»

(Bento XVI – Angelus de 21/02/2010)

O Rito das Cinzas

“É essencialmente um gesto de humildade, que significa: reconheço-me tal como sou, criatura frágil, feita de terra e destinada à terra, mas também feita à imagem de Deus e a Ele destinada. Pó, sim, mas amado, plasmado pelo seu amor, animado pelo seu sopro vital, capaz de reconhecer a sua voz e de lhe responder; livre, e por isso capaz de lhe desobedecer, cedendo à tentação do orgulho e da auto-suficiência”.

(Bento XI – homilia da Quarta-feira de Cinzas de 2010)

Quaresma: espiritualidade e história

A Quaresma é o tempo do Ano Litúrgico preparatório da Páscoa, a grande celebração do mistério da Salvação pela morte e ressurreição de Jesus Cristo. Na actual disciplina litúrgica, vai da Quarta-Feira de Cinzas até Quinta-Feira Santa, excluindo a Missa da Ceia do Senhor, que já pertence ao Tríduo Pascal.

A Quaresma surgiu no séc. IV, a seguir à paz de Constantino, quando multidões de pagãos quiseram entrar na Igreja. Duas instituições a ela estão ligadas; a penitência pública e o catecumenado. Daí o seu duplo carácter penitencial e baptismal. Inicialmente durava 3 semanas, mas depois, em Roma, foi alargada a 6 semanas (40 dias), com início no actual I Domingo da Quaresma (na altura denominado Quadragesima die, entenda-se 40.º dia anterior à Páscoa).

O termo Quadragesima (que deu a nossa "Quaresma") passou depois a designar a duração dos 40 dias evocativos do jejum de Jesus no deserto a preparar-se para a vida pública. Como, tradicionalmente, aos Domingos nunca se jejuou, foi necessário acrescentar alguns dias para se perfazerem os 40. Daí a antecipação do início da Quaresma para a Quarta-Feira de Cinzas.

Espiritualidade

A penitência pública ao longo da Quaresma caiu em desuso, mas ficou no espírito dos fiéis a necessidade de se prepararem ao longo de 40 dias de penitência para as festas pascais. Por sua vez, o catecumenado que, durante séculos, teve na Quaresma a fase de preparação próxima para os sacramentos da iniciação cristã na Vigília Pascal, também caiu em desuso (excepto nas missões ad gentes), mas foi restaurado pelo Concílio Vaticano II, dado o número crescente de baptismos de adultos.

Assim, a "eleição" dos catecúmenos para a fase da "iluminação" passou a fazer-se no I Domingo da Quaresma, entrando os "eleitos" em clima de retiro, marcado nas últimas semanas pelos "escrutínios" com as "tradições" (entregas) do Símbolo da Fé (Credo) e da Oração Dominical (Pai-Nosso), que eles acabam por fazer seus, proclamando-os (reditio) nos últimos escrutínios. Haja ou não catecúmenos, os fiéis de cada comunidade são convidados a viver a Quaresma em espírito catecumenal, preparando-se para a "renovação das promessas do Baptismo" na Vigília Pascal.

Tempo penitencial

A Quaresma é um tempo forte de penitência. A atitude espiritual expressa por esta palavra, tantas vezes na boca dos profetas e de Jesus Cristo, é uma atitude complexa e muito rica, suscitada pela consciência do pecado. Começa por ser arrependimento pelo mal praticado e sincera dor do pecado; logicamente leva ao desejo de expiação e de reparação, para repor a justiça lesada, e de reconciliação com Deus e com os irmãos ofendidos; chega finalmente à emenda de vida e mais ainda à conversão cristã, que é muito mais que uma conversão moral, para ser uma passagem à fé e à caridade sobrenaturais, com tudo o que implica de mudança de mentalidade, sensibilidade e maneira de amar, que passam a ser as próprias dos que pela graça se tornaram verdadeiros filhos de Deus.

Disciplina canónica

Para assegurar expressão comunitária à prática penitencial, sobretudo no tempo da Quaresma, a Igreja mantém o jejum e a abstinência tradicionais. Embora estas duas práticas digam hoje pouco à sensibilidade dos fiéis, mantêm-se em vigor, com variantes de país para país.

Entre nós (Normas da CEP aprovadas na Ass. Plen. de Jul.1984), são dias de jejum para os fiéis dos 18 aos 59 anos (a menos de dispensa, por doença ou outra causa) a Quarta-Feira de Cinzas e a Sexta-Feira Santa (convidando a liturgia a prolongar o jejum deste dia ao longo de Sábado Santo). E são dias de abstinência de carnes, para os fiéis depois dos 14 anos (embora seja bom que a iniciação nesta prática se faça mais cedo), as Sextas-feiras do ano (a menos que cesse a obrigação pela coincidência com festa de preceito ou solenidade litúrgica), com possibilidade de substituição por outras práticas de ascese, esmola (caridade) ou piedade, embora seja aconselhado manter a prática tradicional nas sextas-feiras da Quaresma.

No que respeita à esmola, ela deve ser proporcional às posses de cada um e significar verdadeira renúncia, podendo revestir-se da forma de "contributo penitencial" (e, como já entrou nos hábitos diocesanos, de "renúncia quaresmal") com destino indicado pelo bispo.

D. Manuel Falcão, in Enciclopédia Católica Popular

Carta de Março de D. Javier Echevarría (Prelado do Opus Dei) com especial enfoque na Quaresma que hoje se inicia

Queridíssimos: que Jesus me guarde as minhas filhas e os meus filhos!

«Não há nada tão grato nem tão querido por Deus como o facto de nos convertermos a Ele com sincero arrependimento» [1]. São sempre palavras de especial actualidade, e ainda mais nas próximas semanas, pois dentro de oito dias começa a Quaresma. Na Liturgia de Quarta-feira de Cinzas, a Igreja exorta-nos, com afecto e cuidado, através das palavras de S. Paulo, a não receber em vão a graça de Deus. Pois Ele diz: No tempo favorável, ouvi-te e, no dia da salvação, vim em teu auxílio. É este o tempo favorável, é este o dia da salvação[2].

Numa visão cristã da vida, cada momento é favorável e cada dia é dia de salvação, comenta o Santo Padre, mas a Liturgia da Igreja refere estas palavras de um modo muito especial à Quaresma [3]. As semanas que nos dispomos a percorrer são particular­mente adequadas para nos aproximarmos do Senhor uma vez mais, atraídos pela Sua graça. Peçamos ao Espírito Santo que nos faça descobrir a seriedade deste chamamento, de forma a que não passem estes dias pela nossa alma – assim escreveu S. Josemaría – como passa a água sobre as pedras, sem deixar rasto [4]. Digamos ao Senhor: deixar-me-ei inundar, transformar, converter-me-ei, dirigir-me-ei de novo ao Senhor, amando-O como Ele quer ser amado [5].


Meditação de Francisco Fernández Carvajal

CONVERSÃO E PENITÊNCIA
– Fomentar a conversão do coração, especialmente durante este tempo.
– Obras de penitência: o jejum, a mortificação, a esmola...
– A Quaresma, um tempo para nos aproximarmos mais de Deus.

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 8; CCL 24, 59; PL 52, 208 (a partir da trad. Matthieu commenté, DDB 1985, p. 59 rev.)

Os exercícios da Quaresma: a esmola, a oração, o jejum


O Evangelho do dia 9 de Março de 2011

Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18

1 «Guardai-vos de fazer as boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles. De contrário não tereis direito à recompensa do vosso Pai que está nos céus.2 «Quando, pois, dás esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.3 Mas, quando dás esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,4 para que a tua esmola fique em segredo, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará.5 «Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, ora a teu Pai; e teu Pai, que vê o que se passa em segredo, te dará a recompensa. 16 «Quando jejuais, não vos mostreis tristes como os hipócritas que desfiguram o rosto para mostrar aos homens que jejuam. Na verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.17 Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto,18 a fim de que não pareça aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está presente no oculto, e teu Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa.